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MÃES E FILHOS (Livro 2)

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intro-logo
Blurb

Depois de vinte anos, Alice e Bruna, Andressa e Ana, Clara e Fernanda, Paola e Camila tem a difícil missão de passarem pela vida adulta dos filhos, conseguiram enfrentar tudo e agora com a vida devidamente acertada serão meras telespectadores (ou não) dos desenvolvimentos dos seus herdeiros. Laura e Cecília, Gabriela e Cíntia, Benjamin e Lara, Guilherme e Diana cresceram, e será dever dessas mães ajudarem a superar, lutar e vencer. Uma nova fase para todos. Mães e Filhos vem dar o devido fim a Grávidas e mães.

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Prólogo I
ALICE MORGADO AMORIM             Os anos se passaram para as duas mulheres, estavam felizes, as gêmeas cresciam e por mais que não quisessem perceber isso, ambas as mães viam uma personalidade diferente em Laura, uma que as duas conheciam muito bem na sua adolescência, uma que quem visse de fora já dizia, “Aquela garota observa muito as meninas do time de futebol da escola”, isso já dizia muito, mas elas não ligavam. O irmão da morena casou com Bety, tinham dois lindos meninos, abriu uma loja de roupas esportivas onde trabalhava com a esposa, Alice nunca mais ouviu falar de Cassandra, mas a cunhada sabia que ela estava morando em Florianópolis, não casou, mas tinha uma companheira que era como esposa, enfim, havia encontrado o amor verdadeiro. Um dia Alice e Bruna foram pegas de surpresa por Cecilia quando tinha doze anos, perguntou se ela tinha que namorar com garotas, sendo que tinha duas mães, elas apenas se olharam, não esperavam aquele tipo de pergunta, mas de forma calma e direta a ruiva disse: “Filha, você não deve viver nos conceitos de ninguém, siga o seu coração, se gostar de garotos, namore garotos, mas se gostar de garotas, namore elas. Seja apenas você, faça o que gosta”. A morena ficou emocionada, Cecilia abraçou as mães, mas antes do momento carinhoso acabar, Bruna completou: “Mas só pense em namorar depois dos vinte e cinco anos e com a minha autorização depois de conhecer esse rapaz ou moça”. As duas sorriram, todos sabiam do cuidado e ciúmes que a mãe tinha com as filhas, Alice sempre achava engraçado e bonito a ligação que as gêmeas tinham com a ruiva. Estava perfeito, tanto que depois de vinte anos as duas mulheres chegaram em sua casa exausta depois de um dia de trabalho e sorriram ao entrar na sala. Bruna com quarenta e seis e Alice com quarenta e sete, gostavam de admirar suas filhas juntas, igual agora, elas estavam cada uma em um sofá, assistindo a um filme. - Oi, mães. _ As duas falam ao mesmo tempo, se olhando e sorrindo depois, isso acontecia bastante. - Olá, meus amores. _ A ruiva vai até as filhas e beija suas testas. - Vou esquentar a comida, fizemos arroz temperado com camarão, sei que você gosta, mãe Bruna. _ Cecilia disse animada, logo correndo para a cozinha. - Vamos tomar banho, voltamos em alguns minutos.             Laura concorda com a mãe e volta sua atenção para a tevê. Não demorou muito para estarem sentadas à mesa para um jantar maravilhoso, era difícil isso acontecer, não que não gostassem, mas porque, ou as mães chegavam tarde, ou as filhas saíam cedo para a faculdade, Laura fazia administração e Cecilia direito, também queriam estar ligadas à empresa da mãe. Um silêncio constrangedor se fez presente, Bruna percebia que tinha algo errado. - O que estão querendo me esconder? - Esconder? Querida, que isso? _ Alice disse, cínica, a ruiva revira os olhos, as filhas continuavam caladas. - Alice... - Ok, ok, mãe não briga com a mamãe, eu quero pedir algo. _ Laura fala rápido. - Pedir... _ A ruiva sabe que vem “bomba”, então respira fundo e coloca a comida na boca, fazendo um sinal com a cabeça para que a filha continue. - Eu quero... bom... eu quero fazer uma tatuagem. _ A mulher quase engasga, se não fosse a esposa batendo em suas costas. - Bruna, querida, respire. _ A morena dizia, então tem os olhos da esposa em si. - Você concordou com isso? - Sim e não, eu disse para ela falar com você. Que iríamos conversar. - Isso é... - Amor, pense, nós criamos nossas filhas com amor e respeito. Elas têm vinte anos, sua filha quer fazer uma tatuagem e mesmo com essa idade ainda vem pedir sua permissão, quantos filhos fazem isso hoje em dia? Agradeça por ela não já não chegar aqui mostrando um desenho horroroso no corpo. Ela mostrou respeito e apenas por isso estou analisando a situação.             