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Não se sabe o exato momento em que uma história começa, só sabemos que se tornou uma história quando já nos encontramos dentro dela. Foi assim com Gizelly e Rafaella, duas mulheres distintas, que moravam em estados diferentes, mas que por malandragem do destino se encontraram.

Esta é uma história sobre um encontro, mas também, uma história sobre duas mulheres, que se encontram e vivem suas próprias escolhas.

Espero que vocês gostem!

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O início
POV NARRADORA Oi, a todos que estão lendo... Não, não! Acho que uma boa história deve começar com um bom início. Ram ram, deixa eu começar de novo. Esta é a história de um encontro, bom, poderia muito bem ser uma história de amor, mas prefiro que seja a história de um encontro, eu, bom, a narradora dessa história, sou uma de suas personagens, mas não, não! Não me perguntem mais nada, ainda não posso me revelar para vocês, mas aqui vou eu, me aventurando nesses parágrafos pra contar um pouco mais sobre essa história de um encontro, então apertem os olhos nessa tela que nós começamos agora a contá-la. Esta é uma história sobre Rafaella Kalimann e Gizelly Bicalho, ou vice-versa, não sei em que ponto se tornou uma história de ambas, mas como eu disse, essa é uma história sobre um encontro, então não importa a ordem que eu a conte, ela sempre dará um jeito de juntar essas duas pessoas em algum momento. Então, vamos conhecer um pouquinho sobre nossas protagonistas: 1/2. Rafaella Kalimann: ou simplesmente "Rafa", como preferia ser chamada, era uma das mais famosas digital influencer brasileira, status que lutou muito para conseguir e sabia muito bem o peso que isso colocava sobre seus ombros e todos os dias lutava para manter esse status, mas não pela fama e pelo dinheiro, muito menos pelos flashes sobre si que sempre estavam presentes a cada passo de sua vida, mas sim, por seus fãs e por aqueles que não eram seus fãs, mas que ela podia e conseguia ajudar com tudo o que conquistou com sua imagem e fama. Quem conhecia verdadeiramente Rafa Kalimann sabia que ela era uma mulher que gostava de pensar nos outros, mesmo com todo o ódio que era destilado sobre si, ela mantinha sua essência e nunca fez questão de bater de frente com as fake news e críticas infundadas que tinham por base a sua pessoa, sempre fora justa e paciente como era Jesus - seus amigos e fãs brincavam -, sabiam também que ela nunca gostava de demonstrar seus sentimentos, suas dores e tristezas, por isso surgiu uma brincadeira que a chamava de blindada - e esse apelido pegou e se tornou o nome de seu fandom -, mas na realidade, Rafa sempre somatizava todos os seus problemas, dores e tristezas e quando estourava, passava dias m*l e escondida de todos, sempre alegando algo relacionado à algo em seu trabalho que precisava fazer e apenas se isolava. 1/2. Gizelly Bicalho: advogada criminalista, só pelo status de sua profissão as pessoas já formavam uma imagem em sua mente dela: mulher séria, defensora de bandidos e criminosos, durona, séria, decidida e confiante. Puf, se enganavam redondamente quem a definia dessa forma. Bom, sim, Gizelly era tudo isso, tirando a parte do senso comum que a chamava de "defensora de bandidos", mas em sua versão profissional. A mulher que ia defender ou atuar como assistente de acusação em algum caso era exatamente assim! O que não sabiam era que no seu pessoal ela era quase que o oposto daquilo: tinha pose de durona, mas tinha o coração mais lindo que eu já pude conhecer, era capaz de abrir mão de um sonho para ajudar alguém, era fiel e leal a suas amizades e por isso, as escolhia a dedos, costumava dizer que tinha muitos colegas, mas amigos de verdade, ela contava nos dedos. Era uma pessoa muito sensível também, especialmente quando estava dentro do seu círculo de amizade, pois não precisava fingir ser forte e sempre deixava sua essência transparecer. Ela também amava carinhos, deixando o ar de durona ir embora na primeira oportunidade de recebê-lo que aparecia. Bom, essa é a Gizelly, na verdade, um pouco desse furacão - como as pessoas que a conheciam costumava chamá-la. Agora que já as conhecemos, vamos dar início a esta linda história de um encontro... Mas que poderia ser de uma bela história de amor!!! Bom, começarei falando sobre Rafaella, que nesse dia acordou em mais uma vez com a agenda cheia de afazeres, assim como havia sido os anteriores dessas duas últimas semanas. Era uma quinta-feira e Rafa ainda estava trabalhando em algumas campanhas de marketing: havia sido contratada para ser a madrinha da marca Gillette Venus, a qual conseguiu resolver tudo, inclusive o comercial, em alguns dias, havia sido chamada também para ser madrinha da Brahma duplo malte, campanha comercial que estava gravando agora, nesta manhã de quinta, em uma praia do Rio de Janeiro. Além disso, essas duas últimas semanas foram cheias de reuniões para definir seus futuros contratos e seus próximos passos. Sua rotina puxada havia deixado Rafa cansada, mas ela não reclamou em nenhum momento, encarava tudo com um belo sorriso no rosto.   