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Compromisso Exclusivo (Vol.4)

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O destino da Joana, Daniela e Fernanda é uma complexa e intensa relação a três. Durante essa jornada os desafios a serem superados são imprevisíveis. A presença de uma quarta pessoa disposta a ocupar o lugar de uma delas é o principal obstáculo. Será que existe um elo forte o suficiente para unir essas três ou tudo não passa de uma experiência lasciva?

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Noite do flagrante
Joana Blanc - Aprendi a observar os padrões de comportamento e pensar em formas produtivas de condicionar a minha mente e os meus hábitos. Quando você passa anos lidando com sentimentos de culpa e com o medo do fracasso é preciso quebrar certos paradigmas como acreditar que os erros invalidam todos os seus acertos. Da mesma forma é necessário compreender que por mais que você tente alcançar a maior taxa de sucesso nas suas ações, o resultado de algumas apostas depende do esforço de outras pessoas e não é justo pensar que elas consigam investir com o mesmo empenho. Projetar a próprias vontades e capacidades no outro é como ficar diante de um abismo e se deixar conduzir de olhos fechados. As chances de dar errado são altas demais. Esse foi o erro que cometi ao confiar os meus sentimentos a Daniela. Apostei todas as minhas ações em uma relação complicada e não observei que nos tornarmos distantes muito antes do nosso namoro chegar ao fim. Por um tempo preferi acreditar que estávamos construindo algo simbólico e que aos poucos poderíamos evoluir a relação, mas vendo a forma como tudo acabou ficou evidente o quanto escolhi ignorar os fatos. Demorei alguns segundos para entender o que significava a Daniela e a Fernanda seminuas em uma mesma cama. Essa visão poderia ter sido a do paraíso, mas na verdade era o meu inferno pessoal abrindo as portas do passado para cobrar uma divida amarga. Nunca pensei que fosse me deparar com a Fernanda em uma cena dessas e jamais imaginei que esse pudesse ser o cenário do meu término com a Daniela. Em algum lugar a loirinha divertida e espontânea se perdeu ou de repente ela apenas mudou e se tornou uma pessoa diferente. De qualquer forma a Dani podia ter deixado claro que não tínhamos mais uma conexão como no começo. Nosso relacionamento não precisava terminar da forma como terminou. Ela fez questão de partir o meu coração e com isso excluiu qualquer possibilidade de conseguirmos conviver novamente algum dia. - Rebeca. Desculpa ligar a essa hora. Você pode conseguir um jatinho particular para uma viagem do Rio de Janeiro a São Paulo. Não quero esperar no aeroporto. É possível? Liguei para a minha assistente pouco depois de pedir para o motorista parar em um restaurante a alguns quarteirões do Flat onde a Daniela estava. - Posso providenciar agora mesmo. Está tudo bem com você? - Sim. Eu tenho que resolver um assunto com meu irmão. Avise-me quando conseguir o voo. Despedi-me dela rapidamente e em seguida pedi que o garçom trouxesse uma garrafa de conhaque para a minha mesa. Dispensei qualquer aperitivo e decidi beber esperando que o álcool me fizesse engolir a decepção. Deixei à cobertura com o choro preso na garganta e preferia muito mais beber com elegância a chorar como uma criança desiludida. Depois que eu tomei duas doses a Rebeca ligou para o motorista e informou o endereço do hangar do jatinho. Deixei o restaurante levando a garrafa de conhaque e continuei bebendo durante o voo. Quanto mais pensava na Daniela mais sentia cede de beber e vontade de quebrar alguns objetos. Queria fazer qualquer coisa para não cair no choro antes de ficar sozinha no silêncio de um quarto com todas as luzes apagadas. Era difícil manter a compostura estando com o coração partido. Chegava a ser penoso ter que respirar com esse sentimento aflitivo pressionando o peito. Quando desembarquei em São Paulo um motorista estava a minha espera. A Rebeca providenciou tudo que eu precisava e ela não errava nunca. Chegando ao hotel pedi que ninguém me incomodasse e continuei bebendo conhaque. Por um momento me perdi em pensamentos ao ficar encarando o anel de compromisso em meu dedo. Acreditei que tinha encontrado alguém pra compartilhar meus melhores e piores momentos. Contudo, a realidade é que a Dani nunca aceitou ser essa pessoa. Ela não teve maturidade emocional para compreender os dilemas da minha vida e ainda conseguir gerencias