Capítulo 4

1814 Words
Flashback - Sete Anos Atrás Roma pulsava ao redor dela. As luzes da cidade refletiam na fonte de Trevi, as ruas estreitas cheias de risadas e música. Sofia se sentia livre naquela noite, embriagada pelo ar quente e pela excitação de estar tão longe de casa. — Um brinde à liberdade! — sua amiga riu, levantando a taça de vinho. Sofia sorriu, batendo seu copo contra o dela. Foi nesse momento que ela o viu. Encostado no bar, vestido de preto, como se a escuridão pertencesse a ele. Os olhos eram um abismo de promessas proibidas. Enzo DeLuca. Ela não sabia quem ele era. Só sabia que nunca havia sentido algo tão forte por um estranho. Ele a observou como um predador, e Sofia sentiu a pele arrepiar sob aquele olhar intenso. Quando ela tentou desviar o olhar, foi tarde demais. Ele já estava vindo em sua direção. — Você não é daqui. A voz dele era rouca, com aquele sotaque italiano que deslizava pela pele como um toque. — E como sabe? O canto da boca dele se ergueu. — Porque eu teria lembrado de você. O mundo pareceu desacelerar. Ela não deveria se envolver. Não deveria permitir que aquele homem perigoso a puxasse para seu mundo. Mas naquela noite… Ela cedeu. A primeira de muitas vezes. E foi assim que tudo começou. Com olhares proibidos. Com palavras carregadas de desejo. E com um beijo que roubou seu fôlego… Assim como fez hoje. Presente Sofia abriu os olhos de repente, voltando à realidade. A memória bateu nela como uma tempestade. Respirando fundo, levantou-se da cama e foi até a varanda, tentando esfriar a cabeça. Mas Enzo já estava lá. Apoiava-se na grade, os olhos fixos na cidade, como se sentisse sua presença antes mesmo de vê-la. — Você não consegue parar de pensar em mim, não é? — ele murmurou sem se virar. Sofia fechou os olhos por um segundo, respirando fundo. — Você é insuportável. Ele riu baixinho, virando-se para encará-la. O vento bagunçava os fios escuros de seu cabelo, e a luz da cidade desenhava sombras afiadas em seu rosto. — Me diz uma coisa, amore mio. — Enzo se aproximou, a voz baixa e intensa. — Você se lembra da primeira vez que nos vimos? Sofia engoliu em seco. Ele sabia. Ela não precisava responder, porque seus olhos já haviam entregado tudo. — Ainda sinto o gosto daquele beijo — ele sussurrou. O ar ficou pesado. Ela queria negar. Queria dizer que nada daquilo importava mais. Mas então Enzo ergueu a mão e roçou os dedos pelo maxilar dela, do mesmo jeito que fizera naquela primeira noite em Roma. Sofia tremeu. E Enzo sorriu, satisfeito. — Você ainda me pertence, Sofia. — Eu não sou sua. — Ah, amore… — Ele inclinou-se, os lábios perigosamente próximos. — Você sempre foi minha. A tensão explodiu. Sem aviso, ele tomou seus lábios de novo, o beijo tão intenso quanto àquele primeiro. Sofia deveria resistir. Mas como resistir ao único homem que foi capaz de marcar sua alma? Aqui está a reformulação do Capítulo 11, continuando diretamente a última cena entre Sofia e Enzo, com um sexo ardente e intenso, refletindo a paixão reprimida e o desejo incontrolável entre eles. --- Capítulo 11 - O Pecado do Desejo O ar entre eles era pesado, carregado de algo cru e perigoso. Sofia ainda sentia os lábios formigando do beijo de Enzo. Seu corpo estava em chamas, mas sua mente gritava para resistir. Ela não podia se entregar. Não de novo. Mas então ele avançou, seus olhos escuros devorando cada expressão no rosto dela. — Diga que não me quer — Enzo desafiou, a voz