1- Primeiro Impacto

2631 Words
DANILLO FEFFER Sabe aquele momento em que a sua vida passa como um filme diante dos seus olhos? A maioria das vezes, quando me encontro sozinho, automaticamente a minha mente vagueia e volta ao passado e me encontro num looping eterno, repassando as coisas na minha mente e pensando que se eu pudesse voltar no tempo e mudar as minhas atitudes, hoje eu seria um homem casado e feliz, quem sabe até já teria filhos... E esse pensamento me faz sorrir, eu seria o homem mais sortudo do mundo sendo pai dos filhos dela, imagina, uma mistura dela e minha correndo pela casa, eu fico feliz com esse pensamento… Porém, como se viesse uma onda e derrubasse o meu castelo de areia, o vazio novamente me corrói, me mostrando que o único e exclusivo culpado sou eu, por não perceber antes o que eu sentia. Respiro fundo, sentindo-me frustrado. Era isso que me restava, a frustração e os pensamentos e a esperança de um novo recomeço. Afinal, todos merecemos uma nova oportunidade. E mesmo que eu me sinta um i*****l por ter errado, lutarei. Se houver 1% de possibilidade de recuperar o amor da minha vida, eu irei tentar... No passado, eu fui um i****a imaturo e inconsequente e agora estou pagando pelos meus erros. Era para tudo ser um perfeito conto de fadas, mas o príncipe virou um sapo canalha que como um total i****a, pensou com a cabeça de baixo. Contudo, ele m*l sabia que quem sairia perdendo era ele… Já dizia o ditado: ' Quem muito quer, nada tem.' E a princesa que antes frágil e amorosa, endureceu o coração e como um feitiço, ela construiu um muro espinhoso e enorme em volta de si e eu sinto-me tão pequeno por não poder ultrapassar e ter acesso ao seu coração, confesso que ter o seu corpo é tudo para mim, mas a queria por inteiro, não me contento apenas em satisfação carnal, eu nunca teria o bastante dela, queria cada dia mais. E para sempre… FLASHBACK Lembro-me a primeira vez que vi a minha Anice. Era um dia comum na minha rotina, estava na aula de educação física e eu estava jogando futebol e a vi passando com um shortinho colado ao corpo, como um perfeito Devasso que não pode ver um r**o de saia, automaticamente os meus olhos a seguiram, logo que ela percebeu o meu olhar sobre ela, instantaneamente corou e desviou o olhar e eu concentrei-me no jogo, mas volta e meia a procurava no meio da multidão. Eu tinha acabado de terminar uma partida de futebol e caminhava distraído conversando com os meninos, quando sinto alguém esbarrar em mim, antes que ela caísse eu peguei a pequena nos meus braços e a segurei. Era como se o destino trabalhasse ao meu favor e a trouxesse para os meus braços. Era ela… Os nossos olhos se encontraram e era como se aqueles lindos olhos vissem o meu interior, confesso que fiquei meio mexido e um sorriso involuntário surgiu em meus lábios, respirei fundo e perguntei sorrindo. — Oi, você está bem? — Falo analisando milimetricamente cada pedacinho do seu rosto perfeito, ela era ainda mais linda de perto, diferente das meninas com que eu costumava ficar, ela exalava pureza, não usar maquiagem nem nada que as garotas da idade dela usavam, ela era uma garota linda naturalmente, umedeço os lábios, os seus lábios pareciam me chamar e eu quis beijá-los. Ela parecia atordoada e eu pensei que fosse pela colisão, ela era baixa e eu já era bem maior e mais forte do que ela, meus braços a acolheram perfeitamente. — Não sei... — Ela respondeu e eu sorri, parecia ser tão fácil sorrir ao seu lado. Bom... Fiquei muito contente, por não ser o único a ficar mexido com a nossa aproximação, o sentimento era mútuo. Nós nos sentimos atraídos um pelo outro. Levantei-a e grudei o meu corpo ao dela, inspirei o seu cheiro... Ela tinha um cheiro delicioso, ela cheirava a lavanda e isso me trazia uma sensação de paz e aconchego, me senti inebriado pelo misto de sensações que me invadiam, eu senti uma vontade louca de beijá-la, tudo nela me atrai. E eu pela primeira vez tive… Medo. E isso fez ativar o meu senso de cuidado e autopreservação, nunca me senti assim antes… Essa garota, tinha um perigo escrito em sua testa, coloquei as mãos no seu rosto e analisei, para ver se não havia machucado ela, na verdade, queria sentir a maciez da sua pele, senti uma carga elétrica me invadir e todas as minhas sirenes mentais foram ativadas, confuso, me afastei um pouco sem largar a sua cintura e passei os olhos pelo seu corpo analiticamente, era novinha, mas linda e muito gostosa por sinal. Passei a língua nos lábios, porque, na verdade era a língua dela que desejava que estivesse passando sobre os meus lábios, respirei fundo... — Bom, eu vejo que está bem, e muito bem. — Falei olhando-a de forma lasciva, não pude deixar de comentar, o meu lado galanteador falava mais alto, o que me deixou mais fascinado nela, foi ver o rubor em suas