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Blurb

— Meu amante está prestes a se divorciar de sua esposa. Diz a minha colega de quarto no hospital, que está grávida. Saio para pegar água e ouço uma batida na porta.

— Gatinho, você veio! Liza grita.

—Vamos rápido, não tenho muito tempo. Essas coisas são suas? Uma voz grave responde com notas roucas e eu agarro a pia.

— Leonardo? Eu sussurro. E uma dor aguda toma conta do meu corpo.

O copo cai no chão e se quebra em vários fragmentos grandes.

— Sônia? O meu marido dá um passo em minha direção. — Você?..

Leo me incinera com seu olhar. Ele e eu olhamos para a bainha da minha camisola hospitalar descartável porque uma grande mancha vermelha se espalha por ela.

E eu perco a consciência.

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Episódio 1
— O meu amante logo vai se divorciar da esposa dele, eu estou te falando. Diz a loira com confiança na voz, acariciando a barriga inchada como uma bola. Uma barriga de grávida. Tento não olhar para ela, mas o meu olhar retorna teimosamente para a protuberância na sua camisa. Isso me atrai como um ímã. Ela e a mão que o acaricia suavemente. Não escondo que a invejo tremendamente. Eles me trouxeram com ameaça de aborto espontâneo e estou tentando ligar para meu marido há uma hora. No momento, quando preciso do apoio de Leonardo, não consigo falar com ele. Eu me forço a desviar o olhar da barriga da outra mulher e coloco a mão na minha barriga, completamente plana, e acaricio suavemente também. — Tudo vai ficar bem, você verá. A sua também vai crescer assim. — Ele vai expulsá-la e nós nos casaremos e quero que você vá no nosso casamento com o seu marido. O nome da garota é Lisa. Ela, assim como eu, foi trazida pela ambulância. Apenas a idade gestacional é diferente. Ela é minha vizinha de quarto. O quarto é duplo, para um hospital público é um verdadeiro luxo. — Ele virá logo e me tirará daqui. Não vou ficar neste albergue! Declara a garota que não parou de falar e me contar a vida dela, desde que cheguei. — Ora, para um albergue tudo aqui é bastante decente. Eu argumentei. — É um quarto muito confortável. Acho tudo aqui normal, tem até um banheiro separado. — Você chama isso de quarto normal? Liza resmunga. — Os hotéis econômicos parecem muito melhores! O meu amante tem mais dinheiro do que você imagina! Ele vai me levar à clínica mais cara, ele prometeu. Eu simplesmente não consegui falar com ele, por isso tive que rastejar até aqui. Dou de ombros vagamente e me viro. Eu não gosto de Lisa. Durante todo o tempo que estou aqui, ela não para de falar sobre o seu amante. Do marido, do gato, do amante. Ela o chama assim. Imagino a expressão de Leo, se eu o chamasse de gato, e dou uma risada. Lisa não para de falar, a minha cabeça já está começando a doer. Ela se gaba de quão generoso seu amante é, de como ele a enche de presentes e a mima. Ela e o seu bebê. Espero que o seu amante chegue o mais rápido possível, então poderei ficar sozinha no quarto. Em paz e tranquilidade. Leonardo tem dinheiro suficiente. Talvez não tanto quanto o amante de Lisa, mas para uma clínica particular ele tem o suficiente. Mas não considero que seja uma despesa justificada. Aqui é muito bom e nos hospitais públicos os médicos têm muito mais experiência do que nos privados. O principal é que ajudem o bebê. Eu tenho pena de desperdiçar o dinheiro do meu marido, vejo como as coisas são difícil para ele. Talvez se ele fosse o meu amante, eu não sentiria tanta pena dele como Lisa. Mas não consigo nem imaginar nesse papel. — Estou esperando um menino, e ele está obcecado pelo filho. Lisa não se cala. — Se você visse como ele derrete quando o filho se mexe! Tento não ouvir ou continuar a conversa de forma alguma, mas Lisa claramente não precisa das minhas respostas. Muito provavelmente, ela simplesmente não sabe calar a boca. Existem esses tipos de pessoas. — Ele já teria se divorciado há muito tempo, mas sente pena daquela mulher. Ela é estéril, como um jarro sem flores. Eu não sou assim. Lisa dá um tapa na barriga e não consigo me conter. — Eu não confiaria nas palavras de um homem casado. Ele diz uma coisa para você, e para a esposa dele, talvez, uma coisa muito diferente. Tento argumentar. Mas não muito determinada. Não tenho vontade de me envolver numa disputa. — Ele vai se divorciar. Assim que o filho nascer, ele imediatamente jogará fora aquela galinha! Estou disposta a lutar com todas as minhas forças por isso. Um homem como ele... Eu perco a minha paciência. — Você já viu ela? Eu me viro para ela. Estou chateado e Lisa parece entender isso. — Não. Ela pisca surpresa. Com os seus olhos redondos, com cílios longos. E um olhar enevoado. Eu me