Capítulo 3

1374 Words
Analiso a foto dele através do notebook, com uma máscara de caveira no rosto e os olhos fixos em seu rifle. Duvidei que ele fosse da bope, por que não dá pra acreditar que um homem que tinha tanto, hoje em dia lidera uma facção criminosa, mas eles não deixam explícito o motivo dele ter saído, apenas que agora é um “procurado”. Lobo solitário, como ele era conhecido ainda dentro da corporação por agir sozinho, e ainda carrega esse vulgo até hoje. Suspirando quando o tédio toma conta de mim, estou de férias na faculdade e não há literalmente nada para eu fazer, não conheço quase ninguém aqui. E, mesmo se conhecesse, teria que descer, já que essa rua é um amontoado deserto que não se vê nem cachorro, o que é incrível para uma comunidade desse porte. Tranco a casa saindo, e olho discretamente para casa de lobo. Continua como sempre, fechada, escura e sem parecer que mora alguém ali. Mas eu sei que ele está lá, e até mesmo me observando como eu sempre sinto, mas o aviso dele foi claro demais pra eu perturbar a mente dele logo cedo. Desço as ruas que ainda estão quietas por ser bem cedo, mas estou disposta a voltar para casa enquanto não fizer ao menos uma amizade feminina, não se conversa sobre absorvente com um homem, e apesar de ter total liberdade de falar sobre isso com corvo, não falo. — A mulher mais maluca dessa favela — corvo grita antes mesmo de eu chegar perto dele — e aí, doidona. Já teve sua cabeça na mira de um rifle? — Talvez, mas ainda não vi. Devo me preocupar? — Com ele? — afirmo balançando a cabeça — se tu não provocar ele, nada acontece, pode ficar tranquila. Lobo gosta de ficar sozinho, faz o comando e volta pra casa, se enfia lá e só sai quando precisa matar alguém. — Ele nunca sai de casa pra outra coisa? — Corvo n**a com a cabeça — nem pra t*****r? Não é possível. Ele gargalha e eu tento entender o motivo. — Que foi? — Ele é o chefe da facção, se precisar t*****r era só estalar os dedos que choveria de mulheres em seu portão. Mas Lobo não fode ninguém a uma cotinha boa! — Como assim? — inclino o pescoço para o lado, sentindo o suor que escorre em minhas costas, mas corvo para de falar e olhar por cima dos meus ombros — que foi? Ele tá descendo, não está? — Ahan, e ele nunca desce. Então vê se fecha a boca e não fala nada demais! Afirmo com a cabeça, mas permaneço de costas para não encarar o rosto dele. Por que parece que a qualquer momento vou bater de frente com um monstro que não quero ver. — Toque de recolher — sua voz grave atrás de mim quase faz minhas pernas amolecerem — manda geral pra casa, Corvo. — O que tá pegando? — O que vai pegar! — sinto o cheiro de seu perfume tão próximo ao meu nariz, que parece que me esfreguei em seu pescoço — Ísis… — Hum? — Vá para casa, agora! — balanço a cabeça afirmando, e ele tira uma chave de dentro do bolso da calça, com a máscara de caveira ainda para cima, ele encara meus olhos segurando a alça do seu rifle — não pra sua, pra minha. E só sai de lá quando eu chegar. Entendeu? — Mas por que? — Para de ficar me questionando e faz o que tô mandando. — Ta. — é a única coisa que consigo falar quando ele se vira. — Tá esperando o que? Sobe agora! Me viro subindo lentamente, por que parece que a qualquer momento ele vai dar um tiro em minhas costas. — Precisa de ajuda? — ouço corvo perguntar. — Suave, eu dou conta sozinho. Só avisa pra ninguém sair ainda. — Tranquilo então! Subo sem olhar para trás, até alcançar o alto do morro nessa maldita rua deserta. Paro em frente ao portão dele com as mãos tão trêmulas, que quase não consigo abrir, mas quando passo por ele, solto a respiração que nem sabia que estava prendendo. Analiso o quintal, com uma piscina limpa demais pra quem não usa, é a p***a de uma mansão, agora eu entendo ele nunca querer sair de casa, eu também não sairia. Apenas com o portão trancado, e o resto da casa todo aberto. Acendo todas as luzes possíveis, tudo bem ele amar a escuridão, mas eu não sou um morcego. ________ 17:53PM Já andei dentro dessa casa inteira, mas o que me impressionou mesmo é a sala de armas que ele tem. São muitas, algumas que eu nem sabia que existiam. Ele não apareceu, e eu já estou cansada de ficar aqui sozinha. Encosto todas as portas e saio, tranco o portão e guardo a chave em meu bolso, se ele chegar, que me chame em casa para pegar, não vou ficar esperando. Tomo um banho tirando o suor, parece que eu corri uma maratona junto com esse louco, e eu nem sequer ouvi um tiro ser disparado. E se ele brincou de roleta russa e acabou morrendo? Sei lá, é uma possibilidade já que ele sempre faz isso. Janto, e com as horas se passando o cansaço começa a me dominar, subo para o quarto e deixo a porta aberta entrando um ar, a da varanda também, por que se ele chegar, consigo ouvir. Deslizando o dedo na tela do celular, procuro alguém comentando sobre invasão, mas não tem nada, tudo normal demais para quem desceu com um rifle pronto pra guerra. Mas o Twitter serve mais para uma p*****a do que notícias, o tanto de pornô que eles colocam na sua tela não está escrito. 21:47 marcam no relógio, talvez ele nem apareça e eu estou entediada. Me levanto tirando o vibrador da gaveta, por que a única coisa que me tira do tédio é gozar e dormir levinha. O baby-doll fino facilita o meu trabalho em não tirar. Afasto a calcinha para o lado e deslizo o vibrador em meu clítoris que incrivelmente já está molhado. Aperto meu seio esquerdo quando sinto o calor subir minha espinha com o vibrador parado bem ali, em cima do meu clítoris. Abro mais ainda as pernas, eu preciso urgentemente t*****r ou, vou enlouquecer. Esfrego o mesmo com mais rapidez e gemo quando quase sinto uma onda de orgasmos vir. Mas ele não vem. — Merda! — ofego. Os b***s dos meus s***s já estão doloridos e minha b****a sensível, mas não consigo gozar e gemo frustrada com isso. Um baque em minhas costas me faz olhar para a porta e ele está lá, entrando com tudo. — Sua p*****a desobediente — Lobo atravessa o quarto em uma rapidez absurda, segurando uma arma, o meu único reflexo foi largar o vibrador — não falei pra você ficar na minha casa e me esperar? — segurando meu pescoço me obrigando a sentar na cama, meu corpo inteiro treme de medo quando o cano gelado toca minha testa — o que está fazendo gemendo desse jeito? Ouvi seus gemidos quando ainda estava na rua. — Tira essa arma da minha cabeça — falo rápido, sem gaguejar e não sei de onde tirei coragem pra isso — é sério, eu não gosto dessas brincadeiras. — Acha que estou brincando? — pergunta, a arma escorrega em meu corpo e eu arrepio — abra as pernas! — O que? — Abra a p***a das pernas, Ísis. Se não quiser que eu brinque de roleta russa com a sua cabeça, abra as pernas — meu corpo inteiro dói, de medo ou adrenalina, não sei. — Está engatilhada? — Está, e com apenas uma munição. Faz o que eu tô te mandando — ele bate o cano da arma em minha coxa, ainda parado atrás de mim me segurando pelo pescoço, que maldito homem louco — vai gemer do mesmo jeito que estava fazendo, mas com o cano da minha arma dentro de tu. Eu disse pra não mexer comigo, Ísis. Nunca provoque a fúria de um homem que não tem nada a perder.
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