Muralha narrando Ela parou na minha frente, enxugando a mão no avental, mas os olhos estavam marejados. Engoliu em seco antes de responder, como se tivesse medo até de falar. — Seu Diego, me perdoa a expressão, mas… sua mãe tá o próprio capeta na Terra hoje. — Ela falou com a voz trêmula, tentando manter o respeito, mas sem conseguir esconder o desespero. — Ela tá gritando com todo mundo, xingando, ameaçando botar funcionário pra fora. O jardineiro foi embora chorando, a cozinheira tá trancada na despensa de medo, e… — a copeira respirou fundo, as lágrimas escorrendo — eu não sei mais o que fazer, seu Diego, eu já ia ligar pro senhor e pedir as contas, porque eu nunca fui tratada dessa forma. Eu não posso aceitar isso, nem precisando muito do meu salário. Eu fiquei só olhando pra ela