POV Rafa Kalimann Acordei cedo nesta quinta-feira, essas duas últimas semanas tinham sido puxadas demais, cês não tem nem ideia do tanto de coisas que eu tive que fazer. Eram reuniões, gravações, mais reuniões, aguentar minhas assistentes e primas Marcella e Flavina, que sempre estavam comigo, levando trabalho pro hotel que estávamos hospedadas, ah, tô realmente exausta... Mas no meio disso tudo tinha meu momento preferido: falar com meus fãs, ou melhor, meus blindados, como gostavam de serem chamados. Nesta manhã em especial, apesar de toda a minha exaustão, eu tava feliz e aos poucos fui revigorando minhas energias enquanto gravava mais um story pro meu **, afinal, o comercial da Brahma duplo malte que eu ia gravar ia ser rapidinho (ao menos esperava) e logo após eu ia ter um encontro com alguns dos meus blindados, para esse compromisso sim eu estava nervosa e ansiosa! Sempre me sentia assim quando ia conhecer alguns deles, essas pessoas conseguiam me ler perfeitamente bem, mesmo me conhecendo apenas pelas mídias sociais, louco não? - Rafa, acorda desse mundo paralelo aí – disse Flavina – esse story que cê tá gravando tá ficando gigante depois dessa sua paralisada que te prendeu nos pensamentos – sorriu. - Eu me distraí, uai, cês não tão vendo o quanto que esse Rio de Janeiro tá lindo hoje não? – falei, tentando disfarçar que realmente me perdi em meus pensamentos. - Pois trate de finalizar logo teus stories que estamos chegando para gravar esse comercial – foi a vez de Marcella falar. - Pode deixar, estarei finalizando ele agora mesmo. – falei sorrindo, e seguida bloqueei a tela do meu celular e encarei Marcella – Pronto, viu só? Finalizei rapidinho – sorri. - Larga de ser b***a, Rafa – Marcella falou me olhando e Flavina sorriu. - Ansiosa para o seu encontro com os fãs? – Flavina perguntou enquanto encarava a tela de seu celular. - Demais! Nada contra vocês, mas com toda certeza será a melhor parte do meu dia! – respondi. - Só não vou falar nada porque sei que você precisa desse momento – Marcella falou. - Pior que preciso muito disso – falei. - E nós sabemos disso. – Flavina respondeu, agora me olhando – Ou você acha que a gente marcou isso por acaso? Sem chances, a gente sabe que a rotina tá puxada e que você precisa desestressar, então admite, somos ou não as melhores pessoas do mundo? – falou em tom de brincadeira. - São sim. – falei sorrindo – As melhores, sem dúvida... Eu já disse que amava o jeito como essas duas sempre cuidavam de mim e de minha carreira? Pois é, apesar de ser tudo super corrido, elas sempre pensavam no melhor pra mim, quando percebiam que tudo tava puxado, cansativo ou que de alguma forma não tava legal pra mim, elas davam um jeito de me arrumar um momento leve com meus fãs, foi por isso que marcaram esse encontro com 5 deles hoje, sabiam que a rotina tinha sido puxada e que eu estava exausta, sabiam que isso iria aquecer meu coração e revigorar meu ser, e esse não seria mais um dia cansativo que passei nessas duas últimas semanas nessa linda cidade. Logo após ter terminado de gravar o comercial pra Brahma duplo malte – e cês não tem noção do tanto que ele ficou leve e bonito –, me sentei em uma cadeira enquanto aguardava Marcella e Flavina me chamarem para irmos embora, nesse meio tempo, acabei me perdendo em meus próprios pensamentos, na verdade, na exaustão que estava sentindo. Acabei me perdendo olhando pra um ponto qualquer enquanto ouvia as vozes de fundo se fazerem presente no ambiente, porém, estava sem pensar em nada, quando uma voz me fez voltar a mim: - Ei Rafa, acorda! – disse Flavina – Cê anda visitando muito esse mundo paralelo – novamente sorriu fazendo menção ao que havia acontecido mais cedo. - Ai Fla, tava só pensando em como o dia de hoje foi produtivo – falei com um sorriso de canto de boca, mesmo sabendo que isso era apenas uma meia verdade. - Hm, isso tem nada a ver com