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Os Gêmeos da Máfia

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intro-logo
Blurb

Casandra Reese não teve nada em sua vida que fosse digna de lhe dar memórias felizes. Era órfã e passou por tantos lares que perdeu as contas, e agora aos 24 anos, ela faz o seu melhor para viver bem e ignorar todos os bullyuing e comentários que eram direcionados a ela em sua faculdade de arquitetura, e ao mesmo tempo, aguentar o seu namorado abusivo a qual não consegue se livrar dele.

Um dia um novo aluno entrou no curso, Kalel Toyosaki, e ela se surpreendeu quando ele se aproximou dela e protegeu a ajudar ela enquanto todos já tinham desistido dela e de sua situação. Ela não entendia muito bem o porque daquilo tudo e não gostou da maneira que ele era insiste, mas acabou cedendo ao se dar conta que estava cansada de ficar sozinha e de se sentir sozinha.

Nesse meio tempo ela conheceu seu irmão gêmeo, Kristian Toyosaki, e se viu em um mar de flertes e provocações de ambos ao mesmo tempo sem qualquer tipo de ciúmes entre eles. E com isso veio a descoberta do desejo dos dois terem algo com ela, algo mais que amizade, um ménage.

Qual será a resposta da Casandra a essa pergunta? Como será o relacionando deles e o quão forte poderá ser a atração?

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The Beginning of Everything
O dia amanheceu e os meus olhos se abriram, fixando-se no teto do meu quarto no dormitório da faculdade. Tentei me sentar, porém todo o corpo estava completamente dolorido graças a brutalidade do meu namorado abusivo, Carter McConnor, durante o que ele julgava ser uma relação s****l da noite passada, mas que pra mim, não era nada disso. Por mais que eu pensasse, não consiga entender porque ainda estava me relacionando com o Carter, mesmo ele tendo um nível tão grande de abusividade e de possessividade comigo, talvez simplesmente temesse que ele me matasse. Eu não tenho nada a perder, por ser órfã e não ter ninguém além dele em minha vida, mas mesmo assim é quase impossível não temer a morte. Com dificuldade me sentei contendo o gemido que queria soar de meus lábios, ao mesmo tempo que me lembrava de ter pedido ele pra parar e em resposta, a mão dele em meu pescoço impedindo com que respirasse. Desmaiei por segundos e quando acordei, ele ainda continuava o ato sorrindo de maneira completamente diabólica. Como eu adoraria que alguém o matasse por mim, porém, quem iria fazer isso por mim? Quem iria matar alguém pra ajudar uma mulher que não fazia nenhuma diferença estar ou não no mundo. Ainda era seis horas da manhã e até as oito, horário que minhas aulas na faculdade começavam, irei conseguir melhorar todo o meu corpo e a dor lancinante nele, pelo menos tentar. Lentamente, levantei-me da cama mesmo que todo o meu corpo gemesse com o mais singelo pisar no chão. Com o mesmo cuidado que me sentei na cama, me levantei, caminhei rumo ao banheiro. — Merda... — Xinguei assim que sentiu algo escorrendo entre minhas pernas. — Não acredito que ele fez isso... — Meus olhos marejaram quando me encarei no espelho. Tinha tudo pra ser bonita, pra ser alguém saudável e feliz, porém a imagem que era refletida, era completamente o oposto do que queria pra mim mesmo. Olheiras fundas, cabelos sem brilho e sem vida, as maçãs do rosto elevada por falta de uma alimentação adequada. E de brinde, a marca das mãos dele visíveis em seu pescoço misturada com os chupões. O dia estava quente e pelo visto eu teria que usar uma blusa de gola alta e de mangas longas, graças aos roxos em seus pulsos. — Isso tudo é uma grande merda... — Apoiei as mãos na pia deixando com que as lágrimas caíssem no móvel. Desde que me entendo por pessoa, sou órfã e nunca conseguiu uma família fixa, e quando finalmente conseguiu... Não deu muito certo e eu fui devolvida para o orfanato onde passei o resto dos ano até quando completei 18 anos e tive que ir para o mundo e cuidar de mim mesmo. Consegui uma bolsa de cem porcento em uma das melhores faculdades na parte da manhã, à tarde trabalhava em uma cafeteria e a noite, tinha um trabalho de meio período em uma boate noturna