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A FANTASIA DELE
Kyle Stevens desejava Jade na sua vida e na sua cama. Mas, mesmo havendo uma incontrolável atração entre eles, Jade não se rendia. Então Kyle encontrou o diário de fantasias secretas de Jade.
E decidiu realizar cada uma delas.
A FANTASIA DELA
Jade Stephens não confiava nos homens. Mas o magnífico Kyle Stevens estava fazendo com que ela reconsiderasse sua opinião. Ele antecipava cada uma de suas necessidades, cada desejo, cada fantasia. Parecia ser o homem perfeito, até que Jade descobriu que ele estava usando o “seu” próprio manual de instruções para seduzi-la...
Querida leitora,
Devo confessar, adoro bazares beneficentes. Raramente volto para casa de mãos vazias. Uma vez, enquanto remexia numa caixa de livros, imaginei o que aconteceria se um diário pessoal estivesse ali por engano...
Esta é a trama deste romance. Para descobrir, vire a página e se perca nesta fantasia!
CAPÍTULO I
— Não acredito! De novo, não.
Jade Stevens entrou no saguão do condomínio de apartamentos onde morava e observou o homem próximo às caixas postais, enquanto ele folheava o "seu" catálogo de lingerie da Victoria Secret.
Kyle Stephens era ousado demais e tinha um interesse exagerado por ela. O pior, não conseguia desencorajá-lo.
Qualquer outro teria desistido, mas não Kyle, Depois de diversas recusas, ele continuava incansável como sempre.
E era perigoso... Corpo esguio, sorriso despreocupado e olhos azuis. Sua ousadia, que deveria irritá-la, a fascinava.
Nos últimos seis meses, os dois haviam se tornado amigos. Não por opção, mas por necessidade. Como o nome dela em Jade Stevens, e o dele, Kyle Stephens, e os endereços iguais, mudando apenas um algarismo do número do apartamento, a correspondência deles vivia sendo trocada.
Ela suspirou. Preparou-se para enfrentar o charme de Kyle.
— Olá, Kyle.
— Humm — ele respondeu, distraído.
Kyle estava entretido com o catálogo. Virou a página e assobiou, da mesma forma sexy que fazia quando via Jade.
Ela se deteve diante da caixa postal, colocou a pasta no carpete e apanhou a chave na bolsa.
— Acho que trocaram nossa correspondência outra vez.
— Parece... — A voz dele era provocante.
Kyle abaixou o catálogo e a contemplou com um olhar delicioso. Estava vestido com seu uniforme de barman, calça preta e uma camiseta da mesma cor com o nome do bar, The Black Sheep, escrito em letras brancas. As botas pretas completavam o visual.
— O carteiro foi gentil em colocar este catálogo na minha caixa. E eu cheguei a pensar que você era uma boa moça... — ele zombou. — Embora, eu deva alertá-la: adoro garotas desinibidas...
Jade sentiu um arrepio involuntário percorrer a espinha. Voltou-se para ele.
— Está sonhando, Kyle.
Ele riu.
— Não seria a primeira vez. Mas estou certo de que a realidade seria dez vezes melhor que meus sonhos.
A segurança dele a espantava.
— Não perca seu tempo pensando em coisas que não vão acontecer!
— Ah, eu não teria tanta certeza — ele disse. — Um dia desses, você ainda vai aceitar o meu convite para sair. E quando acontecer, bem, vai lastimar o tempo perdido.
Ela enfiou a mão na caixa postal e retirou a correspondência.
— Nunca aceita uma negativa?
Ele meneou a cabeça. Depois a olhou longamente, dos pés à cabeça, em uma carícia visual que deixou um rastro de excitação em Jade.
— Nunca relaxa o suficiente para um homem poder se aproximar?
"Nunca mais."
Ela ignorou o desafio direto e desviou a atenção para as cartas.
De todos os homens que conhecera desde o rompimento com Adam havia três anos, Kyle era o mais direto e audaz. Não deixava escapar uma oportunidade para assediá-la.
