συντρόφους ψυχής - PARTE DOIS

1884 Words
Terminei de escrever o pequeno bilhete e o deixei sob meu travesseiro, ao lado do seu, e sai do quanto rapidamente, ansiosa para sentir o sangue descer por minha garganta. Desci as escadas da minha casa ajeitando minha jaqueta de couro n***o em meu corpo, fechando-a completamente, escondendo minha blusa. Decidir não colocar nada extravagante demais, pois iria somente caçar. Uma calça jeans escura e colada nas minhas pernas, delineando-as, uma camisa branca por baixo da jaqueta e uma bota sem saltos de cano baixo compunha meu visual. Tudo quente o suficiente para me proteger da brisa fria da madrugada. Ao passar pelos portões de ferro da entrada, comecei a planejar mentalmente o que eu faria e como faria. Santorini era um lugar famoso por beleza e seus vilarejos regados de histórias que hoje fazem parte do mundo, atraindo milhares de turistas por ano. E eu me aproveitava disso desde que me mudei para cá. Minha mansão ficava localizada em Oía, com minha pequena praia particular e uma vista magnífica do mar Egeu, sendo provavelmente o lugar mais caro da ilha, então eu teria que ir para Thira, capital de Santorini. A capital da ilha, apesar de também ter o seu charme, ela não chega aos pés de Oía. Mas é onde estão os hotéis e restaurantes mais econômicos, e consequentemente é onde fica a maior concentração de humanos. Ao pisar na rua, olhei em volta avaliando o local vazio e escuro. Virei na direção que daria para Thira e corri, atingindo minha velocidade máxima em segundos. O vento gelado fazia com que meus cabelos voassem para trás, e alguns fios cobrisse meu rosto. A noite estava úmida e gelada pela chuva fina que caiu durante à tarde até o início da noite, deixando um clima ainda melhor para caçar, pois eu amava dias chuvosos para fazê-lo. As ruas parcialmente escuras eram somente iluminadas pelos postes de iluminação e a luz da lua, fazendo que o asfalto ainda molhado brilhasse. Quando ganhei uma rua mais movimentada pela quantidade de hotéis e bares presente, diminui meus passos e comecei a caminhar, analisando quem eu mataria hoje. O problema era que todos os humanos estavam em grandes grupos, com no mínimo 15 pessoas, fazendo turismo pela ilha, mesmo estando de madrugada. Obviamente poderia matar qualquer quantidade de humanos que quisesse, mas isso iria gerar um alarde e chegaria nos ouvidos de quem eu não queria por perto. Dobrei a esquina, seguindo reto durante alguns minutos, notando que essa era uma rua residencial mais tranquila, sem muitas pessoas andando por aqui. Passei em frente a um beco largo e escuro, e parei para avaliar o local. Seria perfeito! Ele era comprido e largo, um pouco mais distante dos comércios que havia por aqui. Gravei em minha mente a localização do beco e voltei a andar, agora sim procurando por uma vítima. Mas antes de chegar ao final da rua vazia, avistei um casal andando calmamente na minha direção, completamente distraídos, ambos com uma postura arrogante. Os dois se vestiam elegantemente, com roupas de grife. Ele usava uma calça social preta e um sobretudo bege cobrindo-lhe o torso, chegando até seus joelhos, e a mulher usava um vestido longo preto e um casaco de veludo branco por cima, lhe protegendo do frio. Ambos loiros e de pele extremamente clara. Mordi meu lábio inferior, ansiosa para saciar minha fome. Andei apressadamente até eles e, quando passei ao lado do homem, esbarrei em seu ombro propositalmente forte, fazendo-o tombar para trás e cair no chão molhado. - Ei! – A mulher exclamou raivosa, virando seu rosto para minha direção, porém parando o ato de tentar ajudar seu companheiro a se levantar ao me