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Cartas para meu vizinho

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Blurb

Noah é um adolescente solitário que nunca havia se apaixonado e que vivia sua vida pacata e sem amigos até que Noah, seu novo vizinho, chegou trazendo-lhe uma pitada de felicidade, fazendo nascer uma grande amizade. Tudo estava perfeitamente bem até Theodor acabar se apaixonando pelo amigo ponto em risco a sua amizade. No entanto, toda a confusão realmente começa quando Theodor escreve uma carta de amor para o vizinho e, não revelando seu nome, enviar a carta.

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Querido, Theodor
Noah sorriu animado ao ver o amigo sentado em uma mesa no canto todo concentrado em seu livro. ㅡ Theo! Sabia que te encontraria aqui! Tirando a atenção de seu livro o moreno olhou para o amigo vindo em sua direção. ㅡ Silêncio! Estamos em uma biblioteca. ㅡ a senhora com óculos de grau e cabelos brancos reclamou. ㅡ Não enche, senhora Jones! ㅡ resmungando, Noah puxou uma cadeira e sentou de frente ao amigo que o repreendia com o olhar. O acastanhado apenas deu de ombros. ㅡ O que disse, jovenzinho? Antes que Noah pudesse falar mais alguma coisa e complicar ainda mais sua situação, Theodor se apressou: ㅡ Ele quis dizer que não fará mais barulho, senhora Jones! ㅡ abriu um sorriso amarelo. ㅡ Hum... Acho bom mesmo. ㅡ a senhora olhou desconfiada antes de voltar a arrumar os livros. ㅡ Cobre a boca. ㅡ Theodor pediu. ㅡ O que? Pra quê? ㅡ Cobre logo! ㅡ dessa vez ordenou. Noah ainda sem entender, suspirou, cobrindo a boca. ㅡ Ei! Isso doeu... ㅡ resmungou esfregando o braço beliscado. ㅡ Você é i****a? Ela poderia ter contado para o diretor. ㅡ Não posso nem ficar feliz mais. ㅡ Feliz? O que aconteceu? ㅡ Eu... ㅡ aproximou-se do amigo para falar como se fosse um segredo ㅡ Eu recebi uma carta de amor! Noah arregalou os olhos, engolindo à seco. Havia esquecido que tinha mandado a bendita carta, foi um ato meio impulsivo, afinal. ㅡ U-uma carta de amor? ㅡ Sim! Parece que eu tenho um admirador secreto! ㅡ observou o amigo que estava com o rosto completamente vermelho. ㅡ Noah, você está bem? Seu rosto está todo vermelho. ㅡ S-sim, claro. Eu estou bem! É só um pouco de calor mesmo... ㅡ passou a abanar-se com o livro. ㅡ Mas então, me conta, o que tinha escrito na carta? ㅡ Eu estou com ela aqui, vou te mostrar. ㅡ abriu a mochila e pegou a carta. ㅡ Eu só achei estranho de ter sido digitado, e não escrito à mão. ㅡ Talvez a pessoa não quer que você saiba quem ela é. ㅡ Mas por quê? ㅡ A pessoa pode ser tímida... ㅡ Acho que você tem razão. Não quer que eu leia o que tem na carta? ㅡ S-sim, claro. Pode ler, estou curioso! ㅡ o jeito como ele fingiu animação poderia ser considerado digno de um ator, assim pensara. ㅡ "Querido, Theodore. Eu vim aqui escrever esta humilde carta numa forma de compartilhar o que ando sentindo para alguém, mesmo que seja num pedaço de papel. Eu já não sei se consigo mais esconder o que sinto, os meus sentimentos por ti cada vez mais vem se intensificando, sinto que vou enlouquecer. Sempre te achei tão lindo e fofo, sempre te admirei. E era só isso quando te conheci, mas ultimamente ando me sentindo diferente em relação a você. Quando te vejo sorrir meu coração palpita mais forte e eu me sinto estranho. Eu sempre tento disfarçar minha timidez diante a você, você provavelmente não percebe pois é um