como barman. Inspirei e respirei fundo antes de enxugar as lágrimas e caminhar para baixo do chuveiro. A água gelada atingiu meu corpo como um soco ao mesmo tempo que levei a minha mão entre minhas pernas, meus lábios estavam completamente inchados e com o mais leve toque disparava dores pelo meu o íntimo que se espalhava por todo o corpo. Mordi meu lábio inferior contendo o grito de dor quando meus dedos me adentraram para tirar o sêm3n que estava dentro de mim, nessas horas, agradecia muito por ser infértil. Demorei, eu sei que demorou muito, mas fora o tempo necessário para tirar todo o sêmen dele graças a dois orgasmos seguidos e um deles, dentro de mim, e ela não gozou nenhuma vez. Carter sabia que eu não gostava disso, dele finalizar dentro, mas minha opinião e o que sentia era completamente inútil. Eu era inútil! Com uma toalha sequei todo meu corpo, e com a mesma enrolei em meu corpo e sai do banheiro tendo dificuldade em andar, porém não podia faltar as aulas. Era bolsista e só tinha uma quantia x de faltas, e a escolha mais sábia era guardar elas pra algo realmente útil e necessário. Na noite anterior, antes da chegada repentina de Carter, separei uma muda de roupa que se baseava em uma calça jeans e uma camiseta folgada, mas graças as marcas em meu pescoço, teria que trocar a camiseta por uma blusa de frio com gola e mangas. Tentei, realmente tentei denunciar ele, nos primeiros dias dele realmente se manteve longe, mas ao ver que não daria em nada a reaproximação, ele voltou a me infernizar e voltou ainda mais bruto que antes. De dentro da primeira gaveta da mesa de canto da minha cama, peguei uma pomada que comprei especificamente pros dias em que Carter me machucasse, o que era quase todo dia. Estava quase acabando e eu ainda não tinha recebido meu pagamento pra comprar mais. Eu poderia simplesmente mudar de lugar e de faculdade pra fugir dele, porém sempre que isso surgia em minha mente outro questionamento surgia logo em seguida... Para onde eu iria se fugisse? Sentada na cama e com a perna aberta, passei a pomada com o mesmo cuidado que usei pra tirar o sêmen, e em seguida, vesti a calcinha branca que tinha separado. A dor tomou conta de meu clitór1s, mas me mantive forte enquanto vestia a calça agradecida por ter escolhido uma mais folgada, pois duvido que iria conseguir ir até a cômoda e escolher outra com calma e tranquilidade. Enfiei os pés na primeira sapatilha que encontrei próxima de mim, os cabelos quando penteei prendi em um r**o de cavalo alto o suficiente pra aliviar o calor que iria sentir. Quando tentei vestir o sutiã percebi que o lá embaixo não era o único com dor, os b***s dos meus s***s também. A blusa de mangas longas e de gola alta eram o suficientemente folgadas pra não os marcar. Como imaginava, usar aquela blusa na parte da manhã toda seria uma missão quase impossível, e eu tive ainda mais de certeza quando saí do dormitório com a mochila em meus ombros e o calor tremendo, me recebeu de m*l grado. Meus olhos analisaram todas as garotas no corredor, todas com shorts mostrando as pernas tornadas e com blusas folgadas, confortáveis e o que eu queria sentir naquele momento, frescor. Desejei tanto ser elas que um dia minha ficha caiu que não iria conseguir e eu simples desisti, mas ainda assim, dói quando eu me comparo com elas, dói quando percebo que jamais em minha vida irei ser como elas. No mesmo instante que fechei a porta atrás de mim, algumas delas pararam o que estavam fazendo e falando para me encarar, e contra a minha vontade, meu corpo se encolheu e eu sibilei de dor quando comecei a andar. — Aqui vemos a cachorra do Carter... — Uma delas murmurou quando passei por ela, queria acelerar o passo, principalmente quanto todas no corredor ouviram o que foi dito e me encararam, mas com a dor que sentia a cada passo, era impossível. — Você é só um depósito de porr4! — Concluiu fazendo todas rirem. Jamais pensei que fosse possível demorar tanto chegar até a porta principal do dormitório. O sol brilhava intensamente mesmo sendo apenas sete e meia da manhã enquanto eu caminhava pelo os campus diretamente para o meu apenas para ser agraciada pelo o ar