- Matem ele!
Uma correria começou, e vários guardas vinham de todos os lados, cercando Peter e Sofia, eles estavam armados com facas curvadas e outros até com pistolas de silenciadores.
- MATEM! MATEM O SICÁRIO SOMBRIO AGORA! - gritava o "Tarik".
- Isso foi armação sua, Sofia?!
- O'Que?! NÃO! É CLARO QUE NÃO!
Peter via vários deles se aproximando, então ele diz a Sofia:
- Se misture entre as pessoas comuns que estão tentando fugir, eles não vão te notar. Pegue o carro lá fora e me pega na entrada.
- Certo!
Sofia foi correndo entre as pessoas, e conforme mais e mais pessoas saiam, mais era evidente o número gigante de guardas que estavam ali.
- Cai dentro! - disse Peter, armando a posição de combate.
Então uns três guardas vieram juntos pra cima dele, todos sabendo lutar Krav Maga muito bem, e dois deles já chutam o peito de Hood, que o faz perder o equilíbrio, e o terceiro aproveita a oportunidade, saca a sua a**a e aponta para Peter, mas ele ativa o escudo na hora, rasgando seu terno, e a bala bate no escudo e depois volta pegando no ombro do guarda.
Os outros dois chutam ele novamente, dessa vez fazendo Peter cair no chão de costas, e eles já puxam as facas e vão pra cima dele, mas Peter se levanta e dá com o escudo na cara do guarda da esquerda, depois ele fecha o escudo e entra numa luta corpo a corpo com o último, que vem fazendo várias acrobacias tentando acertá-lo, mas Peter desvia de todos os golpes, até que a faca do homem pega no forro do terno dele e fica presa, Peter aproveita a oportunidade e dá uma cabeçada no homem, depois ele pega a faca que estava presa ali e a joga direto na coxa do homem, fazendo ele gritar de dor, depois da uma joelhada no queixo dele, desmaiando-o.
- Já foram três, faltam só...
Ele olha para trás e vê muitos outros guardas armados parados atrás dele.
- Uns cem, no mínimo.
Sofia corria no meio dos outros em direção ao estacionamento, eles descem uma rampa, até que ela vê que um dos guardas que ela e Hood encontraram assim que chegaram, estavam na porta do estacionamento tomando conta da situação, fazendo as pessoas passarem com ordem.
Sofia tenta passar pelo meio das pessoas, na tentativa de ninguém reparar que ela está ali, porém na hora que ela estava prestes a passar, o guarda a puxou pelo braço e a encostou na parede.
- Você fez um ótimo trabalho Sofi, trazendo o Sicário direto pra boca do leão.
- İğrenç domuzunu bırak! - Me largue seu porco asqueroso!
- Você traiu Tarik, trouxe o maior pesadelo dele até aqui, e agora você e ele serão mortos, um fim deprimente para uma das melhores do mercenário ricaço.
- Mas eu não... eu não traí Tarik! Eu fiz exatamente oque ele me pediu.
- Então é uma pena, porque parece que ele se cansou de você.
Sofia rangeu os dentes, e quando o guarda puxou a a**a para matá-la, ela foi mais rápida e puxou um pequeno estilete da p*****a que prendia seu cabelo e deu com ele na garganta do guarda, o matando.
Ela vê o homem com a mão sobre a garganta, tentando estancar o sangue enquanto se engasgava com ele, até que ele morreu poucos segundos depois.
Sofia ajeita seu cabelo e abaixa para pegar a a**a do homem, depois entra pelo estacionamento.
De volta ao salão principal, um guarda cai em cima de outro, e no meio deles estava Peter Hood, que lutava com um por um usando somente o escudo como a**a.
Dois guardas vieram com metralhadoras e abriram fogo contra ele, que se defendeu com o escudo, e as balas batiam ali e caiam no chão, porém outro guarda veio atrás dele com uma faca, e ele a jogou em Peter, mas ele acabou errando e a ponta da faca ficou presa no lenço no bolso do terno dele.
