bc

BARRIGA DE ALUGUEL

book_age18+
2.4K
FOLLOW
43.3K
READ
revenge
forbidden
contract marriage
HE
forced
opposites attract
friends to lovers
playboy
badboy
gangster
blue collar
drama
sweet
bxg
kicking
bold
childhood crush
cruel
friends with benefits
seductive
like
intro-logo
Blurb

Ela só queria salvar o pai.

Ele só queria um herdeiro.

Mas o acordo que os uniu vai ser o começo do caos.Milena, 19 anos, vê seu pai adoecer e o dinheiro acabar. Nisso ela se vê obrigada a aceitar o impensável: alugar o próprio ventre para o homem mais perigoso da Rocinha. Ela aceita gerar o filho do dono do morro da Rocinha em troca de dinheiro para o tratamento do pai.

Bruno Monteiro, vulgo Fera, não ama ninguém — ou pelo menos era, até ela aparecer.

Não acredita em família, não quer mulher, não quer fidelidade. Só quer um herdeiro para continuar seu legado. E Milena vai ser a mãe dessa criança…

Mesmo que isso custe sua liberdade.

Mesmo que isso destrua o coração dos dois.

O problema?

Desejo não se controla...

E agora, cada toque, cada olhar e cada provocação ameaça virar um incêndio que nem os dois vão conseguir apagar..