os próprios sentimentos. A imaturidade da loirinha tornou o nosso relacionamento impossível e ao pensar nisso também concluí que tive a minha parcela de inexperiência nesse namoro. Cometi vários erros e precisava examiná-los para conseguir respostas que justificassem o caos que essa relação acabou resultando. O mais imprevisível era a presença da Fernanda no meio dessa confusão. Restou-me apenas presumi que as duas tinham sentimentos que estavam além da minha história com uma e com a outra. Assim que terminei de beber o conhaque pensei em escrever uma carta para a Daniela. Cabia muita coisa naquele recipiente mais robusto e fazia sentido que a nossa história preenchesse um espaço maior. Nunca destinei tantas emoções intensas a uma mesma pessoa. O curioso era pensar que a Daniela entrou na minha vida pra ficar por uma noite e depois de um tempo eu cheguei a desejar que a loirinha ficasse para sempre. Era quase enlouquecedor ter que lidar com a situação dramática em que o nosso relacionamento terminou. - Chega de repetir padrões. Nada de cartas e nada de beber até perder a compostura. Declarei em voz alta e acabei rindo de como isso soou estranho na minha cabeça. Deixei a bebida de lado e sai me apoiando nas paredes até chegar ao banheiro e ir para debaixo do chuveiro com roupa e tudo. Um banho de cabeça costumava fazer milagres quando lavava a alma e as lágrimas que a essa altura não dava mais para segurar. Dessa vez chorei sem medo de me entregar a dor e para ser sincera nunca senti nada parecido em toda minha vida. A sensação era a de ser espremida e pisada ao mesmo tempo. Parecia que algo estava prestes a sair do meu peito e a única forma de aliviar essa dor lacerante era chorando. Era impossível pensar em como seguir em frente enquanto me afogava nessa lama de inquietude. O melhor a fazer era aceitar o sofrimento por uma noite e pensar que no dia seguinte daria tudo de mim para melhorar um pouco. Toda mudança começa com a primeira ação e superar a Daniela seria um processo complicado. Mas dessa vez eu não estava disposta a me entregar aos vícios e muito menos a padrões destrutivos.   Fernanda Porto - Voltei à cobertura para conversar com a Daniela. Pensei em encontrarmos um jeito de resolvermos todo desconforto gerado por um flagrante que podia ter sido evitado. Era impossível sentir-me totalmente inocente diante das circunstâncias, sobretudo depois das palavras maldosas que a Dani fez questão de dizer olhando nos olhos da Joana. Ela claramente explorou a minha presença para deixar a Joana ainda mais ferida. Entrei na cobertura e a encontrei mexendo no celular e soluçando enquanto chorava. Cheguei a pensar em confortá-la com um abraço e dei um passo atrás vendo que ela enxugou as lágrimas com o dorso das mãos e mudou de semblante como se quisesse mostrar tranquilidade. - Precisamos conversar. As suas palavras diante da Joana tiraram a situação do contexto Dani. - Falei a verdade. Eu beijei você e não fui correspondida como esperava. - Como esperava que ela reagisse ao ouvir essa afirmação? Quando começamos a conversar você estava abalada por ter recusado o pedido de casamento da Joana e chegou a ligar para tentar se desculpar. O que aconteceu em poucas horas que mudou tudo na sua cabeça? Perguntei sem entender. - Você percebeu o jeito que ela me olhou? - A Joana nos flagrou seminuas na cama. Por acaso queria que ela gostasse da surpresa? Usei um tom ácido ao questioná-la. - Tanto faz Fernanda. Não me importa mais. Estou esperando minha amiga chegar e nunca mais vou colocar meus pés nessa cobertura. O que a Joana pensa de mim é problema dela. Ela deu de ombros parecendo uma criança birrenta. - Eu me importo com os sentimentos da Joana. Ela merece sua consideração. - O que está fazendo aqui? Porque não foi atrás dela? Seu tom grosseiro me deixou incomodada. - Você me envolveu nessa situação Daniela. Agora vai ouvir o que tenho a dizer. Deixe esse orgulho infantil de lado e ligue para a Joana. Não permita que esse flagrante seja o desfecho do namoro de vocês. Seja madura e diga a verdade sobre o que sente. Você gosta dela e apenas não sente que está pronta para casar. Admita sua insegurança com a pressa dessa relação e reconheça que falou coisas sem pensar! Você vai ter muitos arrependimentos se não terminar do jeito certo. A Joana não é uma pessoa qualquer. Saiba que vai lamentar se estragar tudo da maneira que está tentando fazer. Meu conselho foi de coração. - Você disse o que queria