Istambul

4477 Words
1 ano e 4 meses após a Invasão Macabra... Peter Hood estava em seu quarto em uma base da corporação americana, ele estava penteando a barba enquanto observava a si próprio no espelho, com muita atenção. Peter Hood tinha participado de um evento que mudou para sempre a história do mundo, ele próprio ainda estava tentando descobrir oque pensava a respeito da Invasão Macabra, mas tinha certeza de uma coisa, o mundo não é mais o mesmo. Ele havia se juntado aos Alongs, a equipe de heróis mais famosa e habilidosa do planeta, e juntos eles lutaram e conseguiram conter a ameaça. Depois de um ano trabalhando com a corporação americana, Peter estava finalmente pronto para retomar sua jornada pessoal, e procurar pelo tal Tarik que o quer morto. Ele arrumava seus cabelos loiros com água e um pente. Peter cresceu muito desde que fugiu do programa de super agentes, ele agora estava mais musculoso e forte. Depois que terminou de se arrumar, ele pôs uma camisa de manga preta, e depois vestiu um colete também preto. Pegou sua bolsa de pertences pessoais em cima de um armário e a abriu, tinham várias coisas que ele usaria no dia a dia, como roupas e itens de higiene pessoal, porém o mais importante ele se certificou de que estava levando, suas armas. Peter recebeu um arco e flechas profissionais, feitas de metal e carbono, com uma linha muito mais resistente para lançar, e as flechas eram de todo tipo especial, sonífera, explosiva, venenosa, de luz, gás e etc. Porém a mais especial era uma flecha de ponta roxa, que era muito diferente das outras, muito mais perigosa, e por isso ele a guardou com cuidado. Com a mala pronta, Peter a colocou no ombro, e saiu do seu quarto, apagando a luz. Peter sai pela porta da frente da base, estava um sol radiante do lado de fora. - Vai nos deixar, agente Hood? - perguntou um oficial que estava de guarda na porta. - É temporário, preciso resolver umas questões. - Boa sorte. - Estou contando com isso. E ele acenou pro oficial, indo embora. Peter anda pelas ruas do Missouri, quando seu celular começa a tocar, e ele vê que é uma ligação de Mevlit e atende: - Mevlit! - Peter, soube que vem nos visitar? - Bom, mais ou menos. Preciso ir até Istambul para resolver umas questões. - Sendo assim, eu ficaria feliz de ser seu guia turístico. - brincou Mevlit. - Ora, por que não? Peter foi até o aeroporto e pegou o primeiro avião expresso até Istambul, e assim que chegou, Mevlit e ele se encontraram na porta do aeroporto, e eles se cumprimentam com um abraço apertado. - Você cresceu, andou malhando? - falou Mevlit. - A academia é de graça pros agentes da corporação, e como eu fiquei entediado... - Chocante. Peter olha em volta, observando a cidade. - Então Istambul é assim? Agora entendo porquê você e sua família vieram pra cá. - Nada melhor que nossa cidade natal, não acha? - Concordo. Mas vocês poderiam ter vindo comigo para a América. - Ah, nós não gostamos muito da América do Norte, sem ofensa. - Ofensa nenhuma. E eles foram descendo pelas escadas do aeroporto, e Peter conseguiu ver a basílica de Santa Sofia. - É ainda maior do que eu já vi em fotos. - Pois é, né? A basílica de Santa Sofia é um dos melhores locais para se visitar em Istambul. - Talvez eu dê um pulo lá depois. - disse Peter. E eles foram andando, passando por ruas com várias lojas, e o local é bem agradável, com um clima bem quente, pessoas conversando na rua, muitos tapetes decorados e até cartomantes em alguns pontos. - Essa cidade é fantástica! - exclamou ele. - Istambul é o paraíso na terra, ainda não sei onde estava com a cabeça quando resolvi mudar daqui com a minha família. - Aliás, como está Gönül? E os meninos? - Estão todos muito bem. Se prepare, pois os meninos vão te fazer muitas perguntas sobre... sabe, aquele incidente. - Vou sentir muito por desapontá-los, você sabe... - Assunto confidencial, eu sei. - Desculpe... - Não precisa se desculpar, é parte do seu trabalho, só que é tudo muito diferente agora, alienígenas gigantes e que voam, tudo isso é no mínimo muito