condicionado da sala. Um suspiro de alívio soou dos meus lábios quando abri a porta da sala e adentrei. Alguns dos alunos presentes pararam o que estavam fazendo para me encarar enquanto outros nem se deram o trabalho de erguerem suas cabeças e atenção da tela do celular. Suor escorrida pela a minha barriga chegando ao cós da calça, a gola alta já estava úmida mesmo que meu cabelo estivesse preso, suor descia e o molhava. Devia simplesmente ter tampado com maquiagem, mas com o decorrer do dia, ela com certeza iria sair e eu não teria tempo de retocar. Sentei-me na carteira habitual de sempre, franzindo o cenho por uma breve pontada em meu íntimo. Cogitava se eu poderia mudar pra pegar algum local onde o ar-condicionado chegava com mais intensidade e em qualquer outro dia, teria mudado sem problemas, porém naquele dia em específico só queria ficar quieta e na minha. — Ela é louca? — Uma voz masculina soou atrás dela em um tom que deveria ter sido baixo, porém soou alta ou simplesmente seu ouvido captou com mais facilidade. — Deve estar uns trinta e seis graus e ela com essa roupa... — Eu ouvi as meninas dizendo que o Carter foi ao dormitório dela com um pouco de raiva... — O seu companheiro, também homem, disse e dessa vez não tentou abaixar a voz. O silêncio recaiu sobre eles ao mesmo tempo que eu transferia a minha atenção para locais gelados e ao ar-condicionado para esquecer o fato de que eu estava cozinhando dentro daquela roupa, e de brinde, estava com fome. Não jantei na noite passada por causa da visita surpresa, e pelo visto não teria tempo de tomar café da manhã. Aos poucos os alunos foram adentrando a sala, uns direcionava olhares surpreso em minha direção, outros de deboche ou nojo, alguns de pena, porém a maioria era de divertimento. Múrmuros começaram no fundo, mais especificamente as meninas, e eu por mais que me esforçasse só consegui captar três palavras: “aluno novo” e “gostoso”. E nem precisei olhar em volta pra ver se tinha realmente um novo aluno no curso, pois ele adentrou a sala acompanhada de meninas dos outros cursos. Rapidamente o analisei, e contra a minha vontade tive que concordar com elas. A pele dele era tão branca que parecia que nunca tinha visto o sol em sua vida, seu cabelo, aparentando ser liso, estava jogado para trás em uma espécie de camadas, o mesmo corte que os asiáticos tanto usava. Os lábios finos e rosados, o nariz assimétrico, e os olhos, completamente orientais na cor de avelã. Trajava uma calça jeans escura e uma camiseta branca colocada o suficiente em seu tórax para perceber que era musculoso além de revelar as tatuagens que cobria todo o seu braço direito. Desviei o olhar para a janela enquanto ele subia as escadas rumo as cadeiras do fundo. Bonito demais, metido demais e areia demais pra qualquer das meninas da faculdade, mas querendo ou não, era uma visão e tanta de se admirar. Olhei para trás no exato momento em que o olhar dele analisou toda a sala e se fixou nos meus. Um sorriso surgiu em seus lábios enquanto apontava o queixo em minha direção, fazendo todas as meninas ao seu redor me encarar. Desviei o olhar para a porta no exato momento em que ela se abriu, e a pessoa que não desejava ver adentrou, Carter. Meus ombros se curvaram e eu abaixei a minha cabeça, ouvindo-o cumprimentar todos os alunos aproximando-se de onde estava sentada. Meu coração começou a bater loucamente e o calor que até então estava sentindo, se desfez em um piscar de olhos, fazendo todo o meu corpo começar a tremer e minhas mãos soarem. — Não vai não... — Uma das meninas disse lá no fundo, mesmo local onde o aluno novo estava. — É o namorado dela, não recomendo chegar perto dela! — Você é doida? — Carter disse fazendo com que eu me encolhesse e engolisse o seco. — Nesse calor usando essa blusa ridícula! — Você me machucou ontem e não dava pra t-tampar com maquiagem... — Minha voz soou baixa o suficiente para que aquilo passasse em branco, porém ele ouviu e envolveu minha coxa com uma força tremenda. — O que disse? — Indagou enquanto eu franzia o cenho de dor e negava mostrando que não era nada. — Você está sem sutiã... Que nojo! — Soltou a sua coxa. Contive o suspiro e o gemido de alívio ao mesmo tempo que levava uma de minhas mãos para massagear o local. — Aluno novo hein... — Olhou para trás brevemente. — Não passa de um riquinho de merda! — Ele disse como se não fosse rico e como não fosse uma merda de homem. Olhei para trás percebendo que o olhar dele, do aluno novo, estava fixo em nós dois, mais especificamente fixos em mim. Não teve chance de desviar o olhar, pois as mãos de Carter envolveram o meu rosto e os seus dedos apertaram minha bochecha com força. Automaticamente meus olhos começaram a marejar enquanto era forçada a olhar fixamente em seus olhos. — Você é minha e não quero você olhando pra nenhum homem... — Sussurrou apertando um pouco mais. Levei minhas mãos para o seu braço e tentei fazer com que ele me soltasse, mas quanto mais tentava, mais ele apertava. — Entendeu? — Concordei várias e várias vezes fazendo com que ele me soltasse bruscamente e se levantasse. — Boa aula, querida! — Desceu as escadas e saiu da sala. Umedeci os lábios cravando minhas unhas na palma da minha mão ao mesmo tempo que mordia a minha língua para não chorar, não quando todos estavam sussurrando a respeito de mim e do meu relacionamento com o Carter. — Agora separem em dupla para a realização desse trabalho! — A professora disse saindo da sala logo em seguida fazendo-me choramingar internamente. “Quem foi que criou trabalho em grupo?”, indaguei mentalmente observando os alunos aos poucos formarem sua dupla e saírem da sala. “Outro trabalho que vou fazer sozinha, pelo o andar das coisas!” Chequei as horas na tela do meu celular. Era meio dia e meia, e eu teria tempo de comer algo para calar a minha barriga, já que ela não parava de roncar, antes do meu trabalho também de meio período na cafeteria. Comecei a guardar meus materiais quando a cadeira ao meu lado fora ocupada, assustando-me. A primeira pessoa que veio em minha mente fora Carter, mas não era ele, e sim um problema ainda maior, o aluno novo. — Olá! — Ele disse sorrindo largamente. Meus olhos analisaram todo o seu rosto atentamente, e cheguei à conclusão de que ele era mais bonito estando frente a frente. Não respondi e nem retribui o sorriso, apenas voltei a guardar meus materiais temendo que ninguém inventasse de contar pro Carter que eu estava conversando com um menino. — Vamos fazer a dupla? — Meu cenho se franziu ao mesmo tempo que voltei a o encarar. — Olha... — Fechei a minha mochila e peguei meu celular. — Não sei o que te motivou a vim falar comigo, pode ser aposta ou qualquer outra coisa, mas eu não quero fazer trabalho em grupo com você e... — Encarei a porta rapidamente. — Não quero problemas pra mim! — Levantei-me com mais dificuldade que imaginava e de brinde, minha visão ficou totalmente turva fazendo com que eu apoiasse as mãos na mesa. Minha respiração se tornou ofegante e meu corpo em vez de sentir calor, começou a ficar gelado e trêmulo. — Você está bem? — Indagou ele segurando o meu braço e no mesmo instante o afastei de maneira bruta. Minhas costas se chocaram contra a parede arrancando um gemido baixo. — Eu vou chamar alguém pra te ajudar, fique aqui! — Por mais que minha visão estivesse turva, pude ver em seu rosto todo contorcido em preocupação. Abri os lábios para falar que não era necessário, e somente naquele momento, percebi que minha garganta estava totalmente seca, não tinha nem saliva para engolir e umedecer ela. Ele saiu correndo da sala e eu aproveitei o momento da sua saída para ir embora também. O primeiro passo oscilou e eu tive que segurar na mesa para me manter em pé, mas os seguintes foram certos e mais firmes enquanto eu descia as escadas e saía da sala. Olhei em volta rapidamente mesmo que a visão se tornou mais turva, e acelerei os passos em direção ao banheiro feminino. Felizmente a faculdade estava vazia e as pessoas que estavam presentes estavam tão acostumadas com aquilo, com a minha situação que não falaram e nem me ajudaram. Fechei a porta atrás do banheiro atrás de mim, joguei a mochila no chão e o celular em cima dela, antes de abrir a torneira e beber um pouco da água. Lavei meu rosto deixando com que a água, pela a segunda vez em