Barbara narrando
Quando ouvi o que o Lobo disse pelo telefone, o meu coração disparou. Um desespero tomou conta de mim de uma forma que eu m*l conseguia respirar. O Muralha só olhou pra mim e, sem falar nada, pisou no acelerador como se a vida de alguém dependesse daquilo. E dependia. Eu nunca tinha visto ele dirigir daquela forma, cortando caminho, avançando sinais, ignorando tudo à frente. E eu nunca cheguei tão rápido na favela como naquele dia.
Assim que entramos, ele estacionou bruscamente na frente do centro e me jogou a chave do carro, me encarando com aquela firmeza que só ele tinha.
Peguei a chave sem hesitar entendendo a gravidade do momento. Quando cruzei a porta da sala do Lobo, vi Thalia encolhida no canto do sofá, tremendo, com a camisa do Lobo cobrindo parte do rosto e