Bruna olha para Laura que tinha um pequeno sorriso no rosto. Esperava que a mãe não a proibisse, pois seria um grande problema, pois queria muito fazer essa tatuagem. - Se eu disser não, o que fará? _ E com um sorriso mais largo a garota responde. - Vou encher seu saco a partir de agora até dizer sim. _ Bruna revira os olhos encara a esposa. - Essa garota puxou a você, assim que você faz quando quer algo, me enche a paciência e me vence pelo cansaço. - Acho que ensinei coisas boas para a minha filha. - Alice! - O que? Estou mentindo?             A ruiva revira os olhos de novo e volta a olhar para a filha, essa que esperava ansiosa pela resposta da mãe, mas então Bruna olha para Cecilia, essa que continuava quieta. - E você? _ A ruiva menor eleva o olhar. – Não vai falar nada? - Eu? Eu não tenho nada para falar. - Não quer uma tatuagem também? - Não, mãe, prefiro meu corpo assim mesmo. _ Bruna respira, aliviada. - Pelo menos uma. - Mãe! - Ok, ok, e o que pretende fazer? - Pensei em uma frase. Mas ainda vou decidir, o estúdio que quero ir é bem recomendado, é tudo certinho.             Bruna olha para a esposa, essa que sorria, ela não se importava de a filha fazer uma tatuagem, desde que não fizesse disso uma preferência, não tinha nada contra, porém não sabe como reagiria ao ver a filha com o corpo todo marcado. - Hum... eu vou... Laura, você tem certeza, filha? Isso é algo permanente. - Sim, mãe, não se trata de um capricho ou modinha, eu gosto, quero fazer algo simples e que possa ficar disfarçado, não se preocupe. _ A ruiva mais velha respira fundo e segura a mão da esposa por cima da mesa. - Vá em frente então, mas, por favor, não faça disso um hobbie, pode me chamar de preconceituosa, mas... não sei, não gostaria de te ver com o corpo todo marcado. _ A morena levanta e vai até a mãe, abraçando seu corpo com força. - Obrigada, mãe, eu te amo.             Bruna sorri, adora quando as filhas falam tais palavras, era indescritível. Elas se separam e a garota volta à sua cadeira. Alice olha para a esposa e sorri. - Eu também te amo, querida. _ Agora sim, seu dia terminaria perfeitamente bem.   CLARA ARAÚJO SOUSA             E o que falar dessas duas? Obviamente o tempo passou também, Clara e Fernanda estavam mais apaixonadas do que nunca, ambas com quarenta e oito anos se sentiam plenas por tudo que construíram. Quando viam sua família reunida, coisa que acontecia pouco, primeiro por Sofia que mudou de cidade, morava no Rio de Janeiro com o sobrinho, ou melhor, o sobrinho morava com ela, se formou em jornalismo e estava casada há cinco anos com Tomás, esse que conheceu na faculdade. Roberta e Carol depois de seis anos de casadas tiveram o primeiro filho, Antony, esse que foi adotado com dois anos de idade, depois de mais três anos a loira ficou grávida, pois era um desejo seu, nasceu a pequena Beatriz, os filhos eram as vidas das duas, Clara e Fernanda entendiam bem como isso funcionava, pois o seus eram as suas. Sim, filhos. Depois da conversa, demoraram um mês e foram a alguns orfanatos, as crianças eram lindas, o coração das duas transbordava e se sentiam impotentes, mas apesar disso a alegria de todas era contagiante, foi em um desses que surgiu a pequena Lara. Seus fios loirinhos e sua timidez conquistaram o casal, com apenas quatro anos, o sorriso da menina foi o suficiente para elas a quererem, só restava saber se ela queria o mesmo, e claro que a menina se apaixonou pelas mães, as duas passaram a visitar todos os dias a criança, as vezes levavam Benjamin que já queria a irmã em casa, cerca de três meses depois Lara estava indo para casa, com apenas dois anos de diferença do irmão, se sentia em casa, se adaptou rápido e hoje com dezoito anos sabe que não poderia estar em família melhor do que aquela. - Mãe. _ A menina disse, chamando a atenção de Fernanda, estavam no estúdio e Clara fazia alguns cálculos na recepção, mas atenta a conversa das duas. - Sim, meu amor. - O Ben disse que não vem esse final de semana, eu poderia ir onde ele, estou com saudades dele e da tia Sofia. _ Fernanda então olha para Clara que apenas assente. - Tudo bem, filha, você está de férias da faculdade mesmo, mas por favor, tome cuidado, principalmente com aqueles amigos do seu irmão, sei bem o que passa na cabeça desses garotos e garotas nessa idade.             