problemático. - Eu entendo, acredite. - Pois bem, ali está nosso lar. Mevlit apontou para uma casa enorme e bem arejada no fim da rua. - Como você mora perto do aeroporto hein. - São as vantagens de morar em Istambul, eu acho. Mevlit e Peter entraram pelo portão, e já foram recebidos pelas crianças, que vieram e abraçaram Peter bem animadas, e fazendo muitas perguntas com r*****o à Invasão Macabra. - Rapazes, o tio Hood acabou de chegar de viagem, deve estar cansado. Deixem ele respirar um pouco por favor. - pediu Mevlit. Então as crianças entraram. - Elas têm realmente muita energia. - disse Peter. - Você não faz ideia. - Ahn... Mevlit, não quero ser grosseiro, mas já está anoitecendo, e eu realmente preciso achar um hotel e... - Por que não fica pro jantar pelo menos? Gönül e eu nos preparamos para sua chegada, e não se preocupe, os hotéis aqui em Istambul não fecham cedo. - Já que insiste, não quero fazer desfeita. - disse ele, sorrindo. Os dois entraram, e Mevlit chamou Gönül, que veio e os recebeu, ela abraçou Peter Hood, e um tempo depois, eles tinham acabando de jantar, Mevlit colocou as crianças pra dormir, e depois voltou pra mesa, estando somente ele, Peter e Gönül. - Eu estava contando pro Peter como aqui é um local muito bom e tudo mais. - falou Mevlit para sua esposa. - Ah é, ficamos felizes que você veio nos visitar, Peter. - Eu também, estou amando esse lugar, e só estou aqui faz 3 horas. - Fico feliz que o resto das pessoas na Austrália tiveram a chance de mudar de vida, quer dizer, nem todos deram a mesma sorte que nós, não é mesmo? - disse Gönül. - Sim... eu soube. O Anarquista realmente deu uma geral na casa por lá. - O mundo precisa de pessoas como vocês. - disse Mevlit. - Obrigado, amigo. Mas então, senhora Yalman, você se recuperou bem daquele tiro. - Ainda dói de vez em quando, mas nada sério. Peter deu uma risada de leve, e então ele olhou pro relógio. - Nossa, agora que eu vi o horário, eu realmente preciso ir embora. - Temos um quarto pra você lá em cima se quiser. - disse Mevlit. - Não... gente, eu sou grato, de verdade, pela hospitalidade de vocês, mas eu não posso envolver vocês no que está prestes a acontecer. Minha vinda a Istambul não é tranquila, eu não vim aqui tirar férias. - Nós sabemos e entendemos. - disse Gönül. - Mas se no mínimo puder deixar eu te dar uma carona até o melhor hotel da cidade... - ofereceu Mevlit. - Eu agradeço muito. Peter se despediu de Gönül, então ele e Mevlit foram até um hotel cinco estrelas, e Mevlit o deixou na porta. - O'Que precisar, pode nos procurar. - Pode deixar, muito obrigado Mevlit. Ele e Peter apertam as mãos, então Peter sai do carro, e Mevlit vai embora. Depois ele entra no hotel e vai até a recepção, e um homem alto, n***o e careca com uma barba enrolada o atende: - Gostaria de um quarto, por favor. - Claro, seu nome é? - Peter Hood. - Muito bem senhor Hood, quarto 518. - Só isso? Não vou precisar fazer um cheque nem nada? - A estadia no hotel é ilimitada, a conta chegará todos os dias pela manhã. - Entendo, muito obrigado então. - Ao seu dispôr, senhor. O elevador fica no corredor da direita. - Obrigado. Ele entregou a chave e Peter foi andando pelo corredor, tinha um g***o musical tocando piano com uma cantoria agradável, muitas pessoas olhavam pra ele enquanto ele passava, mas aquilo era totalmente compreensível, já que a fama dos Alongs corria pelo mundo todo. Peter para num bar, e pede um bourbon, e imediatamente o barman o atende, trazendo a bebida. Uma mulher ao lado de Hood, ela é bem bonita, morena, com a pele um pouco mais escura que a dele, e usava um vestido aberto nas costas, com decote e preto, fora o batom preto e provocante. - Você é novo, nunca te vi por aqui. - Muito observadora. - Me chamo Sofia. Sofia Yasser. - Peter Hood. - Uau... então você é o famoso Peter Hood? Como veio parar aqui? - Acho que foi por acidente. - Eu bem que adoraria ter um acidente com você. - Acho que isso é impossível, uma das minhas muitas habilidades é nunca errar a mira. - Que tal testarmos isso? Sofia