Capítulo 137

1238 Words

Bárbara narrando Eu segurei firme o volante com uma mão só, enquanto a outra eu mantinha sobre a Mariana, que se agarrava em mim como se eu fosse a última coisa no mundo capaz de segurá-la de pé. O corpo dela tremia, soluçava, cada lágrima que caía parecia vir de um abismo sem fim. E eu dirigia sem olhar direito o caminho, só querendo chegar logo em casa, só querendo tirá-la daquele caos e dar um pouco de silêncio pra dor dela se expressar. Quando chegamos, desci primeiro, puxando ela comigo, e entramos direto na sala. Eu sentei no sofá e a enlaçei nos meus braços. Ela chorava como se não tivesse mais ar. E eu sabia que não adiantava pedir calma, não adiantava prometer que ia passar — porque não ia. Então eu deixei. Deixei ela chorar, deixei ela soluçar, deixei o corpo dela se soltar so

Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD