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Me apaixonei pelo aluno transferido

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Blurb

“Um alfa deve encontrar uma boa garota ômega” era a maior regra dos híbridos, pois somente um alfa poderá cuidar bem de uma classe vulnerável. Mas e quando um garoto nasce como ômega? Theodore Moss é um adolescente que teve seu segredo revelado para toda a escola, ele era um ômega. Obrigado a reprimir seus instintos para ter o mínimo de paz na escola, tudo vai por água a baixo quando um alfa chamado Gabriel Jones é transferido para sua sala, parecendo completamente interessado em si. Como poderiam esses dois garotos lidarem com a súbita atração que sentem um pelo outro sem serem jugados? E quando outras pessoas parecem tão interessadas em Theodore, Gabriel poderia lidar com o ciúmes e possessividade? Eles teriam coragem para desvendar os próprios sentimentos e admiti-los na frente de todos?

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Uma manhã diferente
Verão de 2007 Um alfa deve encontrar uma boa garota ômega A tabebuia amarela estava florida naquele verão, e como o antigo diretor resolvera plantar várias na entrada da escola criando uma verdadeira passarela, a natureza dava as boas vindas para um aluno. Theodore estava parado em frente à entrada, com a cabeça erguida admirando as flores ao se dar conta, pela primeira vez, qual seria a sua cor. Fazia anos que estudava ali, mas jamais teria se atentado à tal detalhe. Agora que o fizera, era simplesmente impossível não admirar tamanha beleza. As flores amareladas que cobriam os galhos balançava com o vento fresco daquela manhã, digno de admiração. Verificando as horas no celular, o garoto sorrira satisfeito ao encontrar um tempinho livre antes da aula. Passara pelos portões da escola e seguira pelo pátio até encontrar o jardim com mais tabebuias plantadas e floridas. A sombra perfeita estava à sua espera, sendo ali que jogara sua mochila no gramado e se deitara. O vento também viera lhe dar as boas vindas, acariciando suavemente de seu rosto e bagunçar os fios loiros em sua testa. Uma sombra refrescante era tudo o que desejara. Fechara os olhos e aproveitara para curtir o momento. Tudo em paz. Em paz... Até sentir um cheiro doce. Cheiro esse que fizera Theodore abrir os olhos buscando em sua volta a origem do seu dessossego. Mesmo sem levantar a cabeça, apenas pelo canto dos olhos, vira Sadie Mckenzie junto do seu grupo de amigas falando alto em plena euforia em frente à fonte. Um espaço exclusivo para os considerados populares. A garota de longos cabelos lisos e castanhos seguida a moda da época. O novo uniforme já havia sido adaptado aos seus gostos peculiares, percebia Theodore. A saia preta estava na coxa, acima da média requisitada pelo novo diretor. A camisa social estava apertada e com os primeiros botões abertos, mostrando as curvas dos fartos s***s. Reprimira a vontade de revirar os olhos para a garota. Eram seis da manhã e Sadie já arreganhava os dentes em um sorriso enquanto dava gritinhos. Theodore queria sumir para não ter de ouvir a voz daquela garota. Não nas primeiras horas do dia. Entretanto a euforia do pequeno grupo de meninas tinha um alvo... Ou seria melhor dizer um motivo. Theodore percebera quando elas se viraram para o outro lado da fonte e então deram uma corridinha apressada em direção de alguma pessoa. Um garoto. Theodore não reconheceu a figura alta e de cabelos escuros que era cercado pelas meninas. No entanto gostara do seu corte de cabelo a lá Zac Efron, tinha bom gosto. O alvo de euforia distribuía sorrisos cordiais e conversava amigavelmente com as garotas. E que belo sorriso, percebera. Theodore até bufara em ver Sadie balançar os cabelos lisos e sorrir fingindo ser tímida. — Já está mostrando as garras, essa não perde tempo. Arrumando a mochila debaixo de sua cabeça, e dando última olhada no grupinho eufórico, Theodore perdera o ritmo de sua respiração quando percebera que o cheiro doce e gostoso vinha daquele sujeito. Tão inebriante que lhe entorpecia os sentidos como uma deliciosa droga. Como deveria fazer mesmo? Expirar? Inspirar? Espera, tinha ar nos seus pulmões? O que isso importava? Por que raios aquele sujeito estranho, fingindo ser Zac Efron, estava o olhando? A última coisa que queria era ser pego olhando o grupo de garotas dando em cima do primeiro cara bonito que enxergam. Rapidamente Theodore