Ver o desgraçado tentando assediar a minha garota me deixou maluco, eu não tinha como deixa-la mais naquela casa sozinha. Ouvir que ela aceitaria ser minha mulher deixou-me completamente apaixonado, sentir os lábios quente e delicado, o gosto doce da Bella fez eu perceber o quanto valeu a pena.
Sair daquela casa com ela do meu lado. Bella estava com um sorriso lindo no rosto e isso me deixou com ciúmes, algo me dizia que a felicidade dela não era por nós dois e sim pela possibilidade de ver a mãe.
— Bella, esse sorriso lindo no seu rosto é por qual motivo? — questionei enquanto estacionava o carro na porta da casa dela.
— Por sua causa, o nosso beijo mexeu comigo — disse com a voz tremula.
Sabia que era mentira, que ela falava apenas para me agradar, mas, o que eu poderia fazer? Decidi ficar em silêncio e acreditar nessa mentira. Fechei meus olhos em silêncio e respirei fundo.
— Não esqueça de tudo o que conversamos, você tem sua liberdade, mas ela é assistida. Você é minha e vai morar comigo, entendeu? — rosnei.
— Sim! Eu entendi perfeitamente — balbuciou sorrindo.
— Certo! Vamos entrar — disse saindo do carro.
Assim que abrir a porta do carro, todos olharam para ela. O povo tinha essa mania horrível de viver a vida dos outros e isso me incomodava muito. Segurei Bella pela mão e seguir para casa da mãe dela. Assim que entramos dona Joana correu ao encontro da filha e a abraçou.
— Meu Deus, Isabella! Eu quase morri sem noticias suas. Me diga que está tudo bem, que ninguém te fez m*l — sussurrou tocando seu rosto.
— Mãezinha, eu estou bem, estou aqui — confessou emocionada.
A irmã dela Linda apareceu também e ao ver que a irmã estava bem correu na direção dela abraçando e beijando.
— Deus é bom, ele escutou as minhas orações — exclamou a menina.
O clima de festa se instalou na sala. Todos abraçando e beijando a Bella, fiquei parado observando todas as movimentações, vir quando o Marcio se aproximou sorrindo.
— Então você voltou — disse com ironia.
Ela mudou, ficou mais tensa com a presença dele e isso não deixei de notar. Conhecia cada centímetro da Isabella e conseguia identificar quando ela não estava bem.
Isabella se afastou dele, fingiu que o mesmo não estava ali e continuou conversando com sua mãe, enquanto esfregava a mão na perna. Isso fez com que eu ligasse o sinal de alerta.
— Filha, conta o que aconteceu — dona Joana questionou e antes da resposta Pamela e João eram na casa.
— Bella, graças a Deus — Pamela abraçou a amiga.
— Bella, como eu fiquei preocupado — João tentou se aproximar, mas como uma boa menina ela se afastou e me olhou.
— Isabella, eu suponho que esteja muito cansada — afirmei me aproximando dela. Toquei suas costas e todos olharam na nossa direção.
— Estou mesmo. Podemos ir — sussurrou baixinho.
— Para onde você vai? Se está cansada, pode subir e… — ela cortou a mãe.
— Mãezinha, eu não moro mais aqui. Vou para casa do Fera — falou e todos olharam para nós dois.
— O que? Como você vai para a casa do Fera? O que isso significa? — Pamela questionou.
— Me perdoe, Pamela — Bella falou chorando.
Sei que ela ficou sentida por saber que eu um dia fiquei com a Pamela, mas ela não significa nada para mim.
— Perdão, Isabella? Você está com o Fera? — perguntou espantada e ela sinalizou que sim com a cabeça.
— Isabella, que loucura é essa? — João questionou se aproximando e eu tomei a frente.
— Fala de longe, se encostar nela, eu meto uma bala na sua cabeça — rosnei e ela estremeceu.
— Explicar, Isabella — a minha mãe pediu.
— Ele me salvou e a gente se apaixonou — balbuciou tremendo.
— Mentira, eu conheço a minha filha e sei que tem algo errado. Por isso estou quero a verdade — dona Joana pediu.
— Essa é a única verdade. Mãe, eu vou descansar, quando quiser me ver, eu estarei na casa do Fera — explicou e a Pamela deu uma gargalhada.
— Quer que eu acredite nessa palhaçada. Você roubando o meu homem? Se fez de santa esse tempo todo e agora vai morar na casa do Fera? Eu nunca entrei na casa dele, você também não vai entrar — vociferou avançando na Bella, mas eu tomei a frente.
— Me perdoe, Pamela. Por favor, me perdoe minha amiga — Isabella sussurrou chorando.
— Não! Eu não te perdoarei nunca. Pensei que amava o João, mas pelo visto é uma interesseira barata — ela ofendeu a Isa que decidiu não se defender.
— Alessandro, por favor, me tira daqui — implorei com lagrimas nos olhos.
— Farei isso agora — balbuciei enxugando suas lagrimas.
Segurei suas mãos e estava prestes a sair daquele lugar quando a mãe dela se colocou na frente com os olhos cheios de lagrimas.
— Bella, essa não é você. O que ta acontecendo? Fala para a mamãe – suplicou.
— Essa sou eu! Mãe eu me apaixonei, não estou mentindo — confessou abaixando a cabeça.
— Tenham um excelente dia — falei sarcástico.
Puxei ela para mim, não deixaria Isabella sozinha nunca mais, de hoje em diante, ela é minha mulher e as coisas vão ser assim, custe o que custar. Abrir a porta do carro e ela entrou em silêncio. Levei ela para nossa nova casa e assim que entramos, Bella ficou em silêncio observando as coisas.
— Alessandro, as pessoas não vão acreditar na nossa historia. Estou me sentindo a pior pessoa do mundo, pois fui capaz de trair a confiança da Pamela. Ela sempre foi uma boa amiga, mas na primeira oportunidade, eu fui capaz de roubar o homem dela – confessou e eu toquei seu rosto.
— Bella, você nunca roubou o homem dela, eu nunca fui dela — afirmei tocando seu rosto. — Pamela foi uma p**a que sentou para mim. A cadeira de primeira dama é sua e vai ser assim, não se importe com o que vão falar — sussurrei e ela virou o rosto tentando me impedir de tocar.
— Fica complicado as coisas para mim. Pamela é a minha melhor amiga e agora me odeia, acredita que eu te roubei, mas isso não aconteceu — falou baixinho.
— Esquece o que as pessoas estão pensando. Você é minha, te dou liberdade para viver no morro, mas não pense em brigar comigo, pois suas atitudes terão consequências, querida — afirmei depositando um selinho nos seus lábios.
Espero que Isabella ande conforme as minhas regras, se ela não for capaz de cumprir as coisas do jeito que eu quero, juro por Deus que vou punir sem piedade.
— Não se preocupe, não vou fazer coisas que te façam me prender — afirmou desdenhada.
— Ótimo! Vou resolver assuntos do morro, volto a noite — informei beijando os lábios dela.
Queria ficar ali com ela, gastar meu tempo para ela, mas isso não era possível, eu teria que organizar as coisas e vê-la apenas pelo celular por meio das câmeras.