um dia, se misturasse com as lágrimas. — Cadê Deus nessas horas? — Indaguei pra mim mesmo tirando a blusa que tanto me incomodava. — Tanto que eu peço por ajuda pra ele, pra me salvar disso tudo... Cadê ele? — Ofeguei passando a mão no catarro que escorria pelo o meu nariz assim que meu choro aumentava consideravelmente. — Porr4, o que eu fiz pra merecer essa m3rda toda? — Sabia que não iria receber uma resposta, e isso me deixou desesperada. Minha respiração se acelerou ao ponto de doer todo o meu peito ao mesmo tempo que a minha cabeça começava a girar, a visão entrava em foco e saia em foco, sem saber o que fazer. Surpreendendo-me a porta foi aberta. Arregalei os olhos ao encontrar o novo aluno segurando uma sacola em sua mão enquanto puxava o ar com dificuldade. — Banheiro f-feminino... — Apontei para a porta e ele simplesmente deu de ombros e adentrou o cômodo, fechando e trancando a porta logo atrás dele. Memórias ruins tomaram conta de minha mente, forçando-me a dar um passo para trás quando ele deu um em minha direção. Seu cenho se franziu analisando o meu pescoço, fazendo-me lembrar que estava sem sutiã. O coração batia rapidamente quando peguei a blusa e pressionei contra meu b***o exposto. Tentou novamente uma aproximação, e novamente, afastei. — Não vou te machucar e nem fazer nada com você... — Ele disse erguendo as mãos aproximando da pia. — Fiquei sabendo que isso tudo é normal acontecer com você, e a professora disse que talvez você não tenha comido... — De dentro da sacola, vi ele pegar um sanduiche natural e um suco de caixinha, colocando a sacola em cima da pia um pouco distante de mim. Minha boca secou e meu estômago roncou. — Só tranquei a porta porque eu não quero receber uma bronca em meu primeiro dia de aula! — Não mencionei nada e isso fez com que ele me encarasse novamente. — Come! — Afastou-se até encostar na porta, onde ele se sentou e começou a cutucar a sua cutícula. Encarei-o sem saber se acreditava e contra a minha vontade, meu corpo obedeceu a minha barriga e se aproximou do sanduíche e do suco de caixinha. — Não precisa vestir a blusa... — Murmurou assim que fiz a menção de vestir a blusa. — Provavelmente sua pressão abaixou por causa dela! — O-Obrigada... — Exclamei pegando e sentando na parede próxima a pia. Sibilei de dor baixo, mas me manteve firme. — Não precisava disso tudo! — Por que é normal ser enforcada pelo namorado? — Retrucou erguendo o olhar assim que ela abriu o pacote do sanduíche. Não respondi, apenas dei uma mordida na comida contendo o gemido de alívio e satisfação que queria dar por ter algum alimento em minha barriga. Ele também não disse nada, não enquanto ela dava outra mordida e abria o suco de caixinha. Era tudo uma loucura, mas sabia que era porque ele me conheceu agora. Todos que me conheceram, tentaram me ajudar e vendo que seria em vão, pararam e se afastaram de mim por ameaças do Carter. Ele tinha olhos em toda a faculdade e eu só pensava nele sabendo do que houve e eu recebendo uma “punição” por causa daquilo tudo. — Qual é o seu nome? — Indagou ele e eu deixei com que o silêncio reinasse entre nós, pensando que ele iria embora ou algo similar, porém sua atitude fora contrária. — Meu nome é Kalel Toyosaki! — Encarei-o encontrando um largo sorriso em seus lábios. “Como ele pode sorrir com tanta facilidade assim?”, indaguei pra mim mesmo. Fazia um bom tempo que não sorria ou ria, em certos momentos pensava que isso nunca iria vim de minha parte. — Sua idade? — Insistiu assim que viu que eu não estava determinada a responder nenhuma das suas perguntas. — Vamos lá, temos um trabalho de um mês pra fazer em grupo então temos que nos conhecer melhor. — Eu não aceitei fazer grupo com você... — Dei um gole evitando o contato visual com ele, mesmo sabendo que ele me encarava fixamente. — Eu passei nossos nomes para a professora... — Meus olhos se arregalaram ao mesmo tempo que comecei a engasgar com o suco. — Deu um pouco de problema, pois não sabia o seu nome, mas quando disse que era a namorada do Carter ela ficou surpresa como você e disse que era pra tomar cuidado! Tínhamos que montar um projeto em 3D de uma casa que iriamos