bochechas e logo abri um sorriso, já disse ela era linda? Pois bem, ela é linda. — Foi só um susto. — Respondi sem romper o contato visual. Soltei-a relutante,meu corpo clamava pelo dela, mas não me afastei, ela deu um passo para trás, como se também tivesse sido afetada. — Muito obrigada… — Ela fala com um leve rubor em suas bochechas. — Danillo! — Falei com meu sorriso ladino. — Hãn? — Franze as sobrancelhas e pisca algumas vezes. — Eu me chamo Danillo. — Ah, tá! — Ela sorriu, ela tinha um sorriso perfeito. — E eu me chamo Anice. — Estende a mão e de como um cavalheiro que sou, beijo o seu dorso, olho nos seus olhos. — Lindo nome! Anice... — Testei, e foi muito agradável de se pronunciar, soltei a sua mão. — Combina com você, que também é linda. Merda! Era automático flertar e eu não perdia uma oportunidade de fazê-lo diante de uma mulher linda. E se há uma coisa que a doce Anice faz com louvor, é ser linda! O sinal tocou, avisando que a próxima aula estava para começar e eu precisava tomar um banho, eu tinha um encontro. — Bom Anice, preciso ir, espero que esteja bem. — E estou, mais uma vez obrigada. — Ela acenou e virou as costas e claro que eu dei aquela checada e gostei do que vi, fiquei esperando ela olhar para trás, mas ela não o fez. No mínimo era estranho e foi bem interessante. Ela me deixou intrigado, já que bastava eu soltar o meu charme para conquistar as mulheres e muitas delas estarem a minha volta desejando estarem em minha cama, confesso que não precisava de muito e que eu não fazia esforço algum, mas ela era diferente, parecia ser difícil. E eu estava gostando disso. … Era o meu último ano na escola, volta e meia eu a via, ela sorria e eu sentia que mexia comigo mais do que o normal, sentia não, eu tinha certeza. Era algo incomum para mim. Mas eu era safado e devasso demais para ela, ela parecia uma garota pura e imaculada, eu não queria compromisso e muito menos ficar só com uma, eu não ficava apenas nos beijinhos, logo ia para o próximo nível, e pelo jeito puro dela, até BV ela era, mesmo a admirando, anotei na minha mente que ela era proibida para mim, então me mantive afastado. Contudo, eu até podia manter as minhas mãos longe dela, contudo olhar não tirava o pedaço, então eu a olhava, e se dependesse de mim a devoraria com um olhar, às vezes até lhe deixava corada de tanto que a secava, a menina era linda e perfeita demais. O meu irmão e os meus amigos, ficavam me zoando, porque quando ela passava eu parava tudo que estava fazendo para olhá-la passar, eu babava mesmo, mas isso era algo exclusivo para ela... Porém, nada mudou, na minha mente Anice permaneceria imaculada e proibida, por mais que tudo meu, quisesse correr para ela e isso era f**a. Eu me mantive firme, em não procurá-la. Algumas meninas com quem eu ficava, começaram a notar, pois eu não escondia que eu a admirava, não era diferente de quando estava com os meus amigos, estando com quem fosse, eu parava tudo para vê-la passar, contudo, eu era só um admirador mesmo, nunca cheguei nela, pois temia que se a tocasse uma vez, ela seria como uma espécie de vício. Não podia me arriscar, eu não queria me envolver, então mantive distância, continuei ficando com várias, inclusive algumas colegas dela que me perguntavam se tinha acontecido algo entre nós, eu era cara de p*u e elas sabiam que eu não era um homem para namorar, era ilusão ficar comigo, achando que iria avançar para algo mais sério, era querer se iludir e sofrer atoa, eu dizia que não gostava de coleiras, nada e nem ninguém me prendia, eu era cachorro solto e era de todas. O ano letivo acabou e eu fiquei aliviado de não ter mais que vê-la, porque eu já estava quase caindo na tentação de agarrá-la. Até aí tudo bem, foi quando tudo foi pelos ares, fiquei irado ao ver um garoto dançando com ela na formatura. E sem ter direito algum, larguei a garota que eu estava e tirei-a dos braços daquele moleque, que me olhou furioso, porém eu o encarei e ele não ousou contestar mais. Ela despertava um lado meu que eu não conhecia, o possessivo… Ela sorriu, parecia que esperava por isso, não comentei nada a puxei mais para perto e ignorei o meu irmão e os meus amigos, que sorriem de longe da minha ceninha. Passei a noite perto dela e se algum menino ousava chegar perto, eu rosnava feito um cão bravo. Depois daquela noite, que para mim foi uma das mais agradáveis que eu tive, a companhia dela me fazia bem. A festa acabou e eu deixei-a em casa e antes que ela entrasse, a puxei para mim como algo precioso e lhe dei um beijo e mesmo sabendo da sua inexperiência, foi o melhor beijo até aquele momento, quando terminamos, encostei a testa na dela e sorrimos juntos e uau! Como isso foi gostoso, era bom estar com ela e beijá-la também. Mas, na mesma hora me dei conta que tinha ultrapassado os limites que