— Parece que estou com uma de suas cartas — Jade falou, ansiosa por mudar de assunto.
A concentração foi perturbada quando ele se aproximou mais e parou às suas costas, mas não virou-se. Não mostraria o quanto ele a afetava.
Não podia vê-lo, mas o sentia. Um arrepio gostoso correu seu corpo. Ele parou logo atrás e esticou o braço, apoiando-o na parede.
Kyle não a tocou, nem precisava. O calor de seu corpo a envolveu por inteiro. Jade estava ciente de sua proximidade, do seu corpo masculino, da força daqueles músculos e do perfume inebriante.
Apesar de estar decidida a repelir aquela atração, Kyle Stephens a deixava indefesa. Sentia-se tentada a experimentar uma aproximação maior entre eles, mas sabia que seria perigoso demais.
Jade prendeu a respiração e apertou a correspondência. Precisava detê-lo!
Mas como impedir Kyle?
Ele entregou-lhe o catálogo aberto num anúncio de loções e sabonetes perfumados. Jade reconheceu sua fragrância predileta, "pêssego com jacinto".
— Descobri por que exala este aroma de pêssego — ele murmurou no ouvido dela. Encostou a cabeça no pescoço de Jade e aspirou o perfume suave.
Jade puxou o catálogo da mão dele e lhe entregou a carta.
— Aqui está sua correspondência— falou. — Vou ligar amanhã mesmo para o correio e avisar do nosso problema de correspondência trocada.
Kyle dobrou a carta e a enfiou no bolso da calça.
— Não me importo de trocar as cartas com você.
Jade sabia disso, mas preferia não ter de passar por aquele constrangimento. Também não queria ficar à mercê da forte atração que Kyle exercia sobre ela. Então virou-se, fechou a caixa postal e guardou a chave.
Ele não hesitou em colocar os dois braços sobre os ombros dela para acariciá-la. Não pôde deixar de sentir aquele corpo perfeito se enrijecer.
— Está tensa — ele disse, num tom malicioso — Teve um dia difícil no escritório?
As mãos de Kyle eram mágica pura na pele dela. A massagem, gostosa e cheia de sensualidade. Ela mordeu o lábio para não gemer. Tinha vontade de virar e se atirar nos braços daquele homem.
— É... — Ela recobrou o fôlego sob o toque experiente dos dedos de Kyle. Então, suprimiu um gemido de prazer. — Foi uma semana difícil.
Ele continuou a massageá-la.
— O que me diz de vir ao The Black Sheep esta noite, tomar um drinque e descontrair um pouquinho? Eu pedirei a Bruce que feche o bar e poderemos dar um passeio pela praia, quem sabe até conversar...
Jade estremeceu.
Sem se esforçar muito, ele trazia à tona a excitação que Jade mantinha reprimida... As mãos de Kyle revelavam que seria um amante perfeito.
Não importava. Para ela, pelo menos. Jade fugiu daquele contato antes que perdesse o controle.
— Eu tenho outros planos — disse num tom formal, que usava com os clientes da empresa de projetos "Casual Elegance", dela e da irmã.
Ele se inclinou pra frente, indiferente à resistência de Jade.
— Roxy's? — ele adivinhou, pois sabia que ela frequentava aquele lugar nas sextas-feiras.
— Preciso trabalhar.— Pretendia tomar um longo banho de imersão. Estava tensa, e o motivo não era a semana de trabalho. Enfiou as cartas na pasta e dirigiu-se à entrada do prédio.
Ele a seguiu.
— Não sabe que deve deixar o serviço no escritório? Trabalho sem divertimento não é saudável.
— Você me proporciona mais emoção do que preciso.
Kyle a segurou pelo cotovelo, impedindo-a de dar mais um passo. Jade virou-se para encará-lo.
— É mesmo? — perguntou, enquanto lhe acariciava a pele macia do braço.
Jade esqueceu momentaneamente do assunto da conversa, hipnotizada pelos olhos azuis encantadores... com o toque de Kyle.
— O quê? — ela perguntou.
— Trago emoção à sua vida?
