Que sorte a minha.

3123 Words
Eu tinha voltado a escola já tinha passado os três dias de suspensão e nesses dias que pareciam uma eternidade tive Tyler e Henry conversando comigo por vídeo chamada pela manhã, Kevin depois das três da tarde, Mara e eu estávamos assistindo filmes a noite e de madrugada o pesadelo daquela maldita noite e Kevin me acalmando falando que tudo estava bem. As aulas seguiram correndo já a última parecia que nunca acabaria, primeiro Enzo estava uma tentação vestido daquele jeito, camisa social rosa bebê, com as mangas dobrada deixando seu braço um pouco mais visível, era notável as veias, calça jeans escura não muito apertada, sapato social preto, cabelos penteados para trás e pela primeira vez estava com um óculos de grau de armação preta, depois de analisar todo o look do homem vi que o mesmo me olhava com certa graça e com uma sobrancelha levemente arqueada, não tinha mais ninguém na sala além de nós dois e Kevin, o meu melhor amigo me olhava curioso e parecia bem sério. _ Cooper eu não sei em que mundo você estava, mas a aula já acabou. _ Desculpe professor, só estava pensando em algo. _ Hoje não haverá aula extra, amanhã ficará até mais tarde, se me der licença. – Pegou suas coisas e saio da sala, Kevin não tinha parado de me encarar ainda. _ O que foi? _ Nada Hanna, vamos! – Levanto pego minhas coisas e saímos, o caminho até em casa foi mais longo que o normal, além de silencioso, algo incomum, ele estava dirigindo mais devagar, desço do carro e estranho ele também não descer, então paro na janela e pergunto. _ Aconteceu alguma coisa? _ Não, não aconteceu nada, só não estou cansado. – Fala ríspido. _ Cansado de que? De dormir na maioria das aulas? – Pergunto risonha, não obtive resposta além de um revirar de olhos e cara de tédio, estranho o comportamento dele, mas ele não me deixou questioná-lo de novo e seguiu para algum lugar que não era sua casa, seus pais o olhavam o carro indo embora em alta velocidade e me encararam sem entender, mas notaram que nem eu tinha entendido, acenei para eles com um sorriso fraco e eles retribuíram antes e entrar, entro em casa e me surpreendo em ver meus pais, os olhos interrogativa. _ A diretora nos ligou! – Meu corpo gelou no mesmo instante. _ Já marcamos sua consulta com a terapeuta. _ Mas- _ Marcamos na mesma para assim não ter problemas em contar sobre o que aconteceu. _ Às vezes eu me pergunto se eu deveria mesmo ter contado a vocês! _ Mas é claro que deveria, somos seus pais, se tivesse falado antes muita coisa seria evitada. _ É vocês já falaram isso, Tyler não teria nascido! – Falo irritada subindo para o meu quarto, meus pais não souberam lidar muito com tudo, desde o dia que os contei sobre o abuso que eu havia sofrido, eles haviam mudado, não me tratavam como antes, m*l me olhavam nos olhos e muito vezes notei a cara de nojo da minha mãe, antes ela amava sair com o Tyler, depois nenhum dos dois o tratava igual, sempre se mantendo distante, e como uma criança inteligente que ele é notou e veio falar comigo, eu chorei tanto e naquele dia eu lhe fiz uma promessa, que aos meus 18 anos iriamos embora, morar em algum lugar distante sem eles. Vejo que havia chegado uma mensagem no meu celular, pego o mesmo e fico vermelha de raiva, era uma foto de Kevin e Rinally, o i****a estava sentado no sofá enquanto ela estava com as pernas sob a sua, fiquei pistola por um bom tempo, mas não respondi a mensagem e nem mandei mensagem para ele, me acalmei depois de um banho. Desço para a cozinha já era hora do jantar, assim que entro na sala de jantar vejo meus pais, passo por eles e vou ajudar Mara e os outros empregados a pôr a mesa, estranho não conhecer nenhum daqueles ali presente, assim que me sento para começar a me servir escuto o meu pai começar a falar. _ Hanna eu peço desculpa por mais cedo, eu e sua mãe deveríamos ter esperado você chegar para saber o motivo da suspensão, também queremos pedir desculpas pelo modo que andamos te tratando nos últimos meses, pior ainda como estamos tratando o nosso neto, ficamos apavorados com a notícia e não soubemos reagir ao seu favor, pensamos que a culpa era sua e vemos que não era, você era apenas uma criança quando aquele monstro te feriu e sentimos muito por nunca ter mostrado que poderia confiar em nós. _ Obrigada Mara! – Agradeço a mulher que mandava naquela casa, Mara era a única pessoa no mundo que meus escutavam calados e não ousava discutir, como nem eu, Henry, Kevin e Tyler, ninguém era louco. _ O motivo da suspensão, foi o de sempre briguei. _ E talvez o motivo da briga tenha sido o Kevin? _ Ah por favor pai, o único homem que eu entraria em uma briga seria o Tyler, mas talvez ele tenha um pouco a ver, a garota pega no meu pé desde o primeiro dia de aula quando me viu chegar com o Kevin na escola, vive soltando gracinhas para cima de mim, o resultado acabou sendo esse. _ Mas uma suspensão e você pode ser expulsa de lá. _ Sairia feliz. Depois do jantar fui à casa de Kevin, antes de entrar bati na porta, meus tios me olharam. _ Ele ainda não chegou, mas avisou que está na casa de um amigo, disse que dormira por lá. _ Nossa, eu acho que eu fiz algo de errado. _ Não fez querida, não se culpe sim. – Sorrir sem jeito fiquei conversando com eles por um bom tempo com a esperança de que ele voltaria ainda hoje, algo que não aconteceu, voltei pra casa por volta das onze horas, beirando a meia noite, pego o meu celular que estava cheio de mensagens, quando vi de quem era pensei umas trezentas vezes antes de abrir, algumas das fotos me machucaram de verdade, os áudios mais ainda, ele se declarava pra ela, como se declarava pra mim, usava as mesma palavras, mas uma me fez chorar, ele disse que a amava, eu não poderia cobrar nada a ele éramos apenas amigos, e bom eu estava ficando com uma certa admiração pelo corpo do meu professor, limpei as lágrimas e respondi apenas para implicar, não gostava da Loira então não a deixaria pensar que me fez m*l. ”Lindas palavras, mas há uma diferença dessas palavras comigo, ele não me diz isso só enquanto está dentro de mim, ele disso toda hora, a cada segundo, a cada beijo, selinho, ele diz que me ama, eu não sou apenas a garota que ele vai atrás quando está frustrado, sou a garota que dorme com ele todas as noites, a garota que não parecida fazer absolutamente nada pra fazer ele sorrir, sabe Rinally meu bem, Kevin só te procura quando estamos brigados, já notou isso?” Sinto que fui meio dura com a garota e quase apaguei a mensagem, se não fosse pela foto que tinha acabado de chegar, sorrir triste e deixo o meu celular de lado com a internet desligada, me cobrir com o meu Edredom e dormir, amanhã seria um longo e cansativo dia. No dia seguinte eu fui para a escola mais cedo, queria conversar com Enzo sobre as aulas extras, cheguei na escola e sai indo até a sala dos professores, já havia alguns alunos ali, bateu na porta e Isadora atendeu. _ Bom dia Professora Isadora, sabe me informar se o Professor Pattel já chegou? _ O que quer com ele querida? – Sua voz não parecia agradável. _ Falar com ele! - Respondo sem entender o motivo da sua curiosidade. _ Qual o assunto? _ A senhora é colega de trabalho dele ou secretaria? Ele está ou não? – Pergunto impaciente, agora pronto eu tenho que começar a dar satisfação do que eu quero ou deixo de querer com o Enzo. _ Garota insolente. _ Por Merlin, eu só quero falar com o Enzo, é um assunto particular. – Não era, mas eu não queria falar com ela e sim com ele. _ Enzo? Então ele dar esse tipo de i********e aos alunos! Ou é só a você? – reviro os olhos e saio andando para a sala, mulher irritante, abro a porta da sala e vejo ele ali sentado na mesa olhando seu notebook concentrado, eu poderia continuar observando-o, mas acabo tomando um susto com sua voz rouca. _ Isadora me avisou que uma aluna insolente chamada Hanna estava a minha procura. – Disse sem de virar. _ Qual seria o motivo? – Se virou para mim e parecia que eu tinha tomado um soco dos fortes, Enzo estava com dois dos primeiros botões da camisa aberto deixando visível uma marca escura sobre seu peito era uma tatuagem e parecia ser das grandes. _ Sabe Hanna seus olhares ultimamente têm me dado ideias erradas sobre sua pessoa, já que eu achava que você me odiava. _ Não seja i****a Professor, eu vim falar sobre as aulas