Capítulo: 12

2201 Words
_ qual loucura homem? Ela perguntou abismada _ fiz amor com a Aline. Confessou _ ora, por favor, acaso isso é loucura? Vocês se amam! Isso é nítido e eu sabia que uma hora em algum momento, iria acontecer. _ ainda que seja, não podia acontecer! _ já esta feito não esta? De que adianta ficar deste jeito? _ você não entende Júlia! Eu a tornei mulher! _ sim! E daí? Um dia alguém o faria. _ pode me servir mais vodca? _ então vai se embriagar? _ não quero pensar no que eu fiz. Disse desolado. _ ela o quis Raul, você não cometeu um e*****o. _ eu fraquejei, eu não podia tocá-la, não tinha este direito. Júlia o serviu de mais vodca. Ele virou novamente o copo. _ Raul, Case-se com ela e se acaba este seu tenebroso tormento. _ não diga bobagens, Júlia. Ele diz com as mãos entre a cabeça. _ por que bobagem? Pode me dar um argumento cabível para que não o faça? _ sim! Eu posso e muitos! Sou um velho e ela uma menina! _ mas que estupidez disse! Bem, se quer sofrer, siga com seu pensamento sobre idade e afins. Quer se embriagar? Faça-o! _ melhor do que me sentir assim. Ele diz. Júlia notou que ele já estava alterado, e impediu que continuasse a beber. _ já chega Raul. Vou te levar para casa, já teve o seu momento desespero e bebeu toda minha vodca. _ se você não fosse gay eu poderia esquecê-la em seus braços. Ela riu. _ você esta muito embriagado mesmo, e eu nao te faria este favor. Mesmo sob um leve desespero, Raul sorriu. Júlia o leva para casa. Quando Raul entrou,tudo estava silencioso. _ ela esta no quarto? Júlia observou a sua volta. _ eu não sei. Raul caminhou ate a porta do quarto, onde ao abrir a porta Aline estava na cama. Suas coxas torneadas a mostra, e ainda estava nua. Como ele a havia deixado. _ p**a que o pariu. Murmurou ele Júlia a observou _ você derrubou a menina hein, garanhão. _ vou pedi-la para sair do quarto. _ Raul não precisa fazer isso. _ sim, eu preciso. Ele caminhou ate Aline. _ Aline. Ele a chamou. Ela moveu-se abrindo os olhos. _ Raul. Murmurou sonolenta. _ precisa sair do meu quarto. Aline viu a mesma mulher que viu outro dia com ele. _ preciso me vestir. diz em um fio de voz. _ você tem dois minutos. E ele a deixou ali desnorteada. Aline se vestiu rapidamente e passou por eles batendo a porta do quarto ao entrar. Nervoso pelo comportamento de Aline, Raul foi ate a porta do quarto onde ela estava. _ abra a porta, Aline. disse nervoso _ Raul... Pedia Júlia _ deixe-a. _ ela foi indelicada, você é minha visita. Ele diz _ Aline! Gritou. Aline abriu a porta. Júlia suspirou. _ sim? Ela perguntou os olhos vermelhos de chorar Raul notou, e se sentiu o mais canalha dos seres. _ peça desculpas a senhorita Júlia. _ por que deveria? - Aline o perguntou sem desviar os olhos dele. _ Raul, não se preocupe com isso. Júlia pediu. _ por que você esta na minha casa, e Júlia é minha visita e você foi indelicada com ela. _ é claro que fui indelicada! Quando o mais propenso a usar de delicadeza aqui é você! então o faça, seja delicado com ela mas, não esqueça que sei que é a mim quem deseja! Ela entrou para o quarto e fechou a porta. Júlia riu _ você mereceu isso, senhor de gelo. Ela o diz e sentou-se no sofá _ percebeu? Ele perguntou a Júlia desnorteado. _ ela esta furiosa e com razão, meu bem. O que esperava? _ vou beber um pouco mais. _ desta maneira você se tornara alcoólatra Raul. _ talvez sim! Não percebe que tenho as mãos atadas? Júlia o fitou e deu um longo suspiro. _ bem, eu já vou vê se não discute com ela. Ao invés de beber deveria dormir sócio. Olhe para você parece um psicótico. Raul a fitou, Júlia era sua amiga e estava preocupada com o estado de Raul. _ sei me cuidar, Julia. _ claro que sabe, por isso foi até minha casa chorando feito um bebe. _ entrei em desespero. _ sei. - Julia o fitou _ pense bem antes de agir, meu caro. _ tem como pensar com aquela mulher nos braços? Você conseguiria? _ tem razão! finalmente! Eu teria feito o mesmo, porém, não iria parar, e nem deixa-la depois de t*****r com ela como você o fez feito um covarde!  