chap-preview
Free preview
Capítulo 1
Capítulo 1 MILENA NARRANDO Tem gente que olha pra Rocinha e só vê perigo. Mas eu vejo casa. Aqui o corre é pesado, a vida cobra cedo, e a rua não perdoa vacilo. Mas também tem riso alto na laje, criança brincando de pique entre os barracos e cheiro de feijão com alho subindo pela janela às seis da tarde. É bagunçado, é apertado, é barulhento. Mas é meu lar. E se tem uma coisa que eu aprendi desde cedo é que felicidade não tá no que a gente tem, mas com quem a gente vive. E eu vivo com o melhor homem do mundo: meu pai. Minha mãe morreu quando eu nasci. Parto complicado, falta de estrutura, negligência médica… sei lá. Só sei que ela se foi, e eu fiquei. Cresci ouvindo que eu tinha o sorriso dela. Mas nunca vi. A única foto que meu pai guarda é uma meio apagada, dobrada no meio, com ela rindo e ele olhando pra ela como se fosse o amor da vida. E era. Ele nunca mais se casou. Nunca levou mulher pra dentro de casa. Só me criou. Com amor. Com garra. Com tudo que ele tinha. A gente não tem muito. Aliás, a gente nunca teve. Mas ele sempre fez parecer que a vida era linda. — Sabe por que você se chama Milena? — ele sempre perguntava. — Porque é o nome que ela escolheu pra mim — eu respondia. — Isso. E também porque soa forte. Milena parece nome de mulher que não abaixa a cabeça. Que luta. Ele me ensinou a lutar sorrindo. E eu virei mulher do lado dele. Hoje eu trabalho num point na quadra. Barzinho de esquina que vira baile sexta e sábado, mas durante o dia vende de tudo: refrigerante, cerveja, marmita, pastel… Eu faço um pouco de tudo. Atendo, limpo, corro atrás de troco, ajeito freezer. E por incrível que pareça… eu gosto. Gosto do barulho, do movimento, do calor das frituras, dos gritos da galera jogando dominó aqui na calçada. Gosto de observar o morro vivo. Aqui ninguém passa batido. Todo mundo conhece todo mundo. E quando eu sorrio, tem gente que sorri de volta. É pouco? É. Mas é honesto. E é meu. No dia seguinte acordei cedo, como sempre. Lavei o rosto, prendi o cabelo, fiz um café forte e comi o pão amanhecido que a padaria da esquina me deu de graça ontem. Meu pai já tava sentado na cozinha, lendo jornal velho como se fosse atual. Ele é assim. Ama papel, não confia muito em celular. Disse que quem lê notícia impressa presta mais atenção. — Vai chover hoje — ele avisou. — E como você sabe? — perguntei, mordendo o pão. — Porque meu joelho tá doendo — ele riu. — É o meu termômetro. A gente riu junto. Esse tipo de conversa b***a me faz feliz. Antes de sair, deixei um beijo na testa dele e disse: — Te amo, pai. — Também te amo, minha pequena. Vai com Deus. ( ... ) O dia no point foi puxado. Teve baile no fim de semana e a galera tava de ressaca hoje, querendo coca-cola gelada e pastel pra rebater. O bar ficou cheio, calor demais, freezer pifando — mas eu tava aqui, firme. Amo o movimento. Amo quando as meninas do morro param pra me contar da vida, quando os moleques tentam desenrolar em cima de mim e eu solto um deboche pra cortar. Amo me sentir parte daqui. Faz a vida parecer mais leve. Menos sufocada. Quando o sol começou a baixar, a quadra foi esvaziando e o bar ficou mais tranquilo. Lavei os copos, limpei o balcão, fechei o caixa, troquei de roupa e subi o morro no passo leve de quem só quer chegar em casa, tomar um banho e colocar o pé pra cima. Mas foi só abrir a porta que eu soube. Tinha alguma coisa errada. Meu pai tava sentado no sofá, com a TV ligada em volume baixo, e uma cara que eu não via há muito tempo. Não era dor física. Era aquele olhar de quem carrega um peso no peito. — Oi, minha filha — ele falou, tentando sorrir. — Que foi? — perguntei na hora, largando a mochila no chão. — Tá com dor de novo? Ele balançou a cabeça. — Não é isso. — Então o que é? Tá me assustando. Ele respirou fundo. Passou a mão no rosto. E eu já conhecia aquele gesto. Era o “como é que eu vou contar isso?” Sentei ao lado dele. Peguei na mão. — Fala, pai. Pode falar. Ele olhou pra mim. E os olhos dele… estavam molhados. — Eu fui no médico de novo hoje. — Tá… — Peguei os exames. Meu coração congelou. — E? — Eu tô doente, filha. Sério. A frase bateu como tapa. — Doente como? — minha voz saiu trêmula. — O fígado. Já tá comprometido. — Mas isso tem tratamento, né? Tem jeito? — Tem. — Então a gente vai tratar! Eu trabalho, a gente dá um jeito… Ele me cortou com o olhar. — É muito caro, Milena. — E daí? A gente corre atrás. — Eu não quero te ver se sacrificando por minha causa. — Eu vou me sacrificar, pai. Quantas vezes o senhor já fez isso por mim? Ele abaixou a cabeça. E ali… eu vi o medo. Não era medo da morte. Era medo de me deixar sozinha. — Você é tudo que eu tenho — ele sussurrou. — E o senhor é tudo que eu sou. Nessa noite, eu não dormi. Deitei ao lado dele, no sofá pequeno que mäl cabia nós dois, e fiquei olhando o teto da nossa casinha simples. Eu pensei em Deus. Pensei em dinheiro. Pensei em desespero. E no meio do silêncio da Rocinha, só uma frase ficou martelando na minha cabeça: “É muito caro, Milena.” **** RECADINHO IMPORTANTE! **** — Esse livro terá atualização diária a partir do dia 15/08 que será o lançamento oficial dele! O motivo de ser só dia 15/08 é que vou finalizar os livros que estão em andamento, e aí sim vamos embarcar nós surtos desse daqui! Enquanto isso, vão colocando na biblioteca e indicando para as amigas! Beijos! Para mais detalhes entrem em contato comigo no INSTAGRÄM @inefavel.silgom

editor-pick
Dreame-Editor's pick

bc

Amor Proibido

read
5.3K
bc

Sanguinem

read
4.3K
bc

De natal um vizinho

read
13.9K
bc

Primeira da Classe

read
14.0K
bc

O Lobo Quebrado

read
121.5K
bc

Meu jogador

read
3.3K
bc

Kiera - Em Contraste com o Destino

read
5.8K

Scan code to download app

download_iosApp Store
google icon
Google Play
Facebook