Muralha narrando
Conforme eu ia folheando aqueles relatórios malditos, página por página, número por número, o sangue ia fervendo dentro do meu corpo. A raiva queimava o meu estômago como se fosse ácido. Cada saldo negativo era como uma facada. Cada detalhe que o Lobo me entregou, cada desvio, cada gasto sem justificativa… tudo aquilo mostrava o rombo que o Coringa causou nessa p***a dessa favela. E não era um rombo pequeno, não. Era uma catástrofe financeira, uma cratera no meu território. O filho da p**a destruiu o caixa da boca, bagunçou o jogo, desmontou tudo o que eu montei com estratégia, suor e sangue.
Pra recuperar essa merda, eu ia ter que vender muita droga. Ia ter que botar muita gente pra correr, pra jogar, pra moer o sistema de novo na marra. Ah, se eu ia. Eu ia tirar essa