desviou o olhar, ou melhor, fechara os olhos fingindo dormir ‒ talvez fosse melhor fingir de morto ou que era invisível, mas sua visualização e imaginação não estavam à vapor naquela manhã. Só de saber que ele teria olhado para si fizeram suas bochechas esquentarem consideravelmente, e o calor tornara-se incômodo. Onde estava a maldita brisa suave de segundos atrás? Poxa... — Te achei! Abrindo os olhos em surpresa, Theodore inclinou a cabeça para trás vendo o sorriso, pelo menos achava que era um sorriso, soturno de seu amigo. — Chegou cedo, Nico. Nicolas era um garoto mais baixo que Theodore, mas adoravelmente soturno. Até tinha olheiras roxas dedurando que passara noite em claro jogando alguma coisa. Sentando-se na sombra e abraçando suas pernas, Nicolas deitava a cabeça em seus joelhos podendo olhar o loiro. — Não dormi, na verdade. Tive pesadelos essa noite. — Com o quê sonhou? — Perguntava Theodore preocupado. — Sonhei que vinha para a escola e de repente uma música começou a tocar, e coisinhas coloridas vindas do além junto com um astro do basquete e uma cdf recém chegada... Imediatamente Theodore sentou-se no gramado, apoiando as mãos entre as pernas ao se inclinar empolgado para o amigo. — Você assistiu High School Musical? Não acredito! — Adoraria dizer que fiz isso por nossa amizade, mas estou tentado a te matar por me fazer assistir essa coisa. — Nha, não fala assim, o filme é ótimo. E eu te prometi que daria um jogo de aniversário. Tô até juntando dinheiro. — Barganhava o loiro com seu amável sorriso — Mas agora me conta, o que achou? Nicolas fizera uma careta e soltara um gemido sôfrego. Até revirava os olhos, mesmo que ouvisse seu amigo rir de si. — Prefiro não comentar, quero manter meu cérebro intacto. — Que maldade, Nico. As músicas são boas, e eu curti as coreografias também. — Você gostou do clichê de popular e nerd se apaixonando ao compartilharem os encantos do musical de primavera. — Isso também... Apoiando o queixo na palma da mão, Nicolas olhava para o seu melhor amigo com aquela calmaria, e sonolência, típica de um adolescente. — Vai me dizer que depois de ver esse filme seu sonho é ser mordido por um atleta? Theodore dera apenas um sorriso ao coçar a nuca. Não seria capaz de mentir para o seu melhor amigo, principalmente se o mesmo o encarava com toda a aura gótica o cercando parecendo mirar na sua alma. Ao menos era um alívio poder ser ele mesmo com alguém. Poderia dizer para Nicolas que achava algum outro garoto bonito, e ele não se importaria ou o julgaria. Ainda assim precisava de uma boa dose de paciência para aguentar as pequenas paixonites de Theodore. Não era sua culpa que os filmes da Disney tem mostrado artistas tão bonitos atuando em romances fofos. Apenas queria uma história daquelas para ele... De preferência com um outro garoto. E seu último filme se tornara o favorito quando um time de basquete pareceu, inesperadamente, interessante. Por fim, Nicolas apenas suspirou. — A galera do atletismo não é igual a do filme, Theo. Você só vai se machucar. — Não fala assim... É só... Uma ideia? Pura imaginação. Não vou entrar nos vestiários dos jogadores e chamá-los para sair. — Esticando as pernas e apoiando os braços para trás, Theodore olhava para o céu distraidamente tornando a sentir da brisa suave de antes. — É só um sonho. Novamente sob os olhos vigilantes de seu amigo, Theodore percebera que entrara na área vermelha da conversa. Seriam aqueles momentos em que Nicolas poderia estar começando a se preocupar consigo, o que renderia em horas de sermão sobre ser mais pé no chão e menos sonhador. Tinha de se contentar com tais sermões, afinal a realidade era dura mesmo. Theodore não somente tinha assumido ser gay, como todos na escola sabiam de seu pequeno segredo sobre ele ser um ômega. Ali não haveriam chances alguma de se apaixonar genuinamente por uma estrela do basquete. Infelizmente ouvir os sermões de seu melhor amigo era como uma âncora que lhe trazia de volta para a realidade. Prestes a lhe dar uma resposta que acalmassem seus ânimos, surpreendeu-se ao receber um afago em seus cabelos e ver o sorriso de canto do amigo soturno. — É verão, não? Tudo bem em sonhar então. — Ahn? Espera... Você realmente disse isso? — Disse. — Está doente? — Estou com sono! Espero que esse maldito filme saia da mente das pessoas, ou elas realmente vão começar a cantar e dançar, e eu posso te garantir que a maioria do pessoal é desafinado! — Já decorei a coreografia de “We all in this together” e preparei um uniforme de basquete pra você usar comigo. Em um pulo Theodore pegou sua mochila e saíra correndo quando notara alguma coisa sendo jogada em si. Tivera de fugir para a sala de aula, pois Nicolas saiu em disparada com algum rancor, ou talvez sonolência, atrás de si. Claro que um adolescente acharia o filme chato, infantil e voltado para as garotas tolas, o que tornava a reação de Nicolas esperada e divertida. Theodore só não conseguia deixar de gostar do filme. E como todo amigo que se preze, deveria compartilhar seus gostos com Nicolas, não é mesmo? Andando de costas enquanto ria de seu amigo, que ofegava e apoiava-se nos próprios joelhos sem aguentar correr mais, Theodore sentira suas costas baterem em algo. Algo duro, mas não tanto quanto uma parede, e quente. O susto que levara com o baque desfez o sorriso imediato ao sentir um par de mãos segurarem seus braços com cuidado. Céus, teria batido em alguém? Seu tormento iria começar tão cedo? Espera... Que cheiro era aquele? Ingenuamente inclinou a cabeça para trás, piscando seus olhos azulados para o sujeito estranho que também o encarava. Reconhecera o garoto que fora motivo da euforia feminina mais cedo. Vendo-o mais de perto, Theodore não deixara de ruborizar em notar tamanha beleza do sujeito. Seus cabelos eram repicados e caiam sobre seu rosto com elegância. Olhos castanhos escuros que lhe fitavam com certa surpresa. Até mesmo seu braço queimava onde sentia os dedos compridos e quentes segurarem. Inevitavelmente seu coração acelerou. — Vai ficar empatando a entrada por quanto tempo, hein? Virando a cabeça para trás do garoto estranho, Theodore suprimira o revirar de olhos pela segunda vez ao encontrar Sadie de braços cruzando o fuzilando com o olhar. — Desculpa, eu bati sem querer em você, não? Voltando a encarar o rapaz, dera conta de que seria mais alto que si mesmo. Rapidamente Theodore se afastou do toque quente e arrumava a sua mochila nas costas. Com os olhos baixos sem coragem de encarar os dois, tentava esconder o rubor que lhe tomava a face junto do desespero. Não conseguira lhe responder, sentira sua garganta ficar seca na hora. — Não dê bola para esse aí... — Finalmente te alcancei — Suspirava Nicolas, apoiando-se no ombro do amigo. Erguendo o rosto ao notar as duas figuras em frente a Theodore, logo semicerrara os olhos ameaçadoramente. — Que foi, algum problema por aqui? Sadie não respondera, mas revirou os olhos cruzando os braços. Imediatamente Theodore segurou o pulso do melhor amigo e o puxara para dentro da sala. — Venha, Nico. Com licença. Não prestara atenção no que os outros dois lhe respondera, apenas puxara o seu amigo para o fundo da sala de aula onde costumavam se sentar. Quando erguera os olhos para a porta, notara que ambos já haviam saído e assim poderia suspirar de alívio. — Que azar topar com ela logo no começo do dia. — Quem era aquele com ela? — Por acaso passou a aula inteira escrevendo as músicas do High School Musical e não prestou atenção? — Questionava Nicolas, logo se arrependendo ao notar o sorriso envergonhado do outro. Suspirando e negando com a cabeça, começara a tirar seu material — É o aluno transferido para a nossa sala. Só isso. — Temos um alunos transferido? Não deixara de enxergar as semelhanças com o filme favorito do momento. Um garoto fora transferido para a escola, mas infelizmente o próprio Theodore não era capitão do time de basquete e muito menos popular. A pouca compatibilidade com sua mais nova fantasia o fizera dar de ombros. Por ora. 「 • • • 」 Todo adolescente sonha com alguma coisa. Passando a desejar algo com toda a força de sua existência, pois sente que aquilo irá lhe completar. Ou talvez seja o mistério em descobrir como se sentirá quando o sonho for alcançado. O garoto ômega sentia que se encaixava nas duas opções. Theodore queria saber como era namorar alguém. Mas não como os demais colegas de sua classe, que sempre trocavam de namorados como ele trocava de camisa. Não. Não valeria a pena se esforçar por algo tão efêmero. Não bastaria ir para uma festa e beber álcool escondido para seduzir alguém ou passar seu cio com um fulaninho. Muito menos xavecar qualquer um que passasse na rua. Não. Theodore sabia que esse não era o caminho. Quando assistia aos filmes com clichês, ele encontrava o tipo de romance que adoraria vivenciar. Aquele que o deixaria nervoso