coloquei, Anice não merecia estar com um homem como eu, eu me afastei e lhe dei um sorriso amarelo, nunca vou esquecer o seu rostinho alegre. — Eu fui o seu primeiro? — Perguntei, mas já sabendo a resposta. — Sim. — Balançou a cabeça sorrindo. Eu era um safado e ela merecia algo mais, não iria me aproveitar dela, pois claramente, ela estava apaixonada por mim. Meio relutante me afastei quando tudo em mim queria ficar e beijá-la a noite toda, fiz um carinho na sua bochecha e dei um beijo na testa e me despedi dela. Aquilo era um adeus. Assim que entrei no carro, respirei fundo e descansei a cabeça no volante e disse. — Até nunca mais Anice. — Eu dizia isso, mas senti um sentimento estranho de perda e no mesmo instante quis voltar, mas não, não voltaria. Eu era Danillo Feffer, o cachorro solto, o Devasso, o cafajeste, o homem de várias. … Fazia quase um ano desde quando havia deixado Anice naquela noite com a esperança do meu retorno ou até de um namoro, eu me lembrava dela, do seu cheiro, do seu beijo, mas logo tentava esquecer e aos poucos, fui esquecendo-a. Eu estava na empresa, desde meus 15 anos, trabalho aqui, amo esse universo da moda, meus pais me ensinaram que um dia tudo isso estaria sobre a nossa responsabilidade, então, eles ensinaram a mim e ao Frederick que devíamos cuidar do nosso patrimônio e amar o que fazíamos, e nisso o que era um hobby e uma brincadeira, se tornou amor. Eu era apaixonado pelo o que fazia. Eu tinha ingressado na faculdade junto com o meu irmão, que era pianista profissional, mas estava sendo preparado para assumir a empresa do nosso tio Felippo, eles tinham uma empresa que fabricava tecidos e Frederick gostava mais de algo mais braçal, meu tio não teve filhos e houve um acordo entre eles e logo foi decidido que eu ficaria com a empresa dos meus pais, porque eu amava e respirava esse mundo da moda, já Frederick amava ficar ao lado do Tio Felippo, eles eram muito parecidos, Frederick tem um futuro já traçado por nossos pais, ele n**a, mas sei que no fundo ele gosta disso. Com a boca ele fala uma coisa, mas as atitudes mostram o quanto quer o bem da Fernanda. Só em ser apresentado ao mundo da moda, fiquei deslumbrado, pela beleza que existia ali, o que me fez ser mais safado ainda, eram muitas modelos e mulheres lindas, agora, eu estava onde queria estar, no meu harém. Estava passeando pela empresa, gostava de supervisionar tudo e de ver de perto cada setor funcionando, conhecia como tudo funcionava. Estava empenhado, pois trabalhávamos em uma coleção nova, por isso, estávamos em processo de contratação de novos funcionários. Como se fosse um talento passado para mim, eu executava tudo com maestria, eu amava o que fazia, a cada lugar que passava parava para averiguar o andamento das coisas, conversava com os funcionários rinha um carinho especial por cada um, demorei na sala de modelos, estava pegando o número de uma modelo nova, estava garantindo a f**a da noite. Eu estava a caminho da minha sala, precisava voltar para terminar de fazer a pesquisa de novos botões e zíperes mais resistentes, eu sou bem exigente e trabalhamos com qualidade e excelência. Estava voltando para a minha sala, eu precisava entrar em contato com novos fornecedores que tivessem um bom padrão de preço e qualidade, foi quando passei em frente ao ateliê da minha mãe e ouvi quando ela me chamou. — Danillo, meu filho, venha aqui, por favor... — Voltei e coloquei a cabeça dentro da sala e dei um enorme sorriso para a minha mãe, admirava demais essa mulher, fui até ela e a agarrei fungando o seu pescoço e lhe dando vários beijos, a fazendo sorrir, sabia que ela sentia cócegas no pescoço, então fazia isso. — Eita que coroa cheirosa! Bom dia mãe! — Segurei a sua cintura e beijei a sua testa, ela me deu um tapinha no braço e estendeu a mão. — Sua benção mãe. Eu beijei a sua mão. — Bom dia! Deus te abençoe, seu sem vergonha, não estamos sozinhos... — Ela riu, a minha mãe era muito linda, eu sempre fui carinhoso com ela, mesmo sendo um cafajeste, a minha mãe era a minha rainha e me criou para ser um lorde, mas eu desviei o pouco dos meus caminhos. — Olha filho eu quero te apresentar alguém e tenho certeza que você vai gostar, pois irá somar muito em nossa equipe, ela está aqui como jovem aprendiz, mas com toda a certeza, não a deixarei sair do meu lado, pois foi amor à primeira vista. Até ali eu não havia notado que havia mais alguém dentro da sala, assim que me virei e meus olhos encontraram os dela, fiquei paralisado, ela deu um sorriso e eu sabia estar fodido. Droga! É ela! E depois de quase um ano, por mais que eu quisesse negar, eu não consegui esquecer a Anice, ela não tinha saído da minha mente. E estava ainda mais linda! Isso acaba com psicológico de qualquer Devasso convicto.
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