ver. Percebi quando ela travou a respiração em seu peito, me olhando de cima a baixo. Sorri de um jeito perverso, entendendo seu olhar sobre mim. - Tome mais cuidado por onde anda, sua louca! – O homem que ainda não havia me olhado, resmungou com um sotaque forte enquanto se levantava, passando as mãos nervosamente pelas roupas tirando a sujeira. - Claro, peço-lhe desculpas pela minha falta de atenção. – Falei baixo mantendo minha postura séria. Ele finalmente virou-se em minha direção, suspirando pesadamente ao focar seus olhos em mim. Passou seu olhar avaliativo por todo meu corpo, da cabeça aos pés. Seus corações batiam de um jeito forte em seus p****s, fazendo suas respirações ficassem ofegantes. As pupilas dos olhos azuis dos dois estavam dilatadas, mostrando claramente o encantamento por mim. - Com licença! – Pedi educadamente e me virei, andando em direção a esquina. Virei a mesma e encostei minhas costas no muro de uma pequena casa, aguardando pacientemente para dar meu próximo passo. Deixei que a sombra das árvores escondesse meu corpo. - Uau... aquela mulher era perfeita. – Sorri ao ouvir a voz fina e baixa da mulher, captando um tom de deslumbramento na mesma. - Oh sim, com certeza ela é. – O homem sussurrou, com o mesmo tom deslumbrado de sua mulher. - Vamos logo, Josh, não aguento mais andar nesse lugar estranho. Deveríamos ter alugado um carro para andar por aqui. Nunca mais venho nessas viagens de trabalho com você... – Garota mimada. Ao escutar seus passos indo exatamente para onde eu queria, deixei que um sorriso m*****o crescesse em meus lábios. Sai da escuridão e voltei para a rua, observando-os quase chegando perto do beco. Corri tão rápido que meus passos não podiam serem ouvidos, até que parasse frente ao casal novamente. Eles se assustaram com a minha aparição repentina e deram alguns passos trêmulos para trás, ficando assim na entrada de onde eu queria. Sem falar uma única palavra e com o sorriso diabólico ainda em meus lábios, espalmei minhas mãos no peito de ambos e os empurrei violentamente para dentro do beco, vendo-os caírem no chão imundo daquele lugar. Ouvi algum osso se quebrando pelo impacto e escutei a mulher gemer de dor, colocando a mão no tornozelo. - Meg! Você está bem? – O tal do Josh perguntou preocupado, chegando perto da mulher rapidamente, após se arrastar no chão em sua direção. – Você é maluca?! Como ousa nos jogar no chão? Tem ideia de quem somos, estúpida? – Ele perguntou gritando, se levantando do chão. - Ah sim, eu sei o que vocês são. – Murmurei me aproximando deles vagarosamente, estudando-os como um predador. O beco escuro não lhes dava uma visão completa das coisas em volta ou de mim, sendo assim mais fácil para não me verem. (Play na música Naughty Girl) Oh, Isso seria divertido. - Vocês são o meu lanche da madrugada, meu caro. – Sussurrei no ouvido do homem, depois de ter parado atrás do mesmo rapidamente. Desviei do soco ás cegas que ele tentou acertar em meu rosto e revidei, atingindo brutalmente suas costelas do lado direito. – Patético! Ele gritou de susto e de dor, se afastando, mas ainda não tendo noção de onde eu estava. A mulher chorava baixinho sentada no chão no final do beco, após ter se arrastado para lá, tanto pela dor em seu tornozelo quanto pelo medo. Ela sabia o que estava prestes a acontecer. Vi quando o homem se encostou no muro de um prédio aparentemente abandonado ao lado da mulher, tentando inutilmente se fundir aos tijolos. Seu coração batia de um jeito acelerado em sua caixa torácica, bobeando seu sangue suculento em suas veias. Isso por que a penumbra do lugar os impediam de ver minha provável expressão assassina e