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Marcada pela guerra!

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intro-logo
Blurb

A segunda guerra batia as portas, comandados por Rithler os homens enfurecidos queriam apenas recapitular o mundo a seu modo.

Em meio ao caos Kamille uma doce americana que migrara com seus pais para a Alemanha a muitos anos atrás vivia sua vida dos sonhos ou não.

Rica e bem nascida casou-se com um homem ainda mais rico, Scott Von Gothard era um típico alemão, rigído e que cumpria seus deveres de marido apenas por obrigação nada de prazer e Kamille queria o prazer, após o nascimento de seus dois filhos as coisas se complicaram ainda mais entre eles. Cansada começou a se encontrar com Marconi um escritor conceituado e muito conhecido, passa a ser amante dele vivendo perigosamente esse romance, apaixonada cogita até a possibilidade de fugir com ele, tendo seus planos frustrados.

Em um de seus encontros soldados de Rithler mandados para caçar e exterminar judios e artistas batem na porta, nua e sem saber o que fazer ela assiste seu amor ser espancado e morto, os soldados a confrontam e xingam, um tapa forte no rosto a desnorteia e ela corre para casa.

A partir dai a vida dela não se torna fácil, seu marido ciente de sua traição agirá de que forma?

Ela não conseguiu aguentar a dor e em sua banheira cortou os pulsos e deixou a vida se ir.

Seu marido encontrou seu corpo ali mais tarde, os filhos cresceram sem a mãe e sua filha Arya se tornou ainda mais linda que ela, pena que seu destino parecia ser ainda mais triste que o da mãe.

Guerra, flajelo, dor, morte, prisão e medo a aguardam, será que Arya encontrará paz ou será só mais uma vitima da segunda guerra?

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Kamilly
Kamilly Von Gothard estava sentada serenamente á margem do lago no parque Charlottenburg, olhando a água fazer pequenas ondas á volta da pedrinha que acabara de arremessar. Os dedos longos e graciosos, que seguravam outra pedra pequena e lisa, ficaram imóveis por um momento, depois a lançaram ao acaso dentro da água uma vez. Era um dia quente e ensolarado de fim de verão, e o cabelo louro avermelhado caia-lhe numa onda macia e longa até os ombros, afastado do rosto num só lado por uma delicada rede de marfim, a linha da rede no cabelo macio e dourado era tão perfeita e graciosa quanto todo o restante do seu rosto. Os olhos eram enormes e amendoados, do mesmo tom vivo de azul das flores às suas costas no parque.Eram olhos que prometiam risos, no entanto, sussurravam em simultâneo, algo terno, eram olhos que acariciavam e implicavam, e depois ficavam pensativos, meio como perdidos em algum sonho distante, paraíso que apenas eles conheciam ou talvez fosse um inferno quem sabe, mas ficavam tão afastados do presente quanto o castelo de Charlottenburg do outro lado do lago, era distante da turbulenta cidade, o velho castelo se erguia, eterno, observando_a, como se ela fosse da sua época. Recostada na grama á margem do lago, Kamilly parecia uma mulher num quadro ou em um sonho, as mãos delicadas remexendo suavemente na grama, buscando mais uma pedrinha para lançar. Ali perto, os patos estavam entrando na água, provocando as palmas de alegria de duas criancinhas. Ela observou-os, parecendo examinar-lhes os semblantes por um longo momento, enquanto elas riam e se afastavam. __ No quê estava a pensar agora? A voz do lado tirou-a do devaneio. Ela virou-se para a voz com um leve sorriso. __ Em nada. O sorriso ficou mais amplo, e ela estendeu a mão para ele, com o elaborado anel de sinete, incrustado de diamantes, brilhando ao sol. Mas ele não notou.As joias que ela usava pouco lhe importavam. Era Kamilly que o intrigava, que parecia possuir o mistério da Vida e da beleza para ele.Era uma pergunta que ele jamais teria a resposta, um dom