No sábado de manhã, eu acordei decidida. Separei minhas roupas, o que não era muita coisa e coloquei na minha mala, da Gucci, que tinha ganhado do meu pai, junto com mais duas bolsas de grifes, que ficou para trás. Separei também os poucos itens do bebê que eu já tinha conseguido comprar com o dinheiro da minha mãe: um pacote de fralda, algumas roupinhas, um potinho de lenço umedecido. Coloquei tudo no canto da sala. Estava pronta pra sair. Ia chamar um mototáxi, pagar o restante do aluguel, pegar a chave e virar a página. Era isso que eu precisava. Uma página nova. Estava pegando o celular pra ligar pra Dona Rute quando ele começou a tocar. Era ela. — Oi, Dona Rute! Eu ia mesmo ligar pra senhora. Já tô arrumando as coisas, posso passar aí em… — Então, menina… — a voz dela veio s

