Capítulo: 14

2137 Words
Amanhecia. Era o dia de Raul levá-la ao medico. Tomou um banho rápido, fez a barba que já aparecia bem crescida, e bateu a porta do quarto dela _ Aline. Chamou. _ já irei abrir. Disse ela sonolenta. Havia acabado de despertar. Aline abre a porta vestindo apenas uma camisola rosa um pouco transparente. Raul a olhou e disse rouco. _ você é linda Aline. _ sim, e não posso amar. Diz ela. _ você pode tudo desde que seja permitido e normal. Raul voltou a si. _ se arrume. Tenho que levá-la ao médico. Estavam já a caminho do hospital onde ela passaria por uma avaliação clinica sobre seu estado de saúde. O doutor a examina e Raul observa. _ como tem passado? Perguntou o doutor a Aline. _ tudo bem. Ela diz. _ e a memória? Lembrou-se de algo? _ sim. De tudo. _ ótimo! Fisicamente ela esta ótima. Disse o doutor a Raul. O doutor então, o chamou para um assunto em particular. _ podemos conversar um minuto senhor Raul? _ sim, claro. Disse Raul. _ fique aqui um momento senhorita Aline. Diz o medico. Ela fez que sim com a cabeça. Raul acompanhou o medico ate outra sala. _ bem, ela esta ótima fisicamente, porem, notei que ela esta debilitada emocionalmente. Parece abatida digo isso como medico. Raul suspirou em desalento. _ sim, é verdade. Afirmou. _ algo em que eu possa ajudar? Pergunta o medico solícito. _ no momento ela tem que se adaptar a nova realidade ao qual esta se adaptando. _ exatamente. E como tem sido? Pergunta o medico. _ não muito promissora. Raul disse sinceramente. _ ela se adaptou a casa aos seus costumes? Pergunta o medico. _ sim, isso não esta sendo o problema doutor. _ bem, talvez o luto a mantenha assim por um tempo. Sugere o medico. _ Como o trauma a fez perder a memória, ela não entrou em choque pela perda dos familiares. Raul diz _ posso encaminhá-la a um terapeuta se desejar senhor Raul para ajudá-los. _ sim, aceitarei sua sugestão doutor. _ ótimo, o meu trabalho então termina aqui, a encaminharei a um tratamento psicológico. O doutor anotou em um papel o dia da consulta de Aline entregando a Raul. _ aqui esta. Esta é uma das melhores psicoterapeutas do Rio de janeiro. _ obrigada doutor. Raul diz e aperta a mão do medico. voltam a sala onde estava Aline que aguardava pacientemente. _ senhorita Aline esta definitivamente curada. Aline sorri aquele sorriso cativava Raul, que sorri também. De volta a casa, Raul conversa com Aline. _ o doutor me sugeriu uma terapia a você. _ de que? Perguntou Aline quase em um sussurro. _ psicológica. _ não preciso disto. Ela diz seriamente. _ talvez não seja r**m Aline. _ não tenho nenhum problema psicológico. Ela afirma. _ esta deprimida Aline, isso é perceptível. _ e você também esta, observo o quão perceptível quanto. Comentou e olhou para ele buscando reações. _ é diferente, você passou por um momento traumático. Ele observa. _ sim, passei e aceitei, e não posso mudar este fato com psicoterapias, tenho apenas que retomar minha vida. _ esta bem, a decisão é sua. _ sim, ao menos isso posso decidir. _ pode decidir o que quiser. _ não posso, ate completar meus vinte e um. _ você sabe os meus motivos, Aline. Sabe porque me comporto desta forma. _ e você sabe os meus Raul. Diz impaciente. _ é só questão de tempo. _ sim, ate o mês de meu aniversário. Raul suspirou pesadamente. _ podemos por hoje passar um dia tranquilamente? Ele perguntou quase que em súplica. _ sempre estou disposta a isso. _ otimo. Quer ir à empresa comigo hoje? _ eu adoraria. Aline disse e sorriu. Raul chega com Aline a empresa. Todos a cumprimenta. Ele entrou na sala de Júlia com Aline. _ olá, sócia. _ olá! Que prazer vê-la aqui Aline! Júlia a cumprimenta sorridente. _ obrigada senhorita Julia. _ nada de formalidades querida. Me chame de Julia, ou de meu bem, se preferir. Raul riu. _ Júlia mantenha a classe. Raul avisa e deu um largo sorriso. _ sempre meu sócio! Sente-se Aline. Se for conhecer a empresa observe eu trabalhando, pois o mocinho aqui presente não tem trabalhando muito ultimamente Olhou para Raul que fez uma careta. _ vou mostrar a ela como funciona tudo. Raul diz. _ certo, e eu sempre a disposição as suas mudanças meu caríssimo sócio. _ Júlia dispenso as ironias hoje. Ele diz cético. _ tudo bem. Mostre a ela o que estamos trabalhando no momento - ele ligou o monitor de apresentação. Era um casal apaixonado se presenteando com um perfume _ estamos fazendo a publicidade deste produto. Ele diz. _ o perfume é feminino ou masculino? Aline pergunta _ feminino. _ acho que o casal deveria se beijar. Aline diz e Júlia concordou. _ exatamente. Demonstrando paixão, afinal este é o nome do perfume. _ portanto, eles deveriam viver essa paixão ao menos por uns segundos do comercial. Julia olhou para Raul e piscou _ ela é como o meu grande amigo Paulo, não acha Raul? Ele fez que sim com a cabeça. Sabendo que se tratava da paixão de ambos. _ então vamos contatar os atores novamente para um momento de paixão. Ele diz e Aline sorri. _ você tem talento menina e este cabeça de vento aqui presente te ouve. Disse Julia. Aline olhou para Raul _ ora Julia, também te ouço. Comentou com tom irônico. _ claramente? _ obviamente e claro. Responde Raul. _ não diria isso de forma alguma pois, quando digo para mergulhar de cabeça em seus sentimentos, você não ouve. _ deve ser por que não posso ouvir. Respondeu já irritado Aline forçou um sorriso. _ Então, tem que limpar os ouvidos! Vou fazer umas ligações na outra sala. Fique a vontade meu casal predileto! Sorrindo levantou-se _ aproveite contate os atores novamente. _ sim senhor, agora mesmo. Júlia saiu deixando-os sozinhos. Raul olhou para Aline no momento em que ela fez o mesmo. _ como se sente? _ sinto que sua amiga torce por nós. _ é. Ela não raciocina muito bem. Ele diz levantando indo ate a janela. _ ou você. Ela disse desafiadora. Ele virou-se para ela. _ se eu ouvi-la cometerei uma loucura. _ não é nenhuma loucura Raul. _ eu poderia f********r com você agora mesmo Aline. Sussurrou. _ e depois seria capaz de me amar também? Perguntou tristonha. _ o meu corpo reage de uma forma que minha cabeça não atende. Raul diz enquanto se aproxima de Aline. _ se vai me tocar, desejo que não pare. Ela o avisou e dito isto ele recua. _ em algum momento eu não vou parar. _ como nosso momento aquela noite. Raul fechou os olhos lembrando. _ não sabe o quanto o corpo de um homem dói quando pensa em f********r com uma mulher, Aline, e o meu explode de desejo por obter tudo de você. Ele diz rouco. _ então admite que me deseja _ eu provei isso Aline. _ eu o faria muito feliz Raul. _ pude constatar isso aquela noite. Se entreolham, e ele suspira pesadamente em um contra gosto. _ eu não quero que sofra, não tenho o direito de possuí-la. Precisa viver conhecer outras possibilidades. Raul diz em um pesar. _ isso sou eu quem decide. _ chegamos a um consenso. Não decide, ainda. Ela sentiu uma esperança surgir em seu coração constatando de que o impedia de ficar com ela era mesmo o fato de ser o responsável por ela no momento. _ e se não fosse meu tutor, Você e eu poderíamos ficar juntos? _ haveria outros fatores Aline. _ nenhum impossível. Raul sorriu com amargura. _ você ainda vai me enlouquecer, menina. _ como você faz comigo. _ o que exatamente eu faço? Perguntou encostando-se na mesinha cruzando os braços olhando fixamente para ela. _ você retribui meus beijos, meus carinhos. _ me diga que homem não retribuiria? Você é linda Aline, e jovem. _ somente por isso você retribui? Ela perguntou abismada. _ não vai obter nenhuma resposta que nos leve a cometer uma loucura, mocinha. Raul diz _ não foi loucura, foi paixão. _ foi loucura, e eu não vou tocá-la mais. _ quase o fez há cinco minutos. Aline diz. _ em minha defesa, você me provocou. _ eu o provoquei? Perguntou e sorriu com aquele sorriso que o deixava feliz. _ eu adoro vê-la sorrir