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Abstinência

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Blurb

Lisa havia se mudado para a Austrália, com a sua família. A garota só não contava com as adversidades, que teria que enfrentar nesse novo país. A tailandesa teve que começar a lidar com a solidão, a xenofobia, e com o vício em drogas.

Avisos: Se você estiver passando por um momento de depressão, ou for sensível, recomendo não ler essa história.

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Me Leve A Igreja
Era uma manhã de sábado, normal em Melbourne. Os moradores da pequena cidade de Canterbury chegavam aos poucos, a igreja do bairro. As pessoas se comprimentavam com abraços, e apertos de mãos. Todos da comunidade eram muito unidos, praticamente todos alí se conheciam desde crianças. A igreja tinha um papel muito importante na cidade. Praticamente todos os dias, o local estava cheio com fiéis que compareciam para praticar a sua fé. O pastor Johnson, recebia as pessoas com um sorriso enorme em seu rosto. Enquanto isso, a banda da igreja se preparava para fazer uma apresentação naquele dia. Os jovens organizavam os instrumentos musicais, enquanto ouviam as ordens de Shawn. O rapaz era o líder do grupo de jovens da igreja, e filho do prefeito da cidade. Além disso, o rapaz era capitão do time de futebol do colégio, e namorado da filha do pastor. Aos olhos da população da cidade, Shawn era o rapaz perfeito. Todos já haviam se sentado em seus lugares, o pastor subiu no púlpito pegando em suas mãos, um microfone para dar início ao culto daquela manhã. - Irmãos, sempre fico feliz em ver o templo de Deus cheio desse jeito. Esse sempre será um dos meus objetivos, manter a comunidade unida. - Dizia o pastor, quando viu uma figura novata, adentrando o local. Era a primeira vez que o homem via Lalisa entrando na igreja. Todos os fiéis pareciam surpresos com a presença da garota no templo cristão. - Como eu estava dizendo, é muito gratificante ver os antigos, e os novos fiéis, frequentando a casa do senhor. - Disse ele, olhando para Lisa. A jovem de cabelos curtos, havia se sentado na última fileira, em um banco afastado de todos. Algumas pessoas olhavam para a garota, que não tinha uma boa reputação na cidade. A família de Lalisa havia se mudado da Tailândia para a Austrália, fazia três anos, mas a jovem parecia não ter se acostumado com o novo país. Todos achavam a jovem, estranha e distante. Alguns haviam até proibido os seus filhos de se aproximar da garota na escola. Lisa parecia não está ligando para os olhares de julgamento, nem para os comentários. A garota estava quieta em seu lugar, olhando para o púlpito da igreja. O pastor contínuo com o seu discurso, em seguida fazendo uma oração. O homem tomou em suas mãos uma bíblia, começando a ler. Os fiéis acompanhavam o pastor nos sermões. Enquanto isso, Lisa permanecia imóvel, apenas observando. Depois de algum tempo, o pastor interrompeu a leitura da bíblia, para dar início a apresentação da banda da igreja. - Agora nós iremos louvar, ao som da banda de jovens da igreja. - Disse ele. Os jovens foram recebidos com uma breve salva de palmas. Shawn estava no violão, um garoto chamado Troye, estava na bateria, um outro rapaz chamado Conan, estava encarregado do baixo. Todos estavam em seus lugares, quando uma jovem de longos cabelos loiros, caminhou até o piano, se acomodando de frente para o instrumento. Shawn fez um sinal, dando início a música. Os jovens tocavam uma melódia já conhecida entre os fiéis. A garota loira abriu a boca, deixando sair a sua angelical voz. Os fiéis acompanhavam a banda, enquanto eles tocavam o hino. Todos estavam de pé louvando, todos menos Lisa. A garota de cabelos curtos, parecia está distante, como se o seu corpo estivesse completamente vazio. Enquanto isso, a garota de cabelos loiros, cantava como um anjo. Dava para ver que a jovem, pronunciava cada palavra com o coração, tocando o piano com emoção e sensibilidade. Por um instante, a jovem desviou o olhar do piano, olhando para os fiéis que estavam presentes no local. O olhar da garota parou, se fixando em Lalisa. A garota loira ficou surpresa ao ver, a tailandesa sentada em um dos bancos da igreja. Lisa tinha um olhar perdido, e o seu rosto tinha uma expressão pálida, e cansada. Não era para menos, a garota havia tido uma overdose dias atrás, que quase a matou. Provavelmente a sua mãe, havia obrigado a garota a frequentar a igreja. O vício em drogas da garota, era o assunto do momento na cidade. Todos falavam da "Tailandesa drogada". Os comentários