CAPÍTULO 180 ALEMÃO NARRANDO Acordei com o sol batendo no quarto e o silêncio pesando mais que qualquer barulho. Virei pro lado, ainda meio grogue, e o que encontrei foi só o lençol amassado e o travesseiro com o cheiro dela. Nada de Tayná. Por um instante, fiquei ali, parado, encarando o vazio. O perfume dela ainda tava no ar — doce, marcante, daquele tipo que gruda na pele e não sai fácil. Passei a mão no rosto e soltei um suspiro pesado. — Porrä, novinha... — murmurei, entre raiva e arrependimento. Olhei em volta: o quarto todo bagunçado, só a lembrança do vestido dela pendurado torto na poltrona, a calcinha caída no tapete, o cheiro da noite inteira ainda grudado no ar. Cena de quem mexeu comigo mais do que devia. E era isso que me deixava m*l. Porque foi só a segunda vez que a

