Meu Professor.

Vale apena?

Sinto o hálito quente de Enzo sob os meus lábios, antes que ele possa me beijar eu me afasto, indo para o seu lado, ele me olha confuso, porque a alguns segundos atrás eu estava disposta a beijar ele, mas agora não mais.

_ Professora Isadora, estávamos lhe procurando. – Digo sorrindo falsamente para ela, que nos olha com dúvida, Enzo tem que cuidar dos ouvidos, porque de longe eu escutei o barulho do salto Scarpa da mesma.

_ Me procurando? Qual seria o motivo? – Pergunta olhando diretamente para Enzo.

_ Como estão as notas da Srta.Cooper? Já que eu não acredito na mesma. – Lhe olho incrédula, que i****a.

_ As notas estão razoáveis, poderiam estar bem melhores! – Diz com uma cara de puro tédio.

O que essa mulher quer? que eu tire mais do que “A”, impossível.

Reviro os olhos algo que foi facilmente notado por meu professor, que me olhou balançando a cabeça negativamente, Isadora sorrir, olha o relógio e com uma voz claramente forçada se aproxima do Enzo e diz.

_ Enzo querido, acho que já deu a hora da detenção acabar e temos aquele compromisso sabe. – Olho para ele com uma sobrancelha erguida.

_ Que bom, se me derem licença. – Digo me afastando. _ Ah e bom passeio para vocês...vocês formam um belo casal. – Digo sorrindo falso e saio dali indo para a sala, pego minha bolsa e logo saio da sala.

_ Hanna! – Escuto a voz de Kevin me chamar, ignoro e continuo o meu caminho, entro no carro que havia chamado no app durante meu percurso até a sala, saio do carro e entro em casa, subo para o meu quarto e me deparo com a cena mais linda da minha vida toda, Tyler está deitado na minha cama dormindo segurando uma blusa minha, meus olhos ficam cheios de lagrimas ao ver meu filho ali.

_ Ele dormia todas as noites com uma blusa sua que ele escondeu na mala dele. – Tomei um surto, mas volto a olhar para meu filho que respirava profundamente, tão pequeninho.

_ Ele é tão lindo, estava com saudades de olhá-lo assim.

_ A vovó disse, então voltamos mais cedo.

_ Obrigada, eu precisava de vocês aqui. – Digo cabisbaixa.

_ Kevin me ligou, ele não quis me dizer o motivo e então o que rolou? – Contei tudo para o meu irmão enquanto ele me esperava no quarto e eu estava tomando banho e como um bom irmão que é ele não gostou do modo que Kevin agiu, quando sai do banheiro já vestida com uma camisa de time do meu irmão e um short soltinho eu tive a visão do meu filho sentado na cama sorrindo, apenas corri me jogando na cama e dando um monte de beijos nele, que ria.

_ Mamãe estava com tanta saudade meu amor, você me abandonou e nem queria voltar.

_ Para mamãe, eu estava brincando com meu primo Otto, ele gosta de correr que nem eu.

_ Ha então quer dizer que o Otto é mais importante que a sua mãezinha?

_ Não, não ele é meu amiguinho e a senhora é minha mamãe é diferente. – Diz sentando-se em cima da minha barriga, abraço ele bem forte e tenho uma ideia.

_ Vamos sair? Que tal irmos ao um restaurante super chique, tipo a lanchonete do tio Liam?

_ Sim. – Gritou animado, vou arrumar ele e enquanto eu escolho minhas roupas ele fica mexendo no meu celular, me visto com uma calça preta, uma camisa também preta da banda AC/DC uma flanela vermelha, preta e branca, um tênis de cano longo e saio do closet com o cabelo em um coque despojado, pego meu garoto no colo e saiu do quarto. _ o Titio Ken vai com a gente?

_ Não meu amor, só vai eu, você e o titio Henry.

_ E quando o titio Ken volta?

_ Não sei meu amor. – Dou meu melhor sorriso, mas noto que falhei quando sinto a pequena mãozinha do Ty tocar meu rosto com carinho enxugando as lagrimas que caiam de meus olhos.

_ Não chora mamãe, vai ficar tudo bem. – Diz ele me abraçando, como eu estava com saudades de ser consolada meu garoto. Acabou que ficamos em casa e eu pedi comida para a gente, ficamos jogados no sofá da sala assistindo, Henry saiu e só ficamos nós dois e acabamos dormindo no sofá mesmo.

