A nova escola. - Parte 1

5000 Words
(Sinal tocando) —  Temos que ir, qual a sua primeira matéria? —  Perguntou Trinity a Aria. —  Matemática! —  Disse Aria ainda com o seu olhar sobre Brandon. — Então teremos a primeira matéria juntos, se quiser posso te acompanhar até a sala! —  Disse Russel ao adentrar a frente da garota. —  Não será necessário, eu posso muito bem encontrar a sala de aula sozinha! Mas, muito obrigada por sua gentileza! —  Disse Aria ao olhar para Russel. *Suspiro* — Não há de que! Ser gentil é uma das minhas dádivas, e a  principal delas, é ter bons olhos para garotas lindas como você! — Disse ele ao sorrir para Aria. — Que galanteador! Mas não querendo ser rude, preciso dizer que você não faz o meu tipo! — Disse Aria. — E qual é o seu tipo? — Questionou ele. — Sinto muito, mas, não é da sua conta! — disse Aria com um tom de seriedade em sua voz. O jovem de Frost não conseguia tirar os seus olhos sobre Aria, a sua semelhança com Amara era enorme e isso o assustava, mas também o fazia ter sentimentos que até em tão, estavam adormecidos. Amy e Trinity que agora estavam uma ao lado da outra, se entre olharam, e com apenas algumas trocas de olhares, a garota havia entendido o que sua irmã mais velha queria. —  Isso lembra me lembra algo! —  Disse uma Jovem de afrodescendente que se aproximou de Amy e Trinity. —  O que faz aqui? —  Questionou Trinity. —  A nossa mãe me pediu para ficar de olho nos lobos e em sua caça! —  Disse a garota. —  Então ela já sabe? —  Perguntou Trinity. —  Claro que sabe! Ela é a nossa mãe! —  Disse Amy. — Colin! Onde estão as outras? —  Perguntou Trinity. —  Estão partindo para o Kansas! —  Disse Colin. —  A trabalho? —  Perguntou Amy. —  Sim! Um trabalho muito complicado! —  Disse Colin. — A filha do demônio? —  Perguntou Amy. —  Sim! —  Disse Colin. As irmãs Lynch olharam entre si e a expressão no rosto de cada uma delas, era de medo e preocupação. —  Me respondam! Até quando eles vão ficar se olhando? O Griffin não está nada feliz com isso! —  Disse Colin ao olhar para Brandon e depois olhar para Aria e Russel que ainda se encavaram. — É sempre a mesma coisa, sempre a mesma cena. Já se passaram décadas e sempre começa da mesma forma, e termina da mesma forma! —  Disse Amy. — Trinity! —  Disse Colin com um tom de voz autoritário. Ao entender o que a sua irmã mais velha queria, a garota aproximou-se da garota Patterson. —  Aria! Vamos, estão todos indo para a sala de aula, eu te acompanho, até por que teremos a mesma matéria agora! —  Disse Trinity ao aproximasse e pegar na mão de Aria. Russel ao ver que a jovem ruiva tomou a sua frente, ele afastou-se ao dar dois passos para trás e a olhou com um olhar mortal. Ao sentir o olhar do garoto sobre si, Trinity virou-se para o mesmo e o olhou com muito ódio, assim como ele a olhava.   —  O que foi? Vai latir cachorrinho? —  Questionou Trinity. —  Não me olhe assim, não tenho medo de você! —  Disse Trinity novamente. A jovem Lynch que ainda segurava a mão de Aria, a afastou de Russel e começaram a seguir juntas em direção as escadas que levava para o segundo andar do colégio, onde também havia algumas salas de aula. Enquanto caminhavam, Aria pousou o seu olhar mais uma vez sobre Brandon que também a olhava sem qualquer pretensão de desviar o seu olhar. —  Você vai gostar do professor Jamie, ele é um amor em pessoa! —  Disse Trinity ao chamar a atenção de Aria. —  Assim espero! —  Disse a jovem ao olhar rapidamente para Trinity e depois tornar o seu olhar para Brandon até que começa-se a subir as escadas para o segundo andar e perder o mesmo de vista. Enquanto Trinity