que nunca possuiria integralmente. Tinham-se conhecido no inverno anterior, numa festa para comemorar o segundo livro dele, "O beijo". No seu estilo franco, ele chocara toda a Alemanha por um tempo, mas apesar disso o livro fizera ainda mais sucesso do que o primeiro. A história era profundamente sensível e erótica, e o lugar dele no pináculo do movimento literário contemporâneo alemão parecia assegurado.. Era controverso era moderno, as vezes era escandaloso e também, muito, muito talentoso.Aos 33 anos, Marconi Stern tinha chegado ao topo, e então conhecera o seu sonho. A beleza de kamilly o deixara sem fôlego na noite em que se conheceram, já havia antes ouvido falar sobre ela, todo mundo em Berlim sabia quem ela era, parecia intocável, inatingível, e assustadoramente frágil. Marconi sentiu algo parecido com uma pontada de dor quando a viu pela primeira vez, usava um vestido de seda justo, de um tecido dourado, o cabelo lustroso m*l encoberto por uma minúscula touca dourada, um casaco de zibelina jogado sobre o braço. Mas não foi o ouro do vestido ou das suas joias e tão pouco a zibelina que o deixou aturdido, mas sim a sua presença, o seu isolamento e silêncio no clamor da sala, e finalmente os seus olhos, aqueles encantadores poços de profundo azul ardente que lhe induziam a cair e afundar cada vez mais, quando ela se virou e sorriu para ele, por um instante Marconi sentiu-se morrendo, como se a sua vida estivesse a escapar das suas mãos. __ Parabéns! Disse ela olhando-lhe diretamente nos seus olhos. Tremendo os lábios nervosamente o que era novidade para ele Marconi responde com uma pergunta: __ Por qual motivo ? Olhou-a por um instante, quase emudecido, sentindo os seus 33 anos se reduzirem a 10, até que notou, que ela também estava nervosa. Não era absolutamente o que ele esperava.Era elegante, mas não distante, ele desconfiava de que tinha medo dos olhos que a fitavam, da multidão. Ela saíra cedo, desaparecendo como a gata-borralheira, enquanto ele cumprimentava outros convidados, teve vontade de segui-la, de encontra-la, vê-la de novo, nem que fosse por um instante, para olhar outra vez nos seus olhos cor de turquesa. Duas semanas mais tarde, tinham se encontrado de novo, no parque ali em charlottenburg. Ele viu-a olhando para o Castelo, e depois sorrindo para os Patos. __ Vem aqui com frequência? Tinham ficado parados lado a lado por um momento tranquilo o tipo alto e Moreno dele contrastando fortemente com a beleza delicada dela. O cabelo dele era da cor da zibelina, e seus olhos de Ônix brilhante fitavam os dela. A moça assentiu com um aceno de cabeça e depois ergueu os olhos para ele com aquele Sorriso misteriosamente infantil. __ Costumava vir aqui quando criança. __Você é de Berlim? Parecia uma pergunta cretina mas ele não tinha certeza do que devia dizer. Ela riu, mas sem malícia. __ Sou, e você? __ De Munique! A moça meneou a cabeça de novo, e ficaram em silêncio por um longo tempo. ficou a imaginar quantos anos ela teria. 22? 24? Era difícil dizer. E então subitamente, Marconi ouviu uma risada Cristalina enquanto ela observava três crianças que brincavam com o cachorro, escapar da babá e entrar na água até os joelhos o buldogue teimoso recusando-se a reunir-se a elas de novo na margem. __ Fiz isso certa vez. Minha babá não me deixou voltar aqui durante um mês. Sorriu para ela. Podia imaginar a cena. Ela ainda parecia jovem o bastante para entrar na água, no entanto a zibelina e os diamantes que usava faziam com que parecesse improvável que algum dia tivesse sido despojada o bastante para sair correndo atrás de um cachorro e entrar na água. No entanto, ele quase podia vê-la, e a governanta de uniforme e toca engomados brigando com ela da margem. E quando teria sido isso? 1920? 