extras, cara quando isso vai acabar em? _ Você me chamou de i****a? _ Esse não é o assunto abordado aqui meu bem, então quando vai acabar? _ Você me chamou mesmo de i****a? _ Professor! _ Bom depois disso, te vejo depois da aula até você se formar! _ Diz que está brincando? _ Não, seu professor i****a tem outras coisas para fazer. _ Você é um saco sabia, chato! – Digo de cara feia, ele não mostrou reação nenhuma. _ Criança. – É tudo o que diz, me aproximo dele e falo bem perto. _ Eu vou fazer sua vida um inferno professor. _ Vamos ver quem fará esse trabalho melhor, eu ou você. – Dou um sorriso com a proposta tentadora. Uma longa semana havia se passado, e eu estava à beira de ter um colapso, Kevin não sabia sobre as fotos e eu também não iria lhe contar, Rinally inferniza ainda mais a minha vida, Isadora estava a ajudando nisso e Enzo estava a cada dia mais impossível de suportar, mas graças a Deus hoje e seria o último dia de aula até segunda volta ao normal. Kevin e eu estávamos zanzando pelo shopping center quando vimos uma loja de fantasias, ok sabemos que o halloween está bem longe, porém é sempre bom garanti, na verdade só estávamos indo lá para experimentarmos as roupas e talvez as alugar, como dois idiotas saímos experimentando um monte de fantasias, saio da cabine vestida de pirata e vejo Kevin vestido de princesa. _ Me dá a honra de uma dança ela moça? – Falo estendendo minha mão e como duas crianças começamos a dançar, por sorte ou por azar todos que trabalham na loja até o dono nos conhece, mas sempre esquecemos dos clientes e as nossas vidas quase públicas, é notável alguns flash e seriamos o assunto dos blogs amanhã, continuamos nossa brincadeira até eu escutar uma voz conhecida dizendo uma curta e grossa palavra “Rápido”, me viro e noto que é Enzo ali com uma carranca, ele saiu da loja logo em seguida, mas não tinha me visto, procuro rapidamente por alguém que pudesse está com ele, mas a loja pareceu encher do nada, Kevin e eu trocamos de roupas avisando quais fantasias seriam as nossas, não iriamos combina nenhuma delas, já que a única que combinávamos eram as que usávamos para buscar doce com Tyler e seu sobrinho Mike de 10 anos, por incrível que pareça o garoto gostava de nossa companhia. Chegamos em casa por volta das 22:00, mandei uma mensagem para o meu irmão perguntando se Tyler já estava na cama, mesmo passando o dia todo na rua com Kevin, eu falei com Tyler, que na verdade me ignorou e foi brincar com os seus primos e eu fiquei conversando com o meu irmão perguntando como eles estavam em e quando voltariam, Henry não me deu data certa, mas como uma boa mãe que sou, chorei dizendo que estava com saudades do meu filho, mas como sempre ele não deu a mínima. Agora eu estou me arrumando para sair com Kevin ele disse que seria surpresa mas deixou avisado que depois iriamos a uma boate do outro lado da cidade e eu topei na hora, tomo um longo banho, me visto com um vestido não muito vulgar e nem social de mais, ele é liso de cor rosa bem claro com tons metálicos, deixando a parte superior do meu s***s um pouco amostra, ele é de alça, calço uma sandália de salto fino da cor preta. Kevin me levou para o lago que fica em um parque no meio da cidade, ele se encostou no carro e me puxou para fiar perto de si, sinto seu peito encostar nas minhas costas, mesmo de salto eu ainda não conseguia ser mais alto que o meu melhor amigo. A um tempo atrás eu era apaixonada por Kevin, meus pais me proibiram de tentar qualquer coisa com ele, então com o tempo meus sentimentos foram mudando, agora era mais paixão fraternal, mesmo que eu ainda fique com ele eu não conseguiria namorá-lo, sinto seus lábios sob meu pescoço. _ Por que me trouxe aqui? _ Eu...eu me encontrei com Rinally, naquele dia que não fiquei na sua casa, transamos- _ Você não me deve satisfação Kevin, você é um homem solteiro, tem todo o direito de sair com quem quiser, sei que fizemos uma promessa, mas eu acho que está na hora de quebrá-la, vemos que não vamos ficar juntos como um casal então vamos para a partir de hoje a agir como se fossemos um, eu te amo, mas é diferente, não vou mentir pra você que já sentir