Vou indo. Não beba até de manhã. Ele ficou ali mesmo perdido em pensamentos. Raul fechou os olhos, e se viu na sua cama com Aline desfrutando as delícias do amor em sua plenitude. O êxtase, a loucura daquele novo sentimento. " Que vacilo." - pensou. Um solteiro convicto totalmente enlouquecido de paixão e amor. _ amor? Perguntou-se, não podia amar Aline. De nenhuma forma, além de um amor fraterno apenas. Tinha que esquecê-la, pior tinha que fazê-lo esquecê-lo. Amanhecia. Ele tomou um longo banho havia uma marca de Aline em seu corpo, um arranhão. Gemeu. Logo todas as lembranças vem a tona. Não esqueceria aquele momento de paixão e êxtase vivido com Aline, talvez nunca. Como de costume, tomava o seu café. Aline despertou em seu corpo o cheiro de Raul e o gosto de seus lábios em seu paladar. Aline jamais esqueceria o amor que fizera com Raul. Suspirou, e saiu para um banho. ao sair notou que ele a observava recostado sobre a porta da sala. _ ontem à noite... Acho que nós - ele começou. Ela o interrompe. _ ontem à noite você me machucou demais Raul. _ sim, e a tornei mulher. Lembrou-se dos momentos. _ não vou esquecer-me disto pois, você fez eu me sentir especial. Ela o disse notou o desapontamento dela. _ não foi minha intenção magoar você, Aline. _ então não magoe. Ela murmurou. _ parece fácil dizer, mas você provoca tudo isso. _ eu não provoco com que você passe tuas noites embriagando-se, ou tentando parecer indiferente ao que sentimos. Ela tinha razão. _ o fato de me embriagar não diz respeito a você. _ pois, não tenho certeza. _ estou lhe dizendo. Diz ele, Ela continua. _ o que quer provar Raul? _ absolutamente nada. Respondeu _ eu sei que me ama. Ela afirmou. _ você nem mesmo sabe o que é isso, é jovem demais. Aline virou o rosto como que sentisse um golpe. _ sim eu sei o que é. Diz ela em um fio de voz. _ imagino que saiba com sua larga vivencia. _ você não tem que me fazer odia-lo Raul. _ então fique longe de mim Aline. Disto isto, Raul saiu. Aline jogou-se no sofá e chorou mais uma vez. Enquanto Raul dirigia ate o seu trabalho, tudo que conseguia pensar era em como poderia resistir a todas aquela emoções. Ao amor por Aline. Ao prazer que ela o proporcionava. Aos encantos de seu toque, seus beijos e sua paixão escancarada por ele. Seu calor, sua vontade de estar ao seu lado. O que ele poderia fazer? Ele chegou ao trabalho. _ como esta hoje Raul? Julia o observou ao perguntar. _ eu já nem sei como me sinto Júlia. _ discutiram ontem? _ não. _ querido,  por que não se decide? Não percebe que esta apaixonado? Você esta magoando a Aline. Ele suspirou pesadamente. _ é estou magoando-a e estou apaixonado,  mas não posso e não devo estar. _ ainda com isso? Esta feito. O que tem a perder? _ nada. Ela sim, a juventude os sonhos, porque se a torno minha, a farei minha esposa e ela só tem vinte anos. _ o que acontece com você afinal Raul? Você já a tornou sua Don Juan. Ela esta na sua, e você não admite que esta louco por ela, isso parece uma novela mexicana. Ele sorri. _ eu diria que mais parece um filme triste. _ por que você faz parecer assim, enfim, já conversou com ela sobre o tal projeto de envolvê-la na empresa? _ eu não tenho cabeça para isso. _ pois resolva suas questões. E logo. _ esta me dando um conselho profissional? _ diria um conselho para sua vida em um todo. Desta maneira vai enlouquecer. Raul constatou que sim. _ acho que já enlouqueci querida sócia. _ este martírio só terá fim quando você assumir o que sente. _ é como viver o paraíso no inferno. comentou. _ o inferno esta no seu próprio preconceito. Ele a fitou. _ não é preconceito. _ tem certeza? Pois, acho que sim, você se considera um velho para a mulher que ama! _ ela tem vinte anos e eu sou tão velho que estou no lugar do pai dela. Isso não é óbvio? _ e daí? Isso não