- Deixa eu te mostrar como se faz. - disse Peter.
Ele tirou a faca dali, e a jogou no peito de um dos homens com a metralhadora, depois foi virando o escudo aos poucos, e as balas que eles atiravam iam ricocheteando e várias delas pegaram pelo corpo do homem, sem matá-lo.
- Viu?
O guarda ainda sim foi pra cima dele e armou um soco, mas Peter só colocou o escudo na frente e deu um soco, batendo o escudo no rosto do homem, o desmaiando.
Peter olhou em volta, e tinha acabado com vários dos guardas que estavam ali, mas logo ele ouviu mais chegando pelas escadas e pelos corredores em volta, se vendo encurralado, ele tenta ver a porta da frente, mas estava trancada com uma barra de madeira enorme e grossa, que ele até conseguiria tirar, mas não rápido o suficiente. Então Peter Hood sacou sua p*****a, e se escondeu atrás de uma pilastra, quando ouviu que os primeiros homens estavam chegando, ele se virou e atirou acertando o primeiro deles no peito.
- Ai, ai, Capitã... eu sei como você não gosta de m***r, mas agora é eles ou eu. - sussurrou ele para si mesmo.
Os outros nem viram de onde tinha vindo o tiro, e Peter usou isso como vantagem, ele pôs o escudo na frente e passou de uma pilastra a outra, matando vários dos homens com três tiros no peito e depois um na cabeça.
Ele ainda estava contando as balas quando ouve alguém chegando do lado dele, e vê um guarda com um machado enorme, e ele tenta decapitar Peter, mas ele se abaixa bem na hora, e dá um tiro direto no queixo do homem, e ele cai.
- Esse pessoal fica cada vez mais biruta!
Ele se vira novamente, e mata o resto dos guardas a tiros, enquanto se defende dos tiros deles com o escudo.
- Certo, agora é só...
Peter Hood levou um soco de repente na costela, e voou alto em uma pilastra, e ele caiu no chão, cuspindo um pouco de sangue.
Quando ele levanta a cabeça para ver oque o atingiu, o Capataz estava em pé ali, com uma armadura e máscara de prata enorme, e ele parecia mais robusto agora.
- Ora, ora... meu fã... urgh!
Peter se levantou, sentindo uma dor extrema na costela.
- Kylie estava te pagando m*l? - e ele cospe mais sangue no chão.
- Kylie está morto. - falou o Capataz, com a mesma voz distorcida de antes.
- Me surpreende você ter deixado isso acontecer.
- Eu saí antes disso acontecer.
- Então a coisa aqui é pessoal.
O Capataz deu três passos em direção a Peter, que também deu três passos para trás.
- Aquele tiro com o vergalhão enferrujado quase custou minha vida, ou deixe-me ser específico, seria melhor se tivesse custado. Foram várias cirurgias e uma série de remédios pra me curar daquele ferimento, a quantidade de doenças que eu podia ter contraído só com aquele tiro, iria custar toda a minha imunidade, qualquer gripe me mataria. Mas isso ainda não é tudo, eu sou alérgico à anestesia. Isso quer dizer que eu senti cada pontada, cada segundo da cirurgia, cada momento de agonia, por sua causa, Peter Hood. Eu sobrevivi só pra garantir a sua morte, e eu não pretendo parar até ver você estirado no chão.
Peter tentava disfarçar, mas ele estava sentindo uma dor muito profunda na sua costela, ele pensou que tivesse no mínimo quebrado alguma coisa.
- Tá certo... eu vou ser legal, dê meia volta e saia daqui, e eu vou fingir que nem te vi por aqui.