1915? Parecia há anos luz de distância das suas atividades na época. Então Marconi estava lutando para conseguir estudar e trabalhar ao mesmo tempo ajudando os pais na padaria de manhã, antes da escola e durante longas horas todas as tardes. Como isso parecia distante desta mulher dourada. Depois disso não deixara mais de ir ao parque charlottenburg e dizendo assim mesmo que precisava de ar puro e do exercício, depois de escrever a manhã toda, mas secretamente sabia que não, que não era por isso. Estava procurando aquele rosto, aqueles olhos, o cabelo Dourado... E finalmente a encontrou, novamente junto ao Lago. Ela parecera feliz ao vê-lo, quando se encontraram de novo. E então tornou-se uma espécie de acordo tácito. Ele dava passeios quando acabava de escrever, e, se os descem na hora certa, ela estaria lá. Tornaram se Guardiões espirituais do Castelo viraram pais substitutos das crianças que brincavam perto do Lago. Sentiam uma espécie de Alegria possessiva pelo ambiente que os cercava, contando um ao outro histórias da infância, e cada um escutando o outro contar seus sonhos. Camille queria fazer teatro, para o horror do pai, mas aquilo sempre fora o seu sonho particular. Compreendia perfeitamente que jamais aconteceria, mas de vez em quando sonhava que quando fosse mais velha, escreveria uma peça. Sempre ficava fascinada quando Marconi falava do seu trabalho de como começar a escrever do que sentira quando o seu primeiro livro se tornar um sucesso. A fama ainda não lhe parecia muito real, e talvez nunca parecesse. Fazia 5 anos desde o seu primeiro romance de sucesso 7 anos desde que deixou Munique e veio para Berlim 3 anos desde que comprou o Bugatti 2 desde que a Bela e antiga casa em charlottenburg e se tornar a sua... E ainda nada daquilo era totalmente real. O fato de não acreditar totalmente o mantinha jovem dando-lhe a expressão de deleite e espanto nos olhos Marconi Stern ainda não era blasé, não no tocante à vida, ou a escrever, e muito menos em relação a ela. Kamille ficava encantada enquanto escutava. Ao ouvi-lo falar dos seus livros, ela sentia as histórias ganharem vida, os personagens se tornarem reais e, ao estar com ele, também se sente a ganhar vida. E semana após semana, enquanto se encontravam, Marconi notou que o medo nos olhos dela diminuía. Havia agora algo de diferente nela, quando a encontrava no Lago. Algo engraçado, jovem e delicioso. __Tem ideia do quanto gosto de você, kamille? Disse ele com ar brincalhão, enquanto davam lentamente a volta no largo, certo dia aproveitando a brisa gostosa da Primavera. __ Vai escrever um livro ao meu respeito, então? __ E deveria? Mas ela baixou os olhos cor de Turquesa por um momento, e depois, voltando a olhar para ele, sacudiu a cabeça. __ Não. Não deveria, não haveria nada para dizer. Nem vitórias, nem sucessos, nem realizações. Absolutamente nada. Seus olhos fitaram os dela por um longo momento, a cor de turquesa e o preto dizendo palavras que ainda não podiam ser ditas. Marconi sabia que talvez aquelas palavras caladas nunca pudessem ser ditas. __ É o que você acha? __ É a verdade. Nasci para a minha vida e vou morrer nela. E nesse meio tempo usaria uma grande quantidade de belos vestidos, irei a 1000 jantares comportados, assistirei inúmeras óperas bem canta das... E isso, meu amigo, é tudo. Aos 29 anos ela já parecia ter perdido a Esperança... a Esperança de que a vida algum dia pudesse ser diferente. __ E a sua peça? kamille deu de ombros .Ambos sabiam a resposta, ela era prisioneira numa jaula de diamantes. E então, virando-se para ele, riu de novo. __ Portanto, minha única Esperança de conseguir fama e Glória é que você crie algo para mim, coloque-me no romance me transforme num personagem exótico na sua cabeça O que ela não sabia é que isso ele já tinha feito, mas não usava dizer-lhe. Ainda não. Ao invés disso, continuou com a brincadeira, dando lhe o braço. __ Está certo. Nesse caso que pelo menos