A morena fala, séria, ela sabe que a sua filha gosta dos dois sexos, o que não a preocupa em nada, Lara é uma menina centrada, focada nos estudos, em sua faculdade de veterinária e com certeza saberia lidar com situações de risco, porque para Fernanda uma pessoa querendo entrar dentro das calças da filha com certeza era uma situação de risco. - Não se preocupe, mãe, pode ter certeza que Benjamin não deixa ninguém nem falar comigo direito. _ A menina disse, revirando os olhos. - Esse é o meu garoto. - Fernanda, não exagere. _ Clara repreende a esposa. - Não exagerar? É o meu bebê. _ A morena faz um biquinho e vai até a filha, abraçando seu corpo. – Vá arrumar sua bolsa, eu te levo ao ponto de ônibus. - Certo.             Ela corre para dentro da casa, era sexta-feira de manhã, Lara já havia falado com o irmão e agora manda uma mensagem dizendo que as mães autorizaram, para ele estar cinco da tarde na rodoviária para buscá-la. A garota não tarda em descer a escada com uma mala pequena, se despediu da mãe e foi para o carro com Fernanda, depois de muitas recomendações, uma ligação para Benjamin e muitos beijos, a loira sobe no ônibus, era uma viagem de cerca de quatro horas, as cidades eram perto uma da outra. .................................................. - Tia Sofia...             Lara disse, correndo para um abraço na tia, essa que a recebeu de bom grado, adora quando a sobrinha vinha até ela. Benjamin sorriu ao ver as duas. Quando se afastam a loira coloca a mãe na barriga da mais velha. - Oi, bolinha, está ficando apertado aí né? - Nem me fale, ela mexe tanto que parece que vai rasgar a minha pele.             A mulher mais velha exibia uma linda barriga de sete meses, estava em um processo de repouso e tranquilidade, Ben sempre ajudava quando podia, ela agradecia por ele estar por perto, sua mãe viria em um mês, ficando com eles durante o último mês e depois do parto. - E eu não ganho um abraço? - Claro que sim, tio Tom. _ Ela abraça o homem moreno. - Vou colocar essa mala no meu quarto. _ Ben diz. - Já coloquei o colchão lá. _ Sofia diz. - Obrigada, tia.             A casa tinha três quartos, como um já estava com as coisas do bebê, Sofia sempre dormia com o irmão. Benjamin seguiu a profissão da mãe, desde o seus quinze anos ajudava Fernanda, aos dezessete começou um curso profissionalizante, depois do ensino médio não ingressou em uma faculdade, mas fez tantos cursos que era mais habilitado do que muitos graduados, agora com vinte anos ele abriu seu próprio estúdio em parceria com um amigo, resolveu sair da cidade, fazer suas raízes, pois ele não queria viver à margem da fama da mãe e madrinha que era muita em São Paulo. Foi difícil para Clara e Fernanda o deixarem ir, mas ao mesmo tempo se sentiam orgulhosas, quando Sofia disse que o acolheria de bom grado, elas ficaram mais felizes e despreocupadas. O garoto tinha poucas tatuagens no corpo, uma na perna, nas costas, na nuca e nos ombros que só ficavam à mostra quando ele usava camiseta, todas feitas pela mãe, tinha um corpo atlético e chamava muita atenção, afinal era filho de Fernanda. E por incrível que pareça, ele era uma versão da mãe morena e Lara da mãe loira. - Ei, e aí, o que vamos aprontar nesse fim de semana? _ Lara disse ao entrar no quarto. - Hum, minha irmãzinha quer ser rebelde? _ Os dois gargalham, pois sabem que esse não é o perfil da garota. - Engraçadinho, só quero relaxar um pouco. _ Ela vai até o irmão e abraça seu corpo. – Senti saudades. - Eu também. _ Eles se afastam e se encaram um pouco, Lara tira um dos cachos do rosto do menino que caíam na testa. - Você deveria cortar essa cabeleira. - Nem pensar, meus lindos cachos atraem mulheres, você não faz ideia. _ A loira bufou e saiu de perto, indo para o banheiro, quando sai, seu irmão já estava arrumado. – Vamos a uma festa. - Certo, vou só me vestir.             