Mas o Capataz só deu uma risada, e foi pra cima de Peter Hood, ele agora corre mais rápido do que da última vez, e a**a um soco para atingir ele em cheio, mas Peter põe o escudo na frente e se protege, porém ele ainda assim bate de costas na pilastra com o impacto e sente sua costela doer mais ainda.
Sem muito tempo pra gemer de dor, ele desvia de dois socos, o primeiro na esquerda e o segundo na direita, que o Capataz tentou acertar nele. Hood rola pro lado, se afastando dele, e pega a sua p*****a, e atira todo o resto das balas que tinha no pente, mas elas não fizeram nada além de um pequeno arranhão pela armadura pesada dele.
As opções estavam ficando escassas, assim como o tempo. O Capataz vinha caminhando na direção dele, e Peter sabia que socos e chutes não iriam adiantar, mas ele olha pro lado e vê o machado preso na parede, e tem uma ideia.
O Capataz vem pra cima dele mais uma vez, e quando ele chega bem perto, Hood rola no chão de novo, mas ele bate com a costela no chão, e dá um grito de dor, mas mesmo assim ele não para, e vai até onde estava o machado e tenta tirá-lo da parede, ele fingiu que estava tendo dificuldade, para dar tempo do Capataz chegar, e assim aconteceu, quando o brutamontes estava perto o suficiente dele, Hood arrancou aquele machado pesado de uma vez da parede e deu com ele no ombro direito do Capataz, com toda a força. A princípio não pareceu ter muito efeito, mas então o Capataz cai de joelhos, e uma pequena brecha na armadura começou a jorrar sangue, e Peter não perdeu tempo, recarregou sua a**a e deu três tiros ali dentro, fazendo o Capataz gritar de dor, e depois deitar no chão, desmaiado.
- SOFIA!
Ao lembrar dela, Peter vai cambaleando pelo corredor que estava indo, mas não sem antes encontrar mais um pouco de resistência pelo caminho, mais e mais guardas apareciam, e ele tomava cobertura atrás das pilastras e ia atirando neles, matando um por um, e depois que todos estavam mortos, ele chega à saída do faxineiro, mas estava trancada, então ele dá um chute na fechadura e a porta abre.
Peter sai correndo pelo meio do gramado, e ouve o ronco do motor de seu carro à distância, então ele para na calçada e Sofia chega rapidamente, abrindo a porta pra ele.
- ENTRA! VAMOS LOGO!
Quando Peter estava entrando, alguns guardas que estavam pelo jardim começaram a atirar, então ele bateu a porta e Sofia afundou o pé no acelerador, e eles saíram dali rapidamente.
- O que houve com você?
- Eu acho que quebrei algumas costelas... - disse ele, gemendo de dor.
Sofia olha preocupada para ele, e depois olha no retrovisor, e vê alguns homens de moto e com correntes se aproximando deles.
- Estão atrás de nós!
- É só acelerar, esse carro aguenta correr muito mais que isso.
Então ela pôs na última marcha, e o carro saiu disparado pela avenida, deixando as motos para trás.
Peter puxa seu terno, e vê que estava sangrando muito.
- Droga...!
- O'Que foi?
- Devo ter cortado alguma coisa.
- Cadê, deixa eu ver.
- Você está dirigindo.
- A gente tá em linha reta, deixa eu ver logo isso aí.
Ela se debruçou e viu que o ferimento dele era sério, então bufou e disse:
- Eu sei de um lugar que podemos ir.
- Onde?
- Não dá tempo pra explicar, eles já nos alcançaram!
Hood vê pelo retrovisor que as motos estavam se aproximando, elas tinham turbos que os permitiam ficar perto o suficiente pras correntes acertarem o carro.
Um dos motociclistas pegou uma p*****a e começou a atirar no pneu, mas os tiros não fizeram nenhum efeito.
- Pneu a prova de balas? - perguntou Sofia.
- Entre outras coisas, olha, não vai ter como a gente lidar com eles agora, tá vendo aquela carreta ali?
