ɑɗʀiɛɳ ɑkuɱɑtizɑɗѳ?!

1568 Words
A volta para casa foi feita com os nervos à flor da pele, ele não sabia bem o que pensar ou como agir, tinha consciência que poderia sim ter avançado um pouco apenas em sua concepção, os limites da amizade, limites impostos unicamente por ela, mas nada no mundo explicava aquela reação, muito exagerada por parte dela, ela poderia ter ficado sim brava, não que ele gostasse ou aceitasse aquilo se peito aberto, porém, escutaria a bronca sem discutir. Poderiam simplesmente ter conversado a respeito, ou ela poderia levar numa boa, afinal...eram amigos, ou não? Era possível ver o ódio em seu olhar quando pulou para dentro de seu quarto, apenas desfez a transformação sem ao menos falar com seu pequeno kwami, o que o deixara ainda mais preocupado, ele não era desse jeito, aoesar de tudo, sempre fora um menino muito falador e animado, por isso sempre sabia quando algo o incomodava. Plagg- Ei garoto, tá...tudo bem?- perguntou se aproximando ainda bem receoso. Adrien- Você acha que eu tô bem?! - perguntou atirando um globo de neve contra a parede. Plagg- Fica calmo. Adrien- Como eu vou ficar calmo?! Você estava dormindo ou usou erva de gato?! Não viu o que aconteceu?! Plagg- Claro que eu vi mas... Adrien- Então pronto! Ela...ela não tinha esse direito! Plagg- Garoto, você...tem que se acalmar, senão... Adrien- Cala a boca!- gritou arremessando contra seu pequeno companheiro uma garrafa que se espatifou contra o piso ao bater no chão. Quase o acertara com um de seus troféus, por sorte o felino foi mais rápido, se desviando a tempo, o objeto se quebrando ao se chocar contra a parede. Ele continuou jogando tudo o que via pela frente, seus cds, os artigos esportivos...a mesa de pebolim também foi ao chão, o ódio o consumia de uma maneira inimaginável, quase não era a mesma pessoa, a desordem a sua volta não tinha mais fim, qualquer um que passasse poderia ouvir toda aquela algazarra. E, infelizmente, foi exatamente isso o que aconteceu. Nathalie- Adrien, seu pai... Adrien- Vai embora Nathalie! Não quero ver ninguém! Nathalie- Mas... Adrien- FORA! Gabriel- O que está acontecendo aqui? Natahalie- Senhor... Adrien- JÁ DISSE QUE QUERO FICAR SOZINHO! NÃO QUERO NENHUM DOS DOIS, NEM O GRANDE REI, NEM TAMPOUCO SUA CAPACHO/SERVIÇAL! G- Cuidado com o que fala garoto, você ainda é MEU filho e me deve obediência! A- Ah...agora lembrou que tem um filho?! Não se lembrou disso quando me deixou trancado nessa casa por tanto tempo, sem me deixar viver, só indo aos seus malditos ensaios, se não fosse pela minha mãe nem pra escola eu tinha ido. Ela tem muita sorte de não estar aqui e ser obrigada a continuar te aturanto, sendo mais uma cativa nesse seu mausoléu! G- MODERE SUAS PALAVRAS MOLEQUE! A- OU O QUÊ?! NÃO QUER QUE EU FALE QUE PREFERIA QUE FOSSE VOCÊ A ELA NAQUELE CARRO?! POIS EU PREFERIA! PREFERIA QUE VOCÊ ESTIVESSE MORTO! G- MOLEQUE INSOLENTE! O soco veio sem esperar, fazendo com que ficasse no chão, observando-o com os olhos em brasa e a mão sobre o local atingido, ele nunca havia lhe batido, também nunca haviam tido uma discussão como aquela. A- EU TE ODEIO! G- Acostume-se, sou tudo que você tem. Aceita que dói menos. Venha Nathalie. Ambos, patrão e "serviçal" como o loiro a havia chamado, andaram lado a lado em silêncio até o escritório e em direção do covil, ela não o sentia aberto a conversas naquele momento e, décadas ao seu lado a ensinaram a reconhecer bem esses momentos. Nathalie- Senhor, o senhor não acha que... Gabriel- Tudo está saindo melhor do que o planejado, Nathalie. Nem ao menos precisaremos pôr o plano em prática. Nathalie- O senhor não vai... Gabriel- O que você acha? Nada melhor do que usar esse ódio todo para um bem maior. Nathalie- Mas senhor...ele é seu filho! Gabriel- Em.breve ele irá entender tudo isso e me agradecer por trazer de volta quem ele tanto deseja. Nathalie- Mas e se ele se ferir? Ladybug pode aparecer e fazê-lo se machucar... Gabriel- Nada disso tem relevância, só o poder e a vitória importam! Agora chega de enrolação, temos muito a fazer. No quarto, a destruição recomeça... Plagg- Garoto, pára com isso!