***Dominique***
Os últimos dias na Austrália foram uma loucura! Trabalhei muito para deixar tudo organizado, porque além de tirar férias, não tenho uma data pra voltar, assim que acabar meus dias de folga eu tenho alguns clientes para visitar. Nataly, e o pessoal do trabalho organizaram uma festinha de despedida na vinícola dos pais do Ethan pra mim, foi uma tarde agradável e também a última vez que tive tempo de postar alguma coisa, com tudo isso, dei pouca atenção ao nerd safado, mas ainda tive notícias pela Analiz, ela sabe que nem sempre respondo as mensagens, então me manda mesmo que eu não diga nada, e hoje à noite, é aniversário do Thomaz, vou conseguir chegar em tempo de encontrá-los juntos no X-Perience Pub. Deixei minhas malas no hotel, tomei um banho, me arrumei e segui pra lá, mesmo não morando no Brasil há muitos anos, ainda mantenho o mínimo contato com alguns amigos, e o dono do tal pub é o Léo Andrade, meu vizinho da época que morava com meu pai, e quando eu disse que iria a boate hoje, ele me deu passe livre pro camarote.
Assim que cheguei, mandei uma mensagem e Leonardo veio me esperar na porta.
- Quanto tempo, Amora – Léo abre os braços e me abraça.
- Você ainda lembra disso – correspondo rindo.
- Nunca esqueceria – ele ri nos afastando e vamos caminhando para dentro – me diz, que bons ventos a trazem?
- Eu consegui tirar uns dias, e como depois tenho uns clientes pra visitar, vir ao Brasil me pareceu uma boa ideia – disse sentindo seu braço em meus ombros, e eu o abraço pela cintura.
- Isso é ótimo, espero que aproveite a noite – sorri.
- Certamente – caminhamos até o bar.
- Quer beber o que? – pergunta.
- Não precisa se preocupar, Léo.
- Não é preocupação, é só uma gentileza de um amigo que não te vê há anos – seu sorriso se alarga mais e o barman se aproxima de nós.
- Tudo bem, pode ser gin tônica.
Conversamos mais um pouco até que o rapaz me entregue a bebida.
- Obrigada, Léo! Eu vou ver acho uns amigos e te encontro depois.
- Tá bom, estarei por aqui – nos despedimos e eu vou procurar por Ana, Thomaz ou Enrico.
Vejo Analiz de longe e caminho até ela.
- Isso sim é uma mulher gostosa, o resto é história – digo atrás dela.
- Dominique, sua safada!! – Ana quase grita quando me vê – não acredito que está aqui! – Nos abraçamos com saudade.
- Eu disse que eu vinha ué – digo entre risos.
- Mas não disse quando – nos afastamos e ela continua me olhando – que saudade de você, Dom – me abraça de novo e se afasta – Enrico já te viu aqui?
- Não – respondo tomando meu drink – acabei de chegar, vou procurar por ele ainda – Thomaz se aproxima de nós.
- Olha só quem veio me dar a honra – brinca me abraçando – é bom te ver, Dom – nos cumprimentamos.
- É bom estar aqui também, Thomaz.
- Pelo jeito, ainda não esbarrou com o nerd por aí, né? – tomo um gole do gin o olhando.
- Ainda não, mas por que diz isso? – questiono.
- Ah Dom, se ele tivesse te visto, estaria mijando a sua volta pra marcar território – diz divertido.
- Que horror, Thomaz! Claro que não – faço uma careta rindo – a gente não tem nada.
- Certo, certo, depois me diz então! – ele ri.
- Veremos – mostro a língua – vou dar uma volta – pisco pra eles.
- Vai, malandra!! – Analiz diz alto lembrando a música que dançávamos há uns anos atrás, eu balanço a b***a com uma das mãos pra cima e saio pelo camarote ouvindo a risada deles.
Quero ver se o nerd vai mesmo marcar território a minha volta. Ando um pouco e o vejo de longe, em um lugar um pouco mais reservado, com uma ruiva esfregando a b***a naquele monumento que o safado tem entre as pernas.
Observo sem me aproximar por alguns minutos, e providencialmente, a mulher lhe diz alguma coisa e se afasta.
Devo dizer que senti sim um leve ciúmes, mas racionalmente falando, ele não está errado, nós não temos nenhum compromisso um com o outro, e o conhecendo como eu conheço, ele não guarda aquele p*u dentro das calças por muito tempo, vadio é o nome do meio de Enrico Ferraro, e é por esse motivo que nenhuma pontinha de ciúmes vale a pena.
Me aproximo devagar medindo aquele corpo malhado gostoso que o nerd tem.
- Se divertindo, Enrico? – pergunto e tomo um gole o observando engasgar-se.
- O-o que está fazendo aqui? – responde gaguejando com os olhos fixos em mim.
- Eu disse que viria ao Brasil – bebo um pouco observando sua reação, ou a falta de uma – quem é a moça? Bonita – o provoco sorrindo de lado.
- Ninguém importante – ele desce os olhos por todo meu corpo, desejoso, o que me causa uma ótima sensação – como veio parar aqui?
- Analiz tinha me dito que iriam comemorar o aniversário do Thomaz nesse pub – Enrico cola nossos corpos e beija abaixo da minha orelha, meu corpo reage imediatamente a essa proximidade e eu continuo tentando não demonstrar todo o t***o que estou sentindo – sua garota pode não gostar.
- Ela não é minha garota – sorrio disfarçando como é bom ouvir isso.