No dia seguinte acordamos no quarto, agradeço mentalmente ao meu irmão, antes de levantar arrumo Tyler na cama para deixá-lo o mais confortável possível, levanto escovo os dentes e desço, depois de ajudar Mara no café da manhã subo para acordar o senhor dorminhoco, entro no meu quarto e vejo que ele está mexendo nas minhas maquiagens.

_ Tyler Cooper você está de castigo.

_ Não mamãe, não.

_ Eu já lhe disse para não mexer nas minhas maquiagens, garoto você sabe as regras, agora vamos tomar café. – Ele faz bico e sai do quarto bravo. _ E não adianta ficar de cara feia. – Sigo o mesmo, no café da manhã na grande parte do tempo Tyler ficou bravo, mas depois nem parecia que se lembrava do castigo tanto que planejou o nosso dia, algo que eu cortei de imediato lembrando que ele estava de castigo, resumindo ele me ignorou o resto do dia enquanto estava de castigo no meu quarto, já que lá não tem brinquedos, a noite ele dormiu abraçado comigo.

Duas longas semanas depois lá estava eu tentando não surtar com as aulas de Isadora, a mulher está pior desde o dia que ela quase me pegou aos beijos com o Enzo, me tratando super m*l, nesse exato momento eu estou fora da sala, esperando sua aula acabar, logo sou surpreendida por uma voz deliciosamente rouca atrás de mim.

_ Srta.Cooper, posso saber o que faz em horário de aula fora da sala? – Me viro para ele.

_ Sua namorada me expulsou da sala, sem motivo nenhum.

_ Nenhum?

_ Talvez eu tenha a insultado em Alemão, eu não sabia que ela falava Alemão!

_ Me siga.

_ Mas professor ela pediu, eu estava no meu canto e do nada ela começou a soltar ódio gratuito para cima de mim.

_ Eu não lembro de ter perguntado. – Mas que i****a, enquanto andamos passamos por aquele corredor por um momento pensei que rolaria algo, mas me enganei já que ele parou em uma sala, conhecida como sala de reunião, onde acontece todas as reuniões de pais e mestres, ele se senta sob a mesa e me olha sério.

_ Sente-se! – Obedeço, os olhos de cor esmeralda me analisam como se quisessem desvendar algo, mas aquele sorrisinho de lado parecia significar alguma coisa. _ Não sabia que falava Alemão.

_ Sou fluente em algumas línguas professor.

_ Então me diga como falar "Estou louco para beijar essa sua boca bilíngue" em francês por exemplo? – Meu coração perdeu uma batida, quase tive um infarto nesse momento, com muita calma ou tentando ter calma o respondi.

_ Hum...Je meurs d'envie d'embrasser ta bouche bilingue. – Ele sorriu se aproximando, em sussurro quase sem som ele disse.

_ Je meurs d'envie d'embrasser ta bouche bilingue. – E sem mais delongas me beijou, p**a merda, que homem pra beijar bem, ele me levantou em seus braços me tirando da cadeira e me colou sob a mesa de madeira maciça de cor escura, ficando entre minhas pernas, enquanto acariciava minha nunca e cintura com suas mãos, eu ainda estava surpresa então demorei para toca-lo também, timidamente deixei meus dedos entrelaçarem em seus cabelos não muito grandes, sentido sua barba para fazer roçar contra minha pele, nossas línguas estavam em um duelo mortal e os nossos corpos nem se fala, de modo que estavam tão grudados que era até possível achar ser um só corpo, para provoca-lo me afastei e desci da mesa o deixando bem confuso, com uma rapidez surpreendente, ele estava agora encostado na mesa comigo a sua frente, sem o beija, apenas roçando nossos lábios um no outro.

_ Eu acho que deu minha hora prof. – Falo indo até a porta fazendo menção de abrir, mas logo sou impedida por sua mão sobre a minha.

_ Não me provoque Cooper. – Dito isso me puxa novamente em encontro ao seu corpo, porém agora eu estou de costa para ele, sinto seus lábios tocarem ousadamente a minha pele exposta do pescoço me causando um arrepio e um longo suspiro de aprovação, seus dentes cravam ali me fazendo arfar profundamente. _ Você é tão perfeita.

_ Eu sei que sou professor.

_ Não me lembre disso, apenas aproveite.

_ Do que está falando Prof? – Pergunto sem entender, então ele se afasta respirando pesado, seus olhos verdes não me olham por um segundo se quer.