Aline. Disse com ternura. _ sim, agora o provoco também? Ela perguntou em tom irônico. _ você me provoca ao respirar, falar, andar, ao olhar para mim. O tempo todo. _ isso é uma confissão? Ela perguntou transbordando felicidade. _ isso é a minha realidade. Agora. O agora que ele disse, significava que talvez aquilo tudo passasse. E era o desejo de Raul, ele não queria amá-la. Aline pensou. _ você odeia sentir-se assim. _ odeio porque não devo e você sabe. _ o que o impede é você mesmo. _ logicamente. Eu faria qualquer coisa por voltar naquela noite em que a beijei e não fazê-lo. _ eu retomei minha memória Raul, e sei bem que tudo começou antes do beijo. Já nos queríamos antes a tudo. Ela disse. _ o beijo foi o inicio de tudo. _ o inicio de tudo foi quando senti coisas por você no dia em que você tocou minha mão em um jantar que meus pais quando fizeram em comemoração ao seu aniversario. Ele a fitou surpreso. Aline realmente se sentia como ele. _ você se lembra daquele dia?Olhou para ele _ eu me lembro de cada detalhe nosso. Ele gemeu _ Aline não me torture. Eu não mereço. _ quero ir para casa. Ele diz. _ esta bem. avisarei a Júlia que iremos para casa. No carro de volta a casa ela não diz nada o trajeto inteiro quando a olhou viu que ela chorava copiosamente aquilo o feriu. Ficou em silencio mesmo querendo confortá-la, abraçá-la, dizer que a amava como um louco insano. Quando entraram na casa ela correu para o quarto onde jogou-se a cama, e chorou mais uma vez. Aquela noite foi como toda vez que não sabia o que fazer,foi apenas beber. Algum tempo depois. Aline saiu do quarto o viu no sofá ele a olhou sem dizer nada. _ é só o que sabe fazer Raul? _ Aline. O que quer que faça? _ quero que me ame! Gritou. _ isso não vai acontecer!  Eu disse que não iria tocar mais em você! Pois, não irei fazê-lo. Disse decidido. _ não mesmo? Ela se aproxima, ele continuou parado. Ela agora estava próxima a ele. _ quero que faça amor comigo. _ não faça isso. Pediu rouco _ você já me tem Raul. Ele se afasta dela. _ o que você não entende? Eu não quero magoá-la e você me obriga a fazê-lo! _ eu somente quero ser tua. _ Eu poderia fazê-la minha e depois esquecê-la. Raul diz com intuito de magoá-la. _ mentira Raul, eu sei que você não esqueceu o beijo e depois nossa noite juntos. Aline dizia já com lagrimas nos olhos. _ não foi uma noite foi minutos. Foi t***o. Foi s**o. Ela sentiu como que levasse um golpe. Aline sentiu-se m*l. Cambaleou, e ele corre para ampará-la. _ Aline... Olhe para mim... Ela havia perdido os sentidos. _ meu Deus, Aline... Ele a carregou para cama onde a colocou lentanente. _ Aline. Acorde. Raul pedia em desespero acariciando o rosto delicado da mulher que tanto desejava. Aline gemeu acordando. _ Aline, você esta bem? Perguntou preocupado. _ eu... Não sei... _ você perdeu os sentidos. O que sentiu? Alguma dor na cabeça? _ não. Você me disse... Ele a interrompe em um sussurro. _ esqueça o que eu disse. _ você foi rude. Ela diz _ que d***a Aline. Este desmaio não foi normal. Tenho que levá-la ao médico. _ não. Eu não preciso de medico, Raul. Já estou bem. Acho que foi emoção. Aline estava emocionalmente abatida. _ ninguém desmaia por motivos emocionais, a não ser que haja algum fator para isso. _ sim, o fator de ter ouvido dizer que somente fez amor comigo por t***o, tratando algo tão especial para mim como meramente s****l. Ela diz virando-se de costas para ele. Raul passou a mão pelos cabelos, muito nervoso. _ você sabe que não foi somente por isso, sabe extamente como me sinto, Aline. _ eu não sei mais nada. Após alguns segundos, minutos indeterminados, Raul saiu do quarto. Deixando-a. Raul estava inquieto. Aline havia perdido os sentidos e dias antes haviam feito amor sem p******o. Proteção. Pensou. Ela poderia estar grávida! _ grávida - Ele murmurou. Nunca se perdoaria se isso acontecesse.
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