Desenho

1910 Words
Voldemort considerou o pequeno Harry Potter com uma expressão neutra. Eles estavam mais uma vez no parque, e desta vez Harry havia pedido materiais de desenho enquanto eles se sentavam em uma das muitas mesas de piquenique de madeira espalhadas ao redor do playground. O que se seguiu foi uma hora sólida de rabiscos e cores concentrados enquanto Voldemort se ocupava em 'não assistir porque é uma surpresa'. E então Voldemort se contentou em olhar ao redor enquanto Harry labutava em seu esforço artístico. Mas agora Harry havia terminado. Seus braços curtos pairavam sobre a página, bloqueando sua visão, prontos para revelar a surpresa prometida aos olhos de Voldemort. "Ok, você está pronto?" Harry perguntou, finalmente erguendo os olhos da superfície da mesa, um sorriso hesitante brincando nos cantos de sua boca. Harry estava sempre alegre agora que seu primo tinha pavor até mesmo das menores ofensas. As lições induzidas pelo pesadelo de Voldemort haviam se firmado; Cada vez que se encontrassem, Harry relataria obedientemente que não ocorrera mais bullying. "Sim", disse Voldemort, em partes iguais afetuoso e impaciente. Harry recuou, revelando duas formas amarelas e um fundo roxo brilhante. Voldemort inclinou a cabeça para perceber, só então Harry fez um som não muito diferente de um grito. "Espere! Eu tenho que virar isso!" O papel foi girado com pressa, e então a imagem ficou clara: Uma lua e uma estrela. A lua, de olhos vermelhos e ocupando um terço da página, obviamente era para ser ele, assim como a estrela menor com óculos circulares era para ser Harry.  "Você gosta disso?" Harry perguntou rapidamente, embora apenas um segundo deva ter passado desde que a obra de arte foi revelada. Voldemort recompensou sua carga humana com um largo sorriso. "É maravilhoso. Este aqui é você", disse Voldemort, apontando, "e este aqui deve ser eu." "Sim." Harry acenou com a cabeça, o rosto corando, e acrescentou, "Você realmente gostou?" "Eu gostei." Harry se mexeu na cadeira, indicando que estava pensando em algo, mas estava muito nervoso para falar seus pensamentos em voz alta. Voldemort esperou para ver se o menino iria elaborar por conta própria, ou se o estímulo seria necessário. Harry mexeu no canto do desenho, depois endireitou-se, provavelmente tendo tomado uma decisão. "Às vezes," Harry disse lentamente, "quando Duda faz um desenho, meu tio Válter o coloca em seu escritório." Ah. A implicação era sensata e não injustificada. Apenas Voldemort duvidava que Harry soubesse o que estava pedindo neste caso em particular. Voldemort tinha um escritório, mas não era o escritório típico de um trabalhador humano normal. Não era um lugar onde pendurassem desenhos feitos por seus minúsculos companheiros humanos. Harry tirou seu desenho da mesa, deslizando centímetro por centímetro da superfície de madeira. "Hum. Eu posso levar isso para casa comigo-" O movimento do papel congelou, interrompendo a tentativa de Harry de puxá-lo. Tanto Harry quanto Voldemort olharam para onde a mão de Voldemort havia pregado a borda oposta do desenho na mesa. Estranho como isso aconteceu. "Vou colocar isso no meu escritório", disse Voldemort, as palavras mais altas do que seu volume normal de fala. "Para que eu possa apreciar sempre que você não estiver comigo." O rosto de Harry se iluminou, mais brilhante que o sol, mais adorável do que qualquer uma das alegrias trazidas da invenção de um novo poço de t*****a no sétimo círculo do inferno. "Mesmo?" A esperança do tom era dolorosamente aparente. Portanto, a resposta de Voldemort foi firme. "Eu prometo." O final da frase não foi dito: amigos não mentem uns para os outros. Harry lançou sua parte final do desenho aos cuidados de Voldemort. Voldemort conjurou um grande envelope de papel, sabendo que esse simples ato de magia também impressionaria o menino, e colocou o desenho dentro com cuidado