_ Que sou seu professor, isso é tão errado garota, eu estou tão perdido, mas não podemos, você é apenas uma adolescente...meu Deus você é só uma criança.

_ Oh, oh Adolescente eu até aceito, mas criança, por favor Lorenzo não seja tão dramático a esse ponto.

_ Não estou sendo dramático, estou sendo realista, agora saía dessa sala.

_ Mas-

_ Agora. – Tomo um susto com sua voz autoritária, então saio da sala, corro para o banheiro me tranco em uma cabine e deixo minhas lagrimas caírem, eu fui apenas usada por ele. Saio do banheiro decidida, se ele quer me tratar assim, ele sofrerá com a mesma moeda, eu sei como acabar com o psicológico dele, ah se sei.

Tantas pessoas no mundo e eu fui ficar encantada logo por esse i****a que além de ser meu professor é mais velho, saco. Eu estava vestida com uma saia curta xadrez vermelha um pouco apertada e com uma pequena f***a na lateral, uma blusa de gola alta vermelha e mangas longas, uma bota preta de salto médio, cabelos soltos, até minha bolsa era diferente, uma bolsa de lado de couro preto, com alguns detalhes pratas. Entrei na escola, o olhar de Rinally recaiu sobre mim, ela me analisa por inteiro e se agarra em Kevin, olho para o mesmo que parece curioso, já que a tempos eu não me vestia assim, eu sempre optei por esconder meu corpo, e não entendo o porquê de justo agora resolvi mostra-lo, e deixar todos babando, nunca achei que tinha um corpo atraente ou bonito, Kevin sempre falava o contrário, falava que eu era a mulher mais gostosa do mundo e que ele me obrigaria a andar de biquíni até eu me tocar do quão gostosa eu sou, sinto falta dele comigo e com Tyler que não para um segundo de pergunta sobre o mesmo, que não dar as caras a tempos, sei que estamos brigados, mas Tyler não tem nada a ver, mais uma vez ele não só se afasta de mim como de Tyler também, volto a seguir o meu caminho, de longe vejo Enzo, ele me olha por alguns segundos e depois volta a sua atenção para o professor de Ed.Fisica.

Minhas aulas foram até calmas, até mesmo Isadora estava me tratando bem, algo que me deixou bem desconfiada, na penúltima aula lá estava ele, me sento no mesmo lugar de sempre a frente de Kevin, na segunda fileira de carteiras, enquanto ele me ignorava cada vez que eu o chamava, então tive que me levantar com o meu caderno em mãos parei na frente de sua mesa.

_ Professor, eu tenho uma dúvida nessa questão! – Ele nem se quer olhou para mim e muito menos para o caderno e disse.

_ Isso é um teste Srta.Copper, eu já passei isso em aula. – Disse ríspido.

_ Poderia me dar um resumo sobre?

_ Não, pergunte aos seus colegas de classe.

_ Que eu saiba é o seu trabalho ensinar e tirar dúvidas dos alunos, está recebendo pra isso, não está? – Respondo, finalmente ele me olha, quer dizer olha para o caderno.

_ Para calcular a potência elétrica utilizamos a seguinte fórmula: P = U . i Sendo, P: potência (W), i: corrente elétrica (A) e U: diferença de potencial (V). exemplo: Qual a potência elétrica desenvolvida por um motor, quando a diferença de potencial (ddp) nos seus terminais é de 110 V e a corrente que o atravessa tem intensidade de 20A ?

_ Ahh...a potência é expressa em kW, que é um múltiplo do W, de forma que 1 kW = 1000 W. Sendo assim, a potência do motor é de 2,2 kW.

_ Exato, agora que já tem sua explicação sente-se. – Mas o que? Ele não explicou nada, vendo que o mesmo não ia me ajudar, eu voltei para o meu lugar, depois de um bom tempo consegui fazer o teste, mas voltei a sua mesa para ele corrigir, ao olhar em sua direção noto seu olhar sob mim, o um olhar que logo foi tirado pela diretora, que apenas passou para verificar a frequência de certos alunos, Kevin foi um dos, levanto e vou a sua mesa, me inclinei levemente para lhe entregar o caderno, mas o que está dando em mim, estou enlouquecendo só pode, sabia que grande parte da minha b***a poderia está de fora, mas continuei na mesma posição escutando fuxicos e elogios de alguns rapazes.

_ Oh lá em casa.