maldosos, beiravam o preconceito, e a xenofobia. Inesperadamente, Lisa levantou a sua cabeça, olhando para a garota loira que a observava. A outra garota se assustou ao ver o olhar de Lisa, se encontrando com o seu. A loira rapidamente voltou os seus olhos para o piano, permanecendo assim até o final do hino. O grupo de jovens mais uma vez foram aplaudidos pelos fiéis, que estavam na igreja. - Obrigado aos nossos jovens, por trazer mais uma vez um belo hino. - Disse o pastor. O homem caminhou até a jovem de cabelos loiros, a abraçando. - Você cantou igual a um anjo, minha filha. - Disse ele, beijando a testa da jovem. Era visível o orgulho que o pastor sentia, da sua filha Rosé. O homem deu continuidade ao culto, enquanto o grupo de jovens se sentavam em um dos bancos da igreja, se juntado a um grupo de amigos. Enquanto conversavam baixinho, o grupo olhava discretamente para Lisa. Provavelmente a garota era o tema principal, daquela conversa. Todos pareciam está felizes, em estarem naquele habitante. Já Lisa, não via a hora daquele culto acabar. A garota se sentia estranha em estar naquele local. Parecia mais uma sessão de tortura, ter que ver aquelas pessoas sorrindo. Lisa parecia está muito impaciente, ela já estava em seu limite. A cabeça da garota doía, e o seu estômago também. Ela estava suando frio, a sua boca estava ficando seca. Aparentemente, a jovem estava sofrendo com a abstinência. Desde que havia sofrido a overdose, Lisa estava sendo vigiada pela a sua mãe 24 horas por dia. A mulher havia jogado fora todas as drogas da garota, e a proibido de sair de casa. Os únicos lugares que a garota poderia frequentar agora, era o colégio, e a igreja. A mãe de Lisa havia obrigado a garota a começar a frequentar o templo religioso. Ou era isso, ou a mulher iria mandar a filha para uma clínica de reabilitação. Lalisa preferia mil vezes, enfrentar os falsos moralistas da igreja, do que ser internada. A garota de cabelos curtos, se encolheu em seu canto, tentando amenizar a terrível dor no estômago que estava sentindo. Lisa fechou os olhos, tentando distrair a sua mente, com qualquer coisa. A garota então, começou a lembrar da sua vida na Tailândia, e de como ela era feliz lá. Aquelas lembranças eram reconfortantes, apesar de tristes. Elas faziam com que a garota se sentisse mais calma. Lisa permaneceu assim, o resto do culto. - Minha jovem, você está bem? - Perguntou uma voz calma. Lalisa abriu os olhos assustada, percebendo a presença do pastor, que estava sentado ao seu lado. A garota olhou ao redor, notando que o culto havia acabado. A igreja se encontrava quase vazia, havia apenas um grupo de jovens que ainda permanecia no local. - Você está bem? - Perguntou outra vez, o pastor que parecia está preocupado. O homem olhava para o rosto pálido, e suado da garota. Lalisa se sentia um pouco tonta, por causa da falta das drogas. A abstinência parecia que iria matar a garota, a qualquer momento. De longe, Rosé observava o seu pai, que tinha uma expressão de preocupado em seu rosto. O homem sempre se sentia responsável, por todos os fiéis que frequentavam a igreja. A garota sábia que o seu pai, iria tentar ajudar a sua nova fiel. Lisa se levantou do banco aonde estava sentada, cambaleando um pouco. - Você precisa de ajuda? - Perguntou o pastor, segurando a garota, que parecia que iria vomitar a qualquer momento. - Eu estou bem, não se preocupe comigo. - Disse Lisa, caminhando rapidamente em direção a saída da igreja. O homem ficou parado sem saber como agir, era a primeira vez que ele tinha uma interação maior com a garota, desde que ela havia se mudado para a cidade. - Oque ela tinha? - Perguntou Rosé, se aproximando do seu pai. - Acho que a garota estava passando m*l. Deve ser por causa, da falta das drogas. - Disse ele. - Não fique preocupado, o senhor sabê que não pode salvar a todos. - Disse Rosé. - Eu sei, mas não custa nada tentar. Afinal de contas, esse é a minha missão, guiar todas as ovelhas que estão perdidas. - Disse o homem. - Deus sabe o quanto o senhor se esforça para fazer isso. - Disse a garota, abraçando o seu pai. - Rosé, vamos. - Disse Shawn, chamando a namorada. - Pai, os meus amigos me chamaram para ir até a lanchonete da cidade. O senhor não se importa se eu for, não é? - Perguntou Rosé. - Se o Shawn vai com você, por mim tudo bem. Só não quero que você fique muito tempo na rua. - Disse o pai, da garota. - Não se preocupe, eu não irei demorar muito. - Disse Rosé, beijando o rosto do seu pai. A garota loira correu na direção de Shawn, segurando a mão do rapaz. - Cuide bem da minha