Ele concorda e sai do quarto, dando privacidade a irmã. Não demorou a saírem da casa com muitas recomendações de Sofia, Lara só tinha uma certeza, queria aproveitar esses dias com o irmão, sair um pouco da rotina. ------------------------------------  - Está nervosa? _ Cecília pergunta à irmã, Laura dirigia até o estúdio, iria fazer a tatuagem, naquela segunda-feira acordou decidida. - Um pouco, será que dói muito? - Está com medo?             Laura revira os olhos e nada responde, mas a verdade é que estava com um pouco de medo, só não admitiria para a irmã. Ela estaciona o caro em frente ao local, era moderno. Descem e logo entram, havia um homem na recepção. - Olá, posso ajudá-las? - Sim, eu tenho uma hora marcada. - Ah, sim. _ Ele olha para a tela do computador. – Laura Morgado, certo? - Sim. - Você já tem algo definido? - Não, quero fazer uma frase, mas ainda não sei. - Então faça assim, nosso tatuador está terminando uma sessão, enquanto isso pode dar uma olhada em nosso folheto.             Laura concorda e pega os portfólios, sentando em seguida em um sofá com Cecília, elas olhavam as imagens e logo escolheram a melhor, uma única palavra, ela faria um pouco abaixo do seio do lado direito, nas costelas. “Família” foi a escolhida, simples, mas que definia bem a sua situação.     Logo escutam uma porta sendo aberta. - Nossa mãe vai te m***r e vai me m***r junto. _ O rapaz fala para a irmã. - Não pira, Ben, você tem um monte de tatuagens. - É, mas se fosse para fazer em você, tenho certeza que ela iria querer fazer isso. - Nada demais, é apenas uma borboleta na nuca.             Ele desiste e se encaminha para onde o sócio na recepção. Assim funcionava os negócios deles, Artur cuidava da administração e Benjamin da prática. - Aquela ali.             O moreno aponta para o sofá, porém Ben paralisa ao observar a mulher sentada, ela olhava para as paredes com vários desenhos, parou em um lugar fixo apenas quando viu que olhos negros lhe encaravam, perderam a noção do tempo um pouco, mas Laura quebrou a magia. - c*****o, que mulher linda. _ Cecília então olha para a irmã e ver para onde a morena olhava, que era a loira parada ao lado do homem que não parava de lhe encarar. - E pelo visto não foi só eu que me interessei por alguém aqui. _ Laura disse, sarcástica, pois era impossível não perceber os olhares trocados. – Eu vou lá. - Laura... _ Mas a ruiva não pôde impedir, ela já estava de pé perto dos irmãos Sousa. - Oi, eu sou Laura e você é... - Hum... Lara. - Minha irmã. _ Ben abraça a loira pela cintura, Laura sabia bem o que era aquilo, fazia muito com Cecilia. - Oh, sim, você deve ser o tatuador, certo? - Sim, Benjamin, mas pode me chamar de Ben. - Prazer. _ Eles apertam as mãos, mas a morena só conseguia olhar para a loira na sua frente e com isso os dois irmãos se esqueceram poucos minutos da p******o com os irmãos, pois Benjamin se afastou e foi até Cecilia. - Oi. - Hum... oi. - Você está bem? _ Cecilia sorri tímida e apenas assente. – Eu sou, Benjamin. - Eu sou... Cecilia. Irmã... - Difícil não perceber, vocês são gêmeas. - Sim. - Você vai fazer uma tatuagem? - Não, não, ela que vai. - Uma pena. - Pena? _ Ela pergunta, curiosa. - Sim, seria legal passar alguns minutos lá dentro com você. _ Agora sim ela ficou vermelha. Aquele garoto lindo estava dando em cima dela, pensou. - Eu... eu tenho que ir. - Você poderia me dar seu telefone. - Eu... eu não acho que seja uma boa ideia. _ Ela estava completamente sem graça. - Por quê? _ O lado galanteador do rapaz estava ativo. - Porque eu não te conheço. _ Ele sorriu. - Você falou igual a minha irmã. - Pelo jeito sua irmã é sensata. _ Eles olham para frente e Laura mexia no cabelo da loira, que sorria para ela. - Pelo jeito sua irmã é muito boa com