lhe agrade final o que gostaria de ser? O que lhe parece adequadamente exótico? Uma espiã? Uma cirurgiã? A amante de um homem muito famoso? Ela fez uma careta e riu para ele. __Que horrível. Juro, Marconi, não tem graça nenhuma. Vejamos... Tinham parado para se sentar na grama, enquanto ela tirava o chapéu de palha de abas largas e saco de a cabeleira dourada. __ Uma atriz, acho... Podia fazer-me uma atriz dos palcos londrinos... E então... Inclinou a cabeça para o lado, enrolando o cabelo nos dedos longos e graciosos enquanto os aneis brilhavam ao sol. __Então ... eu iria para os Estados Unidos, e me tornaria uma Estrela. __ Estados Unidos, hem? Onde? __ Nova York. __ Já esteve lá? Ela fez que sim, com aceno de cabeça. __Com o meu pai, quando fiz 18 anos. Foi fabuloso. Ficamos... Ela se deteve então de repente, estava prestes a lhe dizer que tinham ficado hospedados com os Astor, Em Nova Iorque, e depois com o presidente, em Washington, de pontos e ponto, mas aquilo não lhe pareceu direito. Não queria impressioná-lo. Queria ser sua amiga. Gostava demais dele para fazer esse tipo de jogo. E não importa o quanto se tivesse tornado bem sucedido, a verdade é que ele jamais seria parte daquele mundo. Ambos o sabiam. Era uma coisa que nunca discutiam. __Ficaram o quê? Ele a observava, o rosto magro e bonito junto ao dela. __Ficamos apaixonados por Nova Iorque. Pelo menos, eu fiquei. Soltou um suspiro e olhou, melancólica, para o Lago deles. __ É parecida com Berlim? A moça sacudiu a cabeça, apertando os olhos, como que para fazer o charlottenburg desaparecer. __Não, é maravilhosa. É nova, Moderna, movimentada e excitante. __E naturalmente Berlim é tão sem graça. Às vezes, não podia deixar de rir dela. Para Marconi Berlim ainda era todas aquelas coisas que Kamille dissera de Nova Iorque. __ Está implicando comigo. Havia reprovação na voz dela, mas não nos olhos. Gostava da companhia dele. Adorava o ritual dos seus passeios vespertinos final cada vez mais, escapava as restrições e limitações dos seus deveres diários e vinha encontrar-se com ele no parque. Os olhos eram bondosas, quando ele respondeu. __Estou implicando com você, Kamille. Importa se muito? Ela sacudiu a cabeça lentamente. __Não, não me importo. E após uma pausa : __ Sinto como se o conhecesse melhor do que qualquer outra pessoa das minhas relações. Era perturbador, mas ele sentia a mesma coisa. No entanto, Kamille ainda era seu sonho, a sua ilusão e fugir dele constantemente exceto aqui no parque. __ Sabe o que quero dizer? Ele fez que sim, sem ter certeza do que dizer. Ainda não queria assustá-la, não queria que parecesse vir encontrar-se com ela para aqueles passeios. __ Sei sim. Muito mais do que ela imaginava. E então, tomado por um momento de loucura, segurou a mão dela, longa e frágil na sua, um pouco atrapalhado pelos grandes anéis que ela usava. __Quer vir tomar um chá na minha casa? __Agora? O coração dela se agitará estranhamente ante a pergunta. Tinha vontade, mas não tinha certeza se... não achava que... __ Sim, agora. Tem algo para fazer? __Não, não tenho Disse ela, sacudindo a cabeça, lentamente e. Podia ter lhe dito que estava ocupada, que tinha um compromisso, que era esperada para o chá em algum lugar. Mas não fez. Olhou para ele com aqueles imensos olhos cor de turquesa __Gostaria muito. Caminharam lado a lado, rindo e conversando, secretamente nervosos, abandonando a proteção do Éden pela primeira vez. Ele lhe contava histórias engraçadas, e a moça ria enquanto acompanhava, apressadamente, balançando o chapéu o final havia uma súbita urgência no compromisso deles. Como se fosse para isso que se tivessem preparado naqueles meses de passeios no parque. Apesar da porta entalhada abriu-se lentamente e AMB em um grande saguão de mármore. Havia uma imensa e linda tela pendurada acima de uma Escrivaninha