agarrou Peter pela manga da camisa e o beijou. Um tempo depois, eles estavam no quarto dele, se beijando loucamente em cima da cama, enquanto eles arrancavam a roupa um do outro, até que Sofia sussurra: - Nossa, você é muito forte. - Eu ainda nem comecei... Ele começou a dar uns amassos em Sofia e então eles dormiram juntos naquela noite. Na manhã seguinte, Sofia acorda vendo o s***ã dela em cima do abajur, e logo atrás, entre as cortinas, a luz do sol sai radiante. Ela se levanta, levando a coberta consigo, tampando seu corpo. - Aman! Eu tô exausta, ontem a noite eu pensei que nunca mais fosse andar... não, espera, isso foi antes da quinta ou depois da sexta? Ela olha pro lado e vê Peter em pé, mexendo em alguma coisa em cima da cômoda. - Pronto pra sétima? - disse ela chegando perto dele. Ela solta a coberta, a deixando cair, e começa a beijar Hood pelo pescoço, e ele se vira beijando ela. - Ainda acha que eu não tenho mira boa? - diz ele entre os beijos. - Não, você acertou direitinho todas as seis... mas dizem que sete é o número da sorte. De repente ele para de beijá-la. - O'Que foi? - Tem uma coisa que eu quero fazer. Ele volta na cômoda, mas de repente ele ouve o click de uma a**a atrás dele, e se vira pra ver, Sofia estava apontando uma p*****a pra ele. - Devo dizer que é a primeira vez que uma mulher completamente nua me ameaça desse jeito. - Eu tinha certeza, eu sabia que era você! Peter franziu a testa. - Tarik disse que você viria atrás de nós, já que a emboscada falhou. Ele entendeu tudo na hora. - Então você fez tudo isso, digo, tudo isso mesmo, só pra comprovar quem eu sou? - Admito que você é bem mais sexy do que sugeria ser, não pensei que você fosse tão bom de cama. - Tsk, isso não é a única coisa que eu sei fazer. Ele jogou a bolinha de borracha que tinha na mão direto no chão, ela quicou e pegou na a**a na mão de Sofia, e a atirou longe, desarmando Sofia. - Mas o'que?! Peter foi pra cima dela, e jogou Sofia em cima da cama, então ele montou em cima dela e segurou Sofia pelo pescoço. - Escuta, eu não quero te machucar, então me ajuda a te ajudar, ok? Cadê o Tarik? - Nossa, você tem pegada mesmo. - Acha que eu estou brincando? Literalmente qualquer coisa dentro desse quarto vira uma a**a nas minhas mãos. De início achei que você fosse só uma acompanhante de luxo, mas eu sei que você trabalha com Tarik. Ele puxou um cartão de identificação da lateral do seu short, e o mostrou para Sofia. "Sofia Yasser, ajudante pessoal de Tarik Niazi" - Como vai ser? - Quando você pegou esse cartão? - Ontem a noite, antes das nossas seis vezes. - Você sabia quem eu era esse tempo todo e ainda sim dormiu comigo? - Tive tempo mais que suficiente para descarregar sua a**a e jogar todos os seus canivetes fora, além do mais, tomei as devidas providências para garantir que você ficasse tão cansada que não fosse acordar no meio da noite... entende? Isso me deu tempo o suficiente pra ler seus arquivos dentro da sua bolsa e conseguir mais informações sobre o Tarik, mas eu ainda tenho duas perguntas sem respostas, cadê o Tarik? E por que ele me quer morto? - Uau... você é bom. - Sou um detetive. -Ok, você venceu. Poderia me soltar por favor? Nós podemos conversar civilizadamente. - E quem me garante que você não vai aprontar? - É assim que trata a garota que te fez ver estrelas noite passada? Então Peter a soltou. - Tecnicamente fui eu quem fez você ver estrelas. - Ah tá... - Sofia bufou, revirando os olhos. Sofia vestiu suas roupas, depois se sentou na cama, encarando Peter. - Desembucha. - mandou ele, em tom de autoridade. - Vai me desculpar por te decepcionar, mas eu não sei o porquê o Tarik quer m***r você. Ele olhou sério pra ela. - Estou falando sério, você leu aí no cartão, eu sou só uma ajudante pessoal. - Em que sentido, exatamente? - Eu faço o trabalho sujo pra ele, coisas que ele não tem coragem de pôr a mão na massa, e que n******e vir a público. Peter estava ficando irritado. - Porém... Quando Sofia falou isso, ele olhou atentamente para ela. - Vai ter um baile de