CAPÍTULO 14

1144 Words
Isabella Braga Hoje finalmente terei alta do hospital, obvio que teria que permanecer em repouso em casa, depois de quase duas longas semanas. — Liz, eu estou horrível. — Murmuro olhando no pequeno espelho em minhas mãos. — Você passou muito tempo desacordada e depois mais tempo no hospital, não se martirize. — Diz ela colocando minhas coisas na bolsa depois de me ajudar a me vestir. — Mesmo assim, e ainda tem meu cabelo. Ainda bem que meu cabelo é cumprido e volumoso o suficiente para tampar onde eles rasparam para fazer a cirurgia. — Você está ótima. —Olho para minha amiga enquanto ela fecha a pequena mala que trouxeram para meus dias aqui no hospital e algo me vem à mente. — Liz, sabe algo sobre o homem que atropelou? — Sei o que você e a mídia sabe, que ele está foragido, por que a pergunta? — As vezes acho que Saymon me esconde algo, e não só eles, os irmãos e você. — Ela fita seus olhos escuros em mim. — Eu? Por que pensa isso? — Não sou burra, Liz, vejo as trocas de olhares que você e o Max troca, o que está acontecendo? —A vejo engolir seco e logo depois soltar uma respiração pesada. — Nós...estamos saindo. —Arregalo meus olhos em total espanto. — O que?! — Isso é um segredo que não queremos que ninguém saiba. — Mas...como? Quando isso começou? — Foi nos dias em que estava desacordada, estava no seu lugar na empresa e Max cuidando dos assuntos do Saymon, já que ele não saia do hospital, e aconteceu de nos beijarmos e t*****r, em cima da sua mesa. — Ela simplesmente me deixa sem fala. — Eu... — Não consigo formular uma frase de ante dessa revelação. — Eu só peço que não conte isso a ninguém, estamos mantendo segredo, nem os irmãos dele sabem. — Sabe que somos melhores amigas, jamais revelaria algo seu, sendo em caso de vida ou morte, porque sei que faria e faz o mesmo por mim. — A vejo desviar o olhar por alguns segundos e antes que eu diga mais alguma coisa, a porta abre e logo Saymon aparece. — Ah, que bom que chegou Saymon, vou deixá-los sozinhos, com licença. — E sai rapidamente. — O que houve com ela? — Questiona. — Ela tem as coisas dela para fazer, não é nada demais. — Desconverso. — E como você está? — Fazia quase duas semanas que eu tinha acordado e Saymon vinha me ver com pouca frequência, porém achei estranho já que disseram que enquanto eu estava desacordada, ele só dormia no hospital. — Bem, e louca para ir para casa. — Minha língua coça para perguntar. — Saymon, eu... queria te contar uma coisa. — Claro, o que houve? — É... quando eu estava desacordada, eu consegui ouvir algumas coisas ditas aqui no quarto e uma dessas coisas foram algumas que você falou. — O vejo engolir seco, com certeza entendeu onde quero chegar. — Então... — Sim, e ouvir o que disse, sobre o que sente. — Isabella, você não precisa dizer nada. — Olho confusa para ele. — E por que não? — Por que sei dos seus sentimos por mim de ódio, que não sente o mesmo e que sou um i****a por ter me apaixonado por você no meio desse... — O pegando completamente desprevenido, pego em sua mão o puxando para mais perto. — Acha que a essa altura do campeonato, o contrato é irrelevante, não? Quer dizer, óbvio que tenho que cumprir a minha parte do nosso acordo já que cumpriu a sua, mas porque torna isso algo r**m? — Abro um sorriso ao ver sua cara de confusão. — Espera, o que está querendo dizer? — Que eu também estou apaixonada por você, seu porco de uma figa. — Vejo seus olhos esverdeados me olhar em completa surpresa, e geralmente é difícil ter esse tipo de reação do Saymon. — Eu...o que?!... Você... — Ele para de falar e sem que eu espero, Saymon coloca seus lábios nos meus. Eu tinha esquecido como era gostosa a sensação de sentir a boca desse homem gostoso, na minha. — Aí. — Gemo de dor ao sentir uma fisgada na lateral do corpo, que ainda dói um pouco. — Me desculpe, eu me empolguei a puxando para mais perto, só que, eu ainda estou sem acreditar. — Por quê? — Você declara seu ódio a mim a todos que sabem como isso começou e me xinga dos piores nomes. — Rio de suas palavras. — Minha opinião sobre você não mudou, okay? Ainda te acho um porco i****a! — O safado ri. — Se não estivesse tão machucada, eu te foderia nessa cama. — Acho que os hospitais nos excitam. — Saymon ri ainda mais da minha fala. Esse homem... É tão lindo quando está feliz. — Tenho algo que preciso dizer, talvez você odeie. — Comenta. Eu não digo nada esperando que ele complete. — Você vai para casa dos meus pais. — O que? — E não só você, mas a Liz, os pais dela e até o Oliver quando tiver nos intervalos das sessões. Eu também ficarei lá, e acho que meus irmãos também. — Ele conseguiu me surpreender. — Ué, por que isso? — Isabella, não pegamos o homem que fez isso com você, a polícia suspeita de ter sido intencional, e sabendo que sobreviveu, podem tentar novamente, então para não só manter você a salvo, mas a todos, achei que lá seria algo ideal para ficarmos, é temporário. — Isso é ridículo ao extremo, Nico e Sabine... — Eles gostaram da ideia, todos na verdade. — Você e sua família são exagerados demais, sabe disso. — Ele leva uma de suas mãos ao meu rosto e acaricia. — Não sabe o medo, o desespero que senti, quando te vi em uma poça de sangue naquele chão, nunca imaginei em toda a minha vida, que teria esses sentimos por alguém que não fosse da minha família. Nunca vou esquecer da angústia que sentia quando entrava no quarto do CTI e te via da mesma forma, sem abrir seus olhos. — Com a outra mão, ele pega a minha mão que está coma aliança de noivado e beija. — Esses olhos que implorei todos os dias que entrava aqui, para ver a cor novamente, ouvir sua voz... — A voz dele falha nas últimas palavras me deixando completamente surpresa e emocionada. — Saymon. — Murmuro com a voz embargada. — Me promete que nunca vai deixar de gostar de mim, que nunca vai me deixar, não importa o que aconteça. — Por que... — Só prometa, por favor. — Vendo o desespero dele em me ouvir responder essa pergunta, digo; — Eu prometo.
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