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Virei amante do Traficante (Morro)

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Blurb

Bianca, uma jovem estudante universitária de uma família humilde, sempre foi uma garota determinada e focada em seus estudos. Ela sonha em se formar em direito e sair do ambiente perigoso em que cresceu, a Rocinha, um dos locais mais violentos da cidade. Porém, seu destino toma um rumo inesperado quando ela conhece Rafael, o misterioso e atraente líder do tráfico local. Acaba se envolvendo com esse homem do mundo crime e ainda sendo casado. Então vive essa paixão a escondidas, mas quanto tempo vai durar essa paixão?

Virei amante do traficante. é uma história de amor, redenção e escolhas difíceis, que explora o poder transformador do relacionamento entre duas pessoas de mundos tão diferentes.

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Capítulo 01 : Primeiros Encontros
Bianca Aquele dia começou como qualquer outro. Eu havia passado horas na biblioteca da faculdade, mergulhada nos livros de Direito Penal, com a esperança de encontrar algum tipo de escape da realidade que me cercava. A Rocinha, meu lar, era um lugar de oportunidades limitadas e perigos constantes. Desde pequena, eu sabia que, se quisesse algo diferente para minha vida, precisaria estudar com afinco, mesmo que o som dos tiros às vezes ecoasse no meio da noite, me lembrando que o caminho seria longo e árduo. Era uma sexta-feira, e eu estava exausta. Tudo o que eu queria era uma noite tranquila, talvez assistir a uma série qualquer e descansar para enfrentar o fim de semana, que, para mim, significava mais tempo para estudar. Mas, como sempre, Luana, minha melhor amiga, tinha outros planos. Luana era um espírito livre, o completo oposto de mim. Sempre cheia de vida, energia e, honestamente, um pouco de irresponsabilidade. Era o tipo de pessoa que conseguia fazer amizade com qualquer um, em qualquer lugar. Ela me mandou uma mensagem insistente, dizendo que precisava sair, respirar, e que eu deveria acompanhá-la. Eu sabia que deveria dizer não, mas depois de um dia tão longo, cedi. — Vai ser só uma festa na Rocinha, nada demais — disse ela ao telefone, enquanto eu suspirava do outro lado da linha. Eu hesitei. A Rocinha era famosa, claro, mas também era conhecida por seus perigos. No entanto, a insistência de Luana e o cansaço mental que sentia me fizeram concordar. — Tudo bem, mas eu não vou ficar até tarde. Quando chegamos à festa, a primeira coisa que senti foi o peso do lugar. O som ensurdecedor do funk, o cheiro forte de churrasco misturado com algo que eu preferia não identificar. Tudo isso era uma mistura de sensações que me deixava tonta, mas, ao mesmo tempo, me atraía de uma forma inexplicável. As luzes coloridas piscavam por toda parte, lançando sombras dançantes nas paredes grafitadas, e o chão vibrava com a batida da música. A energia era intensa, quase palpável, e mesmo enquanto meu coração batia mais rápido de ansiedade, eu não pude deixar de sentir uma espécie de excitação. Talvez fosse a adrenalina, talvez fosse a novidade, mas algo naquela atmosfera me prendeu. Luana, como sempre, desapareceu em meio à multidão quase imediatamente, deixando-me sozinha. Decidi que o melhor era pegar algo para beber, então fui em direção ao bar improvisado no canto do salão. O ambiente era mais apertado do que eu esperava, as pessoas dançando próximas demais, o calor humano tornando o ar quase sufocante. Eu lutei para me abrir caminho, pedindo uma cerveja com um sorriso hesitante ao barman. Foi então que o vi pela primeira vez. Rafael. Ele estava encostado em uma parede, parcialmente oculto pelas sombras, observando tudo ao redor com um olhar que eu só poderia descrever como predador. Sua presença era dominante, o tipo de homem que você percebe mesmo sem querer. Alto, cabelos escuros ligeiramente despenteados, e uma expressão que misturava desprezo e indiferença. Ele exalava uma confiança que eu nunca tinha visto em ninguém. Nossos olhares se cruzaram por um breve momento, e eu senti uma estranha sensação de frio na espinha. Seus olhos eram escuros e penetrantes, como se pudessem ver através de mim. Eu desviei o olhar rapidamente, constrangida, tentando me concentrar em qualquer outra coisa. Mas era tarde demais. Algo nele havia capturado minha atenção, e eu não conseguia mais ignorá-lo. Tentei me distrair, mas foi inútil. Peguei minha cerveja e dei um gole, tentando acalmar meus nervos. Contudo, minha mente continuava voltando àquele homem misterioso. Eu não sabia quem ele era, mas sentia que deveria ficar longe. Algo em seu olhar me dizia que ele era perigoso, alguém com quem eu não deveria me envolver. Mas a curiosidade é uma força poderosa, e por mais que eu tentasse, não conseguia parar de pensar nele. Enquanto observava as pessoas ao meu redor