bobinho. Enfim, eu só espero que um dia eu tenha coragem de te confessar meus sentimentos - que acredito que não seja recíproco - por você. Vou estar sempre pensando em você. Com amor, Admirador Secreto.". ㅡ O-o que achou da carta? ㅡ Noah mordeu os lábios se sentindo ansioso. Ele não imaginava que o envio daquela carta o deixaria tão mais nervoso perto do "amigo". Afinal, agora ele sabia que alguém gosta dele, mesmo não sabendo que era a pessoa que está bem diante de sí. ㅡ Eu que deveria te perguntar isso, não? ㅡ sorriu brincalhão. Noah não pôde evitar de deixar escapar um suspiro apaixonado ao ver o sorriso do moreno. O achava tão lindo... ㅡ Você tem razão. Eu acho que... está meio meloso demais? ㅡ Eu não achei meloso, na verdade. Essas foram as pavras mais bonitas que alguém já disse pra mim. ㅡ dobrou o papel, guardando dentro a mochila. ㅡ Sério?! ㅡ indagou, surpreso, recebendo um olhar de estranhamento vindo do amigo. Se recompôs ㅡ Que dizer... Foram coisas bonitas, o admirador secreto deve gostar de você de verdade. ㅡ Eu acho que sim... Mas eu não sei se gosto dele ou dela também, não consigo pensar em alguém que tenha escrito essa carta pra mim... Quem poderia ser? ㅡ Ah, eu não se- ㅡ foi interrompido. ㅡ Noahzinho!! Noah revirou os olhos ao ver a menina de cabelos pretos e curtos se aproximar. ㅡ Lá vem a Victoria. Ninguém merece. Cadê a senhora Jones nessas horas? ㅡ Taehyung resmungou. Victoria era a irmã mais nova de Victor, que no caso era primo de segundo grau de Theodor. Fazendo Theodor e Victoria serem primos de sangue, porém mesmo sabendo disso, a garota flertava com o primo. ㅡ Theozinho, posso sentar ao seu lado? Sem nem dar tempo de Theodor abrir a boca ela sentou-se ao lado dele. Começou a conversar animadamente com o moreno, ignorando totalmente a presença do outro ali. Era sempre assim. Noah suspirou vendo que a menina não parava de falar e só faltava se jogar em cima do Theodor. Ele levantou e pegou o livro, colocou a mochila nas costas. ㅡ Já vou indo. ㅡ avisou já saindo. Jungkook então se deu conta que seu amigo estava saindo da biblioteca. ㅡ Espera, Noah! ㅡ o amigo já havia sumido do seu campo de visão. ㅡ Nós íamos almoçar juntos... ㅡ Almoça comigo, Theozinho! ㅡ ditou sorridente. Theodor queria negar o pedido, Victoria podia ser grudenta demais às vezes. Qualquer pessoas diria um "não", mas o acastanhado sempre teve coração mole, e então acabou aceitando. Algumas horas mais tarde, depois do almoço, no qual Noah e Theodor não almoçaram juntos como de costume, eles tinham mais duas aulas. Porém Noah inventou uma desculpa que estava se sentindo m*l só para não assistir as outras aulas, e no momento não queria assistir aulas com o Theodor. Por um motivo desconhecido por ele, sentia-se magoado com o amigo. ㅡ Eu sou tão i****a. Ela é bem mais bonita que eu e uma hora ou outra ele vai ceder ao encantos dela, só falta ela se jogar em cima dele... ㅡ Noah fez um bico chateado deixando o controle do vídeo game de lado. Se jogou no sofá e fechou os olhos entediado e chateado, não fazia graça nenhuma jogar sozinho. ㅡ O Theo que não me apareça na minha frente... E parece que o universo não estava a favor de Noah, pois assim que a frase foi dita Theodor tocou a campanhia da casa vizinha. Ele nunca odiou tanto seus pais trabalharem demais e ainda não estarem em casa. Com a maior preguiça do mundo,ele levantou indo atender a porta. ㅡ Theo? ㅡ ficou surpreso ao ver o moreno em sua porta. ㅡ Não vai me convidar pra entrar? ㅡ disse já entrando na casa, tinha i********e o suficiente. ㅡ Eu não disse que você podia entrar.