o dia todo, ansiando por ir à escola e sonhando com o dito cujo que roubaria o seu coração. Não se importava que a pessoa em questão fosse popular ou não, se fosse bonito ou não. Apenas que fosse alguém que o aceitasse sinceramente. Que o amasse e o mordesse, gerando uma conexão para a vida toda como sua alma gêmea. Tudo valeria a pena. E não fora uma e nem duas vezes que chegara a ficar ansioso para ir à escola. Já se deparou com diversos possíveis candidatos para a vaga de namorado. O problema era que nenhum deles se mostrou digno para isso. Qualquer aluno novo que aparecesse na escola era dominado pela garota mais irritante. Sadie Mckenzie. Se nos filmes existiam obstáculos que fortaleciam a relação do casal, na vida de Theodore existia uma garota que desafiava seus sonhos. Nicolas, inclusive, sempre lhe dissera que se um garoto gosta de Sadie, independente de ser um alfa ou beta, nem valeria a pena saber seu nome. Seria um sinal de que vieram do mesmo planeta. Por esse motivo Theodore ficava sempre magoado quando descobria que seus alvos tinham personalidade tão distorcida quanto da garota. Nenhum deles valeria a pena. E agora parecia que o ciclo estava prestes a recomeçar. — Meu nome é Gabriel Jones, recém cheguei da capital para o interior por causa do trabalho dos meus pais. O garoto problema tinha nome e sobrenome. Fora difícil para Theodore não se interessar por ele, já que o infeliz era bonito demais e tinha um belo sorriso típico de um alfa. Mas para cair da nuvem de sonhos bastou ouvir os suspiros das demais garotas da classe. Certo, precisava se lembrar de que mais cedo na entrada, Sadie já mostrara as garras para cima do aluno novo. Com certeza ele não seria diferente dos outros que sempre pareciam bonzinhos nas primeiras semanas, e depois de meses deixavam pingar o veneno. Não deveria perder o tempo, então. Theodore desviava o olhar para a janela, apoiando o queixo sobre a palma da mão tentando esvaziar a mente. Deveria começar a cantar alguma música do seu musical favorito em pensamento? Seria o suficiente para tirar a sensação de sua mão quente segurando-lhe o braço? Qual música deveria escolher? Por algum motivo aquele solo da Gabriela Montez parecia se encaixar com a ligeira frustração que sentia. Um movimento ao seu lado lhe chamara atenção. Resistira em olhar, mas o doce aroma denunciava a proximidade. Recusando-se a olhar para o lado, Theodore fora perspicaz em ver pelo reflexo da janela que o aluno novo se sentara ao seu lado. Oh céus, isso era algum castigo? Tantos lugares para ele se sentar, escolhera justamente o seu lado? Por que, oh mundo c***l? Seu coração começara a acelerar. Suas bochechas queimavam. Provavelmente até a pontinha da sua orelha estava vermelha. O que fazer? Por que estava nervoso? Comporte-se! — Ahn... Com licença? Posso dividir o livro de história contigo? Imediatamente Theodore desviou os olhos para o lado. Não deveria, recriminou-se internamente, pois sabia que a mínima interação o faria cair em sonhos que o machucariam mais tarde. Mas lá estava ele, esperando sua resposta sem nenhum olhar malicioso. Retribuía o olhar do aluno novo sem saber o que responder. Que cara estaria fazendo naquele momento? O aluno novo o encarava com um sorriso amistoso no rosto e olhos repletos de expectativas. Charmoso como um alfa deveria ser. — É que eu não recebi os livros ainda... — Insistira o aluno novo. Theodore baixou os olhos para o livro aberto em sua mesa. Era apenas uma aula, um livro dividido e então ele estaria fazendo apenas uma boa ação, não era? Não deveria temer isso, já que não poderiam ficar conversando durante a aula. É... A situação estava ao seu favor. Silenciosamente Theodore empurrou sua carteira e estendeu o livro, tendo o aluno novo também encostando sua carteira a dele. Estando perto um do outro ao ponto de seus cheiros se mesclarem, os dois dividiam o livro de história. — Valeu, cara. — Por nada. Theodore sentira o olhar do outro sobre si quando o respondera. Tornando a apoiar o queixo sobre a palma da mão e focando em estudar, encontrara a saída perfeita para não se perder em seus delírios românticos. Um verdadeiro desafio. A mera presença do aluno novo ao seu lado, podendo sentir seu calor e até ouvir sua respiração limparam sua mente. Queria tanto fingir que estava tudo bem e era indiferente à sua chegada, que se esforçara em reprimir a vontade de observá-lo pelo canto dos olhos. O professor explicava a matéria e Theodore fazia suas anotações meticulosas seguindo seu plano. Isso, siga focando em copiar a matéria que logo o tempo passa, e esse martírio chegará ao fim. Contudo um pequeno pedaço de papel fora jogado sobre seu caderno. Arqueando a sobrancelha ele olhara de canto para o aluno novo, que parecia concentrado em fazer suas anotações. Voltando a encarar o pedaço de papel, o revirou buscando o remetente sem encontrar. A curiosidade venceu. Desdobrando o papel encontrara o recado. “Me chamo Gabriel, qual o seu nome?”