levava Aria para a sala de aula, Brandon e Russel encontravam-se em meio ao corredor, que agora estava quase vazio se não fosse por eles e pelo grupo de jovens que os acompanhavam. Brandon ao estar próximo de Russel olhou para o chão enquanto passava sua mão levemente em seus cabelos da nuca, mas logo subiu o seu olhar em direção a o garoto Frost, que por sua vez, estava a passar a sua mão sob seus lábios suavemente enquanto olhava para o seu inimigo. —  Vamos meninos, não comecem a brigar aqui! Sabem bem que é contra as regras! —  Disse Colin ao ficar ao lado de ambos os garotos. —  Minha irmã tem razão! Nada de brigas fora da floresta! Além disso, eu estou de férias, não queria estragar os meus últimos dias de descanso caçando e matando cada um de vocês! —  Disse Amy. —  Não sei se percebeu, mas estamos em vantagem aqui! Você deveria reaver a forma que fala com conosco! —  Disse a irmã mais nova de Russel ao aproximar-se de Amy. — Anna! Eu vou falar algo muito simples, algo que os seus irmãos e o Brandon já estão cansados de saber. Não só eles, mas o resto da família de vocês! —  Disse Amy ao aproximar-se da garota. —  Vocês podem estar em maior número, mas isso não significa nada para uma Lynch, ou vocês correm ou morrem, apesar de que, se correrem, vamos encontrar vocês e matar vocês, sem qualquer remorso! — disse Amy novamente. —  Acha que tenho medo de vocês? Está enganada, por que eu não tenho medo! —  Disse Anna. — Então das duas uma! Ou você é muito i****a, ou é corajosa! Mas opto pela primeira opção! —  Disse Amy com o rosto próximo ao rosto de Anna. Os olhos da garota de cabelos negros, a ficar vermelhos, em seu rosto marcas e linhas como se fossem suas veias começaram a surgir, assim como dois pares de presas afiadas em sua boca. A jovem Frost era a típica garota que não aguentava provocações, com ela era tudo era sempre tratado e resolvido com uma luta. — Anna já chega! —  Disse Russel ao chamar a atenção de sua irmã. O garoto passou por Brandon e segurou no braço da sua irmã, que ainda permanecia com as suas presas de fora. —  Aqui não! Se você fizer alguma coisa, eu vou deixar que te matem! Sabe muito bem que com elas não nos metemos! Pelo menos não agora, estamos fracos, uma briga com um Lynch nesse momento, será desvantajoso, então controle-se ou eu mesmo mato você! —  Disse Russel próximo a sua irmã para que somente ela ouvisse. A garota sem questionar, tornou ao seu estado humano e mesmo assim permaneceu encarando Amy, que não tirava o seu olhar dela. —  Vamos irmãzinha! Não podemos desobedecer às ordens da mamãe! Sabe muito bem que não podemos mata-los agora! —  Disse Colin ao segurar o braço da sua irmã Amy. — O que está acontecendo aqui? Por que ainda não estão na sala de aula? — Questionou um uma mulher ao caminhar em direção ao grupo de garotos que estava no corredor. A mulher de pele clara, de cabelos ondulados e loiro escuro, que trajava uma saia social cor cinza, que sobrepunha uma camisa social azul marinha de mangas cumpridas. Caminhava lentamente com os seus sapatos de bico fino por aquele corredor quase vazio, fazendo com que os barulhos dos seus passos ecoassem por todo aquele ambiente. — Não me responderam! O que fazem fora da sala de aula? —  Perguntou a mulher ao tocar com a sua mão sobre o ombro de Brandon. — Diretora Zimmerman! Quanto tempo não a vejo! —  Disse Russel. — Acredite, eu preferiria continuar sem vê-lo! O que fazem aqui? —  Questionou a mulher. —  Estão aqui pela Patterson! — disse Colin. — Entendo! Fiquei sabendo que Monica voltou e trouxe a sua família com ela! —  Disse a mulher. —  Esse é o motivos