CAPÍTULO 84 ALANNY NARRANDO Ele me levou pela rua de cima, a mão pesada na minha cintura como se quisesse mostrar pro morro inteiro que eu era dele. Eu sentia o olhar das pessoas em volta, alguns cochichos, mas fingi que não via nada. Por dentro, o coração tava acelerado demais. Paramos numa lanchonete simples, daquelas com cheiro de hambúrguer e batata frita que dava fome só de passar na porta. O Carioca abriu a porta primeiro e fez sinal pra eu entrar. — Senta aí. — ele disse firme, já indo direto no balcão falar com o atendente. Me sentei numa das mesas perto da janela, tentando disfarçar o nervosismo. De fora, dava pra ver o movimento da rua, os moleques passando de moto, as senhoras voltando da feira. Mas minha atenção tava toda nele. Minutos depois, ele voltou com duas bandejas:

