Capítulo Dois

3121 Words
Andrew Ryan Eu odiava os jantares executivos, beneficentes e o pior de todos os jantares com Marissa. A mulher não parava de falar sobre o quanto seu dia patético conseguiu ser  mais patético, minha cabeça doía com o som da sua voz anasalada e como sua risada falsa saindo como aquelas panelas de pressão com defeito, mas como sua família era amiga da minha suposta família então éramos o mais próximo de um casal o grande problema era que Marissa achava que éramos um casal o que dificultava as coisas para mim. O dia no escritório foi a p***a mais cansativa em semanas, estávamos nos fundido com a terceira empresa o que indicava inúmeras demissões e algumas contratações, nos últimos tempos tem sido assim e para piorar minha assistente tinha pedido demissão o que indicava que precisava encontrar uma com uma certeza urgência. — Andrew! — Marissa estalou o dedo na minha frente —  você me ouviu? —  Não. Ela soltou um suspiro que indicava impaciência e me aborrecia ainda mais essa sua mania de garota mimada que fazia beicinho quando não conseguia o que queria. —  Meus pais irão fazer a festa de bodas — ela sorriu de forma charmosa tocando minha mão que estava por cima da mesa —  pensei que podíamos ir juntos e quem sabe oficializar o que anos você vem me prometendo. E lá vamos nós mais uma vez. Já era a décima e não sei das quantas vezes que Marissa vinha com essa mesma história de casamento, não sei em qual época das nossas vidas que ela decidiu que íamos nos casar, há sim, foi quando sua mãe conversou com a minha e fizeram a questão de nos prometer assim que tivéssemos idade o suficiente mas o destino teve uma surpresa a qual trouxe a morte do meu pai nos deixando uma imensa dívida com o banco e a receita federal a qual ralei muito para pagar então foi aí que criei minha empresa que graças ao meu esforço está no ranking de primeiro lugar das mais lucrativas de todo o mundo. —  Já disse Marissa —  me aproximei da mesa para não causar um escândalo — não vamos nos casar, em qual mundo você vive que acha que é mulher para se casar comigo?! Acorda. Pude ver seus olhos cor de mel se arregalaram e as maçãs do rosto ficarem vermelhas em sinal de que estava ficando nervosa. Já estava de saco cheio daquela mulher e das suas investidas que sempre resultava da mesma forma, meu aborrecimento e seu escândalo. Mas nessa noite resolvi que não ficaria para discutir com ela e muito menos  ser manchete de mais uma briga, tirei uma nota de cem do bolso deixando na mesa e me levantei fechando o paletó, precisava ir pra casa e precisava com total certeza ficar longe dela e da sua futilidade.  O fato de que minha vida estava se tornando monótona me enfurecia, pois era a mesma conversa de todas as noites, o mesmo trabalho de todos os dias e o mesmo rosto de sempre.  Peguei a chave com o manobrista e entrei no Bentley que já estava com o motor ligado. Dirigir em direção ao centro da cidade, eu estava tão de saco cheio daquela situação que não conseguia pensar em mais nada a não ser como poderia evitar a breve intervenção dos pais dela e da minha mãe precisava com maxima urgencia colocar um ponto final naquela situação e só de imaginar Bernard Sanders enchendo a p***a do meu saco me causava náuseas. Parei no sinal vermelho e só então percebi que apertava o volante com uma força excessiva até que os nós dos meus dedos estavam brancos, me permitir relaxar afrouxei a gravata um pouco foi quando um táxi parou ao meu lado, a janela banco traseiro estava um pouco aberta quando virei o rosto de forma automática um estranho formigamento desceu pela minha coluna e se concentrou na cabeça do meu p*u que apertou a cueca. Seus enormes olhos cor de folha seca encarava as luzes da Times Squares e um sorriso bobo crescente nos lábios como se tivesse tomado altas doses de vodka ela então abaixou os olhos e me encarou sorriu e deu um tchauzinho com as mãos assim que o táxi partiu segui o carro com os olhos enquanto partia com a mulher de sorriso frouxo.  “Você poderia segui-la” a voz na minha cabeça sugeriu, pela forma com qual olhava os prédios e as luzes com certeza era uma turista conhecendo a cidade; “você deveria segui-la.” Repetiu mais uma vez até que um sonoro som de buzinas me despertou, pisei no acelerador e partir rumo a minha casa. Com certeza precisava de uma boa transa, mas não seria naquela noite, eu precisava ir atrás dessa mulher que tinha os olhos mais encantadores que eu já vi na vida. O táxi fez uma curva logo à esquerda e parando o caminho todo estava tranquilo e pelo meu conhecimento dizia que ele estava indo para Upper Waest Side, um bairro tranquilo próximo ao centro. Não demorou para o táxi parar em um dos prédios antigos reformado na área urbana, eu estava ficando louco, completamente fora de mim seguindo um táxi que me levaria para Deus lá sabe onde. Mas eu precisava saber quem era ela ou ao menos onde ela morava. Estacionei do outro lado da rua próximo a uma pequena floricultura atrás de dois carros. A jovem desceu do carro e como sempre admirando tudo que seus lindos olhos conseguiam ver, ela parecia maravilhada com o lugar logo em seguida uma outra jovem desceu também, mas pelos seus cabelos castanhos não consegui ver perfeitamente quem era elas trocaram algumas palavras e nos minutos seguintes seguiram para dentro do prédio. Fiquei ali parado olhando para a janela que acendia luz, pela primeira vez na vida eu estava fazendo algo que fugia totalmente do contexto natural da minha vida.  A garota se aproximou da janela e eu pude ver, mesmo que por alguns segundos ela suspirar, algo dentro de mim, algo dentro do meu peito se acelerava como um carro de fórmula 1 correndo em uma pista oval a 200km por hora. Estava me sentindo o maior dos idiotas. Apertei a tecla de telefone no painel e a voz de Marcus saiu rouca e sonolenta.  — O que devo da sua ligação chefe? — Disse meu chefe de segurança. — Preciso que descubra tudo sobre uma pessoa. Passei todas as informações para Marcus que como sempre profissional não fez muitas perguntas, ele descobriria quem era a jovem dentro de 3 dias, enquanto isso eu teria que me contentar apenas com a imagem dela em minha cabeça. Fechando os olhos voltei a ver aquele sorriso maravilhoso e seus intensos olhos castanhos,Deus, ela era linda. Ligando o carro fiz a volta seguindo para cobertura, a ideia de saber quem ela aquela garota me deixava louco e eu temia não conseguir me controlar até obter todos os resultados. — Se controle Andrew! — Disse a mim mesmo. Chegando na cobertura retirei o palito e a gravata jogando em cima do sofá, segui em passos apressados até o banheiro abrindo a porta do box liguei o chuveiro no máximo frio, enfiando meu corpo por completo nos jatos de água gelada que cortava minha pele relaxando meus músculos apoiei a mão esquerda no azulejo preto e segui minha destra até meu p***s que estava duro feito pedra, a imagem daqueles doces lábios morenos entorno sugando minha pele os olhos dela me encarando de cima com tanta devoção enquanto eu enterrava todo meu p*u em sua boca lhe fodendo sem pudor algum. Fiz uma pequena pressão sobre a cabeça enquanto minha respiração ficava cada vez mais pesada e mesmo com a ducha gelada não conseguia diminuir a vontade que era de f***r aquela garota. Fechando minha mão em torno fiz movimentos subindo e descendo.  — p***a! — Rosnei sentindo a pressão em minhas bolas aumentarem e sem demora os jatos fortes atingirem o azulejo.  ●●● O som da esteira era abafado pela voz do âncora do jornal do canal 6 daquela manhã. Não tinha tido uma das minhas melhores noites, claro, meu corpo inteiro estava ligado e meu p*u parecia não querer baixar de jeito nenhum, tinha que me distrair de alguma forma. O dia m*l tinha começado e a minha mente voava para garota do outro lado da cidade, imaginei como ela estaria, se tinha tido uma boa noite de sono ou se ela já estava de pé. Nunca fui um homem que se importasse muito com o bem estar dos outros, durante toda minha vida me vi me preocupando comigo não me dava o trabalho de saber como estavam Marissa, sabia que sua vida estava bem, já que veio de uma família nobre Francesa eu não esperava muito dela. Ela não passava de uma mulher sem qualquer ambição ou desejo de algo além do que seus pais tinham para lhe dar. Não era uma mulher feita para mim, não mesmo, eu procurava alguém que tivesse vontade de viver, que tivesse algum conhecimento de uma mulher apaixonada e inteligente. Bom, eu sonhava grande e precisava de alguém que sonhasse junto comigo.  