gala hoje a noite na basílica de Santa Sofia, e eu bem que estou precisando de um par. - Me dê uma boa razão para fazer isso. - Você quer respostas, não quer? Há uma grande chance de Tarik também estar lá, e vocês conversarem cara a cara. Ele ficou interessado. - Só pra avisar, não tente me trair, porque não vai dar certo. - Isso nem passou pela minha cabeça. - Imagino que não. Peter se levantou, e se virou de costas para se vestir, então Sofia diz: - Ele te chama de Sicário Sombrio. Peter vira devagar, e muito pensativo. - Por que? Sofia é curta e grossa: - Ele acredita que você é um mercenário c***l e que só mata por sede de sangue. Peter levanta a sobrancelha, não entendendo nada. - Acho que esse Tarik é meio biruta, eu nunca nem tinha matado ninguém antes dele mandar seus homens atrás de mim, a não ser é claro, por auto defesa. Mas o nome até que vem a calhar, impõe medo e respeito. Sofia bufa, então levanta da cama, põe seu manto e diz: - Me encontre na porta do hotel às seis em ponto. Ele balançou a cabeça positivamente. E ela foi embora. Peter sabia que jamais entraria naquele baile portando suas armas normais, como o arco ou a espada, mas o escudo até que seria uma boa. Ele põe um bracelete, que se abre, formando um escudo grande no braço dele. Entretanto, só isso não iria salvá-lo de uma possível emboscada, então ele procura Mevlit, indo até a casa dele e batendo na porta. - Peter? Não esperava vê-lo tão cedo. - Desculpe incomodar, Mevlit. - Não é incômodo nenhum, por que não entra? Fique à v*****e. - Obrigado, mas eu dispenso. Eu preciso da sua ajuda. - Então fico feliz em ser útil. Do que precisa? - Você poderia construir uma a**a pra mim? Mevlit ficou surpreso, então ele e Peter foram até sua garagem, onde tinha uma pequena oficina. - Como sabe que eu sei fabricar armas? - O grande Mevlit, ex engenheiro de armamentos do antigo sultão, você tem um Wikipédia. - Faz sentido. Então Mevlit abriu uma tampa da mesa, mostrando vários tipos de armas. - Então, do que precisa? - Uma coisa... um pouco mais... específica. - Pois não? - Preciso de uma coisa muito discreta, que caiba no bolso de um terno pelo menos, e que tenha capacidade para muitas balas. Mevlit coçou o queixo, pensando, e então sugeriu. - Conheço uma desse tipo, mas que só construí uma vez, quando o sultão cismou de que toda noite alguém invadia o quarto dele para roubar coisas. Eu a chamo de mata-tudo. - Hm... Ele mostrou uma planta com todas as peças da a**a, e depois uma foto dela completa. - O pente dela comporta até trinta e duas balas, ela tem um tamanho regular, e o cabo é totalmente texturizado, pro caso da sua mão ficar suada. Ainda posso trabalhar em algumas atualizações para ela, porém tem uma grande desvantagem, o alcance dela é muito curto, indo até somente cinco metros de distância, em compensação, sem recuo. - Isso não será um problema. Em quanto tempo acha que consegue construir? - Em uma ou duas horas mais ou menos. Pra quando precisa dela? - Hoje à noite. - Vai a algum evento especial? - Consegui uma pista do paradeiro de Tarik, estou levando pouco armamento, pro caso de uma surpresa, sabe como é, não sabemos oque esperar. - Muito inteligente de sua parte. Vou começar a construí-la agora, posso embalar e enviar ao seu quarto do hotel assim que ficar pronta. - Não, eu prefiro ficar e assistir. - Tem certeza? Serão duas longas horas. - Eu tenho tempo. Então Peter ficou ali sentado assistindo Mevlit trabalhar, ele construía a a**a com tanto zelo e cuidado, que era um verdadeiro espetáculo, parecia um pintor dedicado fazendo sua melhor obra de arte. Assim que Mevlit terminou, ele mostrou a a**a para Peter Hood, em cima de um suporte sofisticado. - Aí está. - Muito bem, quanto eu te devo? - Você não me deve nada. - O'Que? Isso é um trabalho espetacular, quer dizer, você gastou material, fez com toda a maestria... - Eu nunca pude te retribuir por ter salvado a minha vida e a da minha família daquele tormento na Austrália, considere isso como um presente de agradecimento. Ah, leve aquele cinto