Peter Hood apontou para uma carreta logo à frente deles.
- Suba nela, quando eu disser já, você aperta um botão vermelho que fica na parte de trás do volante, entendeu?
- O que você tá pretendendo? Nós podemos morrer aqui!
- Eu sei oque tô fazendo!
- Tá, tá, mas a ponte da carreta tá suspensa.
Hood baixou o vidro, pegou sua p*****a, e deu um tiro na alavanca, fazendo a ponte da carreta descer e arrastar no chão, soltando muitas faíscas.
- Manda ver!
Sofia acelerou com tudo pra cima da carreta, e quando estava chegando perto, ele gritou:
- AGORA!
Ela apertou o botão, e o escapamento do carro brilhou em fogo azul forte, e eles dispararam para cima da carreta, e passaram pela rampa, voando bem alto e saindo da avenida.
Eles caíram bem no meio de um brinquedo de escorregar inflável e gigante de um parque de diversões que estava fechado, e por aquele brinquedo ser feito de borracha, ele amorteceu a queda do carro.
Sofia respirava ofegante, e ela grita e comemora animada:
- UHULLLL, ISSO FOI DEMAIS! VIU SÓ AQU...
Ela olhou para Peter, e viu que ele estava bem pálido e quase desmaiando por conta do ferimento.
- Porcaria, eu quase esqueci.
Peter estava zonzo, e ele ouvia a voz de Sofia bem baixa no fundo, acompanhada de um zumbido:
- Aguenta Hood, a gente já chega lá.
Ele tenta olhar pro lado, mas seus olhos se fecham, e ele apaga.
Muito tempo depois, ele acorda abrindo os olhos devagar, e sente que está deitado em alguma coisa fofa, como uma cama, e ao olhar pro teto, ele vê um ventilador girando devagar no meio de um teto de madeira, e quando recupera mais os sentidos, ele ouve alguma coisa de metal girando e parando. Peter se levanta, e na sua frente ele vê Sofia com uma faca curvada, girando-a no dedo indicador.
- O-Onde estamos?
- Esse lugar pequeno e mixuruca como você deve estar pensando, é onde eu costumo chamar de casa.
- Eu não ia dizer isso.
- Uhum.
Peter se senta na cama, e vê que sua barriga estava enfaixada, e ele tenta fazer uma força pra levantar, e Sofia não fala nada.
- Não vai dizer que eu não devo me esforçar porque se não meus ferimentos vão se abrir?
- Não.
- Não?
- Só diria isso caso realmente tivesse um ferimento aí.
- Como assim?
Sofia respirou fundo, e procurando as palavras certas, ela contou pra ele:
- Antes mesmo de eu te levar pra um médico, você tinha quebrado três costelas, e uma delas tinha rasgado sua pele, poderia até mesmo ter te matado, mas você deve ser mais forte do que pensa, porque seus ferimentos foram se curando no caminho, e o médico não teve muito trabalho, ele disse que assim que você acordasse estaria novinho em folha. Seu sistema linfático é bom.
Até mesmo Peter Hood ficou impressionado, nem ele mesmo sabia a real extensão das habilidades de um super agente.
- Por que está com essa faca? - perguntou ele.
Sofia continuava a rodar a a**a branca no dedo indicador, até que ela segura a faca pela lâmina e a estende para Peter.
- O que é isso?
- Pega.
Sem entender muito bem, ele pega a faca, e a roda no indicador também, depois a segura com firmeza.
- O que é isso?
Sofia encostou suas costas na cadeira em que estava sentada e respirou fundo, ela tomou um pouco de coragem e então contou:
- Você estava certo, eu ia trair você.
Peter fitou-a com um olhar sério.
- Ok, você tem trinta segundos para explicar, mas só estou te dando esse tempo porque graças a você eu não morri lá na basílica.
- Certo, escuta. Foi o Tarik quem pediu para que eu te levasse para a Basílica na noite de ontem.
