Capítulo 4 Bella

1267 Words
Não sabia o que iria me acontecer, estava em um lugar no qual não conhecia ninguém e o que me deixava mais nervosa era o fato de estar sozinha e trancada em um quarto onde não conheço ninguém. Não conseguiria comer, nem beber nada daqui. Tudo o que eu desejava era ir embora o mais rápido possível. — Alguém ai? Me ajudem, por favor — supliquei chorando. — Não me deixa sozinha aqui — falei batendo forte na porta. Meu coração estava acelerado, o medo tomando conta de mim, tudo o que eu desejava naquele momento era sair daquele lugar o mais rápido possível, para me sentir segura. Tinha certeza que a minha mãe estaria nervosa e preocupada. Enquanto eu gritava feito uma maluca a porta se abriu e passou por ela uma mulher, ela usava avental e tinha o cabelo preço em um coque, sua pele era n***a e os lábios carnudos. — Eu vim trazer a comida — falou ríspida. — Eu não vou comer, não enquanto eu não descobrir quem é o chefe — disse brava. — Você precisa comer, ordens do chefe — balbuciou firme. — Não, eu não comerei, pode levar tudo com você — vociferei e ela saiu me deixando sozinha. Me levantei nervosa, não queria que ela fosse, era a única esperança que eu tinha e por isso voltei a gritar. — Espera, volta aqui! Fala comigo, me diz quem é o chefe e o que eu devo fazer — implorei me tremendo, mas de nada adiantou. Meu coração ficou apertado, em desespero me joguei no chão me tremendo. Abracei as pernas em posição fetal, suplicando a Deus por misericórdia. — Meu Deus, eu não sei o que fiz de tão r**m nessa vida, mas imploro que o senhor me ajude, me tire dessa situação, me proteja e der forças para conseguir a sair viva desse lugar. Estava tão cansada, com tanto medo, que nem sei por quantas horas eu chorei, mas após lutar contra o sono durante muitas horas, a fome começou a apertar e eu acabei dormindo. Despertei assustada quando ouvir o som da porta, alguém estava querendo entrar e eu não sabia quem era, mas isso me deixou nervosa ao ponto de rapidamente me levantar para me proteger, a minha cabeça estava explodindo, mas quando eu vir o Fera na minha frente me senti segura, acreditei que ele estava ali para me ajudar. — Fera, graças a Deus! — disse sorrindo. — Eu nem sei como te agradecer, você veio me resgatar, nunca vou esquece isso, sei que foi a Pamela que te pediu e… — ele me cortou. — Não posso te salvar, Bella — informou me surpreendendo. — Como não pode me salvar, do que está falando? — indaguei tremula. — Como eu vou te salvar? Eu não posso fazer isso, pois não é um sequestro, apenas um meio de te ter perto, para que eu possa te mostrar o amor de verdade, minha princesa — falou me fazendo perder a força das pernas. — Do que você está falando, que loucura é essa? Você me sequestrou, as coisas não são assim — bradei brava, — Não fica nervosa, você precisa comer e eu não quero te fazer m*l — confessou com uma frieza. — O Marcio me vendeu? Se ele fez isso, por favor, me fala quanto ele ta devendo e eu dou um jeito. Posso pagar com dinheiro, Não me mantenha pressa nesse lugar, eu imploro — supliquei. — Sei que agora não está entendendo, mas vai agradecer a Deus quando perceber as coisas e ver que essa é a melhor escolha da sua vida — falou fingindo não escutar as coisas que falei. — Essa escolha não está sendo minha! — vociferei com lagrimas nos olhos. — Estou aqui, pois você não comeu nada e não quero que fique doente — tocou meu rosto. — Acha que eu tenho fome? Diante tudo o que você ta me fazendo? As coisas não são desse jeito, você não pode me manter presa, não quero comer — bradei sem levar em consideração que ele era um bandido perigoso. — Pode estar brava agora, mas lá na frente vai viver uma linda história de amor, Bella — disse jeito um lunático, para mim ele era louco e isso me assustava. — Fera, por tudo que é mais sagrado nesse mundo, eu não quero ficar presa nesse quarto, pode não saber, mas ficar presa me causa gatilhos de coisas que vivi na minha vida, por favor, não me coloca presa — pedi chorando. — Tudo bem, eu não vou te prender, meu amor! Não se preocupe com isso, pode andar nessa casa, ela é sua também — tocou meu rosto. — Por que está fazendo isso comigo? A minha família deve está muito preocupada, a minha mãe vai ficar maluca, me deixa voltar — supliquei chorando e ele se aproximou enxugando uma lagrima nos meus olhos. — Você me forçou a fazer isso! A minha intenção era me aproximar devagar, sem fazer essas coisas, mas você queria me deixar, como pode ser capaz de imaginar a possibilidade de ir embora com o João. Eu nunca vou permitir que homem nenhum chegue perto, pois o destino escolheu nós dois, você é minha, Isabella — disse de forma possessiva e isso me assustou. — Quem disse que eu iria com ele? Nunca falei isso para ele, não deixaria a minha mãe sozinha — sussurrei me tremendo. — A escolha é sua, ou você fica aqui e a gente começa a nossa linda história de amor, ou eu te liberto e começo a matar os homens que se aproximam de você — disse cheio de sarcasmo. — Isso é uma ameaça? — indaguei me temendo. — Isso é o que você precisa saber! A escolha é sua, meu amor. De qualquer forma, não pode ficar com ninguém, só comigo — afirmou me deixando sem ar. Para ele, tudo parecia normal, ele não percebia que estava sendo c***l, que aquilo não era o meu desejo, mas estava me deixando assustada e com medo de tudo o que estava acontecendo na minha vida. — Não machuque as pessoas que eu amo — supliquei com lagrimas nos olhos. — Tudo depende de você e do seu comportamento — me colocou contra a parede. Como eu iria dizer não as vontades desse louco, ele estava ameaçando matar o João e essa não era a minha vontade, eu nunca iria viver feliz se alguma coisa acontecesse com ele. — Fera, se eu fizer a sua vontade, me prometa que não vai matar a ninguém que eu amo. Eu te imploro — sussurrei me tremendo. — Você vai fazer a minha vontade? Não quero te manter presa aqui, quero que volte para o morro, mas vai morar na minha casa e falar que estamos apaixonados, que quer ficar ao meu lado. Vai fazer tudo o que eu quero, se quiser que todos fiquem bem — rosnou. — Não tome a minha atitude como um ato de covardia contra uma linda mulher, não quero te fazer m*l, eu te amo — sussurrou beijando meu rosto. — coma tudo, isso é uma ordem, Isabella — falou bravo. Eu queria negar, mas o medo tomou conta de mim e mesmo sem fome, apavorada, eu comecei a comer enquanto olhava para ele. Aquele imponente na minha frente, m*l encarado e tatuado não parava de me encarar, enquanto eu continuava a pensar que aquilo era loucura, não poderia ser real, estava tão vulnerável e perto de uma pessoa obcecada por mim.
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