Fernanda. Só que eu não perguntei a sua opinião! Vejo que está preocupada com os sentimentos da Joana. Só pare de perder tempo comigo e corra atrás dela! A raiva da Daniela não era de mais ninguém além dela mesma. - Estou preocupada com as duas. Sou amiga da Joana e pensei que fossemos amigas. Insisti na tentativa de incentivá-la a fazer o correto. - Amigas não se olham do jeito que vocês se olham Fernanda. Não quero nada da Joana e também não quero nada que venha de você. Porque não fica feliz com o fim desse namoro? A Joana está livre pra você correr atrás dela e me deixar em paz. Sei que passou anos esperando pra ser a namorada dela e deve ter ficado chateada porque eu consegui isso em pouco tempo. Consegui todas as coisas que você nunca conseguiu. Agora é a sua vez de mostrar a Joana que realmente é a namorada perfeita!  - Você está com raiva. Presta atenção nas bobagens que está falando porque vai sentir um profundo arrependimento por cada uma delas. A Joana não é um objeto pra trocar de mãos dessa forma que está sugerindo. Ela pode não ser livre de defeitos, mas tem diversas qualidades que a tornam especial. Por isso sempre tem alguém a cercando. Para um pouco para pensar. Ainda dá tempo de mudar essa situação e sair com dignidade desse namoro. - Não tem um jeito carinhoso de partir o coração de uma pessoa. Por acaso ela foi gentil quando partiu o seu no passado? - Você pretendia quebrar a Joana e me usou quando afirmou que queria ter ido além de um beijo. Não enxergou a dor nos olhos dela? Jura que era preciso machucá-la desse modo? Eu não acredito que você seja esse tipo de pessoa Daniela. Tudo bem não ser totalmente segura diante da Joana. É a Joana. Ela tem o poder de preencher todos os espaços e atrair atenção o tempo inteiro. Pode ser difícil sentir-se interessante do lado dela. Mas eu notei que ela a colocava em um lugar de importância. Não faça de conta que também não enxergava isso. Não seja a primeira namorada ingrata que pisou nos sentimentos dela. - Ouvi o discurso da Joana e agora o seu. Estou cansada disso. Eu realmente não me importo com nada do que está dizendo Fernanda. Só para de falar que está chato. Você só quer que eu faça aquilo que não conseguiu fazer quando foi dispensada no passado. Eu não vou passar a minha vida correndo atrás da Joana e sendo esquecida sempre que aparece alguém novo. Ela debochou de mim. - Quer saber você realmente não merece a Joana. A minha vontade é de bater nesse seu sorriso debochado e forçado. Sua sorte é que eu tenho compaixão o suficiente pra saber que está falando idiotices por desespero. Você sabe muito bem que fez a maior burrice da sua vida! Dei as costas e deixei a cobertura com vontade de puxar os cabelos dela. Pensei em ajudar as duas e colocar os meus sentimentos pela Joana de lado, mas a Daniela estava decidida a deixar as coisas exatamente no ponto que se encontravam. Todas as suas afirmações em relação ao namoro com a Joana foram confusas e muito duvidosas. Em determinados momentos ela parecia querer justificar certo descaso com o coração da Joana. Esse lado frio da Dani certamente não passava de encenação. Reconhecia esse teatro de longe porque fiz o mesmo ao encontrar a Joana na noite do meu noivado com a Flores. Fingir ser indiferente parecia ser o certo naquela ocasião, mas não passava de uma escolha depreciativa. Uma hora ou outra a Dani chegaria a essa conclusão e isso não era da minha conta. Contudo, estava preocupada com a percepção da Joana após o flagrante inapropriado. Não queria estragar o vínculo que estávamos voltando a estabelecer e para isso ela precisava ter certeza de que o meu interesse na Dani não era amoroso ou s****l. Daniela Andrade – Depois de uma noite desastrosa senti vontade de ir embora do Rio de Janeiro e voltar para a casa da minha avó. Queria ficar escondida do mundo enquanto colocava meus sentimentos em ordem e pensava o que fazer da minha vida. Estava apavorada e se não fosse pela Fran o meu desespero seria muito maior. Assim que a Fernanda deixou a cobertura eu coloquei minhas malas no elevador e desci até o estacionamento. Fiquei esperando a Fran chegar e nós duas seguimos juntas até o apartamento dela. - Você sabe que o espaço é pequeno, mas estamos a menos de quatrocentos metros do ateliê. O lado positivo é que não precisamos gastar dinheiro com passagem de ônibus ou gasolina. Ela disse sorrindo. A Fran se tornou minha amiga desde que a ajudei a mudar de visual e conquistar o respeito