- Então foi armação sua tudo aquilo?
- De jeito nenhum, eles também atiraram em mim!
- Então enquanto você me traia pra ajudar o Tarik, o Tarik traiu você e agora você vem fazer esse discurso de arrependimento pra mim?
- N-Não eu...
- Dez segundos.
- Olha, antes de nós irmos, eu disse ao Tarik que não tinha conseguido te convencer a ir, ou seja, não tinha como ele armar uma emboscada, e você estaria pronto para pegá-lo!
- Como você pôde ver, não tinha nenhum Tarik lá.
- Ele armou pra nós dois, estamos do mesmo lado, não consegue ver isso?!
- Foi por isso que você me deu essa faca?
- É pra te provar que eu estou falando a verdade, eu sei que se você resolver atirar essa faca em mim, nada do que eu faça vai impedir ela de me acertar.
- Você é muito boa em se fazer de vítima.
- Eu sou?
Sofia se levantou, ela tirou sua blusa, ficando só de s***ã e então se virou de costas, mostrando marcas horríveis nas suas costas, um pouco acima do quadril.
- Nossa...
- Tarik prometeu me ajudar, eu estava sozinha e desamparada, e assim ele fez. Mas isso teve um preço muito alto, eu era muito maltratada pra ter o mínimo de higiene pessoal, até que eu praticamente vendi minha alma pra me tornar ajudante pessoal dele. Eu ainda não sou vítima o suficiente pra você ou já está bom?
Ela se sentou de novo na cadeira, com Peter observando ela.
- Só pra constar, eu não tinha visto essas marcas nas suas costas quando nós...
- É claro, a luz estava baixa.
Peter viu que Sofia parecia triste, e acabou se compadecendo.
- Eu sei como é, fingirem que querem te ajudar e no fim acabarem te transformando em algo que você nunca quis ser. - começou ele.
Sofia levantou a cabeça e o encarou.
- Eu nunca conheci meus pais, nunca soube quem eles eram ou sequer seus nomes. Fui deixado na porta de um orfanato no dia que eu nasci, isso foi em Pilgrim, a cidade onde eu cresci. A mulher que cuidou de mim colocou meu nome de Peter Hood, porque o único filho que ela tinha concebido acabou morrendo de uma doença logo que nasceu, eu me lembro como se fosse agora, ela dizia que o nome dele era Peter, mas que colocou Hood no meu nome porque ela lia muitas histórias sobre Robin Hood na pausa pro almoço e definitivamente ela amava aquele personagem.
- É interessante saber que seu nome veio de um personagem de literatura. - Sofia segurava o riso.
- Pois é, pode rir o quanto quiser, eu também achei engraçado na época. Ela me faz falta. Conheci dois dos meus melhores amigos, infelizmente um deles acabou morrendo quando passou pelo mesmo programa de super agente que eu, e logo depois disso eu fui levado pra ficar no lugar dele. Mas o lado bom é que eu descobri recentemente que o outro ainda está por aí. - Peter tinha um olhar de esperança.
- E por que você não está lá junto com ele? Já que ele é sua única família restante.
- Ele é... como posso dizer? Especial também. Prefiro não envolver ele em assuntos pessoais, não quero colocar nas costas dos outros os problemas que são meus.
Peter rodou a faca na mão, e a observando, ele concluiu a história para Sofia:
- Depois que esse meu irmão morreu, a corporação Australiana veio me buscar em Pilgrim, um garoto mentalmente estável, sem pais, nem responsáveis, totalmente à deriva no mundo. Eu era a cobaia perfeita, principalmente por ter tido ligação e contato com o primeiro paciente deles. Foi muita malícia, eles me pegaram me prometendo um lar e uma nova vida, ainda me prometeram respostas sobre meus pais... mentirosos! Fui submetido a vários experimentos mentais até me tornar oque sou hoje. O único lado bom nisso tudo é que posso usar as habilidades que recebi para fazer o bem, não é?