cansaço não, né? – Flavina me respondeu, ela me conhecia bem demais pra deixar minha meia verdade passar em branco. - Cansaço é natural Fla, mas eu tava só pensando nisso mesmo, juro – respondi olhando para ela, que apenas riu para mim. Nesse momento, Marcella se aproximou, falando como quem quer nos trazer de volta à nossa agenda. - Olha flores do dia, cês acham que a gente já acabou a nossa agenda de hoje? – falou e nós só a olhamos. Por um momento havia esquecido do meu penúltimo compromisso do dia, como pude? - Vamos que os fãs já tão te esperando Rafa – Marcella disse, se virando para ir em direção ao carro. Eu e Flavina a acompanhamos, ao chegarmos no carro, entrei no banco do carona e Flavina foi atrás, o meu sorriso demonstrava muito bem o que eu tava sentindo, todo meu cansaço havia cedido lugar para uma alegria e felicidade que não sabia explicar. - Se ficar mais animada tua boca vai acabar rasgando. - Fla comentou, eu apenas me virei para trás e dei língua para ela, fazendo-a sorrir – Muito adulta você, Rafa. - Como eu já disse: não posso fazer nada se essa é a parte da agenda que eu mais amo! – afirmei sem tirar o sorriso do rosto, retomando algo que já havia dito hoje mais cedo. Havíamos marcado com os fãs em uma pizzaria, queria que fosse algo leve e que todos gostassem. Chegamos lá por volta das 18h45min e cinco rostos animados me olharam sorrindo, me senti acolhida e em casa, parecia que o mundo não podia estragar minha felicidade. Eram quatro garotas e um garoto, todos me abraçaram. - Meu Deus, não acredito que eu tô mesmo aqui com Rafa Kalimann – a garota mais baixa falou animada. - É ela mesmo, meu Deus! Olha só pra isso, parece que não é real – disse a outra enquanto tocava no meu braço, eu apenas sorria com os olhos pra cena. - Rafa como você consegue ser tão linda assim? – o garoto perguntou. - Olha... – notei que havia esquecido o nome de todos eles – Desculpa, já me esqueci o nome de vocês – falei com uma cara de envergonhada. - Cléber! – ele disse com um sorriso reconfortante – A gente sabe que você está muito cansada, não se preocupa com isso, você é sempre perfeita – eu sorri em agradecimento a compreensão. - Eu não sou perfeita, estou longe de ser. Eu acho que, bom, por mais clichê que pareça, cada um de nós somos lindos bem do jeitinho que estamos. Pra mim a beleza tem a ver com está bem consigo mesma, não importa se pra isso você põe silicone, ou faz preenchimento labial... – disse apontando pra mim mesma – Ou se você se ama do jeitinho que veio ao mundo. Porque a beleza tá nisso, no que você mesmo vê, não no que os outros pensam e falam, ou julgam ser bonito ou feio. - Fácil falar, você é linda – a garota de óculos falou. - E você também é! – disse e senti que vinha uma rebatida em sua fala, então me adiantei – Eu mesma me importava com a aprovação dos outros, hoje não tanto. Tô em paz comigo mesma e com meu corpo. Me sinto bonita, então isso é o que importa. Ficamos ali, comemos, sorrimos, tiramos várias fotos, gravamos stories, até um tik tok da gente brincando de “eu nunca, eu já” acabou saindo daquele pequeno encontro. Foi tudo mágico, bom, leve! Eu simplesmente amava retribuir todo o carinho que recebia daquelas pessoas. Quando o encontro com eles finalmente terminou, Marcella pagou o uber de todos os cinco e me tirou da bolha feliz na qual eu estava: - Vamos, temos que passar no hotel para pegarmos o resto das nossas coisas, o nosso vôo pra São Paulo sai amanhã, logo cedo, às 06h05min - Marcella comentou. Concordamos, eram 22h02min quando chegamos no apartamento, terminamos de arrumar nossas coisas e logo fomos dormir, eu, na realidade, capotei na cama após tomar meu banho, estava exausta e sabia que amanhã seria um longo dia...   POV Narradora Enquanto isso, em um tribunal de Vitória no Espírito Santo, Gizelly se encontrava em meio a um de seus casos junto ao Ministério Público, participando de uma audiência enquanto uma assistente de acusação. Era um caso delicado e Gizelly sabia que estando lá e atuando como assistente de acusação faria com que o processo fosse visto de outra forma, fosse mais bem cuidado e bem-feito. O dia não estava sendo fácil para Gizelly, era o estresse do trabalho que estava fazendo, junto com o cansaço do acúmulo de trabalho que já havia feito, ela estava exausta e como sempre fazia em seu trabalho, se cobrava demais, não se permitia descansar enquanto não finalizasse um caso, para ela, o trabalho era uma das coisas mais importantes da vida e por isso sempre se dedicava demais a ele. Sua sorte era que trabalhava com sua melhor amiga, isso de certa forma tornava os momentos de estresse mais leves, Tabata estava sempre lá ao lado dela, pra tudo o que precisasse, elas eram inseparáveis, bom, elas duas e Letícia e Taís também, eram o quarteto inseparável.   