. Alerta vermelho! O alfa estava querendo puxar assunto consigo! Que caos, que caos. Responderia? Fingiria que não leria? Não, isso seria grosseria além de que ele já deve ter visto Theodore abrir o bilhete. O garoto só queria saber o seu nome. Provavelmente o agradeceria por dividir o livro, apenas isso. Não haveria nenhum problema em respondê-lo... Certo? Droga, ele queria responder. Admitira, com muita derrota, que estava feliz por aluno novo ter vindo conversar consigo por vontade própria. Logo pegara sua lapiseira e respondera no mesmo papel. “Theodore”. Deixara o pedaço de papel no meio do livro tentando se concentrar em suas anotações. O coração disparou em ver o aluno novo estender a mão para pegar o papel, e fora difícil controlar os batimentos quando se dera conta de que ele estaria lendo. Será que acharia sua letra feia? Fechando os olhos e balançando a cabeça, mais uma vez se repreendera. Quando abrira novamente, o papel se encontrava sobre seu caderno mais uma vez. Contivera o ímpeto de abrir de imediato como se estivesse completamente ansioso em saber sua resposta. Por isso terminara de fazer algumas anotações, e somente então desdobrara o papel. “Olá, Theodore! Mais uma vez obrigado por dividir o seu livro comigo”. Tinha razão, ele só queria agradecer. Mil vezes uma palavra de agradecimento do que um olhar de condenação. O problema era... O que responder. Não queria puxar assunto para desenvolver amizade, só que também não queria guardar o bilhete e dar como encerrado. Se foi o aluno transferido que começou, então seria ele quem terminaria. Decidido, rabiscara o cantinho do papel. “Por nada”. Entregando o papel ao meio do livro e voltando a fazer suas anotações, Theodore não fora capaz de controlar seu coração quando percebia que o aluno novo rasgara mais um pedaço de papel do caderno e escrevia nele. Iria continuar? Por quê? A aula não poderia acabar não? Quando o novo pedaço de papel fora jogado em seu caderno, Theodore o abriu logo. Dane-se se o aluno novo o consideraria curioso, ele era mesmo. Vestiria a camisa da curiosidade e descobriria o motivo de sua tormenta. “Foi em você que esbarrei mais cedo, não? Desculpe por aquilo”. Oh, era verdade. Estava fugindo da fúria de Nicolas que esbarrou nele e ainda não pediu desculpas. Tinha perdido a coragem naquela hora, já que Mckenzie estava por perto lhe fitando com aqueles olhos maquiados justo no instante em que perderia os sentidos por causa do cheiro do alfa. Independente se ele era amigo ou não daquela garota, Theodore iria se desculpar. Foi a educação que recebera de seus pais, e não poderia ser julgado por aquilo. Não poderia ser interpretado como se tivesse dando em cima do alfa, certo? Rapidamente Theodore escrevera a resposta. “Eu que estava correndo no corredor sem olhar, foi m*l”. Devolvendo o bilhete, tornara a prestar atenção na aula. Ou tentar. Mas sua atenção estava acompanhando o aluno novo, que parecia calmo em pegar o bilhete, ler e responder antes de jogá-lo novamente para seu caderno. Parecia não estar nervoso, ao contrário de Theodore. Suas bochechas esquentaram ao se dar conta de que poderia parecer ansioso em continuar com aquela conversa tão secreta. Comprimindo os lábios, o loiro suspirava pesadamente para se acalmar antes de segurar o novo bilhete. “Parecia se divertir com o seu amigo, então está perdoado”. Theodore soltara um riso nasalado. Deveria contar à esse reles mortal de que ele estava fugindo pelo bem de sua vida, já que seu melhor amigo estava de mau humor? Não... O pouparia disso. Sentindo sua orelha queimar, Theodore segurou a ponta fria da cartilagem e desviou o olhar para a direita. O alfa o olhava com o rosto apoiado na mão e um sorriso no rosto. O que era aquilo? Por que o olhava daquele jeito? Maldito fosse... Seu coração voltara a acelerar o batimento.

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