- Sim... sente falta dos seus irmãos? Da vida que você tinha?
- Às vezes. Já que um deles está vivo, isso me consola bastante.
Sofia sorriu.
- Existem amigos que são mais chegados que irmãos, né?
- Com toda a certeza.
Ele deu um sorriso de canto de boca, então atirou a faca de Sofia no chão.
- Você ter se aberto comigo, significa que agora você confia em mim?
- Talvez signifique que eu esteja começando a gostar só um pouco de você.
- Só um pouco, é?
Sofia levantou- se e se sentou sobre o colo de Peter, e o beijou.
- Eu até gosto do número sete. - disse ele, entre os beijos.
Então ele e Sofia deitaram na cama, e ele arranca o s***ã dela de uma vez.
Peter e Sofia passaram o resto daquele dia juntos. Até o dia seguinte, quando ele acordou vendo a luz do sol sair entre as frestas da persiana. Sofia estava abraçada com ele, com um sorriso no rosto. Ele pensa em voltar a dormir, até que ele repara que tinha um quadro coberto com uma lona no quarto ao lado, ele viu por uma porta que estava entreaberta.
Cautelosamente, ele tira os braços de Sofia de cima dele, e vai até aquele quarto, tira a lona do quadro, e assim, ele acha várias informações sobre Tarik e todo o esquema mercenário dele, ele lê todas as informações calmamente, até que ele acha um nome:
- Özsüt İncesu... - ele leu sussurrando.
Sofia chegou nessa hora, vestida com um short e uma blusa.
- Ah, você achou isso.
- Por que você tem isso na sua casa?
- Dãã... eu trabalhava pro Tarik, lembra?
- Aqui não tem a localização dele.
- Nenhum de nós que trabalha pro Tarik sabe onde ele reside.
- Isso é estranho.
- Ele não gosta de deixar rastros, mas se tem alguém que deve saber onde achá-lo, esse alguém é Özsüt İncesu, o artesão dele.
Peter assimilou tudo aquilo, então falou:
- Acho que nós devemos começar por...
De repente a janela do quarto se quebrou, e Sofia levou um tiro nas costas, e Peter se jogou no chão na hora, e vários outros tiros foram disparados contra aquele cômodo, perfurando a parede inteira.
Ele vai rastejando até Sofia, que estava caída no chão, sangrando e respirando ofegante.
- Sofia... Sofia! Não... meu Deus!
Ele tocou Sofia no ombro, mas nada do que fizesse adiantava, então tocou o pulso dela, e não sentiu o coração bater mais.
Ele reparou que ela deixou um gravador de caído no chão, escrito:
"Informações de Tarik."
Peter deixa escorrer uma lágrima, mas ele estava sem tempo pro luto, ele ouviu o som da porta da casa sendo arrombada, e pelo som dos passos, tinham pelo menos uns seis guardas.
Peter Hood se enfureceu, e se levantou.
Os guardas vinham revirando a casa toda, até que chegaram ao quarto onde eles estavam deitados, e começaram a revirar as coisas, quando um dos guardas entra pela porta do cômodo onde estava o quadro e o corpo de Sofia, Peter o pega e bate a cabeça dele na parede. Peter esperava pelos guardas do lado da porta, e depois de atacar o primeiro, os outros cinco abriram fogo contra ele, mas Hood pegou a MP5 da mão do guarda que ele nocauteou e também começou a atirar atrás da parede, e os tiros pegaram em um soldado, enquanto os outros tomaram cobertura atrás dos móveis.
Peter pegou uma granada que estava presa no colete do guarda que ele nocauteou, tirou o pino, e a jogou debaixo da cama de Sofia, e então ele correu dali e o quarto explodiu, e uma parte da casa veio ao chão.
