Bárbara narrando Acordei com a luz entrando pela janela enorme do quarto dele e, por um instante, precisei me lembrar de onde estava. A cama era grande demais para mim sozinha, os lençóis macios ainda guardando o calor da noite anterior. Levantei devagar, meus pés afundando no tapete felpudo enquanto atravessava o quarto em direção ao banheiro. A casa do Muralha não era só grande, era imponente, e cada cômodo parecia ter sido pensado para impor presença — do pé-direito alto às paredes decoradas com fotos e peças raras. O banho quente foi um alívio, e enquanto a água escorria pelo meu corpo, eu pensava no quanto tudo ali ainda parecia surreal. Vesti uma roupa confortável e, antes de sair do quarto, ajeitei a cama e deixei tudo em ordem. Passei pela cozinha e preparei um café, sentando so