papo, ou então a minha não é tão sensata assim. _ As duas estavam quase se beijando, mas então Lara se afasta. - Você não achou que seria fácil assim, não é? _ Laura é pega de surpresa. - Na verdade, estava convencida de que conseguiria. - Enganou-se. - Bom, então poderia me dar seu telefone. - Porque eu faria isso? - Para podermos nos conhecer. _ Lara respira fundo, conhecer alguém era o que estava precisando, mas não sabe se aquela era uma boa ideia. - Quem sabe um dia. _ A loira disse e se afasta, indo até onde o irmão. – Eu já vou indo. - Não quer me esperar? Só tenho essa sessão. - Não, vou ajudar a tia Sofia.             E assim sai do estúdio. Laura estava surpresa, mas aquilo só serviu para querer conhecer aquela garota, aquilo não ficaria assim. Ben viu a irmã sair e depois se vira para a ruiva de novo. - Eu quero conhecer você melhor. - Porque iria querer isso?             - Porque além de ser linda, eu realmente gostei de você.             Cecilia não tinha o que dizer e nem precisou, pois logo Laura voltou com a cara emburrada. Ela disse que queria fazer logo a tatuagem. O rapaz se despede da ruiva com um beijo na bochecha muito perto da boca, fazendo a garota se arrepiar. Dentro da sala, a morena ainda pensava na loira, tanto que a dor da tatuagem era mínima. - Você gostou da minha irmã, não é? _ Benjamin para o que fazia e olha para a morena. - Sim, e você da minha. - Que tal nos ajudarmos? - Que usar sua irmã como moeda de troca? - Não, i****a. Quero nos dar uma chance de conseguir algo, o sim ou o não depende delas e não de mim ou de você, vamos sair, você leva sua irmã e eu levo a minha, a partir daí é cada um por si. - E o que faz você pensar que eu faria isso com a minha irmã? _ Laura respira fundo e senta direito na cadeira. - Olha, eu não sei o que aconteceu, mas... algo nela me chamou atenção. Não posso explicar, eu apenas quero ficar perto dela, posso parecer uma i****a, mas eu sei como tratar uma mulher, principalmente uma mulher como ela, sua irmã é linda, tem personalidade e com certeza esse lado durão dela me chamou atenção. Eu realmente quero conhecê-la melhor, pelo modo que olhou para Cecília, posso dizer o mesmo. - Trocando o “lado durão” pelo “lado tímido”, faço das minhas as suas palavras. - Então... vamos apenas nos dar essa chance. _ Benjamin respira fundo, talvez ela estivesse certa, seria apenas para se conhecerem melhor. - Combinado, vamos marcar algo hoje à noite. - Perfeito. _ Laura sorri e ele volta a fazer a tatuagem, agora a morena se sentia confiante e ele ansioso. .................................................. - Esse lugar é barulhento demais. _ Cecília reclama perto do ouvido da irmã, estavam em uma boate. - Relaxa, mana, vamos curtir. - Laura, hoje é uma segunda, não vou beber. - E nem eu, só viemos dançar. _ A morena disse, começando a se mover no ritmo da música. Cecília revira os olhos, se encaminha para perto do bar e pede uma água. Quando estava bebendo se assusta com uma voz. - Oi de novo. _ Ela olha para o lado e ver Ben mais lindo do que antes, usando camiseta que mostrava suas tatuagens. - É... Oi. _ Cecília olha para a irmã que conversada com Lara. – Porque acho que isso é uma armação de vocês? _ Ele sorri. - Porque talvez seja. _ A ruiva respira fundo e olha para baixo. - O que você quer, Ben? _ O rapaz se aproxima e coloca sua mão na lateral do rosto da garota, começando um carinho gostoso em sua bochecha com o polegar. - Não está óbvio? _ Ele se aproxima mais e quase cola os lábios, adorou sentir o cheiro da ruiva, na verdade ele adorou tudo nela. - Eu... Eu não sei se posso te dar isso? - O que seria isso? Porque o que eu quero no momento está totalmente ao meu alcance. _ Ele leva sua mão para os fios da nuca da mulher e acaricia. – Eu vou te beijar, se não quer me empurre agora.             