dos nossos colegas de trabalho. Dividíamos o mesmo espaço no ateliê e agora provavelmente seríamos amigas dividindo o aluguel de um apartamento mobiliado. - Prefiro ir trabalhar caminhando. A minha única preocupação é com as minhas roupas. Tem muita coisa no carro. Vou ter que deixar aqui dentro até decidir o que fazer. O apartamento dela era realmente pequeno. Uma sala com cozinha americana, banheiro e um quarto grande com armários de canto a canto e uma televisão de umas quarenta polegadas. O ar-condicionado ficava no quarto e a mesa de computador dobrável também. Era um apartamento para um casal que passava o dia fora trabalhando e só estava em casa na hora de dormir. Dificilmente as minhas coisas caberiam em tão pouco espaço. - Separei esse lado dos armários pra você. Deixe as coisas do dia a dia e as roupas do trabalho. No banheiro também deixei uma prateleira para seus itens pessoais. Vamos precisar combinar em quais dias lavamos roupa e dividir as tarefas básicas. Eu não me importo em cozinhar se você for ao mercado e lavar os pratos. Também não me importo de ficar com a maior parte do aluguel já que vou dormir no quarto e você vai descansar no sofá cama. - Eu só quero um lugar pra ficar que não seja impossível de pagar. Afirmei olhando nos olhos dela. - Fica tranquila Dani. Você pode contar com a minha ajuda. Pode ser difícil no começo porque esse lugar não se parece com a cobertura que você morou por um ano. É uma mudança complicada e eu consigo ver que está assustada, mas fique sossegada que aos poucos vamos encontrar mais espaço para o seu conforto. - Estou precisando de um banho e de algumas horas de sono. Será que podemos deixar essa conversa sobre as despesas para amanhã? Perguntei sentindo minha cabeça doer depois da noite estressante. - Deixamos para amanhã então. Eu sempre bebo uma vitamina ou suco antes de dormir. Aceita? - Aceito sim. Não sei o que seria de mim sem você. Obrigada de verdade! Agradeci dando um abraço nela. Tomei o meu banho e não demorei muito. Coloquei uma roupa confortável e depois arrumei o sofá cama enquanto bebia a vitamina que ela preparou. Quando deitei para dormir não fiquei muito tempo acordada. Estava cansada e sem forças para permanecer de olhos abertos. O sofá cama até pareceu o lugar mais confortável do mundo. Na manhã seguinte acordei tropeçando nas coisas. Estranhei o espaço e o cheiro da comida que a Fran estava cozinhando. Ela foi gentil ao preparar café com torradas e ovos mexidos, mas o cheiro no apartamento tirou o meu apetite. - Bom dia! Dormiu bem? Está com fome? Ela perguntou sorrindo. - Deitei e dormi em minutos. Aceito o café e em seguida tenho que ir ver uma pessoa. - Mudou de ideia e vai voltar com a Joana? - A Joana e eu não temos volta. Acabou pra sempre e eu não sei como vou contar para as pessoas. Só preciso ir ver a minha amiga Isabel. Ela sempre achou que esse meu namoro não acabaria bem e acertou. Preciso de alguns conselhos também. Eu não sei se a Joana vai pedir a Paola para me demitir e se isso acontecer vai ser bem difícil. - Acha que a sua ex faria isso? - Não sei o que pensar. Não saímos desse namoro como amigas. - Você devia falar com a Paola no lugar de ir conversar com essa Isabel. - Não sei se devo falar diretamente com a Paola. Pra ser sincera acho que não tenho coragem. Admiti sem graça. - Eu posso ir junto com você. A Chefona é maravilhosa demais para demitir alguém porque uma amiga pediu. Ela gosta do seu trabalho e pra completar também a considera uma amiga. - Com que cara eu vou bater na porta da Paola? Ela adora a Joana e se considera madrinha do nosso relacionamento. Eu não quero ter que explicar o que aconteceu. A Isa vai fazer menos perguntas. Estou realmente confusa agora. Não sei o que fazer pra continuar nesse trabalho. - Diga a Paola que a Joana terminou com você e que foi melhor assim. Ela não vai fazer milhões de perguntas vendo o quanto está abalada. Tudo o que você tem que fazer é mostrar que está triste e com medo de perder o emprego por conta da proximidade das duas. A sugestão dela pareceu ser a melhor. - Perdi coisas demais. Não posso perder meu lugar no ateliê. Melhor ir falar com a Paola de uma vez. Se ela garantir que não vou ser demitida eu posso descansar. Caso contrário eu tenho que voltar pra casa da minha avó. Não sei se quero ficar nessa cidade sem um trabalho. Declarei apreensiva. Agora o meu destino estava nas mãos da Paola. 

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