Muralha narrando
— Então é isso? Vai levantar a mão pra tua própria mãe? Tu é igualzinho a esse pai que tu tanto idolatra. Fraco. Um frouxo que nunca soube me enfrentar de verdade. Ele se escondia lá no morro porque não aguentava minha presença. E sabe o que é pior? Eu sempre soube dessa bastarda, Diego. Sempre. Só que eu nunca contei nada. Porque teu pai não merecia a verdade. Ele não merecia ser lembrado da fraqueza dele, da noite em que preferiu se deitar com uma qualquer do baile em vez de voltar pra casa.
Ela cuspiu as palavras devagar, com gosto, como quem saboreava o veneno que derramava.
— A mãe dela nunca passou de uma pirralha interesseira, uma qualquer. Uma c****a que se jogou nos braços dele porque sabia o que podia ganhar. E essa menina? Essa Mariana? Bastarda sim. Bastar