faminta, mas era bom, assim poderíamos evitar um escândalo desnecessário. Respirei fundo, inalando o cheiro do sangue dos dois humanos amedrontados, fazendo minha boca salivar. Andei até ele e o puxei, o segurando pela gola do sobretudo e tirando seus pés do chão, elevando-o um pouco acima do meu corpo. - Bitte töte mich nicht* - Ele implorou, chorando como uma criança e se debatendo em minhas mãos. Hm, eles eram alemães. *Por favor não me mate* - Sinto muito, mas eu estou faminta. – Sussurrei em seu ouvido, sentindo meus caninos crescerem em minha boca. As veias abaixo dos meus olhos pulsavam fortemente. Abri meus lábios e avancei em seu pescoço, cravando meus dentes em sua pele fina e quente, sentindo o sangue descer pela minha garganta. Escutei seu grito de dor junto com o apavorado da mulher, assustada demais para correr dali. Gemi deliciada, aprofundando ainda mais meus caninos na carne, ansiando por mais sangue. Seu corpo foi ficando mole e sua respiração fraca. Ele parou de se mexer e seu coração parou de bater após eu sugar a última gota de sangue de suas veias. Tirei meu rosto de seu pescoço e joguei minha cabeça para trás, gemendo mais uma vez ao passar minha língua pelos meus lábios, retirando o excesso de sangue dos mesmos. Joguei seu corpo no chão molhado de qualquer jeito, causando um baque surdo. - Agora é a sua vez, querida. – Falei calmamente aproximando-me da mulher imóvel e encolhida no chão. - Tu mir das nicht an.* – Sua voz estava embargada e trêmula, abafada pelo seu rosto estar coberto pelas suas mãos. *Não faça isso comigo* - Urgh! Sem drama, por favor, estou com pressa. Deixei minha mulher sozinha em casa, então vamos agilizar isso aqui. – Disse revirando os olhos, enquanto a puxava para cima, deixando-a do mesmo jeito que seu companheiro. Pressa por minhas mãos na gola de seu casaco, um pouco acima de meu corpo. Aproximei meu rosto de seu pescoço, passando a ponta do meu nariz pela pele macia e cheirosa, inalando o cheiro de seu sangue. - Você é muito cheirosa, querida. Isso vai ser ainda melhor. Abri minha boca e deixei que meus caninos se afundassem na pele da mulher, que gritou alto em meio a um choro de pavor. Rasguei ainda mais a carne do seu pescoço, fazendo com que seu sangue escorresse por todos os lugares, manchando boa parte de seu casaco e meu rosto. O sangue dela era mais doce do que o do homem, mais saboroso. Sentia minha sede se saciando aos poucos e minhas forças aumentando consequentemente, enquanto sugava lentamente o sangue da mulher em meus braços. Sua respiração foi cessando e seu coração diminuindo o ritmo intenso de antes, até parar completamente. Após sugar a última gota de seu sangue, deixei-a cair ao lado do homem no chão. Sentia o sangue pingar pelo meu queixo e atingir minha jaqueta, manchando-a. - Merda! Essa jaqueta era nova. – Resmunguei tentando limpar a mancha pequena sobre meu peito. Desisti de tentar limpa-la, deixando para fazê-lo depois. Passei minha língua pelos meus lábios, capturando qualquer resquício de sangue e tirei um pano branco do bolso da minha jaqueta. Limpei meu rosto com o tecido macio e o joguei sobre o casal. Após olha-los mais uma vez, virei meu corpo e caminhei para fora do beco, deixando-os lá para qualquer pessoa os achar. Sorri me sentindo saciada e maravilhada, sentindo o gosto do sangue em minha boca. Ganhei a rua escura e vazia, não avistando uma movimentação sequer. Podia escutar as pessoas em suas casas, dormindo, m*l sabendo o que acontecera bem ao lado deles. Agora poderia voltar para minha casa e para minha mulher. ________________________________________
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