filha. - Disse o pastor. - Não se preocupe senhor, eu cuidarei. - Disse Shawn. O grupo de jovens, se dirigiu até a saída da igreja, se retirando do local. Eles caminharam até os carros estacionados, quando avistaram Lisa agachada ao lado da igreja. Parecia que a garota estava vomitando. - Caramba, a tailandesa está mesmo passando m*l. - Disse uma, das garotas do grupo, chamada Camila. - Ela deve está sofrendo com a abstinência. Não é nem uma surpresa, essa garota não parava um segundo de se drogar. - Falou uma garota, de olhos verdes, chamada Lauren. - Devemos ajudar ela? - Perguntou Conan. - Melhor não, vamos embora. - Disse Shawn. De longe, Lisa podia ver o grupo a observando. A garota sentia um sentimento de vergonha, ao ser flagrada naquela situação. Os jovens encaravam Lisa, que desviou o olhar, decidindo sair dalí. - Esquisita. - Disse Lauren, dando uma risada. - Não tem graça. - Disse Rosé, censurando a atitude da outra garota. - Tanto faz, vamos logo para a lanchonete que eu estou com fome. - Disse a morena, de olhos verdes. Haviam duas caminhonetes estacionadas no local, uma prata e outra vermelha. Shawn e Rosé, entraram no veículo prata, que pertencia ao pai do rapaz. Enquanto, Conan, Troye, Camila, e Lauren, foram no outro carro. Os dois veículos deram a partida, saindo do local. Ao passarem por Lisa, Rosé olhou pela a janela, para a garota de cabelos curtos, que estava pálida. A tailandesa andava devagar, se segurava para não vomitar outra vez. Rosé se sentiu mau, por não ter ido ajudar a outra garota. Provavelmente essa séria a atitude que o seu pai tomaria. Mas ele mesmo já havia proibido a filha de se aproximar de Lisa, já que a tailandesa não era uma boa companhia para uma garota de família como ela. Lisa voltava para casa, sobre o sol escaldante de Melbourne. A garota sentia como se estivesse pagando por todos os seus pecados. Com certeza a mãe da tailandesa havia usado a igreja, como um tipo de castigo. A mulher sábia como a filha odiava aquele tipo de lugar. Para a garota não existia nada mais c***l, do que acordar cedo em um final de semana para ir a igreja. Lisa só queria chegar logo em casa, a garota de cabelos curtos já não aguentava mais, ficar longe do seu quarto, e da sua confortável cama. O corpo todo da garota tremia, sentindo a falta das drogas. Lisa queria colocar na sua boca, pelo menos um mísero cigarro comum. Depois de caminhar por algumas quadras, a garota havia finalmente chegado a sua casa. A jovem adentrou a sua residência, dando de cara com a sua irmã mais nova, que se chamava Pie. A pequena garota estava no chão da sala, fazendo as lições da escola. - Oi pirralha. - Disse Lisa, com uma voz fraca. A mais nova se levantou do chão, indo em direção ao sofá. A garota pegou um celular que estava sobre o móvel, discando um número e ligando. - Oi mãe, sou eu. A Lisa já voltou da igreja, ela chegou em casa no horário que a senhora ordenou. - Dizia a garota. Lisa olhava para a irmã dedo duro, enquanto a menor passava a informação para a sua mãe. - Até mais tarde, beijos. - Disse a mais nova encerrando a ligação. - Então quer dizer que a pirralha dedo duro, trabalha agora para a nossa mãe. - Disse Lisa. - Primeiro, eu não sou "Pirralha" eu já tenho 10 anos. Segundo, a mamãe e eu só estamos cuidando de você, queira você goste ou não. - Disse a mais nova, se sentando no chão. A garota voltou a sua atenção, para o seu dever de casa. Lisa encarou a garota, soltando um longo suspiro. A mais velha não tinha forças para discutir com a irmã, pós estava fraca demais para isso. Lisa então, subiu as escadas, se dirigindo para o seu quarto. A garota se deitou sobre a cama, do jeito que havia voltado da rua. A tailandesa não tinha nem forças para tirar os seus tênis. Lisa agora olhava para o teto do seu quarto, tentando não pensar na manhã torturante que havia tido. Por mais que a garota tentasse, era difícil controlar as tremedeiras das suas mãos, e a sua respiração que estava acelerada. Havia se passado alguns dias desde que a garota havia tido a sua primeira overdose. Mesmo depois de ter passado pela terrível experiência de quase morte, a garota não conseguia para de pensar em usar entorpecentes. O vício conseguia ser maior, do que o medo de morrer. A garota olhava para o teto, enquanto sentia como se estivesse afundando em sua cama. Aquela sensação era horrível, o sentimento de ansiedade, e angústia, só piorava a situação da tailandesa. Naquele momento, a garota não se importava em morrer. Talvez assim ela pudesse, descansar em paz.

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