- Vou falar com a Liz, a gente se vê – preciso sair de perto dele o mais rápido possível, antes que eu esqueça a cena que vi e pense só nos dias que estávamos juntos na terra dos cangurus, mas, garota educada que sou, aperto meus s***s contra seu abdômen e beijo seu rosto em despedida.
Me enfio no meio das pessoas e logo vejo Léo em uma rodinha com alguns homens.
- Perdida por aqui, Amora? – ele me chama.
- Ia encontrar uma amiga – o vejo abrir um sorriso.
- Esse amigo aqui não serve?
- Claro que sim, Léo – me aproximo da rodinha em que ele está e o sinto me abraçar pelos ombros.
- Então esses são Henrique, Anthony, Bernar, Renan e Álvaro – ele os apresenta – e essa é Amora – os cumprimento.
- Dominique na verdade, só o Léo me chama de Amora!
- E por que Amora? – Bernar pergunta.
- Porque ela me mordeu depois que eu comi todas as amoras do pé que tinha na vizinha – nós rimos.
- Eu tinha quatro anos, Leonardo, tenho um pouco mais que isso agora.
- Sei disso – ele me aperta um pouco mais e beija o topo da minha cabeça – e vai continuar sendo minha Amora.
Fiquei mais um tempo conversando com os rapazes eles são engraçados e divertidos.
Passo a mão no cabelo o jogando de lado, e no segundo que eu pisquei, Enrico se aproximou de nós, cumprimentou todos eles pelo nome.
- Fala, Léo – Leonardo tira a mão dos meus ombros para pegar na mão do nerd.
- E aí, Enrico, quanto tempo cara – eles se abraçam como se fossem amigos de longa data – tá de volta?
- Por pouco tempo, estamos abrindo uma filial fora, aí você sabe a correria que é né – os observo conversar tentando imaginar de onde vem essa amizade toda.
Enrico se aproxima de mim, passa o braço pela minha cintura de forma firme e me dá um selinho.
- Vamos, amor? – pergunta me deixando um tanto confusa, apenas concordo com a cabeça.
- Pra onde está me levando, Enrico? – questiono assim que cruzamos o camarote.
- Só te tirando de perto deles – paro assim que ouço sua resposta.
- E qual é o problema? – cruzo os braços olhando pra ele.
- Ah Dom, o Léo e o Henrique são inofensivos, mas os outros, eu conheço bem, não são homens pra você.
- Me diz então quem seria homem pra mim – arqueio uma sobrancelha – não me diga que é você, o nerd safado que há vinte minutos estava grudado em uma ruiva que rebolava se esfregando no seu p*u – sustento seu olhar – por falar em ruiva, onde ela está? – olho para os lados.
- Algo me diz que você está com ciúmes, Dominique – ele me toma em seus braços pela cintura, colando nossos corpos.
- Ciúmes? Eu? – desvio o rosto do seu antes que ele me beije – não viaja, nerd e nem vem – me solto dos seus braços – não vou te beijar, não tô a fim de confusão com a sua garota – dou ênfase as duas últimas palavras, Enrico ri.
- Já disse que ela não é minha garota – diz na mesma entonação – e ela já foi embora – ele me olha por alguns segundos tombando a cabeça pro lado medindo meu decote – nós ainda temos alguns dias, vamos aproveitar a noite – segura em minha mão e me leva ao seu lado até onde Analiz e Thomaz estão.
- Finalmente, os pombinhos – Thomaz debocha me arrancando uma careta.
- Que bom que estão aqui! – Ana nos abraça já meio altinha – nosso casal mais lindo de padrinhos.
- Só falta o pedido oficial – Enrico alfineta, Thomaz deixa a cabeça pesar para trás e puxa Analiz para si pela cintura.
- Fica na sua, nerd, não era a Liz que estava com o Léo a tira colo – vejo Enrico revirar os olhos.
A noite estava ótima, pude aproveitar a companhia da minha amiga irmã, bebemos todas, dançamos até o pé doer, e eu pude provocar bastante o nerd que não tirava os olhos de mim, fiz questão de dançar várias músicas sensualmente cruzando nossos olhares.
Thomaz e Analiz resolveram ir embora, mas eu ainda queria terminar meu drink, nos despedimos e Enrico se aproximou.
- Vai dormir comigo hoje? – pergunta atrás de mim com a mão na minha cintura, eu apenas n**o com a cabeça.
- Você vai dormir comigo – falo deixando a cabeça de lado e sinto seus lábios tocarem meu pescoço me fazendo suspirar – vamos embora?
- Achei que ia querer continuar dançando – ele ri sacana.
Começa a música sentadona da Luísa Sonza dou um gritinho animada e me afasto de Enrico para voltar dançar, antes que eu consiga dar mais de dois passos, sinto um de seus braços me pegarem pela cintura.
- Nem pensar – fala em meu ouvido – essa aí você só dança se for no meu p*u – ele força seu volume em minhas costas me fazendo arfar – vamos embora daqui logo.
Em questão de minutos já estávamos dentro do Lotus sport invocado no nerd, devo admitir, o safado tem estilo.
- Por isso você riu do meu Devor? – Enrico me olha – entendi por que não gosta do meu Mazda – coloco uma das pernas dobrada no banco.
- Claro que não – ele ri – só achei contraditório, uma garota de um metro e sessenta dirigindo um carro daquele tamanho – faço uma careta.
- Um e sessenta e dois por favor, não ignore meus dois centímetros.