baixa, carregada de desejo. Sofia abriu a boca, mas as palavras não saíram. Ele sorriu lentamente, como um predador que sabia que a presa estava encurralada. — Foi o que pensei. Antes que ela pudesse reagir, Enzo a puxou com força, capturando seus lábios em um beijo faminto. Sofia gemeu contra a boca dele, suas mãos instintivamente cravando-se nos ombros fortes. O gosto dele era viciante, quente e intoxicante. Enzo pressionou seu corpo contra o dela, forçando-a contra a parede da varanda. A noite fria de Nova York contrastava com o calor que queimava entre eles. — Você me enlouquece, amore mio — ele rosnou contra sua pele, os lábios deslizando para seu pescoço. Sofia jogou a cabeça para trás, um gemido escapando quando ele sugou sua pele, marcando-a sem piedade. Suas mãos deslizaram para dentro da blusa dela, dedos ágeis encontrando sua pele nua. Ela arfou quando ele apertou sua cintura, puxando-a para ainda mais perto. — Você ainda é minha, Sofia — ele murmurou, deslizando uma mão por sua coxa e erguendo seu vestido. — Eu te odeio — ela sussurrou, mas sua voz soou fraca, sem convicção. Enzo riu baixinho, os olhos ardendo de prazer. — Diga isso de novo quando estiver gemendo meu nome. Ele a pegou no colo e a carregou para dentro, sem esforço algum. O caminho até o quarto foi uma confusão de beijos desesperados e roupas sendo arrancadas no meio do trajeto. Assim que chegaram à cama, Enzo a jogou contra o colchão, os olhos escurecendo ao vê-la ali, ofegante e à sua mercê. Sofia nunca se sentira tão vulnerável. Tão exposta. Mas, ao mesmo tempo… Nunca se sentira tão viva. Ele subiu sobre ela, os músculos rígidos enquanto deslizava os lábios por sua pele nua. Cada beijo, cada toque, era uma tortura lenta, meticulosamente calculada para fazê-la implorar. E, quando ele finalmente se afundou dentro dela, Sofia arqueou as costas, um gemido entrecortado escapando de seus lábios. Enzo segurou seus pulsos acima da cabeça, os olhos queimando nos dela. — Olhe para mim, amore mio. Quero ver o momento exato em que você se rende. Sofia segurou o olhar dele, cada investida levando-a ao limite. Os movimentos eram intensos, possessivos, como se ele estivesse deixando claro que nenhum outro homem jamais a teria assim. Ela sentiu o prazer subir rapidamente, um nó apertando-se em seu ventre. E então… Ela se desfez nos braços dele, o corpo tremendo enquanto o prazer a consumia completamente. Enzo veio logo depois, enterrando o rosto no pescoço dela enquanto o mundo ao redor desaparecia. Por um momento, tudo ficou em silêncio. Apenas o som de suas respirações ofegantes preenchia o quarto. Mas, assim que o torpor do prazer passou, Sofia sentiu a realidade bater. Ela acabara de cruzar uma linha que prometeu nunca mais cruzar. E, ao olhar para Enzo, os olhos ainda cheios de fome e posse… Ela soube que ele jamais permitiria que aquilo fosse apenas uma vez. — Isso nunca deveria ter acontecido — ela murmurou. Enzo sorriu, deslizando os dedos pela curva de sua cintura. — Isso, mais cedo ou mais tarde, ia acontecer, Sofia. Ela fechou os olhos, tentando não ceder à verdade que queimava entre eles. O quarto ainda cheirava a sexo e desejo quando Sofia abriu os olhos. Por um instante, ela esqueceu tudo. Esqueceu os anos de separação. Esqueceu a dor. Mas então a realidade a atingiu com força. Ela estava na cama de Enzo DeLuca. De novo. Sofia se afastou lentamente, observando-o dormir. Ele parecia diferente assim, vulnerável, quase… humano. Mas