de pentes ali também. - Muito obrigado, Mevlit. - Eu é que agradeço. E eles dois apertaram as mãos. Mais tarde, Peter estava no seu quarto do hotel, ele deixou tudo bem arrumado, e depois se arrumou tomando um bom banho e vestindo um terno com camisa social branca e gravata. Por debaixo da manga do terno, ele pôs o bracelete do escudo, e pôs o cinto de pentes também, que por debaixo do terno ficou quase invisível de tão discreto. Por fim, colocou a p*****a num coldre por dentro do terno, e assim ele ficou pronto. Ele desceu pelo elevador e chegou à porta do hotel exatamente às seis em ponto, ele e Sofia chegaram juntos, ela usava um vestido longo e vermelho. - Olha só quem tá todo elegante. - disse ela. - É bom você não aprontar nenhuma gracinha, ou... - Ou o'que? Eu nunca vi a morte andar de terno. - Com certeza você nunca viu John Wick. Sofia riu, então colocou seu braço por debaixo do de Peter, e então o motorista do hotel chegou e estacionou um Bugatti Veyron personalizado na porta do hotel, e deu as chaves na mão de Peter, e ele agradeceu. Sofia ficou de boca aberta ao ver aquele carro. - C-Como assim você tem um Bugatti Veyron?! - A p***e aqui é você. - debochou ele. Então eles entraram no veículo, ele era azul na base, e preto fosco no resto, com os aros azuis pelas bordas e uma luz neon azul embaixo, o interior dele é branco com alguns detalhes pratas, como a marcha, algumas partes do volante, o ar e o rádio também. - Caramba, isso é... - É bom ter um carro rápido, pra caso... você sabe, uma fuga imediata. - Você anda mesmo preparado pra tudo, hein. - Se eu não andasse, já estaria morto. Então, está com os ingressos aí? - Com toda a certeza. - Sofia mostrou os ingressos na mão. - Vamos nessa. Peter Hood acelerou e arrancou num instante, com aquela máquina fazendo um som estrondoso. A basílica de Santa Sofia estava bem cheia, vários homens ricos com suas esposas, eles conversavam entre si, ansiosos pela chegada do anfitrião. Sofia resolve puxar assunto no carro: - Türkçe nasıl konuşulacağını biliyor musun? - Sofia falou em turco, que significa "Você sabe falar turco?". - Tabii ki biliyorum. - respondeu Hood, que significa "Claro que eu sei" - Otuzdan fazla dil konuşabiliyorum. - acrescentou ele, "Sei falar mais de trinta idiomas" - Ótimo, porque eles não gostam de americanos. - Disso eu já sei. Sofia percebeu como Peter era muito direto e muito seco nas respostas dele, e começou a tentar quebrar o gelo: - Por que não me conta um pouco sobre você? - sugeriu ela. - Porque eu não quero. - Não confia em mim? - Não. - Mas por que não?! Peter bufou, e falou: - Pensa comigo, isso é meio louco. Eu te conheci ontem, nós dormimos juntos, quando me dou conta, você trabalha pro homem que quer me m***r, e ele quer me m***r por acreditar que sou um assassino, e agora estamos indo pra um baile que ele provavelmente vai estar lá pronto pra me m***r também, sem contar que bem no início de tudo isso, você apontou uma a**a pra mim, e isso possivelmente pode acontecer de novo. O que você acha que eu estou pensando agora, Sofia? Ela fica incrédula ao ouvir isso. - Você realmente acha que eu vou meter uma bala nas suas costas? - Você não tem motivo pra não fazer isso, assim como eu não tenho motivo pra confiar em você. Sem argumentos contra isso, Sofia se cala. - Obrigado pela compreensão. - disse ele. Então eles finalmente chegaram na basílica, e Peter estacionou o carro numa vaga mais aos fundos, então eles dois chegaram pelo jardim, e dois seguranças vieram revistá-los, porém Hood parou o'que estava vindo até ele, e falou: - Isso não será necessário. - Ordens do anfitrião. - Eu sou um convidado especial do anfitrião. - Ah é? E qual o nome dele? Peter olhou para Sofia, e depois olhou de volta pro guarda, respondendo: - Tarik Niazi. Os guardas se entreolharam. - Pode passar. Então Peter e Sofia passam, com ele ainda a segurando com o braço, como uma dama. - E agora, precisamos achar o Tarik. - sussurrou ele para ela. - Você pretende matá-lo? - Só depende dele. Eles chegaram até a parte