ㅡ fechou a porta. ㅡ Por que está agindo assim? Você está bravo comigo? ㅡ sentou no sofá. ㅡ Bravo? Por que eu estaria bravo com você? ㅡ ficou em pé, de braços cruzados, evidenciando a diferença de altura de 5 centímetros deles. ㅡ Eu realmente não sei, me diz você? ㅡ Theodor indagou, fazendo o amigo suspirar em seguida. ㅡ Por que veio aqui? ㅡ Eu fiquei sabendo que você saiu mais cedo porque não se sentiu bem. Você está melhor? ㅡ Estou. Agora pode ir. ㅡ Não acredito que você está me expulsando. Qual é? Vai ficar jogando sozinho? ㅡ Vou. ㅡ Você não é assim, Noah. ㅡ fez bico, tocando no ponto fraco do acastanhado. ㅡ Deixa eu jogar com você. ㅡ Okay... ㅡ suspirou, desistente e sentou ao lado do moreno o fazendo sorrir animado. Eles tinham feito as pazes e jogado até o anoitecer, Theodor precisar ir embora. Noah foi dormir já sentindo-se bem melhor, a companhia do amigo lhe fazia um bem que nenhuma outra pessoa era capaz de fazer. O dia amanheceu, era um sábado ensolarado. Noah adorava dias assim. Dia perfeito para andar de bicicleta com Theo.ㅡ Noah sorriu com o pensamento, enquanto esperava o mesmo sair de casa. ㅡ Vamos apostar uma corrida daqui até o Pop's ? ㅡ Theodor falou, tirando Noah de seus desvaneios. ㅡ Mas você já está montado na bicicleta, tem vantagem. ㅡ Então monta rápido porque a corrida começa em três, dois... ㅡ e antes que pudesse dizer "um" começou a pedalar. ㅡ Um! ㅡ Ei! Volte aqui! ㅡ montou rápido em sua bicicleta, pedalando o mais rápido que conseguia para tentar alcançar o mais novo, que já estava bem à frente. ㅡ Você vai perder! ㅡ Theodor zombou, aos risos. ㅡ Ah, não vou não. Noah se concentrou em peladar o mais rápido que conseguia, ele foi se aproximando do moreno que, ao perceber, passou a peladar mais rápido, ficando ainda mais longe ㅡ para a frustação do acastanhado. O Pop's se aproximava, e, obviamente Theodor chegou primeiro. ㅡ Demorou, hein? ㅡ debochou quando o amigo finalmente parou em frente ao restaurante. ㅡ Isso... ㅡ fez uma pausa, tentando recuperar o fôlego. ㅡ foi roubo. ㅡ Só aceita que você perdeu.ㅡ riu, continuando a debochar. ㅡ Você parece uma tartaruga pedalando. ㅡ Minhas pernas estão doendo. ㅡ tocou a coxa sentindo doer. ㅡ Sério? ㅡ se aproximou preocupado.ㅡ meu Deus, me desculpa Noah. Eu não deveria ter feito essa corrida i****a. Ele tocou a coxa do amigo com cuidado para ver se não estava roxo. Estava tão entretido que não percebeu o quanto eles estavam próximos. Theodor desviou o olhar da coxa do Noah e eles passaram a se encarar, por longos segundos. ㅡ Theo? ㅡ uma voz conhecida chamou, fazendo a atenção dos dois irem em direção a voz. ㅡ Emilly?! ㅡ ficou surpreso ao ver a menina, não havia mudado nada. ㅡ Quanto tempo! ㅡ Sim! ㅡ ela se aproximou sorridente, seu olhar caiu sobre Noah que estava sentado na calçada. ㅡ Está tudo bem? ㅡ O que? Eu? ㅡ Sim. ㅡ ela soltou uma risadinha com a expressão confusa do garoto. ㅡ Sim, eu só pedalei muito rápido e minhas coxas ficaram doloridas. Mas eu estou bem, obrigado. ㅡ levantou do chão ainda sentindo um pouco de dor. ㅡ Emilly, esse é meu vizinho e amigo, Noah. Noah, essa é minha ex-namorada, Emilly. ㅡ E-ex-namorada? ㅡ se engasgou com a saliva. ㅡ Não sabia que você já tinha namorado. ㅡ Eu namorei. ㅡ sorriu meio sem graça. ㅡ Acabei esquecendo de te contar. Eu e a Emilly acabamos perdendo o contato, então eu achei que não a veria mais. Mas enfim, o que está fazendo por aqui? Você não mora em San Diego? ㅡ Não mais, meu pai recebeu uma proposta de emprego em Los Angeles e então nos mudamos. E que bom que te reencontrei, tomara que eu vá para a mesma escola que vocês. ㅡ Sim, seria bem legal! ㅡ sorriu animado.