ela sabia a verdade. Enzo não era um homem comum. Ele era um predador. E ela já havia sido sua presa antes. Flashback - Seis Anos Atrás A chuva caía pesadamente sobre Roma naquela noite. Sofia estava sentada na cama, o telefone apertado em sua mão trêmula. Ela tentou mais uma vez. Chamando… Chamando… Sem resposta. Onde diabos Enzo estava? O pressentimento r**m se arrastava por sua pele como um aviso. Horas antes, ele havia saído, dizendo que resolveria “negócios”. Mas algo estava errado. Ela sentiu isso no momento em que ele se virou para ir embora, quando seus olhos, sempre tão intensos, carregavam um peso que ela não conseguia decifrar. Agora, o relógio marcava quase três da manhã. Foi quando a porta se abriu. Sofia levantou-se num pulo, o coração disparando. Enzo entrou no quarto, a expressão fechada, os cabelos molhados pela chuva. Ela correu até ele. — Meu Deus, onde você estava? Tentei te ligar mil vezes! Ele não respondeu. Apenas a olhou. E Sofia soube. Sentiu na pele, nos ossos. Algo terrível estava prestes a acontecer. — O que foi? — ela sussurrou. O maxilar de Enzo travou. Ele passou as mãos pelo rosto, como se buscasse coragem. Então, finalmente, falou: — Isso acabou, Sofia. O ar foi arrancado dos pulmões dela. — O quê? — Eu não posso mais fazer isso. Nós dois. Acabou. As palavras atingiram Sofia como um soco. Ela riu, nervosa. — Isso é alguma piada? Porque se for… — Eu não estou brincando. Os olhos dele estavam frios. Distantes. Como se não fossem mais do homem que, horas antes, sussurrava seu nome entre os lençóis. — Você está mentindo — ela acusou, tentando encontrar qualquer rachadura naquela fachada impenetrável. Mas não encontrou nada. — Eu deveria ter acabado com isso antes — Enzo continuou, a voz sem emoção. — Nunca houve um futuro para nós. Você foi um erro, Sofia. A dor explodiu dentro dela. Um erro. Ela queria gritar. Queria socá-lo. Mas tudo que conseguiu fazer foi sussurrar: — Diga que não me ama. Ele hesitou. Por um instante, Sofia viu algo em seus olhos. Dúvida. Dor. Mas então ele virou-se de costas, caminhando até a porta. — Enzo, por favor — ela implorou, a voz quebrada. — Se você for agora, nunca mais volte. Ele parou. O silêncio se estendeu. Então, sem olhar para trás, ele disse: — Adeus, Sofia. E saiu. A porta se fechou, e com ela, tudo dentro dela se despedaçou. Presente Sofia piscou, voltando ao presente. A dor daquele dia ainda latejava dentro dela. Ela olhou para Enzo novamente, o peito subindo e descendo em uma respiração calma. Como ele podia dormir tão tranquilamente? Como ousava estar ali, depois de tudo? A raiva subiu como um fogo em suas veias. Antes que pudesse se controlar, pegou o travesseiro e o atirou contra ele. Enzo acordou num pulo, a expressão alerta. — Que p***a…? Sofia estava em pé ao lado da cama, os olhos faiscando de fúria. — Você se lembra da última coisa que me disse antes de desaparecer da minha vida, Enzo? Ele passou a mão pelo rosto, exausto. — Sofia… — Não. Você me chamou de erro. Você me jogou fora como se eu nunca tivesse significado nada! O silêncio entre eles foi tenso. Então, Enzo respirou fundo e a olhou diretamente nos olhos. — Eu menti. As palavras pairaram no ar entre eles. Mas era tarde demais para desculpas. Porque Sofia sabia de uma coisa agora. Ele poderia tê-la deixado uma vez. Mas desta vez, ela é quem partiria. E nada que Enzo dissesse mudaria isso.
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