Bárbara narrando Eu não sei o que aconteceu. Só sei que, quando vi, ele já estava ali — colado em mim, me devorando com aquela boca quente, bruta, cheia de posse e desejo — e eu, completamente rendida. Roubada. Tomada. Sugada por esse homem que parecia ter surgido do nada, mas que agora estava cravado em mim como se sempre tivesse feito parte da minha história. E por mais que eu tentasse entender com a razão, o meu corpo gritava numa língua que ele parecia dominar melhor do que ninguém. Era impossível resistir. Ele me puxava com uma vontade que me arrepiava até o osso. Me tomava nos braços como se eu fosse dele há anos. E o mais louco era que eu deixava. Não só deixava, eu queria. Eu precisava daquilo. Dele. Daquela energia. Daquela força. Do calor que ele espalhava pelo meu corpo com