Ele desceu escorregando pelo assoalho, e parado perto da casa, estava seu carro, mas um soldado estava perto dele, e assim que ele viu Hood, ele puxou a p*****a da cintura e disparou contra Peter, que conseguiu rolar rápido o suficiente pra tomar cobertura atrás de seu próprio carro, e então o guarda subiu nele, e quando ele foi mirar em Hood, ele não estava mais ali. Perdido, o guarda olhou em volta procurando por ele, até que ele ouviu o ronco do motor do carro, e Hood estava logo atrás dele com um controle na mão, um que ligava o carro.
O guarda mirou nele assim que o viu, mas de repente o carro deu uma arrancada, e o guarda acabou caindo no chão.
Peter aproveitou a oportunidade e foi pra cima do guarda, quebrou o braço dele, tomando a p*****a, e em seguida deu um tiro no joelho dele, depois deu uma coronhada, apagando o guarda.
Em seguida, foi correndo para dentro do carro, e acelerou, saindo dali.
Ele desceu a rua e foi acelerando cada vez mais, até que de repente ele se assusta vendo um tiro pegar no retrovisor dele.
Ele olha para trás e vê os capangas das motos com correntes de novo, então acelera com tudo, e conta as balas na a**a que pegou do segurança, e só tinham mais seis, e os homens nas motos eram dez.
Hood virou bruscamente à esquerda numa rua larga e reta, então ele vira novamente e desce por uma rua da direita, que era uma rua tão íngreme que lembrava as de São Francisco, e mantém o volante parado, deixando o carro descer pela rua sozinho enquanto ele abre o vidro e senta na janela, e gasta as seis últimas balas da a**a em seus motoqueiros, sobrando apenas quatro, porém um deles se aproximou, e Hood jogou a p*****a no meio do aro da roda da frente, fazendo com que ele perdesse o controle, e assim ele bate com a moto num poste e explode.
Sobraram três, e eles seguiam Hood a todo vapor, e ele já estava ficando sem opções, até que ele tem uma ideia. Peter vê que Sofia tinha deixado seu escudo e sua p*****a numa pequena maleta atrás no banco do passageiro, e ele se estica para pegar, e agora com a maleta em mãos ele abre e põe o bracelete, e vendo que sua p*****a estava completamente carregada e sem mais nenhum pente, ele se prepara.
Os motociclistas vinham girando as correntes, até que um acertou o vidro do lado do motorista e depois saca uma p*****a e aponta para ele, um outro também veio do outro lado, e também acertou o vidro com a corrente. Peter deu um tiro nas mãos de cada um deles, quando estavam prestes a sacar suas pistolas, fazendo-as cair.
Peter viu que mais a frente tinha um rio, e que era uma rua sem saída, então ele acelerou com tudo, e os homens não paravam de seguí-lo, então ele freou de repente e os dois homens também frearam, e Hood rapidamente desceu e matou os dois com tiros. Mas ele nada havia feito como terceiro ainda, e ele sabia que se o visse, seria o fim das chances dele de desaparecer, então pôs seu plano em prática.
Quando o último capanga chegou até o local onde o carro de Hood e os corpos dos outros dois estavam, ele desceu da moto e sacou sua a**a e foi com cuidado olhar dentro do carro de Hood, porém ele só encontrou a maleta, e quando a abriu, tinha um temporizador contando e faltava só um segundo pra ele explodir, e assim aconteceu.
Por dentro do riacho, Hood foi andando pelas pedras, e sumindo por entre as árvores da floresta. Ele tinha conseguido fugir da visão dos homens de Tarik, e ainda pegou um pequeno gravador de Sofia com várias informações sobre o mercenário.
"- Dois coelhos com uma cajadada só." - pensou ele.
Mas Peter ainda estava com muita raiva e triste pela morte de Sofia, ele estava determinado a vingá-la, parando Tarik, e agora que recuperou sua anonimidade, ele já sabe exatamente qual será seu próximo passo.