biedermeier. Seus passos ressoavam o caminhante, enquanto ela entrava atrás dele, na casa __Então é aqui que mora o famoso autor. Sorriu para ela, nervosamente, enquanto pousava o chapéu na escrivaninha. __A casa é muito mais famosa do que eu. Pertenceu a um Barão do século XVII, e tem passado por mãos bem mais ilustres do que as minhas, desde então. Olhou em derredor orgulhosamente, e em seguida abriu um Sorriso para ela, que fitava o teto rococó em talhado e depois voltava os olhos para ele. __É lindo Marconi. Parecia muito quieta, e ele estendeu a mão. __Venha vou-lhe mostrar o resto. Os demais aposentos da casa confirmavam as promessas feitas pela entrada com tetos altos e lindamente entalhadores, maravilhosos pisos de paquete, pequenos lustres de Cristal e janelas longas e elegantes dando para um Jardim cheio de flores brilhantes. No térreo ficavam uma grande sala de visitas e uma sala menor que ele usava como gabinete. No andar seguinte ficavam a cozinha a sala de jantar e um pequeno quarto de empregadas onde ele guardava uma bicicleta e 3 pares de esquis. E, mais acima ficavam 2 imensos e belos quartos, com vista do Castelo e do parque deles final havia lindas sacadas nas janelas de cada quarto, e no maior, uma estreita Escada em espiral um dos cantos. __O que fica ali? Ela estava curiosa. A casa era mesmo uma beleza Marconi tinha bons motivos para se sentir orgulhoso. Sorriu para ela. Apreciava admiração e aprovação que estava vendo nos seus olhos. __Minha torre de marfim. É onde trabalho. __Pensei que trabalhava lá em baixo, no gabinete. _Não, lá é só para receber os amigos. A sala de visitas ainda me intimidou um pouco. __Mas este... Apontou para o alto do pé da Escada estreita __ É o lugar. __Eu posso ver? __Claro, se puder abrir caminho entre os papéis ao redor da minha mesa. Mas não havia papéis ao redor da mesa de trabalho bem arrumada. Era um aposento pequeno, lindamente proporcionado, como a vista de 360°. Havia uma lareira aconchegante, livros em cada canto imaginável. Um aposento em que vive virtualmente era possível viver se, e Kamille se instalou satisfeita numa grande poltrona vermelha, com suspiro. __Que lugar maravilhoso! Olhava sonhadora pela janela para o Castelo deles. __Acho que foi por este motivo que comprei a casa. Minha torre de marfim, e à vista. __ Não o Culpo, embora todo o resto também seja lindo. Sentara se com uma perna Dobrada sob o corpo e sorria para o amigo como expressão de paz como ele nunca vira igual antes no seu rosto. __Sabe de uma coisa, Marconi? Parece que finalmente estou em casa. Sinto como se tivesse esperado toda a minha vida só para vir aqui. Os olhos dela não se afastavam dos dele. __ Talvez. A voz dele era um sussurro na sala... __ A casa tem esperado por você todos esses anos... Assim como eu. Sentiu uma onda de choque percorreu lo não pretendera dizer-lhe aquilo mas os olhos dela não demonstraram raiva. __Desculpe não tive a intenção. __ Está tudo bem Marconi. Estendeu lhe a mão, o anel de sinete de diamantes refletindo o Sol. Marconi tomou-lhe a mão, suavemente, e, sem parar para pensar, puxou a lentamente para os seus braços. Manteve-a ali pelo que pareceu uma eternidade, enquanto se beijavam sob Céu Azul de Primavera e se abraçavam apertado na torre de marfim dele. Beijou com uma fome uma paixão que apenas alimentarão a chama dele e parecia que se tinham passado horas, quando ele teve a presença de espírito de se afastar. __ Kamille... Havia prazer e tormento a um só tempo nos olhos dele, mas ela se levantou e deu-lhe as costas olhando para o parque. __ Não. A voz dela era um murmúrio. __Não me diga que sente muito. Não quero escutar... não posso... E então voltou-se para ele, os olhos ardendo com uma dor semelhante a dele. __Há muito tempo que eu desejo. Mas.... Odiava -se por suas hesitações, mas tem que dizer algo, nem que fosse Por Ela. Ela ergueu a mão para silencia- lo. __Compreendo. Kamille von gotthard não diz essas não é? Os olhos dela endureceram. __ Tem razão. Não digo, mas quis dizer. Ah, Deus Como quis dizer. Nem mesmo sabia o quanto, até agora. Nunca falei antes. Vivi a minha vida até agora como devia viver, e sabe o que eu tenho Marconi? Nada. Sabe quem sou ? ninguém, estou vazia. Então com as lágrimas molhando os seus Olhos disse __Estava procurando por você para preencher minha alma. Deu-lhe as costas de novo. __Desculpe. Marconi se aproximou por trás dela, suavemente, rodeando-lhe a cintura com os braços. __Não. Jamais pense que não é ninguém. Você é tudo para mim. Todos esses meses só o que eu queria era conhecê-la melhor estar com você dar-lhe um pouco do que sou, e partilhar um pouco de você. Só não quero magoá-la, não quero puxá-la para o meu mundo, arriscando-a há não conseguir mais viver no seu. Não tenho direito de fazer isso. Não tenho direito de levá-la a um lugar onde você não poderia ser feliz. __ o quê? Aqui? Virou-se para fitá-lo, incrédula. __Acha que eu poderia ser infeliz aqui com você? Mesmo por 1 hora? __Mas é este o problema. Por quanto tempo,kamille? Por 1 hora? 2? Uma tarde? Parecia angustiado, quando se virou para ela. __É o bastante. Até mesmo um minuto disto em toda a minha vida seria bastante. E então, com os delicados lábios tremendo, ela abaixou a cabeça __Eu amo, Marconi... eu o amo... eu... Silenceou-lhe os lábios com os dele, e lentamente desceram de novo a Escada estreita. Mas não foram além. Tomando amiga mente pela mão, levou até a cama dele, e despiu a seda cinzenta de seu vestido, e o cetim bege da combinação, até que chegou a delicada renda que havia por baixo, e finalmente ao veludo de sua carne. Ficaram ali deitados durante horas, os lábios vírgulas mãos, os corpos e os corações fundindo-se num só. Faziam 4 meses, desde aquele dia, e o romance tinha modificado a ambos. Os olhos dela brilhavam e dançavam, ela implicava e brincava com ele, e ficava sentada de pernas cruzadas na sua grande linda cama entalhada contando histórias engraçadas do que havia feito na véspera. Quanto a ele, o seu trabalho adquiriram uma nova textura, uma nova profundidade, e havia uma força nova nele que parecia vir do seu âmago. Juntos, partilharam uma coisa que tinham certeza ninguém jamais partilhara antes. Eram um emaranhado do melhor de 2 mundos, a dura luta por ele vencida com tanta determinação para se destacar e a frágil tentativa que ela fazia para libertar-se da prisão dourada em que vivia. Ainda caminhavam pelo parque, mas com menos frequência, e quando estavam fora da casa dele agora ele geralmente achava triste. Havia pessoas demais, crianças e babais e outros casais passeando pelo parque eu queria ficar sozinha com ele no seu mundinho particular. Não queria ser lembrada de um mundo do lado de fora dos muros dele o qual não partilhavam. __ Quer voltar? Há algum tempo que a observava discretamente. Estava estirada graciosamente na grama, um vestido de voile cor de malva pálida cobrindo lhe as pernas, O Sol refletindo o Dourado nos seus cabelos. Um chapéu de seda cor de malva jazia ao lado, na grama e as suas meias eram do mesmo tom de marfim dos sapatos de pelica. Um fio pesado de Pérola envolvia ele o pescoço, e atrás dela, na grama estavam as duas luvas de pelica e a bolsa de seda cor de malva, com fecho de marfim, que combinava com o vestido. __ Sim, quero voltar. Levantou-se rapidamente, com Sorriso de Felicidade __O que estava olhando? Ele havia fitado intensamente. __Você __Porquê Porque é tão incrivelmente linda. Sabe que se escrevesse a seu respeito as palavras me faltariam completamente? __ Então diga apenas que sou feia, burra e gorda. Sorriu para ele, e depois ambos soltaram uma risada. __Isso lhe agradaria? __Imensamente Estava brincalhona e travessa de novo. __ Bem, pelo menos ninguém a reconheceria se eu a descrevessem assim. __ vai mesmo escrever ao meu respeito? ele ficou pensativo por algum tempo, enquanto os dois se dirigiam para a casa que amavam. __Um dia. Mas ainda não. Porquê? __Porque ainda estou fascinado demais por você para escrever qualquer coisa coerente. Na verdade... Sorriu para ela, do alto de sua considerável estatura __Pode ser que nunca mais venha ser coerente de novo. Suas tardes juntos eram sagradas, e com frequência sentiam-se divididos entre passá-la na cama ou sentados confortavelmente na torre de marfim conversando sobre o trabalho dele, ela era a mulher pela qual esperara anotar de da vida. E com Marconi, Kamille tinha encontrado o que sempre necessitará tão Desesperadamente, alguém que entende os estranhos caminhos de sua alma, os anseios, os pedaços Fragmentados , A Rebelião contra as restrições solitárias do mundo dela. Haviam chegado a um acordo,e sabiam que pelo menos no momento não tinham outra escolha. __Quer um pouco de chá, querido? Jogou o chapéu e as luvas sobre a mesa do saguão de entrada e pegou o pente na bolsa. Era de Ônix e marfim incrustado lindo e caro, como tudo o que ela possuía. Colocou o de novo na bolsa, e se virou para Marconi com um Sorriso. pare de rir desse jeito para mim, seu bobo... chá? __Em... o quê? Sim. Quer dizer não. deixe isso para lá. E então, firmemente, tomou a pela mão. __Vamos lá para cima. __Está pretendendo mostrar-me o novo capítulo, não é? Lançou-lhe aquele Sorriso incomparável, enquanto os olhos dançavam. __Claro. Tenho todo um livro novo que quero discutir calmamente com você. Uma hora mais tarde, enquanto ele dormia serenamente a seu lado olhou com lágrimas nos olhos. Saiu com cuidado da cama. Sempre detestava ter que deixa-lo. Mas eram quase 6 horas. fechou Mansamente à porta do grande banheiro de mármore branco. Saiu de lá 10 minutos depois, completamente vestida, com uma expressão de grande ansiedade e tristeza no rosto. parou por um momento ao lado da cama, e como se pressentisse que ela estava parada a seu lado, Marconi abriu os olhos. __Já vai? Ela fez que sim, e por um instante ambos partilharam uma expressão de dor. __Eu o amo. Ele compreendeu. __ Eu também Sentou-se na cama e estendeu os braços para ela. __Até amanhã, minha querida. Ela sorriu, deu-lhe um beijo, e depois jogou outro da porta, antes de descer, apressadamente, as escadas. Aos olhos de alguém que não a conhecesse era apenas uma jovem apaixonada vivenciando o ardor de uma paixão, porém Kamille escondia algo que tornava aquela relação perigosa e ilegal. Se conseguíssemos mandar nas nossas emoções seria fascinante, dizer quero sentir isso e pronto, como em um passe de mágica lá esta o sentimento, eles lutaram contra os seus até onde puderam, mas no fim a paixão falou mais alto. A viagem de Charlottenburg para Grunewald onde ela morava, apenas um pouco mais longe do centro da cidade , era feita por ela em menos de meia hora. Podia fazê-la em exatamente 15 minutos, se mantivesse o pé firme no acelerador do seu pequeno Ford cupê azul-marinho. Há muito tempo tinha estabelecido qual o caminho mais curto para casa. Seu coração batia acelerado com mais força, enquanto olhava para o relógio. Hoje, estava mais atrasada do que de costume, mas ainda tinha tempo para trocar de roupa. Irritava-a sentir-se tão nervosa. Parecia absurdo ainda sentir-se como uma garota de 15 anos, chegando depois da hora marcada pelos pais. As ruas estreitas e curvas surgiram rapidamente, enquanto o Grunewaldsee á sua direita parecia plano e espelhado. Não havia ondulação nas águas, e só o que ela podia escutar eram os pássaros. As casas grandes que ladeavam a estrada erguiam-se solidamente por detrás de muros de tijolos e portões de ferro, ocultas por árvores e envoltas no seu silêncio conservador, enquanto nos quartos andares