No momento em que senti os músculos tensionam reclamado do exercício desliguei a esteira pulando dela puxei uma garrafinha de água que estava na mesinha ao lado levando até meus lábios caminhando pela pequena academia me sentei em uma banqueta forrada de couro, curvando o corpo para frente respirei fundo fechando os olhos apertando com força. O telefone tocou ao lado puxando deslizei o dedo levando o aparelho até a orelha.  — Bom dia meu caro amigo! — Disse Noah ao outro lado — Como anda o homem mais rico dos Estados Unidos?  Noah era um antigo colega de faculdade, começamos nosso negócio de tecnologia da comunicação dentro de um pequeno quarto de faculdade e hoje a RTC (Ryan technology and communication) é uma das mais caras e importantes nessa área. Noah era da matriz da Austrália e vez ou outra vinha para os EUA. — Bom dia meu amigo — Cumprimentei — Ando precisando dos documentos assinados, Victor.  — Você sempre pensando em trabalho, precisa arrumar uma namorada — Ele riu do outro lado da linha — O que não seria nada r**m, curaria essa sua cara de bravo.  Soltei um suspiro cansado, sempre a mesma conversa, sempre a mesma ladainha de namorada.  — Você me ligou para ficar tricotando ou tem algum assunto sério a tratar comigo.  Noah riu mais uma vez e pude ouvir um farfalhar de lençóis e uma porta de fechado logo ao fundo. Diferente de mim, Noah sempre tinha uma mulher empoleirada em seus ombros, alguma modelo famosa ou uma atriz no auge da sua carreira, sempre mulheres incrivelmente lindas, mas sem um pingo de caráter. Sua vida particular vivia nas manchetes de tablóides que buscavam algo emocionante para contar.  — Estão pedindo muito mais do que aquela pequena empresa vale — Começou ele — Não quero pagar algo que não vai me dar lucro imediato.  — Isso é fato, aquela pequena empresa no norte do país esta me dando dores de cabeça, mas seu potencial e o que me incentiva a querer comprá-la. — Andrew, são jovens gananciosos que pensam que podem tirar vantagens a nossas custas — Reclamou Noah — Não estou muito afim de ficar brincando com aqueles moleques.  Soltei um ar pesado me levantando, olhei pela janela e o sol já estava aparecendo no horizonte, me perguntei se aquela garota já havia acordado ou se ainda estava dormindo ou se já tinha tomado seu café da manhã e o que ela tomaria. Eu precisava encontrá-la.  — Andrew! — Chamou Noah — Está me ouvindo? — Sim, faça o que achar melhor.  Noah não disse muita coisa, ele já sabia que eu já estava sem paciência para aquela negociação, não era eu que lidava com empresas pequenas, mas sim um setor especializado para isso. Desliguei com um até breve e segui para meu quarto, precisava de um longo banho, quente de preferência e me arrumar pois aquele dia seria complicado.  Depois de uma ducha longa me vestir com o terno típico preto e uma gravata azul escura, mas antes que eu pudesse chegar a empresa passaria naquela mesma rua, eu me sentia um p**a i****a agindo ou pensanod daquela forma, mas não conseguia evitar chegava ser mais forte que eu, nunca tinha visto aquela garota e agora ela não me saia da cabeça. Me forcei a tomar um gole do café preto que Jack havia feito para mim, sem demora tomei o elevador para o térreo. Durante o trajeto verifiquei meus e-mails e alguns artigos sobre a RTC.  — Bom dia, meu senhor — Cumprimentou Jack.  O senhor de pouco mais de 50 anos de cabelos grisalhos perfeitamente penteados que se encaixava perfeitamente com seu terno preto abriu a porta do Bentley preto. — Tome o caminho pela Upper Weast Sadie — Disse — Bom dia, meu amigo. — Sim senhor. O que eu mais gostava em Jack eram seus profissionalismos e a falta de perguntas. Ele não perguntava ou questionava, apenas fazia. A única que vez em que ele me perguntou algo foi quando sai de casa e a sua única indagação foi: “Para onde vamos?” Daquele dia em diante eu soube que poderia contar com aquele homem para qualquer coisa. Sem muita demora ele colocou o carro em movimento e com uma habilidade adquirida por muitos anos. Sem muita demora ele entrava na rua e eu me peguei erguendo o olhar para a janela que estava aberta naquele momento, mas o que me surpreendeu foi a porta se abrir e a jovem sair com um enorme sorriso nos lábios de braços dados a outra pessoa ela estava incrível é impecável seu jeito tão angelical, tão delicado varreu qualquer pensamento libidinoso que poderia ter naquele momento dando lugar apenas ao desejo de tê la em meus braços, de acariciar seus cabelos negros e beijar seus lábios de provar o sabor que aquela garota tinha. Eu a queria, de todas as formas, de todos os jeitos.  