censuro. Obviamente estou procurando o cabelo do ovo. Ela é uma menina linda, mais nova que eu, tem no máximo vinte anos. Eu já tenho vinte quatro. Acontece que eu não gosto dela, e não é pela sua aparência, mas porque ela se meteu na família de outra pessoa. Para mim, o casamento alheio sempre foi como uma porta fechada, onde até olhar pelo buraco da fechadura é algo indecente. — Então por que é uma galinha? Talvez ela seja uma mulher interessante? Pergunto com mais calma. — Porque ela é uma galinha choca. Explica Lisa. — Ele passa o tempo em casa, não se interessa por nada. Apenas pela casa. Ela também não pode dar à luz. Cala a boca, Sônia, cala a boca. Tento me convencer. Ela vai falar e você vai ficar calada. Sinto muito pela esposa daquele homem. O marido dela é um canalha e um traidor. A sua amante já está no quinto mês e é improvável que ela consiga imaginar isso. Não consigo imaginar como é descobrir que seu marido está te está traindo. Brrr, não quero nem pensar nisso. Entre eu e o meu marido isso definitivamente não acontecerá. O meu marido me ama, existe um amor verdadeiro entre nós. Ele trabalha muito, é verdade. Mas ele também ganha muito. E ele dedica todo o seu tempo livre a mim. Eu não deveria ter ficado chateada desse jeito. Eu não deveria me preocupar com a vida de outras pessoas. Muitas coisas tendem a acontecer nas famílias! E se ele realmente a abandonasse? Ou ela não presta atenção suficiente ao seu marido? Então ele foi procurar o amor fora de casa. E o fato de ela não poder engravidar, bom, o mesmo aconteceu comigo e com Leonardo. Três anos completos, até hoje, até que a ultrassonografia do hospital mostrou a gravidez. O meu bebê é muito pequeno, pequeno e fraco. Mas teimoso, como o seu pai. Como o seu pai que ainda não sabe nada sobre ele. Leo, por que você não atende? Mantenho o telefone perto do ouvido por muito tempo. Espero ouvir um toque longo, Lisa permanece em silêncio. Ele não quer interferir na conversa. Só que não há conversa, o telefone do meu marido ainda está fora de cobertura. Eu sei que ele está passando por um período difícil nos negócios, nos últimos seis meses ele quase não esteve em casa. O trabalho rouba toda a sua força e tempo. Ele fala pouco sobre negócios. A princípio tentei perguntar a ele, mas ele me disse que não queria pensar nisso em casa. A casa é seu lugar de repouso, faço de tudo para que assim seja. Ele não atende o telefone. Lisa me olha com compaixão. Balanço a minha cabeça negativamente. — Olha, talvez ele esteja se divertindo? Eu nem quero responder a esse absurdo. É melhor eu pegar um pouco de água, me disseram para beber o máximo possível, para eliminar as toxinas. Pego um copo, vou até o banheiro e fecho a porta atrás de mim. Por muito tempo lavo o copo na torneira e, quando fecho a água, ouço o som da porta se abrindo. — Gatinho, você veio! Liza grita. — Vamos rápido, não tenho muito tempo. Essas coisas são suas? Uma voz grave responde com notas roucas e eu agarro a pia. Não. Parece... Não pode ser. Estou ficando louca. Sim, claro. Ou eles me anestesiaram e estou apenas sonhando. Eu belisco o meu braço. Machuca. Então não estou dormindo? Empurrei a porta e fixei os meus olhos na a******a que se abria lentamente. Os meus dedos apertam o copo convulsivamente, o meu coração bate rápido no meu peito, atingindo dolorosamente as costelas. O homem está de costas para mim, mas reconheço imediatamente os seus ombros largos, cobertos pelo tecido do terno. Ainda hoje de manhã dormi abraçado com as mãos naqueles ombros, e as mãos grandes que agora seguram as bolsas e abraçaram-me, acariciaram os meus cabelos, as minhas costas... Talvez seja um sonho, afinal? O homem de costas vira a cabeça. Os seus olhos brilham, ele se endireita lentamente. — Leonardo? Eu sussurro e solto um gemido com a dor aguda que toma conta do meu corpo. A xícara cai no chão e se quebra em vários fragmentos grandes. Ele é o amante dela? — Sônia? Leo dá um passo na minha direção e eu recuo horrorizado. — Não. Não se aproxime... Sussurro silenciosamente, apenas com os lábios e estendo a mão na minha frente. — O que faz aqui? — De onde você a conhece, gatinho? Lisa puxa a manga dele e ele afasta a mão dela irritado. — Deixe-me em paz. Ele se dirige a mim novamente. — Como você chegou aqui? — A ambulância a trouxe, como eu. Responde Lisa. — Ela também está grávida. Eles só trazem mulheres grávidas para cá. — Você?... Leo me incinera com o seu olhar, e eu abaixo os olhos e olho para a barra da minha camisola hospitalar descartável. Ele e eu olhamos juntos porque uma grande mancha vermelha se espalha por ele. E eu perco a consciência. ‎​​‌‌​​‌‌​‌​‌​​​‌​‌‌‍

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