ㅡ Ah, você não quer vim tomar milkshake com a gente? ㅡ Séria ótimo! ㅡ Você não vem, Noah? ㅡ virou-se, vendo o amigo parado feito uma estátua. ㅡ A-ah, sim. Eu vou! ㅡ seguiu o amigo e eles entraram no restaurante fazendo tocar o famoso sininho. ㅡ E então Emilly, nos conta o que andou fazendo depois que não nos vimos mais? ㅡ Ah, você lembra que eu gostava muito de patinação no gelo, né? ㅡ o mais novo assentiu.ㅡ Eu comecei a fazer aulas, acho que quero ser uma patinadora! ㅡ Oh, sério? Isso é tão legal! Mas você veio morar aqui agora, vai continuar a fazer suas aulas? ㅡ Sim, aqui também tem uma escola, a mesma que tem em San Diego Então eu só me transferi para cá também. O meu professor em San Diego era muito bom mas... A partir daí Noah passou a não prestar mais atenção na conversa empolgante dos ex-namorados e sim no modo em que eles se olhavam, e pareciam se divertir bastante durante a conversa. Noah achava Theodor bastante sorridente, porém naquele dia parecia que ele estava sorrindo ainda mais do que nos outros dias. Pela primeira vez, ver Theodor sorrir estava incomodando o coraçãozinho inseguro de Noah. E não demorou muito para que os pensamentos paranóicos começassem a rondar sua mente. ㅡ Onde vocês se conheceram? ㅡ perguntou do nada, recebendo a atenção dos demais. m*l podia controlar o desconforto na própria voz. ㅡ Ah...? Eu era nova na cidade, no meu primeiro dia de aula eu conheci o Noah e depois fui descobri que morávamos de frente um da casa do outro. ㅡ Isso é tão hilário. Como morávamos de frente pro outro e só fomos descobrir depois de quase uma semana? ㅡ eles se olharam e riram. ㅡ Então vocês eram vizinhos. Interessante. ㅡ engoliu à seco. ㅡ Se apaixonaram assim logo de cara? ㅡ Na verdade não, a Emilly achava que eu era gay. ㅡ riu. ㅡ Eu realmente achava. Você era legal, bonito e não dava em cima de mim como os outros garotos. ㅡ riu junto. ㅡ E quando você soube que ele não era gay? ㅡ Foi quando ele me beijou. ㅡ o rosto com traços bonitos, corou.ㅡ Mas isso de início foi uma brincadeira, nós éramos amigos. ㅡ Mas daí depois desse beijo, tinha se passado algumas semanas e a Emilly acabou me pedindo em namoro, e eu aceitei. ㅡ Por que se separaram? ㅡ No final percebemos que somos apenas amigos! ㅡ eles se olharam com carinho e sorriramㅡ O Theo me ajudou a passar por uma fase difícil quando minha vó morreu, e foi daí que eu percebi que a nossa amizade era tão forte que pôde ser confudidada com algo mais. Os milkshakes haviam chegado, Noah tomou a bebida de chocolate se sentindo mais calmo. Talvez eles só eram bons amigos. ㅡ A conversa está boa, mas eu acho que eu preciso ir.ㅡ terminou de tomar o milkshake. ㅡ Meu pai está me ligando, preciso ajudar na mudança! ㅡ Ah, claro! Mas não esqueça de trocarmos o número, podemos marcar algo nós três algum dia desses. ㅡ pegou o celular, passando o número para a amiga. ㅡ Foi um prazer te conhecer, Noah! ㅡ Igualmente. ㅡ sorriu, vendo a garota despedir-se e sair do restaurante. ㅡ Ela não é legal? ㅡ perguntou, Theodor enquanto eles pegavam as bicicletas. ㅡ Sim, ela é bem legal. ㅡ foi sincero. ㅡ Sua coxa ainda dói muito?