Mais do que ele podia imaginar, e muito mais do que ela gostaria de admitir. Jade suspirou e libertou o braço.
— Eu quis dizer que nunca sei o que esperar de você.
Kyle sorriu e a desconcertou.
—Se sair comigo, sabe muito bem o que esperar.
Jade inclinou a cabeça.
— Você é mesmo persistente, não é? Ele deu de ombros.
— Somente quando acho que vale a pena.
— E se eu lhe disser que não estou interessada?
— Então eu teria de dizer que é mentirosa.
— E se eu disser que você se superestima? — perguntou, aflita.
— Eu teria de concordar com você — ele respondeu e aproximou-se. — Por que devo desistir agora que estou tão próximo de derrubar as suas defesas?
Jade sorriu sem graça.
— A resposta continua sendo não — completou e dirigiu-se novamente para a entrada, deixando-o para trás. Acenou já mais adiante.
— Boa noite, Kyle.
Ele colocou a mão no peito e fez uma expressão de dor.
— Você partiu meu coração, querida.
— Estou certa de que não fui a primeira nem serei a última.
Kyle sorriu ao vê-la afastar-se. Jade trajava um curto vestido de seda vermelha e sapatos de saltos altíssimos. As pernas nuas o levaram de volta às fantasias.
Podia vê-la vestindo um corpete de renda, como os do catálogo, e ele o despia lentamente. Jade parecia diferente, mais desinibida... E ele poderia então desvendar seus mais íntimos segredos.
"Você está sonhando, Kyle."
Jade Stevens atraía-o, e a idéia de agir sobre aquela atração o excitava. Mulher misteriosa e intrigante. Forte, porém feminina. Cheia de um fogo que o atordoava.
O problema era a barreira emocional entre eles. A que Jade erguera para evitar sua aproximação.
— Um dia ainda descubro seu ponto fraco, Jade... ele murmurou no saguão vazio. — E quando isso acontecer, você será minha.
Kyle olhou estupefato para o diário, de capa vinho, cheio de de fantasias íntimas. Estava surpreso de que uma coisa tão pessoal estivesse à disposição num bazar.
Numa caixa repleta de livros de culinária e de outros assuntos, ele abriu o diário. O nome "Jade Stevens" estava escrito no verso, seguido de uma data de três anos atrás.
Ele respirou fundo e se rendeu à curiosidade. Precisava conhecer os segredos e os desejos que Jade havia revelado naquelas páginas.
Incapaz de esperar mais, ele abriu a primeira página:
A espera chegara ao fim.
Do meio das sombras, ele surgiu na lagoa em que ela nadava. A luz do luar a iluminar-lhe os contornos. Era alto, esguio e forte. Os cabelos castanho-claros. Era tudo com que sonhava num homem, uma combinação de pecado e sensualidade de tirar o fôlego.
Na sua magnífica nudez, ele mergulhou nas águas, espirrando gotas sobre os ombros dela. Como as carícias de um amante. O coração dela disparou enquanto o esperava...
Ele atravessou a distância sob as águas e ressurgiu junto à ela. Seu magnetismo a embeveceu... seduziu... contudo, sabia que não precisava temê-lo.
— O que faz aqui? — ela sussurrou.
Os olhos sombrios dele a encheram de desejo.
— Você me convidou, lembra-se?
Era verdade, ela o convidara. Muitas vezes. Só não esperava que ele viesse.
— Você é uma fantasia. Nada mais.
— Você me criou, Jade. — Ele estendeu a mão. — Nade comigo. Ciente de que estava no controle da situação, ela aceitou a mão. O contato pele com pele foi quente. Excitante. Sentiu os s***s roçarem junto ao tórax musculoso dele.
Ele aproximou os lábios e sussurrou em seu ouvido.
— Feche os olhos... e sinta.
Ela mordeu o lábio para refrear um gemido de prazer e sucumbiu ao toque daquelas mãos másculas. Gostaria de poder se entregar sem inibições e desfrutar do momento. Selvagem. Sem reservas. Com ele não teria restrições...