Ela seguiu seu caminho, animada para um dia divertido pelo o que eu esperava. Estava ansioso e nervoso pela ligação de Markus, esperava que ele encontrasse algo, eu sabia que ele iria encontrar, mas agora precisava me concentrar no meu trabalho e tentar tirar aquela garota da minha cabeça completamente  ou até que soubesse quem ela era. Encostando no  banco abrir o laptop não demorou muito para o bombardeio de e-mails começar e eu com a mesma velocidade responder, nesse ramo executivo eu aprendi que devemos ser mais rápidos, ágeis e impiedosos com quem quer que seja.  Chegando na RTC o enorme edifício que se concentrava no coração de Nova York passando pelas portas giratórias pude ver Hall na recepção e alguns seguranças ao lado, o fluxo de pessoas naquele sempre era intenso, muitos daqueles andares eram alugados por outras empresas o que deixava aquele horário caótico. Meu escritório era no vigésimo nono andar e dava a bela vista do Central Park.  — Bom dia, Senhor Ryan. — Cumprimentou James se levantando de sua mesa. — Bom dia, James. Alguma ligação? — Sim senhor, duas de sua mãe e uma do Presidente da Enterprise Car’S — Respondeu me entregando uma folha — Ele disse que precisa com urgência uma reunião com senhor.  — Certo.  — Senhor, o que faço com sua mãe? Parei me virando para ele, já era a terceira vez essa semana que minha mãe me ligava toda vez que Eleanor Ryan ligava de forma desesperada assim foi para avisar sobre a morte do meu pai. — Eu irei retornar.  Me sentei abrindo o computador já na tela da RTC, com o telefone na orelha. — Bom dia, mãe. — Anuncie. — Andy! — Disse de forma animada — Tentei falar com você a manhã inteira.  — Não são nem 8:00 da manhã, mãe — Disse — O que posso fazer por você? Ela suspirou, sabia que entrar em uma discussão comigo naquela hora da manhã não era uma boa ideia além que meu humor não estava dos melhores.  — Marissa me ligou para confirmar o jantar desta noite — Ela disse — Pelo o que entendi vocês irão realmente oficializar o noivado de vocês? Puta merda! Fechei minhas mãos em punho pronto para lançar o computador pela janela, pelo jeito o fora da outra noite não fez com que Marissa deixasse de lado essa história de casamento. Eu não iria me casar com ela, nunca disse que me casaria, muito menos dei a entender que algum dia iria me casar com ela.  — Não. — Respondi seco — Eu não vou me casar com ela, mãe. Não tenho estômago para aguentar Marissa. — Mas Andrew… — Mas nada! Estou cansado desse show de Marissa — Disse — Não me incomode mais com esse assunto!  Sem esperar uma resposta desliguei, sabia que minha mãe não tinha culpa nenhuma dos surtos de Marissa, mas não aguentava mais aquilo e toda aquela situação havia me irritado muito para um começo de dia.  Com humor pior do que nunca, passei o dia o máximo que consegui. Pulando de reunião para reunião não tive tempo de pensar em nada além do meu trabalho, é quando o dia já terminava beirando às 23:00 da noite decidi que era hora de ir para casa, dispensei Jack, precisava dirigir um pouco e pensar. Fiz o mesmo caminho da parte da manhã até chegar na rua indicada estacionado do outro lado da rua esperei, as luzes estavam acesas o que indicava que ela estava em casa, afrouxando a gravata relaxei no banco mesmo que ela não descesse ou se aproximava da janela eu me sentia bem ali, me sentia tranquilo em saber que ela estava bem.  Não sei quanto tempo fiquei ali, parado até que a porta da frente se abriu e ela saiu tranquilamente caminhando em direção a lanchonete no fim da rua, Deus, ela estava linda com aquela calça de pijama é uma blusa grande cobrindo seu um pouco dos seus cabelos.  — Você parece um adolescente e******o, Andrew! — Disse cuspindo uma risada. Ela ergueu o olhar em direção a mim e por uma fração de segundos nossos olhos se encontraram mesmo que ela não pudesse me ver por conta do vidro eu me senti vulnerável e completamente estranho naquele sentido. Eu estava me apaixonando por uma completa estranha e não tinha noção do que fazer. Pela primeira vez na vida eu não sabia como reagir naquela situação. Estava perdido. 
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