Capítulo 27

1188 Words

Muralha narrando Saí da favela com a cara quente. Quente de verdade. O tipo de raiva que ferve por dentro, que parece queimação no peito. A minha vontade era de ficar lá, quebrar cada canto podre daquele morro e reconstruir tudo do meu jeito. Do jeito certo. Do jeito que tem que ser. Mas eu sabia que, antes de qualquer coisa, eu precisava voltar pra casa. Tinha uma mulher me esperando. Não qualquer mulher. Bárbara. O carro cortava a madrugada enquanto a minha mente disparava num ritmo alucinado. Eu tava montando tudo na minha cabeça. Todas as mudanças que eu ia implementar a partir do dia seguinte. Não ia sobrar espaço pra desleixo, pra vaidade errada, pra ego inflado de quem se esconde atrás da função. Muita coisa ia começar a mudar. E muita gente ia chiar. Mas eu já tava decidido: qu

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