Capítulo 108

1788 Words

Muralha narrando — Sua mãe tá chorando porque eu falei que eu vou arcar com todos os custos na sua viagem pra Nova York. Você vai viajar pra realizar o sonho da sua vida adulta — soltei, firme, olhando direto nos olhos da Mariana. Ela arregalou os olhos, sem acreditar, e num pulo veio correndo na minha direção. Me abraçou forte, com aquela intensidade de quem carrega um sonho guardado por anos. Eu, instintivamente, tirei minhas armas da cintura e entreguei pra Bárbara. Segurei a menina com as duas mãos livres, afastando de mim qualquer traço de perigo. Eu sei que ela vê arma todo dia, que cresceu na favela, que pra ela isso já é parte da rotina. Mas comigo… era diferente. Era um sentimento de zelo, de cuidado, de proteção que nasceu na hora. — Mentira, tio Muralha! Eu posso te chamar

Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD