Meus pés automaticamente me levam para casa. Eu ando sem prestar atenção na estrada, atravessando as ruas mecanicamente quando o semáforo está verde. A cidade ao meu redor parece cinza e sem brilho, como se todas as cores tivessem subitamente desaparecido da minha vida.
Abro a porta do meu apartamento. O silêncio me rodeia como um cobertor, embora longe de me confortar, só destaca apenas a minha solidão. Eu caio na cama sem nem me despir — Não tenho energia para tirar nem os sapatos.
Eu olho para o teto mais uma vez. Meus pensamentos se voltam na minha cabeça, mas eu não consigo entender nada. Tudo parece tão absurdo, tão inútil. Por que eu me esforcei tanto? Por que eu ansiava por algo maior?
O telefone vibra no meu bolso, mas não sei. Não quero falar com ninguém nem ver ninguém. Eu só