da frente da basílica, que tinha uma pequena escadaria que dava dentro do local, e do lado de fora tinha um imenso jardim com muitas flores e uma fonte, muitas pessoas estavam por ali tirando fotos. Alguns nobres vieram, e cumprimentaram Peter e Sofia, e o papo foi rolando até que Peter pergunta: - O anfitrião irá aparecer? - Ah sim, já está quase na hora. - respondeu um homem, olhando no relógio. - O anfitrião vai fazer um pronunciamento em breve, dando as boas vindas a todos. - contou a esposa do nobre. - Entendo. Peter reparou mais ao fundo, que um homem estava olhando para ele perplexo, comparando com alguma coisa no celular, quando de repente ele sai correndo. - Ahn... me dêem licença um instante, vou cumprimentar um amigo ali. - disse Peter. - É claro, só... Mas ele saiu andando dali, deixando Sofia com os nobres, e ela tenta enrolar o máximo possível conversando sobre qualquer coisa com eles, mas observa Peter de r**o de olho também. Ele vai andando rápido e discretamente atrás do homem, até que eles chegam a um ponto cego do jardim, e ele começa a correr atrás do homem, que também corre desesperado, enquanto tenta ligar para alguém. Vendo que não o alcançaria antes que ele completasse a ligação, Peter pega duas pedrinhas que eram usadas de enfeite no jardim, e joga a primeira direto no celular na mão do homem, que cai no chão e quebra, depois ele joga a segunda, que atinge o homem na cabeça, e ele cai. Peter vai pra cima dele, e o segura pelo paletó, e fala: - Não ouse falar nada! - Tarik deve saber que você está aqui! - Bom, me desculpe, mas você não me deixa outra escolha. Ele deu um soco e apagou o homem, depois ele o colocou escondido dentro de um arbusto. De repente o sino da catedral começa a tocar, e Peter vai imediatamente encontrar Sofia, ela estava esperando por ele na porta da basílica. Ele chega ajeitando o terno, e já dando o braço pra ela. - Você foi embora! - ela falou sussurrando. - Tinha um cara suspeito, eu fui impedir ele de fazer alguma besteira! - Mas você me deixou aqui plantada e sozinha! Mas eles dois pararam quando entraram e admiraram o tamanho da catedral por dentro, cheia de pinturas e esculturas antigas realmente lindas, o lugar era extremamente espaçoso, todas as pessoas ali dentro ficaram admirando tudo em volta, boquiabertas. Peter avistou um local mais elevado, e concluiu que ali seria onde Tarik apareceria para recepcionar a todos na festa. Sofia reparou que haviam alguns guardas de olho nela e em Peter Hood. - Ei! - gritou um homem atrás deles. Os dois se viraram, e ele veio pra cima de Hood. - O'Que você pensa que tá fazendo andando com minha namorada por aí e se exibindo?! - Quem é você? - Timur, para! Ele é só um amigo. - disse Sofia. Peter reparou que tudo aquilo estava chamando e muito a atenção, mas rapidamente Sofia disfarçou chamando uns guardas que levaram Timur pra fora dali, e ela voltou pro lado de Hood. - Desculpe por isso... - disse ela. Mas nessa hora o som dos violinos parou, e os holofotes se voltaram para o local elevado que Peter tinha visto, e ele ficou olhando atentamente para lá. E um homem careca, magro, de pele escura, com uma barba grisalha e terno listrado aparece ali., - Boa noite a todos, que todos vocês sejam muito bem vindos! - anunciou ele, e todos começaram a aplaudir. - Esse é o Tarik? Sofia olhou aquela cena perplexa, e cutucou Peter, avisando: - É uma armadilha! - O'Que?! O anfitrião abriu os braços em boas vindas a todos, dizendo: - É muito bom estar aqui entre vocês, eu me chamo Tarik Niazi. - Aquele não é o Tarik! - Sofia alertou. Todos aplaudiram. - Vem, vamos embora daqui! - Peter puxou Sofia pelo braço. - Nessa noite temos um convidado especial, que demorou bastante pra... cair no meu convite, digamos assim. Senhoras e senhores, queiram dar as boas vindas a Peter Hood! Um monte de guardas chegaram na entrada, impedindo qualquer passagem deles. - Bem vindo a Istambul, Sicário Sombrio. A diversão está apenas começando. - disse o "Tarik".
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