_ Haninha querida você é um pecado.

_ Meu Deus que mulher é essa...estou louco para tirar essa calcinha vermelha.

_ Queria ser o privilegiado a ver essa mulher sem roupa. – Todos os comentários a meu ver eram nojentos, então me ajeitei escutando suspiros de negação a minha ação, escutei até o comentário cheio de ódio de Rinally.

_ Como eu disse, uma v***a. – Me viro para a mesma, ela sentava de frente para Enzo, na primeira fileira, me inclino sobre sua mesa e digo em alto e bom som.

_ E você foi minha tutora querida! – Me recomponho e voltando a olhar para Enzo que se encontrava agora ao meu lado com o meu caderno em mãos.

_ Estão liberados, hoje não teremos a última aula, infelizmente o Treinador teve um problema pessoal, até amanhã. – Disse voltando a sua mesa.

No dia seguinte eu estava vestida com uma calça preta com um cinto da mesma cor, um cropped de alça da cor branca com um leve decote, uma jaqueta verde musgo, um coturno preto e cabelos amarrados em um r**o de cavalo, uma mochila de couro também preta. Entro na sala e ele está lá escolhendo do que vai falar, vou para o meu lugar, não estava muito animada já que ontem à noite havia tido um sonho com Caio, estou com medo, não quero que ele apareça muito menos agora, além desse maldito pesadelo, sonhei com Enzo logo depois que consegui dormir, como alguém que eu m*l conheço me deixou tão mexida assim, eu me fechei para os sentimentos que envolve relacionamentos amorosos, me tranquei em meu mundo, subi os muros e corri para o mais longe disso possível, meu corpo parecia não me obedecer quando eu estava perto de Enzo, meu corpo e mente agiam por si só, sem me consultar, eu nunca em sã consciência achei que me veria desejando meu professor ou qualquer pessoa, depois de Caio eu preferi me fechar, esconder meus sentimentos, na época eu já conhecia Kevin e eu gostei dele, gostei como nunca, mas quando Caio surgiu na minha vida, meu mundo mudou, as cores eram mais fortes, ele era um soldado servente ao exército americano e estava afim de mim, da garota sem graça, ele provou que gostava de mim, que me amava eu e me entreguei a esse amor que era pra mim tão novo e que eu nunca cheguei a sentir por ninguém nem mesmo por Kevin que sempre esteve comigo. Em pouco meses o príncipe fardado se tornou um monstro, começou a me tratar com frieza e sempre que o ligava sua voz era irritada, eu achava que o amava, mas vejo hoje que eu fui apenas manipulada por ele, que eu me deixei levar pelo sonho de alguém como ele gostar de mim, que me deixei ser manipulada por aquele crápula, no começo com ele era uma mar de rosas, no fim eu me furei com cada espinho de cada rosa, quando ele me tocou, mesmo eu negando cada toque, quando ele gritou comigo, quando ele me ameaçou, quando eu fui tão tola...quando ele me abandonou, tudo isso me fez fechar meu coração, até ver ele, Enzo ali com seus lindos olhos verdes, cabelos negros, sorriso sugestivo, com sua voz rouca e sensual, não digo que o amo, mas não vou negar que ele havia mexido comigo, mexido de um jeito que nem Caio conseguiu. COMO EU ODEIO LORENZO PATTEL. Como ele ousa mexer assim com os meus sentimentos e não corresponder? Como ele ousa me tratar tão friamente depois do beijo, talvez minha cabeça seja meio infantil quando o assunto é relacionamento...na verdade mesmo querendo está com ele, eu quero correr ir embora por ter medo, medo de me deixar levar e ele fazer o mesmo que Justin(meu primeiro namoradinho) pior fazer o mesmo que Caio, tenho medo dele falar as mesmas coisas e eu cair e lá na frente me ferrar, mas sinto que ele é diferente, que ele nunca faria isso comigo, mas se fizesse? Eu deveria mesmo ir contra meus sentimentos ou deveria ir a favor? Eu não quero passar por isso de novo, não de novo e não com Enzo, ele parece ser diferente.

Olho para ele e suspiro, noto que a sala se encontra cheia e ele já estava dando aula, me ajeito na carteira e presto atenção não sei se na aula ou nele, queria que ele sentisse o mesmo por mim, viro meu rosto e vejo Harry me olhando, dou um sorriso e volto minha atenção para Enzo que agora me olha sério, então tive uma pela ideia.