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Do convento ao morro

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Blurb

Dois mundos completamente diferentes.

Lua Cavalcanti foi criada em um Convento, pertencente a um grupo de freira em formação, persuadida a ser pacata e do lar pela sua tia, uma extrema religiosa que teve que arcar com a suposta responsabilidades de cuidar da sua sobrinha quando sua irmã e seu cunhado morreram em um acidente de avião. Totalmente problemática, priva a sobrinha do mundo e dá a justificativa de que "a geração de hoje em dia está perdida", mas na verdade, esconde um terrível segredo. Com Lua prestes a completar 18 anos, querendo viver e ter apenas uma vida normal, a mesma sairá do convento e encontrará um inferno armado pela sua tia do lado de fora.

Arrogante, insensível, bandido, perigoso, escondido e temível dono do morro do Chapadão, Enzo Lins, mais conhecido como Bradock, sofreu muito na infância, órfão, tendo que ser criança, pai, irmão e o apoio da sua irmãzinha Liza. Entretanto, só tinham um ao outro na vida. Conquistou a liderança do Morro por mérito, sempre foi esforçado e nunca demonstrou fraqueza, mesmo sendo quebrado em minúsculas partículas por dentro.

Em meio a esse mundão, Lua e Bradock se esbarram. Como diz aquele famoso ditado: "Os opostos se atraem." O que será que o destino aprontou ao cruzar essas duas linhas tortas?

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Prólogo
 Era uma noite fria, eu estava no casebre abandonado e com cheiro de mofo da minha casa, sentindo que algo não estava bem. Ouço o choro estridente da minha irmã de 3 anos, enquanto a minha mãe quicava com ela  em seus braços tentando conter o choro da Liza. Eu não entendia porque minha mãe estava tão irritada com minha irmã, será que ela estava sentindo dor? Será que aconteceu alguma coisa? Meu papai saiu já faz um tempo, eles gritaram um com o outro, meu pai com raiva me empurrou de lado e bate a porta de madeira estraçalhada que só fechava com uma corrente e cadeado.  O bip do Nokia da mamãe toca, ela larga a Liza dormindo na cama suja do barraco, atende o telefone fala meia dúzia de palavras e meio grog, vem até mim, exige gritando que eu tome conta da minha irmã e me diz que já volta, saindo quase correndo de casa com o rosto banhado de lágrimas. Eu estava sentado no sofá pequeno, assistindo meu desenho preferido na televisão, eu não estava entendendo nada, apenas permaneci sentado esperando papai e mamãe voltarem, mamãe não colocou minha comida e eu estava com muita fome, passo a mão na minha barriga, já era noite, eu só queria minha janta. Me assusto quando um barulho estrondoso do trovão faz clarão no céu acordando minha irmã, que levanta a cabeça e não enxerga ninguém, vou correndo até ela e faço o que minha mãe pediu, me deito em seu lado e ela me olha sonolenta. Com tapinhas em seu bumbum, a faço dormir novamente, exatamente como mamãe fazia.  A chuva aumentava lá fora, os trovões e relâmpagos se tornam frequentes e a janela de madeira abre devido ao vento forte. Corro para fechar e observo alguns homens armados em volta da minha casa, olhando curiosos para dentro, não entendo e decido falar: - O que vocês querem? Meus pais vão chegar daqui a pouco! Vão embora, eu não gosto de armas! - Digo amendrontado. - Cala a p***a da boca, seu moleque! Estamos só esperando teu pai, e se ele não chegar, vai ser vocês mesmo que vamos levar. Ninguém mandou ele se meter com o Sam, ele sabia onde estava se metendo! - O homem diz e eu n**o. Eles devem estar achando que é outro pai, não o meu.  Bato a janela de madeira, e continuo sentado esperando meus pais com o coração acelerado. Passam horas, e eles não voltam. E nem nunca mais voltaram.  