exagerado. "Vou manter isso em um lugar seguro até eu ir embora", disse Voldemort, enunciando enquanto falava para garantir que o significado fosse absorvido. Harry assentiu com os olhos arregalados. Voldemort fez o envelope desaparecer em uma dimensão de bolso para recuperação futura. Agora que a questão do desenho foi resolvida, Voldemort mudou o assunto da conversa para outro tópico favorito de Harry: as aventuras de Bell no submundo. * Lucius estava tendo um dia difícil. Bellatrix estava mais uma vez criando fossos extras desnecessários por todo o lugar, perturbando o padrão de linhas meticulosas de fossos que Lucius tinha tão meticulosamente organizado em seu segmento designado do sétimo círculo do inferno. Se Bellatrix não fosse uma das favoritas de seu mestre, então talvez Lucius pudesse ter tentado encher os poços vazios de volta imediatamente. Mas se Lord Voldemort decidisse que gostava do conteúdo dos poços, então Lucius não só seria f*****o a mantê-los, mas também seria f*****o a permitir que Bellatrix invadisse seu território para gerenciá-los. Era melhor deixá-la se divertir e ignorá-la, então remendar os fossos mais tarde, uma vez que ela os tivesse esquecido. Assim, quando Bellatrix se aproximou dele, Lucius empurrou para baixo sua esmagadora sensação de pavor e reuniu um sorriso de escárnio. "Bella". "Lucius." A pausa após as formalidades se estendeu, indefinidamente. Lucius ficou quieto, não piscou, nem ao menos torceu as asas para que ela não interpretasse isso como um sinal de fraqueza. Bellatrix não era o tipo de paciente. Se Lucius continuasse esperando, ela ficaria farta e falaria o que pensava. Felizmente, Bellatrix não decepcionou. “Estou convocando uma reunião,” Bellatrix disse com uma fungada a*******e. "De todos os demônios de classificação mais alta." "E você precisa da minha ajuda para convocar todos eles?" Lúcio perguntou, uma sugestão de sarcasmo vazando em sua voz. Bellatrix lançou uma bola de fogo em sua direção. Lúcio acenou para o lado, esperando o ataque, e apagou o fogo logo em seguida. "Venha agora, Bella. Você pode ser favorecida por nosso mestre, mas nós dois sabemos quem é favorecido entre seus discípulos." Todo respeito apontado na direção de Bellatrix havia sido conquistado pelo medo, o que era admirável, mas para ela convocar uma reunião levaria muito, muito mais tempo do que para Lucius, que estava em termos decentes, no mínimo, com todos os altos. demônios de classificação neste nível. Bellatrix não disse nada, o que era o mais próximo de um acordo que Lucius jamais conseguiria dela. "Vamos usar o espaço usual para reuniões?" “Sim,” Bellatrix disse. "Obviamente!" "Posso perguntar sobre o que será essa reunião?" Os olhos de Bellatrix se estreitaram, brilhando em violeta. Ela não gostou de ser questionada. "Não é da sua conta! Você fará o que eu digo-" "Você vai fazer o que eu digo," Lucius interrompeu, presunçoso, "ou então nosso mestre vai ouvir isso muito antes de você conseguir que Pettigrew se sente em sua reunião." “Nosso mestre me adora ,” Bellatrix insistiu. "Sua ameaça é vazia, Lucius." Lucius podia ouvir a corrente de nervosismo, entretanto, ele sabia que esta era uma rara oportunidade para ele alavancar alguma segurança. "Eu vou te ajudar se você jurar deixar minha área designada intocada pelo próximo século." "Século? Essa mesma ideia é ridícula. Você vai me ajudar com isso, e em troca eu terei prazer em deixar seus buracos patéticos intocados por uma década. Como um favor para meu querido cunhado, nada mais." "Meio século," Lucius barganhou. "Três décadas. Quanto mais você gastar nisso, maior a probabilidade de ele voltar e nos pegar. É pegar ou largar. Lucius cerrou os dentes. "Tudo bem. Três décadas. Jure sobre isso." Bellatrix mandou um beijo para ele. "Eu sabia que você veria do meu jeito, querido Lucius." Os melhores demônios de Voldemort estavam reunidos ao redor da