Tomado pelo desejo, Kyle fechou o diário e sorriu malicioso.
Um diário cheio de fantasias secretas num bazar era com certeza um engano de Jade. Porém, ele não ia deixar passar. Tinha nas mãos um tesouro inestimável. A visão mais íntima e pessoal da mulher que resistia à paixão e ao desejo. Mas só na aparência.
Jade não o enganava. E agora dispunha da prova. E de munição. Acabava de descobrir o que a excitava. Kyle escondeu o diário sob os outros livros e olhou de lado para Jade.
O relacionamento deles, que começara devido à confusão com as caixas de correio, passara pela fase da atração mútua e transformara-se em uma obsessão que o enlouquecia. Agora ele teria a chance de mudar a situação.
Jade terminou de atender uma cliente do bazar e passou a conversar com uma mulher que tinha um bebê nos braços. O sol cintilava nos cabelos castanhos de Jade, a franja dava-lhe uma aparência juvenil.
Ela vestia um corpete fúcsia, um short jeans que acentuava-lhe as longas pernas bronzeadas e sandálias de couro. Os brincos e a pulseira completavam o visual.
Uma mulher loira acenou na direção de Kyle. Jade, que naquele instante também o olhava, virou o rosto e disse qualquer coisa à outra mulher.
Em princípio, Kyle viera entregar-lhe uma carta que encontrara na sua caixa postal, mas, como a vira ocupada, remexera em alguns livros para passar o tempo.
Nem imaginava a preciosidade à sua espera entre títulos culinários e romances.
Com a caixa nos braços, ele aproximou-se das mulheres. Não pôde deixar de notar a semelhança entre a mulher loira e Jade. Os olhos verdes que pareciam mudar de cor toda vez que a via. Impossível definir sua exata tonalidade.
— Espero que não esteja de mudança — ele disse e indicou os objetos que ela colocara a venda. — Ou irá partir meu coração
— Estou apenas reciclando. Substituindo o velho pelo novo — ela respondeu. — Acabei de redecorar meu apartamento
— Que alívio!— Ele estava sendo sincero. Seria terrível ter que descobrir o novo endereço. Estava mais envolvido com Jade do que gostaria de admitir.
Kyle deteve-se a poucos metros de Jade.
— Quanto quer pelos livros?
Jade examinou por alto os livros de culinária e romances, surpresa com o interesse dele.
— Você quer a caixa "inteira"?
Kyle sabia que se mostrasse o diário, ela não o venderia.
— Minha tia-avó adora este tipo de romances e eu gosto muito de cozinhar — ele explicou, sem mencionar que a tia residia em Detroit, não na Califórnia, e era tão cega quanto um morcego.
Jade tornou a examinar o conteúdo da caixa. Kyle resistiu ao impulso de impedi-la, receoso de que ela encontrasse o verdadeiro motivo da compra.
Jade virou-se para a mulher loira.
— Mariah, tem algum livro seu aqui?
— A maioria estava naquela estante que você vendeu. — Mariah colocou a criança numa manta estendida sobre o chão. O bebê engatinhou até um brinquedo e soltou resmungos de prazer.
— Talvez uns livros de culinária que deixei para trás depois de me casar com Grey.
Jade fez um gesto teatral.
— Posso até pagar para você sumir com estes livros de culinária, Kyle.
Ele riu.
— Não é uma boa cozinheira?
— Só se estiver disposto a ter uma indigestão — a mulher loira emendou com uma careta.
Jade devolveu um olhar crítico para Mariah, mas era evidente que estava apenas brincando.
Kyle ajeitou a caixa sob o braço e encarou Mariah.
— Devo presumir que já experimentou algum prato de Jade.
— Pode-se dizer que sim. E garanto que é melhor não arriscar. — Estendeu-lhe a mão. — Sou Mariah, irmã de Jade.
Kyle colocou a caixa de lado e cumprimentou a irmã de Jade.
— Kyle Stephens, com "ph" — ele esclareceu. — Sou vizinho de sua irmã. Muito prazer em conhecê-la. — Ele desviou a atenção para o bebê no chão. — E esta princesinha deve ser sua.
