Capitulo 3 Fera

1129 Words
Ouvir do João, que ele pretendia ir para longe com a Bella me deixou maluco. Dei liberdade a essa mulher durante todo esse tempo, pois ela era como uma santa, não via aquela mulher procurando graça com ninguém e isso me deixava muito feliz. Porém, ao perceber que ele iria querer mais, precisei tomar a atitude de leva-la para longe. Aquela mulher era minha e seria assim, de alguma forma eu vou conquistar ela e mostrar os meus motivos para ama-la. Distrai-me enquanto observava a favela. A voz da Pamela ao longe me fez ficar atento. — Fera! Fera me ajuda. Alguém sequestrou a Bella. Você precisa fazer alguma coisa — implorou se tremendo. — Calma, Pamela! O que aconteceu? Me explica — fingir surpresa. — Homens armados invadiram a casa da Bella, eles levaram ela. O que podemos fazer? Como isso aconteceu no seu morro, seus homens não interferiram — sussurrou chorando. — Não! Isso aconteceu e eu não percebi? — indaguei. — A tia e o João estão nervosos, a Linda também estão — confessou se tremendo. — Fica calma, eu vou dar um jeito. Não se preocupa com isso! Vamos resgatar a sua amiga, tudo bem? — disse dando um beijo na testa dela. — Obrigada, por me ajudar! Eu vou tranquilizar a tia! Vou falar que você vai se empenhar. Sei que está fazendo isso por mim, pois não é de se envolver em situações como essa, por isso eu fico grata — enxugou as lagrimas, ela tentou beijar a minha boca, mas eu me virei não permitindo. — Me perdoe, mas eu não to afim, na verdade, vou te ajudar com a situação da Bella, mas nosso lance termina aqui, eu não quero mais me envolver contigo e espero que entenda isso — falei com frieza. Não fazia nenhum sentido eu continuar com a Pamela, meu desejo sempre foi a Isabella e agora que tenho ela perto, vou me dedicar para ficar ao lado dela. — Por que está me dispensando desse jeito? — perguntou chorando. — Estou te dispensando, pois sinto que não quero você! Entenda e saia na boa — pedi e ela sabia que era o meu limite, que se continuasse tentando questionar as coisas iriam ficar piores, pois eu sou do tipo que torno as coisas aterrorizantes e claro que ela não iria querer viver o terror. Pamela saiu me deixando sozinho na minha sala, eu sentei-me na cadeira e o Palmito adentrou a minha sala. – Chefe, a missão foi um sucesso! Bella está na sua casa — avisou-me. — Bom trabalho, não fale para ninguém sobre isso! Haja como se não soubesse de nada! Vá até a casa da mãe e avise que vamos ajudar a resgatar ela de alguma forma — pedi sorrindo. — Sim, senhor! Vou me fazer presente naquele lugar e todas as informações importantes trarei ao senhor — comunicou se retirando. Antes da Bella ser levada para a minha casa, eu ordenei que colocassem câmaras lá para assistir ao espetáculo que somente eu terei acesso. Abrir as câmaras no celular e lá estava a minha Bella, ela era perfeita, estava sentada em posição fetal, abraçando as pernas enquanto chorava. Aquela cena partiu meu coração, não queria que ela se sentisse desse jeito, mas não tinha como permitir que ela seguisse com o João, esse não era meu objetivo. — Deus, me ajude! Eu estou com tanto medo — sussurrou me surpreendendo. Toquei a tela do celular, uma lagrima caiu do meu rosto. — Não tenha medo, minha adorável Bella! Eu vou te fazer viver um conto de fadas, você vai ser feliz ao meu lado. Vou te amar e te me mimar para sempre — falei ciente de que ela não conseguiria ouvir. O meu plano sempre foi esse! Eu iria conquistar essa mulher de qualquer forma. Não tinha uma segunda opção para ela. Não seria possível que ela ficasse com outro homem, ou era minha ou nunca sairia daquele quarto, esse era o meu desejo e ele iria se cumprir de qualquer jeito. Diante de tudo, decidi que estava no momento de descansar, sair da minha sala e seguir até a minha moto, fui passando devagar pela praça e lá estavam a mãe, irmã, padrasto, o João e a Pamela, todos chorando e desesperados. — Minha filha, por que isso aconteceu com ela? Quem levou a minha filha? — indagou tremula. — A culpa foi sua, seu crápula — Pamela avançou em cima do Marcio. — Como você teve coragem de vender a minha filha? Você não se importa com ela, mas ela é minha filha! A Bella deve está morrendo de medo e sozinha. Se a minha filha não voltar com vida, eu vou parar na cadeia, eu vou te matar, Marcio — a dona Joana avançou dando socos nele. Aproveitei aquele momento de confusão, onde a aglomeração estava formada na favela para assistir o conflito. Desci da moto, passei no meio da multidão e dei dois tiros para cima. — Que p***a é essa na minha favela? Eu avisei sobre conflitos e que não queria eles aqui — grunhir bravo. — Fera, nos perdoe, mas o Marcio vendeu a Bella, ela é um ser humano – João se apresentou. — Fez isso com a sua filha? Que tipo de homem você é! – rosnei pegando ele pelo pescoço. — Não! Espera, ele errou, mas é o meu pai! Por favor, senhor Fera. Não mate o meu pai — a Linda interferiu e eu o joguei no chão. — Se essa p***a de guerra continuar, eu juro que vou levar todos vocês para as ideias, vou resolver do meu jeito e não estou com paciência hoje — vociferei. — Não precisa nos levar para a ideia — Marcio suplicou ciente de que ele seria o mais afetado. Eu não levaria ele agora, mas pretendo mata-lo de forma lenta, pois ele planejou o m*l da minha Bella. — Dona Joana, a Pamela me passou a fita com sua filha, ela é moradora do morro, eu sou o dono e lhe dou a minha palavra que vou encontra-la, custe o que custar. Viva a sua vida e tudo vai ficar bem — tentei confortar a mulher. — Voltem para casa e parem de tumulto no meu morro — vociferei dando dois tiros para cima. Após acalmar o conflito, eu subir na minha moto, partindo para a minha casa, estava cansado e com sono. Queria descansar um pouco, mas antes disso eu velaria o sono dela, ficaria espiando até dormir. Bella seria a minha primeira dama, a única digna de ficar ao meu lado e ter tudo de mim. Por ela eu faria tudo, essa era a verdade! Somente aquela mulher teria tudo de mim.
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