Matt
Encontrei Ian de novo no sábado. Não foi por acaso. Eu mandei mensagem, ele respondeu rápido. Marcamos num café pequeno, perto da praia. Cheguei antes. Escolhi uma mesa no canto, pedi suco de caju e fiquei olhando o movimento da rua. Quando ele chegou, senti o corpo reagir. Não era só atração. Era presença. Era vontade de estar perto.
— Você tá bem? — ele perguntou, sentando de frente pra mim.
— Tô tentando entender o que tá acontecendo.
Ele assentiu. Pediu café. Ficamos em silêncio por alguns segundos. Depois ele disse:
— Eu não quero te confundir. Mas também não quero fingir que não sinto.
— Eu também não quero fingir.
— E o João? E a Soraia?
— Eles sabem. A gente conversou. Eles estão abertos. Mas atentos.
Ian mexeu no café. Depois olhou pra mim com firmeza.
— E você? O q