criar desde seus princípios até a parte de construir uma estrutura para ela. Duvidava muito que iria conseguir fazer tudo sozinha, ainda mais em um mês, mas eu também não teria forças pra aguentar o que iria acontecer comigo. — Não posso, e eu acho que as meninas explicaram o motivo pra você... — Encarei os meus pulsos marcados escutando um suspiro vindo da parte dele. — Eu não tenho medo dele! — Exclamou em um tom totalmente tranquilo. — Você não pode ter, mas eu tenho! — Murmurei terminando o sanduíche. — É só terminar com ele ou simplesmente pedir ajuda. — Uma risada irônica soou dos meus lábios. Ele disse com tanta tranquilidade que fez parecer que fosse fácil, quando na realidade não era nada fácil se livrar de um relacionamento abusivo e continuar viva. — Sua preocupação é em vão, vai por mim, não irá mudar em nada em minha vida. — Com mais dificuldade do que pensava, levantei-me. Minhas mãos pairaram na parede para que eu me mantivesse em pé firmemente. — Quanto que foi? — Referiu-se ao sanduíche e ao suco de caixinha. O aluno novo, que agora sabia que se chamava Kalel Toyosaki, não disse nada apenas ficou em silêncio. Não precisei me virar para ver que ele me encarava. — Um presente pro início de uma boa amizade! — Escutei-o se levantar enquanto me virava para o encarar incrédula. — Você quer me matar só pode. — Exclamei e ele negou no mesmo instante. — Porque disso tudo então? Você acabou de chegar na faculdade, no curso, então porque o súbito interesse? Kalel ficou em silêncio por longos segundos encarando-me, e eu treinada a nunca sustentar um olhar, mantive meu olhar baixo pela a primeira vez. — Sei lá... — Finalmente disse acompanhando a fala com um simples dar de ombros. — Só quero fazer grupo com você! — Gargalhou baixo fazendo com que meus olhos se revirassem. “Bem, já que eu vou morrer em breve, vou morrer feliz por ter feito um trabalho em grupo depois de anos fazendo sozinha.”, pensei comigo mesmo antes de soltar um longo e pesado suspiro. — Casandra Reese... — Respondi uma de suas primeiras perguntas. — 24 anos! — Kalel Toyosaki. — Em sua voz era perceptível o quão animado e feliz ele estava. — 25 anos! Com cuidado vestir a minha blusa sofrendo antes mesmo de sair do banheiro e caminhar até o ponto de ônibus e ir ao trabalho. — Esse é um bom início! — Pelo o espelho, quando terminei de vestir a blusa, encarei-o rapidamente. Ele mexia no celular, deixando-me um tanto confusa se tinha falado comigo ou com o celular. — Qual seu número? — Encarou-me e eu desviei o olhar ditando o meu número pra ele. — Casandra Reese! — Em segundos, meu celular começou a tocar. — Quando vamos marcar para planejar o trabalho? — Não posso me encontrar com ninguém fora daqui... — Suspirei. — Impossível as meninas não terem lhe falado tudo até mesmo as regras! — Falou, mas eu não sou chegado a regras, ainda mais de homens que pensam que são homens, mas não passavam de um monte de bosta! — Deu de ombros deixando-me bastante surpresa. A porta fora destrancada e no mesmo instante o encarei parte surpresa e parte com medo. — Vamos ver um bom horário pra você, e em um local que possa usar roupas frescas! — Piscou antes de sair do banheiro fechando a porta atrás de si. Espalmei as mãos na pia sentindo a minha respiração se acelerar. Não tinha percebido que estava contendo e controlando minha respiração até o momento em que ele saiu do banheiro. — Isso vai dá uma merd4 tão grande pra mim! — Exclamei comigo mesmo enquanto jogava a caixinha de suco vazia no lixo juntamente com o plástico que veio o sanduíche. — Tenho que pensar em uma boa desculpa também... — Peguei meu celular e a minha mochila. — Ou simplesmente colocar veneno no suco dele e depois colocar no meu, pois não vou ter dinheiro pro processo que vou receber dos pais dele! — Suspirei novamente e sai do banheiro. “Segunda opção é melhor do que a primeira.”, pensei comigo mesmo contendo a animação que surgiu dentro do meu peito quando me imaginei livre dele. Não teria coragem de o matar e me matar logo em seguida, me faltava coragem e determinação, por isso a animação era tão inútil.

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