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1000 Words
Naiara  — O que a princesa quiser — ele responde, e sorrimos juntas — Mas... — La vêm ele com esse porém — Cassia bufa. — Eu só quero um bolado, Trancinhas — beija a bochecha dela. — Você não tem nenhum contigo, Nai? — Ca, me pergunta se virando pra mim. — Deixa eu ver... — vou até a minha mochila, procuro pelo fundo falso e acho um perdido. Pego o baseado, e me viro pra eles — Apenas esse — mostro pra eles — Não trouxe minha caixinha hoje. — Que recompensa pequena — ele bufa. — Eu vou cometer um pequeno delito, e veremos a pequena recompensa — o ameaço, e Cassia me pede pra se segurar — É pegar ou largar, play. — Tô precisando, tô aceitando — vêm pra pegar, mas não deixo — Qual foi? — Primeiro faz o favor, depois o pagamento. — O que querem que eu faça? — Nos arrume só uns cinco clientes — Cassia fala. — O Lucas já não te arrumou cliente o suficiente? — Sem perguntas — falo — Só preciso de mais clientes. — Pera aí — ele tira o celular do bolso, parece que digita alguma coisa e põe no bolso de volta — Prontinho. Agora me dar isso — tenta pegar o baseado, e puxo de novo. — Não me fale que você mandou mensagem pra faculdade inteira — pergunto. — Não vou te queimar assim, po. Tá achando que sou i****a? — bota a mão no peito, e olho debochada pra ele — Que ofensa — murmura — Eu mandei uma mensagem para a minha irmã. Pode ficar tranquila, ela vai trazer uns amigos e fechou. Mandei só um "casinha abandona e traga companhia, sua adotada". — Gesto carinhoso entre irmãos — falo. — Até parece que nunca chamou o seu irmão de adotado — Cassia fala, e dou de ombros . — Quando ela chega? — pergunto, voltando a me sentar no parapeito de dentro. —  Dois minutinhos — responde, se sentando no chão. Ele pega o isqueiro no bolso e acende, tragando e soltando a fumaça em seguida. — Me entregue essa p***a — Cassia estende a mão pra ele, que lhe entrega o baseado. Ela senta ao seu lado naquele chão imundo e traga. Eles ficam dividindo o baseado — Vai querer, Nai? — Não, valeu — suspiro. Cassia me olhou achando estranho, mas logo deu de ombros — Quan... — antes mesmo de eu perguntar, apareceu umas vinte cabeças, atrás de uma menina linda. — Qual é da boa, filho da p**a — a que aparentemente é irmã do Robson, grita com ele. — Compra e rala daqui, Rebeca — ele fala com a irmã. — Pelo menos me chamou pra coisa boa — ela esfrega a mão uma na outra e vem até a mim — Boa tarde — sorrir gentil. — Boa — pego os saquinhos — Cinquenta cada. Sim, tenho apenas coca. — Me ver quatro — entrego e ela me dar o dinheiro. — Comprem meus consagrados — Cassia fala do chão já chapada e lasca um beijo no Robson. Ele bobo, nem nada, retribuiu. Continuo com as vendas, até o meu último pacotinho. Consegui vender quarenta. Esses filhos da p**a gastam bem. Fui conferindo o meu dinheiro, separei os duzentos do Nic, e separei o meu, guardando no meu fundo falso da mochila. — Podemos ir, Ca — falo pra ela, que para de se comer com o Robson. Ela levanta e começa a girar — Eu mereço — pego em seu pulso e a puxo pra fora da casinha. Andamos até a entrada e liguei pro Nicolas. ☎️ — Me fala a boa, Naizinha. — Trato cumprido, bebê. — Saiu cedo? — Professor faltou. Vem me buscar? — Vou junto com o Rafael. — Ele sabe que estou te fazendo esse favor? — p***a nenhuma. Tu não me dar na frente dele. É aquele esquema de passa nosso. — Fechou então. ☎️ — Naiara... — Cassia choraminga. — O que foi? — olho pra ela. — Por que tá tudo girando? — bota a mão na boca — Eu vou vomitar — abaixa a cabeça e bota tudo pra fora. — Eu já vi bêbado vomitar, mas gente chapada de maconha vomitar, nunca na minha vida! — seguro em seu cabelo — Bebe isso — lhe entrego uma garrafinha de água assim que ela para de vomitar. Não demora muito pra aparecer Rafael junto com o Nicolas. Os dois descem do carro e vêm ao nosso encontro. — Naiara filha da p**a — Rafa me abraça. — Se sente bem, amado? — o afasto de mim — Deve tá chapado que nem a irmã — ele resmunga em resposta e vai até a irmã. — Chapado até demais — Nicolas reclama e vem até a mim — Vai pra casa da mãe? — Fazer uma visitinha à ela — pisco pra ele. — Então, lá tu me entrega a parada — concordo — Vamos, Rafael — Nicolas grita. — Minha irmãzinha está muito ruinzinha, tadinha — ele alisa o rosto da Cassia. Esses dois juntos na mesma situação é nada com nada. — Bota ela no carro e vamos — estala a língua e entra no banco do motorista. Sentei no do passageiro, porque eu que não iria ficar com aqueles dois enchendo minha cabeça. — Entra aí — Rafael chuta a irmã pra dentro do carro e entra em seguida. — Quanto carinho — debocho. — Ensina esses dois a ficarem na onda de maneira certa, por favor — Nicolas debocha. — Vou até abrir dar uma aulinha de como fumar um baseado — reviro os olhos, e ele rir. Nicolas deu partida pro morro do Rafa. Descemos no portão da casa daqueles dois, botamos eles pra dentro e fomos pra casa dos nossos pais. Tiro a chave do bolso prestes a abrir o portão, mas a buzina me chama atenção.
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