E como fazer isso se Cecilia só consegue olhar para os lábios dele? Com certeza ela não fez, quando deu por si já sentiu seu corpo colado ao do rapaz e sua língua tentando invadir sua boca. Ela já beijou outras bocas, mas nada comparado a isso, queria mais, suas mãos estavam no ombro dele, a outra mão de Ben estava na cintura da ruiva, eles se entregaram a aquele momento, os copos se encaixaram perfeitamente. Depois de minutos grudados, eles se afastam e encostam as testas. - Não me diga que isso foi normal, não me diga que o que eu senti aqui agora é normal, porque Deus, eu nunca senti isso, Cecilia, não pode negar que sentiu o mesmo.             A ruiva apenas respirou fundo, ela sentiu e com certeza aquilo significa alguma coisa, por esse motivo, jogou seus braços em torno do pescoço de Benjamin e o puxou de novo para um beijo, ele sorriu, mas retribuiu, ele retribuiria sempre.  - Parece que alguém se deu bem. _ Lara encara para onde a morena olhava e ver seu irmão aos beijos com a ruiva. - Isso não quer dizer que você vai se dar bem também, eu só aceitei dançar com você.             Laura sorri e puxa o corpo da loira para mais perto, o que fez ela se arrepiar, apesar de estar lutando contra a vontade de querer beijar aquela mulher, não poderia negar, ela é gostosa. - Eu não quero me dar bem hoje. - Não? _ Lara pergunta, curiosa. - Não. _ A morena se aproxima e beija o pescoço da loira, essa que mordeu o lábio para não gemer e se entregar. Laura chega sua boca até o ouvido e sussurra, gostosamente. – Eu quero você essa noite.             Lara não conseguiu segurar e acabou gemendo fraco, a morena sorriu contra seu pescoço e depois se afastou, encarando seus olhos claros, colocou sua mão na lateral do seu rosto e passeou seu polegar pelo lábio da loira, encarando aqueles lábios com desejo. - Você é tão linda. _ Elas se encaravam intensamente. – m***a, que se dane.             Com isso Laura puxa o rosto da mulher com força, colando as bocas e os corpos de modo que pareciam apenas um. As duas se entregaram ao momento aproveitando o gosto da língua, o movimentar dos corpos e o roçar da pele. Seria impossível para Lara resistir por muito tempo, pois a verdade é que ela estava com tanta vontade de beijá-la quanto a morena. Ofegantes e sedentas elas se separam, respirando fundo. - Uau, Deus, você... _ A mais velha estava sem palavras. - Eu sei, eu senti o mesmo.             A loira responde, olhando para a morena, as duas não poderiam explicar, mas algo aconteceu ali. Elas apenas sorriem e voltam a se beijar, o que aconteceu durante toda a noite, entre elas e os irmãos, eles conversavam, se tocavam, Benjamin fazia questão de ter sua mão o tempo todo em alguma parte do corpo da ruiva, assim como Laura fazia o mesmo com Lara, no fim da noite já sabiam tudo da vida um do outro. A promessa de um reencontro foi feita, números trocados e sorrisos satisfeitos nos rostos. - Então, perder o BV foi bom? _ Laura pergunta e a irmã revira os olhos, estavam dentro do carro a caminho de casa. - Eu não sou BV, i****a, você sabe bem. - Sim, eu sei, então gostou dele? _ Cecília a encara a sorri. - Tanto quanto você gostou de Lara. _ A morena sorri e continua dirigindo. - Estamos fodidas, querida irmã, literalmente fodidas. - É, estamos.             Cecilia disse, suspirando, a questão é que elas queriam estar assim, Laura apesar de não admitir, adorou estar da mesma forma. Não muito longe dali, Benjamin escuta mais um suspiro da irmã no banco do carona. - Se você suspirar mais uma vez vou achar que está doente, ela é tão boa assim? - Oh, você não imagina o quanto, aquela boca, aquelas mãos... - Ok, ok, pode parar, eu já entendi. _ Eles sorriem e ficam em silêncio. Mas não era algo desagradável, até que o rapaz o interrompe.   - Aquelas gêmeas nos pegaram de jeito. _ Lara sorri do comentário do irmão. - É, mas você acha isso r**m? - Definidamente não, eu quero estar amarrado se for com aquela mulher. _ O carro para em um sinal vermelho e Ben encara a irmã. - Somos dois, querido irmão, somos dois.             E mais um suspiro sai da loira, dessa vez sendo acompanhado pelo irmão, eles não sabiam o dia de amanhã, mas queriam que nele estivessem certas gêmeas que fizeram a sanidade deles irem embora, o corpo tremer, a respiração ofegar e o coração acelerar, todos já sabemos, esses são sinais reais de “AMOR”.

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