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A Rejeitada do Rei Alfa

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Blurb

Nascida sob a bênção da lua, Isla dos Santos acreditava que sua vida mudaria quando fosse reclamada pelo alfa destinado a ela. Mas diante de toda a alcateia, seu vínculo é cruelmente rejeitado, rasgando sua alma e deixando-a marcada pela vergonha. Expulsa, humilhada e perseguida, Isla descobre que sobreviver como uma ômega sem par é um fardo quase insuportável. A dor da rejeição a consome, e cada dia se torna uma batalha silenciosa contra a solidão e os inimigos que desejam sua queda. Mas o destino, implacável e sombrio, coloca em seu caminho Damian Blackthorn, o enigmático e implacável Rei Alfa, conhecido por sua frieza e por nunca se apegar a ninguém. O que começa como um jogo de poder e submissão logo se transforma em uma perigosa guerra de desejos, segredos e sangue. Entre conspirações, erotismo intenso e revelações que podem mudar o trono dos lobos para sempre, Isla terá de descobrir: será que o Rei Alfa é a sua perdição… ou sua salvação?

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– A dolorida revelação
O salão da alcateia estava repleto. As tochas presas às paredes de pedra lançavam uma luz trêmula que fazia as sombras dançarem como presenças silenciosas, observando cada detalhe. O ar estava pesado, impregnado pelo cheiro de feromônios alfa e da expectativa coletiva. Era uma noite de celebração ... ou pelo menos deveria ser. Isla sentia as pernas trêmulas sob o vestido de seda branca. O coração batia tão rápido que parecia querer rasgar seu peito e escapar sem direção. A cada passo que dava , a sensação de ser observada a sufocava, como se cada olhar fosse uma lâmina pressionada contra sua pele. Desde criança, ela havia sido preparada para aquele momento: o ritual em que a lua confirmaria o vínculo com seu alfa destinado o seu companheiro. E ele estava ali. Dorian Blackthorn. Alto, imponente, de ombros largos e presença sufocante. Os cabelos escuros caíam desordenados sobre a testa, e seus olhos eram de um âmbar ardente que sempre havia provocado um temor e respeito na alcateia. Para muitos, ele era um futuro líder. Para Isla, ele era o homem que a lua havia escolhido para ser seu companheiro pelo resto de suas vidas. O laço queimava dentro dela como brasas ... um instinto primal que clamava por ele. Ela acreditava que, mesmo em sua frieza, Dorian não poderia ignorar o chamado da lua. Aproximem-se ... ordenou o sacerdote, com voz grave. Os murmúrios cessaram. O salão mergulhou em silêncio, e Isla deu alguns passos à frente. Seus dedos estavam gelados, mas ela manteve a cabeça erguida, tentando parecer mais forte do que se sentia. Havia algo de quase sagrado naquele instante: todos aguardavam o momento em que Dorian aceitaria o vínculo e selaria a união. Ele avançou até o centro do salão, e sua presença fez o ambiente estremecer. Os lobos se curvaram, reconhecendo nele a força de um verdadeiro alfa. O sacerdote começou o cântico, pedindo à lua que testemunhasse o destino. As palavras ecoaram pelas paredes de pedra, carregadas de solenidade. Isla fechou os olhos por um instante, permitindo-se sonhar e viver aquele momento mágico. Imaginou Dorian tocando sua mão, imaginou a vida que poderiam construir cheia de amor, o peso da responsabilidade dividido entre eles. Mas quando abriu os olhos, encontrou apenas frieza no olhar dele. E então, como um golpe certeiro, a sentença foi pronunciada. Eu Dorian Blackthorn a rejeito. O murmúrio coletivo que se seguiu foi ensurdecedor. Um choque percorreu o salão como uma onda invisível. Lobos trocaram olhares incrédulos, alguns até arregalaram os olhos, incapazes de acreditar no que tinham ouvido. Isla, por um segundo, acreditou que havia entendido errado. O quê? ... sua voz saiu fraca, quase um sussurro. Dorian ergueu o queixo. Cada palavra que se seguiu foi cuspida com veneno: Eu rejeito você, Isla dos Santos. Não a aceito como minha companheira. Foi como se o chão tivesse desaparecido sob seus pés. O ar se tornou rarefeito, impossível de puxar. O vínculo dentro dela começou a se retorcer em agonia, rasgando sua alma por dentro. A dor não era apenas emocional: era física, brutal, como se garras invisíveis arrancassem pedaços de seu coração. Dorian… seus olhos se encheram de lágrimas, a voz embargada de desespero. Você não pode… Posso. E estou fazendo ... ele a interrompeu, sem a menor hesitação. O olhar dele era gélido, impiedoso. Você é fraca demais para estar ao meu lado. Uma ômega que não carrega poder algum é um peso. Eu não vou me acorrentar a você, sou o futuro Alfa, não tem como me juntar com uma pessoa tão fraca. As palavras ecoaram pelo salão como lâminas afiadas. Isla cambaleou um passo para trás, sentindo o corpo tremer. O sangue latejava em seus ouvidos, abafando parte dos sussurros, mas ainda conseguia captar fragmentos. “Vergonhoso.” “Eu sabia que ela não era digna.” "Um alfa como Dorian merece mais.” Alguns olhares eram de pena, mas a maioria estava repleta de desprezo. O peso da humilhação a esmagava mais do que a própria rejeição. Era como se estivesse nua diante de todos, exposta, vulnerável, despida de qualquer dignidade. O sacerdote, atônito, tentou intervir. Dorian, a lua... A lua não decide por mim ... o alfa rosnou, cortando-o com a autoridade de quem não admite ser contrariado. Isla levou as mãos ao peito, onde a dor latejante se espalhava. O laço espiritual estava sendo despedaçado diante de todos, e ela não podia fazer nada para impedir. Uma lágrima quente escorreu por sua bochecha, mas não houve gesto de consolo. Nem da família, que permanecia em silêncio, rígida como pedra. Ela tentou respirar, mas o ar parecia preso na garganta. Cada vez que o vínculo se rasgava, era como uma facada. Seu corpo fraquejou, os joelhos cedendo. Se não fosse pelo instinto de orgulho que a fazia lutar contra a queda, teria desmoronado diante da alcateia inteira. Dorian, no entanto, não desviou o olhar. Havia até um traço de satisfação c***l em sua expressão. Ele queria que ela sofresse. Queria que todos vissem. Você não é nada ... disse por fim, como quem decreta uma sentença irrevogável. Essas foram as últimas palavras que Isla ouviu antes de o salão explodir em cochichos e rumores. A cerimônia havia terminado. --- Os corredores da alcateia se tornaram um labirinto sufocante quando Isla deixou o salão. O som de vozes atrás dela era uma lembrança c***l de sua vergonha. Cada passo ecoava alto demais, denunciando sua fuga. O vestido arrastava-se no chão de pedra, agora pesado, como se carregasse o fardo da humilhação. Seu corpo ainda doía. O vínculo arrancado deixara uma ferida invisível, aberta, sangrando por dentro. Ela sentia calafrios, náuseas, uma exaustão que parecia arrancar-lhe a vida. No pátio, o ar fresco da noite não trouxe alívio. A lua brilhava no céu, plena, testemunha silenciosa de sua desgraça. Isla ergueu o rosto para ela, os olhos marejados, e um soluço escapou de seus lábios. Por quê? ... sussurrou. Por que me deu a ele, se só ia me destruir? Ninguém respondeu. A lua não era misericordiosa. As lembranças dos olhares a atormentavam. As bocas murmurando seu fracasso, os olhos de Dorian frios como lâminas. Aquele era o fim de tudo o que havia sonhado. Desde menina, lhe disseram que o vínculo era sagrado, que a lua nunca errava. Mas ali estava ela: quebrada, rejeitada, humilhada diante de todos que ainda a rejeitavam também. todos lhe viraram as costas. Isla sentou-se no chão de pedra fria, abraçando os próprios joelhos. O vestido branco estava manchado pela poeira, mas ela já não se importava. O coração parecia não caber no peito, e as lágrimas vinham em ondas incontroláveis. A rejeição não era apenas a perda de um companheiro. Era a morte de um futuro. O rompimento do vínculo a deixava vulnerável, exposta, frágil diante de todos os alfas que agora a veriam como fácil de subjugar. Ela sabia o que vinha a seguir. O desprezo da família. A indiferença dos amigos. As portas se fechando, uma a uma. Ômegas rejeitadas não tinham lugar de honra. Muitas acabavam exiladas, vendidas ou forçadas a viver nas sombras. Um arrepio percorreu sua espinha. Por um instante, teve medo de si mesma ... medo do vazio que começava a tomar conta de sua alma. Mas, em algum canto obscuro de seu coração, uma voz sussurrou. Isso não é o fim. É o começo. Isla não sabia se era um delírio nascido da dor ou uma promessa oculta que o destino ainda lhe reservava. Mas agarrou-se àquela fagulha como quem segura a última chama antes da escuridão. A dolorida revelação da rejeição a havia despedaçado. Mas talvez, só talvez, ela pudesse se reconstruir. E a lua, silenciosa no alto do céu, parecia observar com olhos que sabiam mais do que revelavam.

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