grande mesa oval. A sala estava encharcada de escuridão, exceto pela variedade de velas acesas que Bellatrix colocara no centro da mesa. Lucius esfregou os olhos com as costas da mão em garra. Mesmo depois que sua mão recuou, a sala não se tornou mais confortável de se olhar. "Por que você nos chamou aqui?" Mulciber falou lentamente, recostando-se na cadeira. "Eu tenho um trabalho a fazer, você sabe." Bellatrix estava na frente da mesa - não sentada, já que aquela cadeira pertencia apenas ao seu mestre - de pé orgulhoso, as mãos apoiadas no tampo da mesa. "Eu tenho ... preocupações," ela respirou dramaticamente, lançando seu olhar intenso para os demônios ao redor. “Muitos de vocês devem ter notado que nosso mestre tem estado preocupado ultimamente. Com o que,” ​​Bellatrix disse, levantando sua voz, “Eu não sei. Mas ele tem passado mais tempo na terra. E ele cheira a humanos. " Alguns dos demônios assobiaram em confusão baixa, enquanto outros murmuraram concordância hesitante. "Eu estou preocupado!" Bellatrix repetiu. "Embora nosso mestre seja poderoso, a energia necessária para essas viagens está se esgotando, e os números da colheita diminuíram recentemente, um fato do qual todos vocês estão cientes." Aqui, Bellatrix parou para olhar para todos eles, colocando a culpa diretamente em seus ombros com o ódio ardente em seus olhos. Isso era realmente injusto, já que a maioria dos demônios reunidos aqui não eram responsáveis ​​por fazer acordos com humanos. Todos os demônios mais graduados de Voldemort tinham a tarefa de controlar a t*****a, não de adquirir novos alimentos. "E o que você espera que façamos sobre isso?" Dolohov resmungou. "Não é como se eu pudesse diminuir a quantidade de energia necessária para viajar para a Terra." Um ou dois demônios riram em resposta a isso. Bellatrix soltou um grito ensurdecedor, que efetivamente silenciou a mesa inteira. "O suficiente!" Bellatrix disse furiosamente, batendo o pé no chão de pedra com um som de estalo sinistro. "Eu quero saber o que é tão importante que nenhum de nós tem permissão para saber!" "Lá estamos nós", murmurou Barty. "Vi isso chegando." “Eu quero um voluntário,” Bellatrix continuou. "Alguém que está disposto a descobrir para mim o que podemos fazer melhor para ajudar nosso mestre em sua busca, seja ela qual for." Desta vez, quando Bellatrix olhou ao redor da mesa, ela se deparou com olhares perdidos e encolher de ombros desconfortáveis. "Bem?" ela exigiu. "Quem fará esta tarefa? Walden? Antonin?" Ambos os demônios balançaram a cabeça. "Covardes covardes," Bellatrix ferveu. "Venha, agora. Alguém deve estar disposto a tentar. Bartô?" "Cave seu próprio poço infernal de sofrimento, Bella", disse Barty, empurrando a cadeira para trás. "Acho que vou voltar ao meu próprio negócio, como nosso mestre gostaria que fizéssemos." Sentindo que a atenção de seu público estava diminuindo rapidamente, Bellatrix girou sobre a única pessoa que provavelmente cederia aos seus caprichos. "Peter, querido," ela murmurou. "Você vai me ajudar, não vai? Você vai fazer essa tarefa por mim, por nosso mestre, e você será recompensado além da medida ..." Pettigrew ficou boquiaberto como um peixe, balbuciando palavras sem sentido em resposta. Barty fez uma pausa para assistir à interação, assim como muitos outros que haviam se preparado para partir com ele. "Eu-" disse Pettigrew. "Oh, sim," murmurou Bellatrix, respirando pesadamente enquanto se aproximava do assento de Pettigrew. "Você vai fazer isso, não vai? Você verá o que nosso mestre tem feito na Terra-" Lucius bateu com a mão na queimadura repentina em seu antebraço. m***a. Merda, m***a, m***a. Aterrorizado, Lucius olhou para Bellatrix, que havia congelado no lugar, olhando com horror para a marca em seu próprio braço, que só agora estava começando a escurecer. ◆◇◆◇◆◇◆◇◆◇◆◇◆◇◆◇◆◇◆◇◆◇◆◇
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