Naquela mesma noite chuvosa, homens arrombaram a porta da minha casa, me puxaram pelo braço fino, pegaram minha irmã pelos cabelos, que acordou assustada e chorando sentindo dor. Era um bebê! Me balanço raivosamente tentando sair dos braços daqueles homens, tentando pegar minha irmã que a todo momento gritava "Enxo". - Por favor, deixem minha irmã, nós estamos esperando meus pais. - Grito assustado, chorando e desesperado. - O pai de vocês já tão até mortos, cala a boca filho da p**a. - O cara encapuzado bate na minha cabeça e eu choro mais. - É mentira! Você é um cuzão mentiroso! - Grito sentindo ódio, cuspindo enquanto eles me afundam em um carro. Mas antes de me colocarem dentro do carro, sinto golpes na barriga, na costela, no peito, na cabeça, na barriga, eles me chutam, me socam, me dão t**a e eu fico delirando.  - "Imão" - Minha irmã berrava, chorava. Ela era a única força pra eu enfrentar tudo isso. Depois de me espancarem, eles me jogam com minha irmã na parte de trás do carro, completamente molhado da chuva e não dou um pio, apenas abraço minha irmã. Com medo, com ódio, com dor. O carro é grande, nós parecemos duas mercadorias porque não conseguimos ver quem dirige e muito menos o que tem do lado de fora, estávamos em uma caçamba de um carro.  Olho para Liza, que olha tudo assustada, eu estava com uma ideia mas ela não vai conseguir agir tão rápido quanto eu. Penso, penso e penso, rápido, olho pra ela novamente e digo, sussurrando: - Liz, vamos fazer uma coisa agora, mas você precisa ser corajosa pra gente poder fugir desses homens maus, tá bom? - Digo rápido, ela olha pra mim, olha em direção as vozes de homens na parte da frente do carro, e assente.  Ok.  Seguro em sua mão, porque se eu colocar ela no colo, pode ser pior, podemos nos machucar mais do que já vamos.  Olho pra maçaneta dos fundos do carro, puxo devagarzinho e noto que está aberta. Olho pra Liza, e quando digo 3, abro completamente a porta dos fundos do carro, puxo a Liza e me jogo pra fora. Caio, bato com o cotovelo no chão, grito de dor e Liza há 2 metros de mim, chora com a pancada. Levanto rápido quando vejo que o carro muito mais a frente, para, possivelmente notando algo de diferente.  Desesperado, pego a Liz nos meus braços e corro mato a dentro. Estávamos em uma estrada, e caímos próximo a um rio sujo, em volta muito mato alto. Corro pelo matagal, tentando encontrar uma saída, algo que nos proteja, peço pra Liz não chorar e ficar em silêncio, ela me obedece e quando canso de correr, me jogo no chão e puxo a Liza pra deitar do meu lado, tapando sua boca.  Ouço vozes distantes gritando, aperto os olhos com muito medo de que eles nos encontrem. Ainda com bastante dor das pancadas, rolo pra uma parte mais escura e puxo a Liz.  Acho que eles desistem, pois ouço as vozes se afastarem e o pneu queimando no asfalto com a aceleração. Respiro um pouco mais leve, aperto minha irmã em meus braços e sem perceber, fecho meus olhos e me embriago em um sono profundo. Acordo sentindo minha irmã cutucar meu rosto, olho em volta e percebo que estamos mais próximos do rio que deveríamos, levando sentindo muitas dores, mas não consigo permanecer em pé, me sento novamente e respiro fundo. - Que foi, imão? - Liz pergunta. - Muita dor, Liz... - Choramingo.  3 ANOS DEPOIS  Liz segura minha mão forte, correndo, enquanto carrego dentro de uma bolsa, diversos biscoitos e danones roubados que estavam na dispensa do Orfanato. Meu coração acelerado com medo de ser pego, eu planejava essa fuga desde que cheguei aqui nesse lugar deplorável. Eu estava no Orfanato com minha irmã, mas nada do mundo me separaria dela como já tentaram fazer diversas vezes. Depois de nos perdermos no matagal, achamos a volta da estrada e sem esperar, estávamos no Centro do Rio de Janeiro. Dormimos na rua e eu pedia esmola pra alimentar minha irmã, eu tinha que proteger ela, minha mãe me exigiu, ela era minha única parceira. Mas logo a Assistente Social bateu, eu tentei correr, mas esqueci da Liz deitada, em frente a Candelária, num pano que encontrei na rua.  Tive que buscá-la, mas foi tarde demais, eles já tinham nos cercado e sem querer, nos colocaram dentro de um carro com mais outras crianças para ir pro abrigo. Meu pior pesadelo. Saímos do Orfanato, e pelo menos, de barriga cheia e abastecidos, não se sabia por quanto tempo iríamos vagar pelas ruas. Subi pela parte de trás do ônibus com minha irmã, e dei um grito de agradecimento ao motorista. Me sentei com a Liz, ofegantes e suados, mas com sorriso de vitória em meus lábios.  Pulamos para fora do ônibus quando ele chegou no ponto final, e eu nem ao menos sabia onde estávamos, mas descobri que estávamos num lugar com movimentação estranha, homens armados na entrada de uma subida. Minha irmã alterna o olhar entre mim e eles, aperto suas mãos e vamos pro lado oposto daquela subida, entramos numa rua sem saída, com apenas alguns feirantes despejando seus lixos.  Encontro o lugar perto, debaixo de um telhado e um meio fio espaçoso. Estendo o lençol que trouxe do Orfanato, e sento com minha irmã, pego a garrafa de 2 litros com água e bebo um pouco, ela pega e bebe também, ainda com os olhos atentos a mim. - Irmão, a gente vai ficar aqui? - Pergunta, e eu assinto. - Não tem outros lugar? Eu tô com medo. - Ela sussurra. - Liz, não temos mais pai, não temos mais mãe, só temos um ao outro, então a gente vai ter que ficar aqui até... - Me perco nas palavras, ela entende e encosta o rosto no meu ombro. Ela já tinha entendido que só tínhamos um ao outro, no inicio foi difícil, ela chorava querendo nossa mãe, mas ela nunca voltou, e conforme eu crescia, a minha raiva só aumentava. Eu roubava pra sobreviver, e depois de 1 ano vagando nas ruas, uma feirante nos parou, ela já era uma moça na casa dos 40, com pena da nossa situação, da nossa sujeira, ela falou que levaria a gente para casa dela. De início eu não aceitei, mas a Liz já estava com 6 anos, eu já estava com 12. Minha barriga doía com fome, Liz fedia e eu também, minha irmã tinha os pés pretos, o rosto, e o corpo sujo, e eu mais ainda, já que era eu que roubava e andava em sol quente pra poder dar uma comida digna pra minha irmã. Assim que entramos e subimos aquele morro, descobri que aquele lugar se chamava Complexo do Alemão. Minha nova e eterna casa.  Entramos e a dona Luzia, que era a moça que me resgatou, cuidou de nós como se fôssemos filhos. Eu fiz amizade com os filhos dela, o Leon e a Daniele, e automaticamente, com o amigo do Leon, o Lucca. Nos tornamos inseparáveis, infelizmente tomamos caminhos em que a tia Luzia não se orgulha, mas já estava na minha veia, e depois que eu e o Leon vimos o tanto de dinheiro que dava, não pensamos nem duas vezes em tomar toda posse do morro, mesmo que não premeditado.  Anos mais tarde, depois de virar vaporzinho com 16 anos, consegui tirar minha irmã da casa da tia Luzia,  consegui uma casinha boa e confortável pra eu e minha irmã ficar, com 2 quartos pra ter privacidade pra ambos. Eu sempre fui muito tranquilo, minha irmã estava terminando a escola eu a contragosto frequentei até me formar, e modesta a parte, eu gostava de estudar e era até um dos melhores alunos. Porém, o mundo do crime me escolheu e eu não tinha força de vontade pra lutar contra isso. A minha irmã tinha sonhos, vontade de ser Arquiteta e eu a apoiava e incentivava, já ela, tinha ciência do que eu fazia, não gostava mas respeitava. Até porque, era isso que trazia conforto e estabilidade em nossas vidas, mesmo que em um dia eu pudesse estar aqui e noutro, não. Sobre nossos pais, eu nunca tive notícia deles, eles evaporaram igual vento e eu sinceramente não lembro como gostaria do rosto dos meus pais, vagamente traços do meu pai, mas a mágoa era tão grande que eu não queria nem pensar em como eles estavam... Eu sentia no coração que meus pais estavam vivos, apenas não foram nos procurar.  Tive algumas (muitas) mulheres nessa vida do crime, quanto mais você tinha, mais elas jogavam. Eu nunca vi tanta disposição de comer mulher como eu, degustei todos os tipos de b****a nesse morro. As irmãs dos meus amigos, primas, tias e até algumas mães. Meu apelido Bradock, apareceu simplesmente, não sei de onde e nem como, só simplesmente apareceu. Assim como o LN do Leon e Pitbull do Lucca. Nós éramos o trio parada dura, inseparáveis e a minha única família.  Infelizmente, com tudo que passei nessa vida, eu me fechei pra amores e pra relacionamentos no geral. Sou grosso, com pavio curto e não tenho paciência pra palhaçadas alheias, odeio gente que blefa e quando você entra pro mundo do crime, o sangue que corre nas suas veias, automaticamente, se transforma em mecanismo de defesa. Qualquer alvo ou ameaça, é motivo para que seus olhos se atentem dobrado, eu praticamente durmo com uma arma debaixo do travesseiro, porque qualquer movimento estranho, é bala. *** Era um domingo de manhã, eu já estava com 20 anos, e tinha virado sub-dono do Morro. O Peixe, atual dono do Morro, tinha um Confronto marcado com um batalhão militar, mas já estava sacaneando muita gente, faltando com abastecimento necessário aos moradores, e era algo que fugia do meu controle porque mesmo sendo sub-dono, a última palavra era dele. Eu podia ter até autonomia com algumas coisas, mas o grosso era ele que fazia e ele simplesmente estava pouco se fodendo pro bem estar de todo mundo.  Então, já estava decidido. Era nesse confronto que eu tomaria o Morro, que eu seria dono da p***a toda e faria de tudo para que todos estivessem bem, porque não tive uma infância boa e faria o possível pra não deixar ninguém passando fome ou com falta de água. O confronto começou, o LN me cobria enquanto eu mirava na cabeça de alguns militares. Corremos a via, subimos e ultrapassamos algumas vielas, passamos por diversas casas e diversos corpos foram dissepados por nós, que mantínhamos o controle da situação. Subi pra laje da tia Luzia, ouvia apenas as rezas dela e me entregava aquelas rezas, beijei meu pingente de cruz e pulei pra outra laje com o coração acelerado. A adrenalina bombeava nas minhas veias, meu coração acelerava e foi aí que eu vi ele. Peixe estava abaixado, sozinho, mirando em algum dos policiais. Olho pro Leon, que me olha, assente e abaixa mais ainda. Vou pro cantinho de uma das lajes, me equilibro no canto e o Leon me dá cobertura, miro na cabeça do Peixe, certeiro e não causaria dor, embora ele merecesse.  Mirei, acertei, ele caiu e eu abaixei pra ninguém me ver. Olho em volta.  - Alguém viu? - Pergunto eufórico. - Não, v***o. Bora logo pegar o corpo dele. - Ele diz, abaixa e corremos pro outro lado do terraço que ele estava ensanguentado.  Coloquei ele nas minhas costas e saí dali de cima descendo pelas escadas do terreno, que estava abandonado. Assim que entrei na principal, fui correndo pelo cantinho subindo todo morro em direção a Boca, e quando cheguei, coloquei ele na porta e voltei para a operação, o morro agora dependia de mim. Vocês podem achar que foi impiedoso, mas saberão que ele foi um tremendo de um filho da p**a com muita gente dentro desse morro.  Pegava todo dinheiro que lucrávamos, invés dele abastecer o posto do morro, consertar o campo das crianças, a pracinha que estava caindo os pedaços ou a escola pras crianças estudarem, ele gastava tudo com p**a e torrava apostando em jogos de cavalo, álcool e drogas. Obviamente, quando você lida com uma quantidade pesada de drogas, você usa mas tendo ciência que não é pra consumo ao menos que você pague, e ele usava o dinheiro do lucro da d***a comprando mais d***a pra uso próprio, era um ciclo vicioso que não tinha fim e não estava mais dando lucro ao próprio morro. Depois que eu anunciei a morte dele e automaticamente virei dono, foi uma festa. O morro voltou a respirar em paz, porque enquanto o Peixe era dono, as pessoas tinham medo de ao menos ficar na calçada. Ele intimidava e esculachava muita gente, doidão de **. Eu tentava segurar, mas ele não queria saber nem de mim e muito menos dos outros. Pitbull virou o sub junto com o LN, eu não queria saber, o posto seria deles dois. E eles tinham autonomia pra exatamente tudo, eram a minha família, meu alicerce e por eles eu faria exatamente tudo. A venda de drogas aumentaram, o lucro sobre os comércios que Peixe exigia, eu flexibilizei. Agora invés deles pagarem um valor altíssimo, o valor abaixou 88%. A economia voltou a andar e graças a Deus, o Complexo do Chapadão respirava em paz, tudo estava mais colorido porque eu fiz questão de contratar grafiteiros pra poder colorir o morro, a praça e os campos de futebol.  O UPA que era deixado de lado, agora tinham profissionais de saúde competentes e abastecidos com os melhores instrumentos e remédios, afinal, numa favela, é mais que essencial a importância do hospital. E eu, mesmo não demonstrando as emoções da forma como as pessoas esperavam, porque elas vêem minha cara de mau e comentam, mesmo não sendo proposital, eu estava feliz para o c*****o de ver minha favela daquele jeito.  Dei um terreno para que minha tia Luzia, mãe do Leon, pudesse construir sua casa e sua pensão que tanto sonhava. Eu paguei pra reformar uma casa que tinha no alto do Morro, que era do Peixe, largada e fedia tanto que chega me enjoava a p***a do estômago. Minha irmã reformou do jeito que ela sonhou, com os móveis que ela sonhou e eu não podia estar mais feliz de vê-la radiante daquele jeito. De alguma forma, minha missão estava sendo cumprida.  Há algum tempo atrás, tinha uma moça, espírita, que pegou um santo na porta do boca e exigia falar comigo. Eu nunca nem tinha visto na vida, era n***a, com grandes cabelos cacheados e parecia estar na casa dos 50, ela bateu o pé na frente dos soldados que ficavam fazendo vigia na frente do casebre abandonado, ela gargalhava, ria e gritava querendo dar uma palavra com o Bradock.  - Que p***a é essa, aí? - Pergunto com a arma na cintura, me arrepiei dos pés a cabeça quando ela me olhou, entortou a cabeça e deu um sorriso presunçoso.  Ela se aproximou, alisou meu peito e deu dois tapinhas no meu rosto. Mas, eu não conseguia ficar com raiva, sentia que tinha alguma coisa errada. Então ela se curvou, bateu os pés e disse: - Filho meu! - Gargalhava, segurava a barriga. Olhei desconfiada junto com Leon, Pit e alguns soldados que testemunhavam assustados. - Ela tá encorporada, mané. - Um soldado comentou. - Cala a boca, p***a. - Outro deu um porradão no peito do Pett, que falou anteriormente.  - Filho meu! Há muitas coisas boas chegando na sua vida... - Ela batia o pé no chão, suspirava e continuava. - Sou sábio, filho meu, pode ter certeza. Há coisas boas chegando na sua vida, algo que te fará flutuar e sentir coisas inexplicáveis, você pode ter certeza, filho meu. - Ela repetia "filho meu" e eu me assustava mais ainda. Que p***a era aquela, irmão? Eu respeitava todo tipo de religião, e qualquer uma era válida desde que houvesse fé e perseverança.  - Você vai ser recompensado pelo bem que faz ao povo, sua vida mudará, sentimentos florescerão e situações virão à tona. Esteja pronto, filho meu! - Ela diz e vira as costas, descendo a vila do casebre. Eu, LN e Pit olhando um pro outro, sem entender um c*****o de asa e eu volto pra dentro, tá doido. Me tremo todo, e ouço risadas.  Mas, depois de algumas semanas, eu entendi exatamente tudo que aquela senhora falou, nada foi em vão, nunca é. 

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