algo por você, mas hoje é diferente você entende. _ Isso é o fim da nossa amizade com benefícios? _ Infelizmente sim, será melhor para nós dois, não quero que se sinta m*l por ficar com outras garotas por minha causa. _ Vai ser melhor para nós dois, mas ainda posso dormir com você e te abraçar possessivamente? _ Pode sim. – Digo sorrindo me virando para ele, noto ele olhar para a minha boca, então beijo ele, seria o nosso último beijo e isso não me deixava bem, não poderia segurar ele para sempre. Seguimos para a tal boate, a noite foi cheia de risos e bebidas para nós dois, não sei nem como conseguimos chegar em casa, penso assim que abro os olhos olhando para o teto, olho para o lado vejo ser o meu quarto, vejo Kevin dormindo todo torto, levanto da cama com um forte dor de cabeça, vou direto para o banheiro e tomo um banho, taco uma camisa de futebol americano que era do meu pai, me visto com uma calcinha box preta, prendo meu cabelo em um r**o de cavalo e arrumo o quarto, noto o meu abajur quebrado, mas que merda em, desço as escadas assim que chego no andar de baixo vou direto para a cozinha vendo que não há ninguém e agradeço, pego ovos, salsichas, bacon, torradas, manteiga, frutas vermelhas e leite, começo a preparar o café da manhã aproveito e faço um cafézinho bem preto, quando já estou terminando o meu trabalho Kevin surge na cozinha reclamando de dor de cabeça, dou remédio a ele e fomos comer depois. Segunda, eu não estava muito animada e muito menos de bom humor, tudo por conta do i****a do meu irmão já que ele não me falava quando ia trazer meu filho de volta e bom Tyler não dava a mínima para mim, quando eu o ligava fazia duas coisas ou dava oi, mamãe ou as vezes dava um tchau de longe e voltava a brincar com seus primos, entro na sala com Kevin, nos sentamos nos mesmos lugares de sempre. _ Srta.Cooper pode ficar quieta? _ Desculpe! – Falo para não arrumar briga, poderia estar de m*l humor, mas não sou burra, era visível que ele estava surpreso, as aulas rolaram normalmente. Estou andando pelos corredores voltando do banheiro quando sou empurrada contra uma parede e sem notar quem era sentir meu rosto arder com um tapa, meus olhos focaram na Loira oxigenada a minha frente, ainda sem entender o motivo do tapa tento pergunta, mas ela estendeu a mão novamente, seguro seu pulso com força e a empurro para a parede. _ Mas que merda você pensa que está fazendo, chegar assim me batendo sem motivo! Perdeu a noção do perigo? – A solto, não queria pegar detenção porque uma louca havia partido pra cima de mim, então eu sentir meu corpo ir para frente e cair, olho para quem havia me dado o chute eu levanto como um touro e a empurro na parede e começo a cessão de espancamento, Rinally estava sangrando como eu também, já que ela não deixou por baixo, não teve vencedora pois quando Enzo nos separou, nos duas caímos desmaiadas no chão. Acordei na enfermaria da escola com Henry lá me olhando feio. _ Você é louca? A garota está gravemente machucada e você nem se falar, o que te deu em? _ Ela começou, ela me deu um tapa, mas eu não revidei e a deixei lá, mas ela queria briga e me chutou eu caí com tudo no chão, eu não ia deixar barato. _ Você não é, mas uma criança! Você tem Tyler para se preocupar. _ E falando nele, onde ele estar? – Pergunto sorrindo ou tentando. _ Na casa da vovó só estou aqui porque a diretora queria conversar com seus responsáveis eles me ligaram e eu vim correndo, deixei Tyler lá seria melhor. _ Saco! _ Licença, não quero atrapalhar, só vim entregar isso a Srta. – Diz Enzo sorrindo amplo e isso me fez congelar, já que ele não sorrir para mim, abro o papel e fecho os olhos de raiva, ok eu sei que mereço, mas não é para tanto. _ Detenção? Já não basta as aulas extra, agora eu tenho que ficar mais tempo na detenção? _ Exato, mas as detenções são cumpridas nos fins de semana. _ Que sorte a minha hein?! _ Tenha um bom dia Cooper. – E saiu dali me deixando no ódio, meu irmão fez o favor de me zoar, me levou para casa e quando eu cheguei levei a maior bronca dos meus pais e de Mara, eu que não ia ficar apanhada.
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