dos cachorros terem saído da toca! Estão atrás da filha a senhora Patterson, sem ao menos saber se ela é a eleita! —  Disse Colin. — Por esse motivo estão fazendo essa baderna em meu colégio? Acham que esse lugar é um campo de batalha? Se fizeram alguma coisa que prejudique a integridade dessa instituição, eu quebrarei o acordo, e mato vocês! —  Disse a mulher. —  Não se preocupe senhora Zimmerman! Pelo menos da minha parte, não haverá nenhum prejuízo se quer nessa instituição! —  Disse Russel. —  Da minha parte também não haverá prejuízo senhora! — Disse Brandon com a sua voz rouca e ríspida. —  Ótimo! Vão para a sala, não gosto de adolescentes pelos corredores! —  Disse a mulher. Aquela turma se dispensou, mas o clima de rivalidade estava no ar, as irmãs Lynch, seguiram o seu caminho em direção a uma das salas do andar de baixo. Os irmãos Frost, exceto Russel seguiram em direção oposta das irmãs e subiram uma escada que havia perto do banheiro masculino para o andar superior do colégio. Já os irmãos Gilbert assim como Brandon e Russel, seguiram reto pelo corredor e depois entraram a direita, perto da porta de entrada do colégio, e subiram as escadas para o segundo andar do outro lado daquele prédio. —  Está me seguindo Brandon? —  Questionou Russel ao caminhar a sua frente. — Por que te seguiria? Você não é uma presa tão atrativa para uma caça, não tenho o porquê te seguir! —  Disse Brandon em tom debochado. Russel parou de andar no momento em que Brandon soltou uma risada interna. O garoto Frost, virou-se para o jovem Griffin e ambos se encaram mais uma vez. —  O que foi? Você não estava tão debochado assim na noite passada quando eu quase acabei com você! —  Disse Russel. Brandon sorriu de lado e aproximou-se ainda mais do seu rival, ficando assim com o seu rosto próximo ao dele. — Quase acabou comigo? Tem certeza disso? Por que pelo que me lembro, ontem à noite, foi você quem ficou sangrando naquele penhasco, enquanto gemia de dor! —  Disse Brandon. Russel irritado com provocação e a cara de deboche de Brandon, começou a dará início a sua transformação. Mas foi impedido por Joshua, o irmão mais velho de Brandon que o afastou de perto do seu irmão. —  Calma! Não se esqueçam do que a senhora Zimmerman disse! Nada de brigas no colégio! —  Disse Joshua ao tocar em Russel ao tocar o ombro de Russel. —  Não toque em mim com essas suas mãos sujas Griffin! —  Disse Russel ao afastar a mão de Joshua de seu ombro. — Mãos sujas? Acha que faço parte da sua família, para possuir mãos sujas? —  Questionou Joshua. O irmão mais velho de Brandon, segurou na gola da camisa de algodão que Russel vestia, e o olhou-o nos olhos. —  Não me confunda com a sua raça inferior! Eu sou um alfa, você me deve respeito, e sabe muito bem, que diferente do meu irmão, se eu resolver te matar, não vai ser nem aqui e muito menos agora. Eu vou te perseguir, te torturar psicologicamente, depois fisicamente, e por fim te matar! Ou seja, eu vou fazer um lindo trabalho, assim como sempre faço, sem pressa e sem compaixão! —  Disse Joshua com um tom de voz ameaçador. — Sabe que se me matar! Uma guerra vai começar, e meu clã e eu estaremos em vantagem! —  Disse Russel. —  Eu não teria tanta certeza assim! Tenha cuidado com as mentiras que fala e como fala. Entenda que esse seu ar de superior e suas ameaças chulas, não me coloca medo algum! —  Disse Joshua. Os olhos castanhos claro do filho mais velho dos Griffin, passou a ficar em um tom avermelhado, o seu rosto começou a desconfigurar, mas diferente dos outros lobos, Joshua era o único que conseguia controlar o seu extinto assassino quando se transformava. — Agora já chega garotinhas! Vamos todos para a sala, antes que a diretora faça uma salada de lobos! —  Disse Scott Gilbert. O jovem de afro-descendência, de cabelos crespos e longos, de olhos castanhos claros, apartou o clima que estava entre aqueles dois jovens. Logo todos se dispersaram, e ao lado de Joshua, Scott seguiu em direção a uma sala que ficava ao lado de um bebedouro que ficava naquele andar, perto de outra escada que levava para o terceiro andar do prédio. Já o resto dos irmãos Gilbert, Tyler o garoto de quatorze anos, Justin de dezessete, Kalil de dezoito e Heather de dezesseis, seguiram em direção para o terceiro andar, onde cada um teria entre aulas de Biologia a aulas de Artes. Brandon e Russel caminharam na mesma direção, a sala de onde estava a ter a aula de matemática. A sala que ficava quase no fim do corredor do lado esquerdo daquele andar, estava trancada, e isso era um indicativo de que a aula já havia começado. Ao aproximarem da porta da sala, os dois garotos tocaram a maçaneta da mesma ao mesmo tempo, mas logo soltaram e novamente se entre olharam. — Vejo que temos mais dois alunos aqui fora! Estão atrasados! —  Disse o professor ao abrir a porta da sala. — Por favor garotos, não se beijem na porta da sala! Existem outros locais na escola que podem muito bem fazer isso no particular! —  Disse o professor novamente ao perceber que os garotos se entre olhavam. Russel foi o primeiro a ceder e a entrar na sala de aula sem ao menos olhar para o professor ou cumprimenta-lo. Já Brandon que cumprimentou o professor com um balançar de cabeça entrou logo em seguida na sala de aula. O senhor Fuller fechou a porta logo após os garotos entrarem e depois caminhou até a sua mesa. O homem de cabelos grisalhos, de olhos castanho mel, de aparência cansada, de pele bronzeada, colocou as folhas que segurava sobre a mesa de madeira, que ficava a frente do quadro n***o e elevou o seu olhar para toda a sala. — Estão com dificuldade de encontrar um lugar para sentarem garotos? —  Questionou o professor ao ver que os meninos ainda estavam em pé. — Vamos garotos, não temos o dia todo! —  Disse o professor novamente. Ao ouvir o professor, os garotos se sentaram nas carteiras escolares que havia disponível. Russel como foi o mais rápido sentou atrás de Aria, enquanto Brandon, se sentou duas cadeiras depois ao lado da garota. — Vamos trocar de lugar? — Perguntou Amy ao virar-se para Aria. — Por que? —  Perguntou a garota. — Não gosto de ficar tão próxima a mesa do professor! —  Disse Amy. — Mas você não está perto dele, está a três mesas de distância! —  Disse Aria. —  Você ver três mesas de distância, e eu vejo que estou colada no professor! Vamos, troca de lugar comigo! —  Disse Amy. — Estão com algum problema garotas? —  Perguntou o professor ao ver a movimentação das jovens.   — Está tudo bem professor! É que a Aria tem um problema de visão e pediu para trocar de lugar comigo! —  Mentiu Amy. —  Tudo bem! Sejam rápidas! Enquanto isso, eu vou continuar onde parei! —  Disse o senhor Fuller. As garotas estavam recolhendo os seus matérias enquanto professor escrevia no quadro n***o. — Acho que isso é seu! — Disse Aria ao entregar um marcador de texto a Amy. — Obrigada! —  Sussurrou Amy. — Atenção todos! Como o primeiro dia de aula de muitos aqui, eu prometo pegar leve com vocês! Até por que, vejo que tem caras novas e quero conhece-las. E para não os assustar, eu vou propor um exercício de conhecimento. Vamos começar pelos alunos novos! A senhorita que já está de pé, por favor, apresente-se! —  Disse o professor a Aria. A garota que estava ao