CAPÍTULO 157
ALANNY NARRANDO
Subi o morro com o sangue fervendo.
O sol batendo forte, a cabeça latejando e o coração batendo num ritmo que parecia gritar junto comigo por dentro. Cada passo era um jeito de segurar o choro, cada respiração, uma tentativa de não explodir.
A imagem daquela cena não saía da minha cabeça: ela abraçada nele, chorando, se fazendo de vítima. E ele… parado, sem afastar na hora.
Podia até dizer que foi reflexo, mas pra mim, já era o suficiente. Depois de tudo que ele me fez passar, eu não ia ser a mulher que engole mais uma humilhação.
O barulho do carro se aproximando me tirou dos pensamentos. Olhei pro lado e vi o Alemão encostar a caminhonete devagar, abaixando o vidro. O olhar dele era sério, preocupado.
— Que foi, ruiva? Tá com essa cara por quê? — pergu