dançando e se divertindo, senti um puxão interno, como se uma parte de mim quisesse saber mais sobre ele, entender o que o tornava tão… fascinante. Decidi que o melhor seria sair daquela área por um tempo, então me movi para o lado oposto do salão, tentando encontrar um lugar mais tranquilo. Mas, para minha surpresa, logo que me virei, lá estava ele, parado a poucos metros de mim. Rafael havia se aproximado sem que eu percebesse, e agora estava me encarando de perto. Seu olhar fixo me deixava desconfortável, mas havia algo nele que também me intrigava. — Você não parece pertencer a este lugar — ele disse, com uma voz baixa e rouca, enquanto um pequeno sorriso se formava em seus lábios. Suas palavras me pegaram de surpresa, mas antes que eu pudesse responder, ele continuou. — Você é nova por aqui? Eu hesitei, tentando avaliar suas intenções. Por que ele estava falando comigo? E por que parecia saber que eu não era dali? — Estou apenas acompanhando uma amiga — respondi, tentando soar casual, mas minha voz soou mais fraca do que eu queria. Ele deu um passo à frente, diminuindo a distância entre nós, e por um momento eu pude sentir a intensidade de sua presença. — Entendi — ele disse, seus olhos nunca deixando os meus. — E o que você acha da Rocinha? Mais uma vez, não soube como responder. Eu queria dizer que o lugar me assustava, que eu não estava confortável ali, mas não consegui. Algo em Rafael me fazia querer mostrar força, mesmo que fosse apenas uma fachada. — É diferente — respondi, optando por um meio-termo que não revelava muito. Rafael sorriu, mas foi um sorriso que não alcançou seus olhos. — Diferente pode ser bom — ele murmurou, antes de olhar ao redor, como se estivesse avaliando a área. — Mas também pode ser perigoso. Pessoas que não são daqui às vezes não entendem como as coisas funcionam. Havia uma advertência implícita em suas palavras, e eu senti um nó se formar no meu estômago. — E você? É daqui? — perguntei, tentando manter a conversa, embora estivesse começando a perceber que essa interação poderia ser mais do que eu estava preparada para lidar. Ele riu suavemente, um som que parecia mais frio do que acolhedor. — Pode-se dizer que sim — respondeu, antes de olhar para mim de novo, seus olhos agora mais sérios. — Mas a questão é: você realmente quer saber quem eu sou? Por um momento, fiquei sem palavras. Eu estava em um dilema, dividida entre a curiosidade e o instinto de sobrevivência. O que eu sabia era que ele estava me oferecendo uma escolha, e que, independentemente da decisão que tomasse, não haveria como voltar atrás. Cada fibra do meu ser gritava para que eu dissesse não, mas antes que pudesse me conter, ouvi a mim mesma responder: — Sim, quero. O sorriso de Rafael se alargou, desta vez parecendo mais genuíno. — Interessante — ele disse, dando mais um passo em minha direção. Agora, ele estava perto o suficiente para que eu pudesse sentir o calor de seu corpo, o que me fez recuar um pouco instintivamente. Ele notou minha reação, mas não disse nada, apenas me observou, como se estivesse tentando decifrar meus pensamentos. — Siga-me — ele disse de repente, virando-se e começando a caminhar em direção à parte mais afastada da festa, onde as luzes eram mais fracas e o som da música não era tão forte. Eu hesitei por um momento, sabendo que deveria recusar, que deveria voltar para o meio da festa e encontrar Luana. Mas, mais uma vez, aquela curiosidade irracional me empurrou a seguir. Enquanto caminhávamos, eu sentia meus nervos à flor da pele. Minha mente estava a mil, tentando entender o que estava acontecendo e por que eu estava indo atrás de um homem que claramente representava perigo. Cada passo parecia me levar mais fundo em algo do qual eu não sabia se conseguiria sair. Chegamos a um canto mais isolado da Rocinha, onde a festa parecia apenas um eco distante. Rafael parou e se virou para mim, sua expressão agora totalmente séria. — Você está muito fora da sua zona de conforto, não é? — Ele perguntou, mas antes que eu pudesse responder, ele continuou. — Mas isso é o que faz a vida valer a pena. Sair do que é seguro, explorar o desconhecido. Eu não sabia o que dizer. Ele estava certo, de certa forma. Toda a minha vida eu havia vivido dentro dos limites, seguindo as regras, evitando riscos. Mas agora, aqui estava eu, diante de uma situação que nunca imaginaria. Algo em mim queria ver até onde isso poderia me levar, mesmo que significasse atravessar um terreno perigoso. — Por que você me chamou até aqui? — perguntei finalmente, minha voz soando mais firme do que eu esperava. — O que você quer de mim? Ele me olhou profundamente, seus olhos escuros refletindo a pouca luz que havia ao nosso redor. — Eu vejo algo em você — ele disse, sua voz baixa mas clara. — Algo que ainda não foi totalmente explorado.

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