Bárbara narrando Acordei com o coração apertado, sentindo que o dia tinha um peso diferente. Era o tão esperado dia da viagem, e por mais que eu tivesse me preparado na cabeça, confesso que eu não estava pronta. Esses últimos dois dias eu dormi com o tóxico do Muralha, porque ele não me deixava ficar na minha casa, muito menos dormir com a minha família. No fundo, eu também não queria. Dormir com ele é viciante, é um vício que eu não consigo largar. O jeito que ele me segura, o calor do corpo dele colado no meu, a forma como a gente se encaixa… é bom demais. Nossa sintonia é absurda, quase inexplicável. Parece que quando ele me toca, o resto do mundo some. Eu não consigo desgrudar desse homem, e isso me assusta tanto quanto me prende. Só que, junto com essa intensidade toda, veio também