ㅡ observou Noah fazer uma careta ao esticar uma das pernas para montar na bicicleta. ㅡ Não, não tanto.ㅡ mentiu, ainda doía um pouco sim. ㅡ Você está mentindo, Noah. ㅡ estreitou os olhos.ㅡ Deixa sua bicicleta aí e senta aqui. Eu te carrego e depois venho pegar sua bicicleta. ㅡ Não, não precisa. Eu posso ir sozinho. ㅡ Deixa de ser teimoso e senta logo aqui. ㅡ Eu disse que não precisa, Theo. ㅡ Vou precisar ir te pegar no colo?ㅡ riu. ㅡ Está bem. ㅡ saiu de cima da bicicleta, colocando ela em pé.ㅡ Mas se alguém roubar minha bicicleta a culpa vai ser sua. ㅡ Estamos na Califórnia e não no Brasil, Noah. O moreno sorriu vendo o amigo se acomodar na garupa da bicicleta, os braços magros abraçaram a barriga do mais novo o fazendo sorrir ainda mais ao sentir o aperto. Theodor adorava a sensação de sentir os toques de seu melhor amigo, mesmo que fosse apenas um simples abraço. ㅡ Chegamos, ótimo!ㅡ falou quando desceu da garupa.ㅡ Agora vai buscar a minha bicicleta. ㅡ Calma, Noah! Acabei de chegar, deixa eu descansar. Carregar você cansa. ㅡ brincou. ㅡ Então você me acha gordo?ㅡ fez um bico irritado com os olhos já marejados. ㅡ Ah, não, Noah. Você não vai... ㅡ viu as primeiras lágrimas rolarem pelo rosto do mais velho. ㅡ Chorar. ㅡ Você me acha gordo... ㅡ Não eu, não acho. E mesmo que você fosse gordo continuaria lindo. Ser gordo não é um problema algum, todos nós temos o nosso jeitinho, essa é a nossa real beleza. ㅡ Que palavras bonitas, Theo. ㅡ enxugou as lágrimas sentindo o coração ficar quentinho com as palavras do mais novo. ㅡ Só falei o que eu acho. E eu te acho lindo, Noah! ㅡ sorriu. Noah abaixou a cabeça com vergonha, sentindo seu rosto esquentar. Por que ele precisa falar coisas assim? ㅡ pensou o loiro. ㅡ Você está tímido? ㅡ observou o amigo esconder o rosto. ㅡ Noah? ㅡ V-vai pegar logo a minha bicicleta! Se você for a pé estará demorando mais.ㅡ fingiu irritação. ㅡ Meu Deus! Você é tão bipolar... Noah suspirou ao ver o amigo pedalar rápido em direção ao Pop's. ㅡ As pessoas apaixonadas são bipolares, Theodor. Não demorou muito para que o moreno parasse em frente a casa de Noah com a outra bicicleta. ㅡ Obrigado por trazê-la. ㅡ O que você vai fazer? Podíamos jogar, ou na minha casa ou na sua. ㅡ Meus pais não devem estar em casa, então vamos na minha. ㅡ Só vou guardar a bicicleta e já volto. Noah assentiu. Guardou a própria bicicleta na garagem e entrou dentro de casa, ficando surpreso ao encontrar seus pais em casa. Sua mãe cozinhava e seu pai assistia TV. ㅡ Mãe? Pai? Chegaram cedo do trabalho, o que aconteceu? ㅡ Não aconteceu nada, filho, só resolvemos vir mais cedo. Hoje é sábado. ㅡ a mãe sorriu, vindo dar um beijo no filho. ㅡ Mas vocês trabalham até tarde, até nos sábados, então deve ter acontecido algo. ㅡ Não aconteceu nada, só queremos ficar mais tempo com nosso filho. Deixa de ser desconfiado Noah Brady Wiliams. ㅡ o pai falou. ㅡ Se vocês estão dizendo... ㅡ Cheguei! ㅡ Theodor apareceu animado. ㅡ Oh... Senhor e senhora Williams. ㅡ Theodor. ㅡ o pai de Noah cumprimentou com a cabeça. ㅡ Eu convidei o Theo para jogar vídeo game, tem algum problema? ㅡ Não, claro que não. Fique para o jantar Theodor. ㅡ Eu adoraria senhora williams.