- gritou tentando segurá-lo. Adrien- Por quê?! Agora mais do que nunca vi que estou realmente sozinho nesse mundo! Nada mais importa! Plagg- Você não está sozinho! Muitas pessoas se importam com você! EU ME IMPORTO! Adrien- Mas de que adianta?! Quem eu gostaria que estivesse comigo me abandonou por um Zé Ninguém, feliz, com certeza aos beijos com esse i****a que a tirou de mim! De repente uma voz se faz presente aos ouvidos do garoto, fazendo-o parar abruptamente com tudo aquilo. Hawk Moth- Pequeno encrenqueiro, para quê gastar suas energias destruindo um simples quarto quando você pode ir atrás de quem lhe fez sofrer desse jeito? Adrien- Que-quem é você?! Hawk Moth- Oh...que indelicadeza da minha parte...deixe-me apresentar da maneira adequada. Sou Hawk Moth e quero lhe dar o que você tanto deseja, poder, poder suficiente para se vingar de todos os que lhe fizeram m*l. Adrien- Hawk Moth?! Plagg- Garoto, não deixe ele te enganar, ele só quer te usar! Adrien- Eu...eu não quero nada de você! Você só quer o m*l de toda Paris! Hawk Moth- Ao contrário, quero apenas lhe ajudar. Adrien- Eu...não preciso da sua ajuda! Hawk Moth- Oh...é mesmo? Pois não é o que parece. Sinto em você tanto ódio e tristeza, um amor rejeitado, o abandono e o desprezo por parte de um pai que não se importa com você, tudo muito além do que alguém tão jovem poderia suportar, eu só quero lhe dar a força necessária para tirar tudo isso e o que peço é um preço pequeno em troca dessa ajuda. Quero apenas os miraculous da Ladybug e do Chat Noir, em troca tudo que você desejar será seu. Adrien- Tu-tudo o que eu desejar? Hawk Moth- TUDO. Até mesmo...a volta de um ente querido de quem você sente tanta falta. Uma mãe talvez... Adrien- Mi-minha...mãe? Hawk Moth- Sim...eu posso sentir o quanto ela lhe faz falta, não só os amigos como também seu pai, aquele que deveria estar do seu lado, o deixaram e esqueceram, ela era a única que realmente se importava com você, a única que o amava de verdade. Nesse momento, as lembranças vieram como um turbilhão, lembrava da doçura e do amor de sua mãe, o conforto e o aconchego que sentia por estar com ela e como isso lhe fazia falta, falta de seu amor e carinhos, seus olhares e abraços, mas também lembrava de como ela era bondosa e justa e de como ela não aceitaria nada daquilo. O que o deixava com uma dúvida c***l, não tinha idéia do que fazer, por mais que sentisse uma falta indescritível daquela que sempre o amara sem reservas, tinha medo de agora, depois de sua morte, decepcioná-la. Plagg- Seja forte garoto. Adrien- Eu...eu não posso! Hawk Moth- Não resista meu jovem. Eu só quero seu bem. Plagg- Ele está mentindo, não dê ouvidos à essas mentiras, ele não quer fazer nada de bom, só te usar! Adrien- Eu...não sei o que fazer... Hawk Moth- Apenas trabalhe comigo e tudo que você desejar será seu! Eu só preciso que você diga sim e logo toda essa dor terá fim! Adrien- Mentira! Não quero assunto algum com você! Hawk Moth- Você não tem para onde correr... Sua cabeça começou a doer como nunca antes, sentia seu corpo inteiro em chamas e como se uma faca atravessasse seu peito, era algo insuportável, a batalha estava sendo travada, suas pernas já não suportavam mais seu corpo, ele caindo lentamente, se deixando cair no chão de joelhos e a cabeça entre as mãos, tentando suportar um pouco de tudo aquilo, por mais que parecesse impossível. De sua boca saíam ruídos incompreensíveis, grunhidos animalescos enquanto sentia na pele o que era estar à beira de não ser mais o senhor de si nem de seu corpo e suas vontades, sabia agora como era ter alguém requerendo seu corpo daquela forma. Quando estava a poucos instantes de perder a consciência de vez e se entregar, deixando que ele fizesse o que tinha vontade consigo, uma voz muito doce e perdida nas lembranças chegou até seus ouvidos, um toque e um aconchego tão bom que ele não sentia há muito tempo, um sorriso em meio às lágrimas de sua mãe que cantarolava a mesma canção de ninar que sempre cantava para ele. Ao seu lado estava sua pequena joaninha, sua companheira, a mesma que ele dizia amar e que, na primeira desilusão mais forte, ele se deixava chegar àquele ponto, quase sendo o mais novo responsável pela destruição que iria causar, mesmo sabendo que ela se recusaria a machucá-lo, por mais que ele fizesse, o que só lhe causou vergonha pelo egoísmo. Hawk Moth- Aceite logo minha ajuda! Adrien- NÃO! Um último grito foi a última coisa que ele pôde fazer antes de perder por completo as forças, feliz por sair vitorioso. Hawk Moth- Eu...não posso acreditar. Natahalie- O que houve senhor? Hawk Moth- É...a primeira vez que alguém me resiste dessa forma. Nathalie- Seu filho é muito forte senhor. Hawk Moth- Muito mais forte do que eu imaginava. Posso ter perdido a batalha de hoje mas, a guerra está apenas começando...
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