POV Gizelly Bicalho O dia começou estressante, estava atuando em um caso como assistente de acusação, era um caso importante para mim, queria assegurar o dominus litis e pedir a prisão preventiva do acusado. O caso era delicado. A mulher havia sofrido por anos quase todos os tipos de violência doméstica prevista na Lei nº 11.340/06, mais conhecida como Lei Maria da Penha, ela passou pela violência psicológica, moral e patrimonial sem ter consciência alguma disso, só percebeu após nos contar toda a sua história. O estopim que fez com que a vítima entrasse de cabeça e assumisse esse processo foi a violência física, seguida da s****l e pasmem, ela não havia tomado a iniciativa de denunciar o seu agressor. Eu que acabei a encontrando na rua, ela estava machucada e assustada, não sabia o que fazer, seu olhar continha medo, dor, tristeza, ela estava se sentindo perdida e seu olhar demonstrava isso. Sempre que posso eu atendo casos de mulheres que sofrem qualquer tipo de violência doméstica de forma gratuita, é a forma que encontrei pra doar um pouco daquilo que eu amo fazer para as pessoas que não possuem dinheiro para pagar um bom advogado. Por isso, primeiro eu a levei ao médico, depois conversei com ela e foi ali que descobri a situação que esta mulher vinha enfrentando sozinha, sem ajuda ou suporte algum de qualquer pessoa que fosse. Eu auxiliei a mulher no que deveria fazer, não pude pegar o caso diretamente, estava mergulhada em outros casos um tanto quanto complexos e que requeriam minha total atenção, então, decidi me juntar ao caso enquanto assistente de acusação. E a primeira coisa que fiz foi requerer um pedido de prisão preventiva para o marido dela. Hoje, nesta quinta-feira, estávamos em uma audiência, que definiria qual o desfecho dessa história, Roberta – este era seu nome – estava bastante nervosa e antes de entrarmos na audiência eu falei: - Calma Roberta, dará tudo certo, tudo foi exposto e esclarecido, vai ficar tudo bem, você vai ficar bem – eu disse, enquanto a tocava em seu braço esquerdo. Roberta apenas me olhou e sorriu sem jeito, seu nervosismo continuou, até que o juiz proferiu a sentença: Culpado! Nesse momento Roberta começou a chorar, me abraçou e agradeceu por tudo o que eu fiz. Depois dessa pequena vitória, tive que ir correndo encontrar com Letícia, Taís e Tabata. Elas eram minhas melhores amigas, a Leti e a Tabiti – como eu costumava chamá-las – eu conhecia desde pequena, foi uma amizade que surgiu assim que me mudei pra Vitória com minha mãe – antes disso eu nasci e vivia em Iúna, no interior do Espírito Santo –, a Taís era baiana e veio pra cá no último ano do ensino médio, após sua mãe ter conseguido um emprego em Vitória, fazendo com que ela, o pai e o irmão embarcassem nessa nova vida, mas só a conheci no primeiro ano de faculdade, nosso santo logo bateu, claro, dentre as meninas, Taís era a mais da bagaceira como eu. Eu e Tabata trabalhávamos juntas, no mesmo escritório, Taís e Leti em outro, mas nós sempre nos ajudávamos nos casos mais difíceis e esse era um deles... - Desculpem meu atraso. – falei após entrar no apartamento de Tabata e jogando minha bolsa em cima do sofá, indo para a mesa onde duas delas já trabalhavam – Conseguiram algo? - Ainda não, eles têm um caso muito bem estruturado, Gi – Tabata falou, desanimada. - Vamos ter muito trabalho por aqui – disse Leti. - E cadê Taís? – falei, mas logo vi a morena saindo da cozinha com uma garrafa de café e quatro xícaras, me oferecendo uma e prontamente enchendo-a com o líquido escuro. - Obrigado – disse com um sorriso. Passamos horas estudando o caso, era sobre um garoto preto, Gabriel, que foi pego na rua com cerca de trezentos reais no bolso enquanto ia até o supermercado fazer sua feira mensal. Os policiais o abordaram, o acusaram de tráfico e o prendeu. Claro que ele havia falado pra que era o dinheiro, mas os policiais não acreditaram e preferiram rotular o garoto de apenas 19 anos como traficante, e agora, nós tentávamos arrumar um jeito para defendê-lo e livrar o garoto da acusação. Mas o dia seria longo e provavelmente não conseguiríamos nada por hoje, estávamos todas exaustas. Maldita sociedade racista!  

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