a impediu de querer você, ou sim? O fato é que você não pensa direito omisso aos seus próprios sentimentos. _ já me decidi sobre isso e sou adulto, enfrentarei esta fase. Júlia riu. _ sim... Enfrentará a levando para cama e se arrependendo depois. _ Julia, poderia não me lembrar disto... Murmurou. _ esta desta forma por este motivo homem! _ me sinto um i****a. _ o amor nos torna idiotas. Eles riram. O dia correu, e logo, anoitecia. Em seu carro, ele pensa nas ultimas semanas vividas, e como sofria com os acontecimentos. Raul não conseguia chegar a uma resolução, apaixonado por sua protegida sabia o que teria que enfrentar. Estava cada dia vez mais difícil obter argumentos para não viver aquele forte sentimento. Lembrou de quando a beijara. Aline era a filha do seu amigo a viu crescer, viu quando ela se tornou mulher, a fez mulher! Gemeu ao lembrar-se dos momentos vividos por eles, nunca havia sido tão docemente e*****o e tão fortemente envolvente. Constatando que realmente a amava e isso não restava duvidas. Ele chega ao apartamento ela estava no sofá assistindo TV. _ oi. - ele disse _ oi. Ela disse sem olhar para ele. Ele se aproxima sentando-se ao lado dela que estava linda como sempre. Os cabelos em forma de coque deixando a mostra o pescoço que ele beijara. Tão sexy. Raul não poderia evitar, e olhou para os labios de Aline louco por beija-los. _ como foi seu dia? Buscou afastar os pensamentos. _ normal. Como sempre aqui. _ tenho que levá-la ao médico amanhã. _ eu recuperei minha memória. _ eu sei. _ gostaria de não lembrar. Disse triste. _ e esquecer tudo o que viveu? _ esquercer-me de você. Ele suspirou _ isso acontecera mais cedo ou mais tarde, Aline. _ não tenho certeza. _ eu tenho certeza. Você é jovem Aline. Encontrara o amor. Ela levantou-se. _ eu a o encontrei Raul este amor não me quer. Ele a puxou para si, e seus lábios quase se chocaram. _ acha mesmo que eu não a quero? _ você luta contra o que esta acontecendo! Raul a soltou. _ isso porque não tem que acontecer. Posso impedir isso. _ você não pode controlar tudo. _ não quando se trata de você Aline, você me deixa completamente perdido. Confessou. _ nos achamos quando você deixa acontecer. Ela murmurou. _ não. Não acontecerá mais, eu nunca mais toco em você. _ então deixe-me ir. _ ir? Ir para onde? _ para longe de você! Aline grita. _ isso não esta em questão, em nenhuma hipótese sairia daqui, você é minha responsabilidade. Quando ele dizia aquilo ela se sentia dilacerada. Aline já era uma mulher não queria ser tratada como uma criança desprotegida. E menos pelo o homem a quem amava. _ não percebe que sou uma mulher? Ele a olhou _ Sim, percebo.  - ele disse enquanto a olhava dentro dos olhos. Aline calou-se. _ e você não me disse que era virgem, e me senti um cretino como ainda me sinto. _ eu não planejei isso Raul. Aconteceu. _ não planejou? Pois eu lhe digo que Sim, você planejou!  Eu chego do trabalho e você havia preparado um jantar para mim, estava linda me esperando doce, carinhosa, quente. Eu enlouquecido não resisti mas, não haverá mais possibilidades de eu cair nos teus encantos. _ você disse que queria uma esposa. Aquelas palavras o emocionam, por isso ela fez tudo àquilo por demonstrar que ela poderia ser o que almejava em uma mulher. _ sim quero não tenho mais tempo para perder com paixonites. _ é isso o que eu sou? Uma paixonite? Ele suspirou _ não, não é isso o que você é para mim, Aline e sim, isso o que eu sou para você. _ não. Definitivamente não você nao poderia ser uma paixonite quando eu amo você, Raul. _ isso vai passar Aline. Vai esquecer isso. _ esta nos condenando. Não percebe o que esta fazendo? Condena-nos por motivos banais. _ por Deus! Banais? O que você não vê é o somos. Somos incompatíveis Aline. O destino nos juntou na hora errada. Foi o julgamento de Raul irredutível. Raul jamais aceitaria aquele amor.
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