Mariah sentiu-se lisonjeada.
— É minha filha, Kayla.
Ele abaixou e afagou os cachos angelicais da pequena. A menina exalava a talco infantil. Kyle nem se lembrava mais do perfume de um bebê e daquele sorriso inocente. Já contava dezessete anos que...
A forte emoção o surpreendeu. Despertando nele lembranças antigas. De repente pensou que gostaria de ter feito uma escolha diferente no passado.
— Olá, bonequinha — ele murmurou.
Kayla soltou um gritinho e assoprou-lhe uma beijoca. Ele riu e voltou a atenção para Mariah.
— Ela é linda... como a mãe. Mariah corou diante do elogio.
— Obrigada.
— Pessoalmente, acho que ela se parece com a tia. — Jade abaixou e fez cócegas na barriga da pequena. — Não acha, docinho?
Kayla gargalhou e agarrou as pulseiras barulhentas da tia.
— Viu, eu não falei? — Jade zombou.
— A única coisa que ela herdou da tia foi o temperamento — Mariah brincou.
Kyle sorriu diante da cumplicidade das duas irmãs. Ele próprio jamais fora próximo do irmão ou da meia-irmã. Levantou-se e contemplou a beleza das pernas de Jade, o contorno perfeito de seus quadris, os s***s fartos e os olhos.
— Não posso imaginá-la sendo geniosa.
Jade ergueu as sobrancelhas e corou, mas antes que pudesse responder Mariah a interrompeu:
— Experimente conviver com ela. Pode acreditar, ela tem um gênio difícil.
Jade piscou.
— Que tal dez dólares pela caixa de livros? — sugeriu mudando o rumo da conversa.
Para ele o diário não tinha preço.
— Excelente.— Tirou a carteira do bolso da calça e, antes que ela mudasse de idéia, entregou-lhe o dinheiro.
— Divirta-se com os livros — ela disse.
— Certamente.
"Até a última fantasia e*****a e secreta", ele pensou. — Ah, quase me esqueci. Acho que recebi sua conta de luz por engano.
— Podia ter ficado com ela — Jade brincou.
Kyle lhe entregou a Conta, mas não a soltou inteiramente.
— Sabe, existe uma maneira permanente de remediar este probleminha com a nossa correspondência.
Jade olhou para a irmã. Queria saber se ela ainda estava interessada na conversa. Muito, pelo que pôde notar. Então voltou a atenção a Kyle.
— E qual seria?
Ele sorriu.
— Podíamos viver juntos.
Jade torceu os lábios para não sorrir.
— Acho uma solução um pouco precipitada.
— Porém, conveniente... — Ele olhou para Mariah. — Para o carteiro, é claro.
Mariah sorriu, deliciada.
— Claro.
Jade puxou a conta da mão dele, mas Kyle não soltou o envelope.
"Ah, minha querida, você não vai conseguir resistir ao que já existe entre nós."
A fantasia do diário ainda estava fresca em sua mente, então decidiu arriscar-se numa investida mais ousada.
— Não quer vir nadar comigo na piscina esta noite sob a luz do luar?
Jade não pode esconder o espanto, mas logo recuperou a compostura.
— Acho que um banho frio lhe seria mais apropriado.
— Não duvido, Jade — ele falou, rindo.
O fato de ele ter concordado a desconcertou. Jade corou e puxou o envelope com força. Kyle o soltou satisfeito por saber que a perturbara.
— Que tal à meia-noite — ele insistiu?
— Que tal nunca? — ela retrucou.
Kyle concentrou-se nos lábios carnudos de Jade e imaginou o gosto. Talvez fossem doces como o mel... e quentes como a paixão.
— Não pode me censurar por tentar — ele disse, num tom de voz sensual.— Nunca se sabe quando uma mulher vai dizer sim.
— Talvez na próxima encarnação — ela sugeriu. Ele sorriu e apanhou a caixa de livros.
— Bem, se mudar de idéia, basta me avisar.