ㅡ sorriu. ㅡ Estamos subindo para jogar lá no quarto. ㅡ Noah avisou pegando o aparelho, e subindo as escadas em direção ao seu quarto. ㅡ Seu quarto sempre bem organizado... Tão diferente do meu. ㅡ riu ao observar o quarto do amigo. ㅡ Às vezes eu ouço os gritos da senhora González daqui, ela sempre diz "O que eu fiz para merecer um filho porco que não pode limpar o próprio quarto?" ㅡ fez o outro ri com a imitação barata. ㅡ Senta aí! ㅡ Nem precisa pedir. ㅡ se jogou na cama, fazendo o mais velho soltar um riso nasal. Noah amava organização, às vezes era até chato o jeito no qual ele queria sempre deixar as coisas em seu devido lugar. Então se qualquer outra pessoa se jogasse na cama ㅡ que estava perfeitamente arrumada ㅡ do jeito que o moreno se jogou, Noah com toda certeza teria um ataque de raiva e pediria para a pessoa não bagunçar a sua cama e sair de cima dela imediatamente. Mas quem estava sentado com as pernas dobradas como índio era Theo, e para o Noah era quase impossível sentir-se enraivado com o seu vizinho. ㅡ Pronto. ㅡ terminou de conectar os fios. ㅡ Dessa vez eu ganho de você pelo menos no jogo. ㅡ Isso é o que vamos ver. ㅡ pegou o controle. E mais uma vez, eles estavam ali entretidos com um jogo de corrida de carros, essa cena se repetia várias vezes na semana, então até aí não havia nada de diferente, até os dois jovens ouvirem pessoas falando alto, o barulho vinha da sala. Eles se olharam confusos. ㅡ Seus pais estão brigando? ㅡ Eu não sei... Eles deixaram os controles de lado abrindo a porta devagar e indo de fininho espiar o que poderia estar acontecendo. ㅡ Selena, me escuta, por favor...ㅡ tentou se aproximar da esposa, mas foi rejeitado. ㅡ Te escutar? ㅡ soltou uma risada sem humor, pegando o celular e abrindo em uma foto. ㅡ Está vendo isso aqui? Quando eu vi essa foto sua com sua amante, Luke, eu não estava conseguindo acreditar que você tinha feito isso comigo pela segunda vez! Na primeira eu perdoei, mas me trair duas vezes seguidas...? ㅡ M-mas... ㅡ Noah sussurrou baixinho sentindo seu peito começar a doer. ㅡ Eu não vou fazer mais isso, eu juro... Eu só estava carente, você dava mais atenção para a sua agência. ㅡ E você quer dizer agora que a culpa por você ter me traído? ㅡ enfatizou o "você". ㅡ Não, não! Você está certa, a culpa é inteiramente minha. ㅡ Claro que a culpa é sua. Não existe essa justificativa de carência para traição! ㅡ Você está certa, amor... Me perdoa, por favor. ㅡ Eu não acredito mais em você. Quero separação. ㅡ Noah... ㅡ olhou para o amigo que se encontrava todo encolhido, chorando baixinho. Com cuidado Theodor se aproximou do amigo, o puxando para um abraço. Noah desabou de vez, sentindo o calor do abraço do moreno. ㅡ Meu pai traiu a mãe e eles vão se separar Theo...ㅡ falou entre soluços. ㅡ Vai ficar tudo bem, eu estou aqui. Eu sempre vou estar aqui. (...) ㅡ Ele dormiu? ㅡ adentrou no quarto tentando fazer o mínimo barulho possível. ㅡ Sim, faz uns cinco minutos que ele pegou no sono. A mais velha sorriu sem muita alegria, sentando ao lado do colchonete que Theodor estava deitado. ㅡ Obrigada por ficar ao lado do meu filho, Theodor. Noah nunca foi de ter amigos, ele tem sorte de ter você. ㅡ observou o filho dormir tranquilamente na cama. ㅡ Obrigado a senhora por me deixar dormir aqui. ㅡ Bem... Eu vou deixar você dormir, já está tarde. ㅡ deixou um beijo singelo na cabeça do moreno. Levantou-se e deixou um beijo na cabeça do filho. ㅡ Durma bem, Theodor. Apagou a luz antes de sair.

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