superiores as empregadas ajudavam as patroas a se vestirem. Mas Kamille ainda tinha tempo, não estava atrasada demais. Freou o carro rapidamente diante da entrada para carros de sua casa e saltou depressa enfiando a chave na pesada fechadura de latão do portão. Abriu os dois lados e passou com o carro. Mandaria alguém fechar o portão mais tarde, agora não tinha tempo, o cascalho fazia muito ruído sob as rodas do carro, enquanto ela examinava a casa com olhar experiente. Tinha sido construída em estilo francês e se estendia intermitentemente para cada lado da porta principal. Eram três andares de aparência sóbria, de discreta pedra cinzenta, encimados por outro andar com tetos mais baixos, aninhado sob um telhado de mansarda muito elegante. No andar superior morava os empregados. Por baixo dele ficava um andar que agora ela notava estava com quase todos os aposentos iluminados. A seguir ficavam os seus próprios aposentos. Além de vários quartos de hóspedes e duas lindas bibliotecas, uma dando para o jardim, a outra para o lago. No andar onde ficavam os seus aposentos apenas uma luz brilhava, e por baixo dele, no térreo, tudo estava fartamente iluminado. A sala de jantar, o salão principal e a grande biblioteca, p pequeno salão de fumar de lambris escuro, com prateleiras cheias de livros raros. Perguntou-se por um momento porque todas as luzes do térreo pareciam estar acesas naquela noite, e então se lembrou, levando rapidamente a mão a boca. __ Ah meu Deus ! Oh não! O coração batendo forte. largou o carro diante da casa. O gramado imenso e perfeitamente bem tratado estava deserto e até os canteiros fartamente floridos pareciam reprová-la enquanto subia correndo o curto lance de escadas. Como podia ter-se esquecido? o que ela iria dizer? Agarrando o chapéu e as luvas numa das mãos, a bolsa presa sem cerimónia sob o braço, lutou para enfiar a chave na porta da frente. Porém enquanto ela o fazia a porta se abriu e ela se viu fitando o rosto intransigente de Bartô, o mordomo deles, a cabeça calva brilhando viva sob a luz dos lustres gêmeos no saguão principal , a casaca impecável como sempre, os olhos frios demais para registrarem até a desaprovação. Simplesmente fitaram os dela, inexpressivamente. Atrás dele uma empregada de uniforme preto e avental de renda e touca brancos passou, apressada, pelo saguão principal. __ Boa noite, Bartô. __ Madame. A porta se fechou resolutamente as costas dela, quase no mesmo momento em que Batô batia os calcanhares. Nervosa Kamille lançou um olhar para o salão principal, Graças a Deus tudo estava pronto, o jantar para 16 pessoas nem passara por sua cabeça. Felizmente, discutira tudo detalhadamente com a governanta na manhã anterior. Frau Klemmer tinha tudo sob controle, como sempre. dando um aceno de cabeça para os criados enquanto caminhava, Kamille alcançou a escada rapidamente, desejando poder subir de dois em dois degraus, como fazia na casa de Marconi, quando estavam correndo para a cama... para a cama... um lampejo de sorriso subiu-lhe aos olhos, ao pensar nisso, mas teve que afasta-lo dos pensamentos a força. Parou no patamar, olhando para o longo corredor atapetado de cinza. Tudo ao seu redor era cinza pérola, a seda nas paredes, os tapetes espessos, as cortinas de veludo. Havia duas belas cômodas Luís xv magnificamente incrustadas e encimadas por mármore, e a curtos intervalos, nas paredes, arandelas lindas e antigas com luzes em forma de chama neon. E entre elas ficavam pequenos esboços de Rembrandt, pertencentes a família há anos, portas se estendiam a esquerda e a direita, e um vislumbre de luz brilhava por debaixo de apenas uma, parou por um momento e depois continuou rapidamente, descendo o corredor na direção do seu quarto.Tinha chegado lá quando ouviu uma porta a suas costas se abrir.

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