lado da carteira onde agora iria sentar-se, olhou para todos os lados da sala, e percebeu que o senhor Fuller havia falado consigo. Aria colocou seus livros que segurava em mãos, sobre a mesa e passou suas mãos sobre os bolsos de trás da calça que vestia. —  Nos diga o seu nome por favor! —  Disse o professor a jovem. — Aria, me chamo Aria! —  Disse a garota. — Sobrenome? —  Perguntou o professor. —  Patterson! Aria Patterson! —  Disse a garota. —  Certo Aria Patterson, vamos continue a sua apresentação, nos diga o que lhe trouxe a Blowing Rock, quais são os seus sonhos e os seus objetivos, e nos diga também o que espera dessa nova escola e dos seus novos colegas de sala! —  Disse o senhor Fuller. — Não precisa ter vergonha! —  Disse ele novamente ao encosta-se a sua mesa e assenta-se um pouco sobre a mesma. — Certo! Vim para Blowing Rock por que os meus pais perderam o emprego, os dois, no mesmo dia, e para poder pagar as nossas dividas, eles quitaram a nossa casa, e como a minha avó havia falecido e deixado a antiga casa para a minha mãe, meus pais resolveram morar na cidade! E por isso estou aqui! —  Disse Aria. —  E os seus objetivos? — perguntou o professor. — Os meus objetivos? — questionou Aria. — Sim, quais são os seus objetivos? — Perguntou o senhor Fuller. — Nunca parei para pensar sobre isso! Acho que não tenho nenhum objetivo no momento! —  Disse ela. — Não é estranho jovens da sua idade não possuírem um objetivo! Nesse momento tudo o que vocês querem é viver, curtir a vida e namorar muito! —  Disse o professor em um tom brincalhão. —  Me fale sobre os seus sonhos, ou não possui nenhum? —  Questionou o professor. Aria ficou calada, ela realmente não tinha o que falar a ele. O professor percebeu pela atitude da mesma que não haveria respostas e não insistiu em sua pergunta. —  Sente-se por favor! —  Disse o professor a jovem. E assim ela fez, a garota Patterson sentou-se e o professor olhou em sua volta e o seu olhar caiu sobre Russel que estava sentado em sua cadeira, como se estivesse no sofá de sua casa. O garoto percebeu o olhar do mais velho sobre si, e logo arrumou a sua postura, sentando-se de forma correta em sua cadeira. — Vou passar um exercício! Peguem os seus cadernos e os seus livros e abram na página trinta e nove! —  Disse o professor ao desencostar de sua mesa. — Aria! —  Sussurrou Trinity perto da orelha da jovem. — O que foi? —  Sussurrou Aria ao vira-se um pouco para trás. — Tem uma caneta para me emprestar? —  Perguntou Trinity. —  Sim! — disse Aria antes de volta-se para frente novamente. — Aqui! —  Disse a jovem ao entregar a caneta a Trinity. Agora prestando atenção na aula do senhor Fuller, Aria estava tão concentrada, que não havia percebido alguns fatores que estavam acontecendo naquela sala de aula. Começando por Trinity que usou a caneta para fazer um breve ritual de magia discretamente, sem que os outros alunos e o professor, percebessem. Exceto por Brandon e Russel que podiam ouvir o que a jovem ruiva ditava baixinho e um leve barulho de agulhas caindo. Discretamente Brandon olhou de canto para a jovem curioso para saber que feitiço ela estava a fazer. Já Russel que não era nada discreto, inclinou-se em direção da jovem e aproximou o seu rosto a orelha da mesma. — O que pensa que está fazendo? — Sussurrou Russel a Trinity. — Russel! Por que não cuida da sua vida? —  Questionou Trinity em sussurro.   — Estou tentando! Mas não consigo pensar com você murmurando! —  Sussurrou ele ao responde-la. — Coloque um fone de ouvido se não quer me ouvir murmurar! Ou a sua audição de cachorro sardento é muito sensível? —  Disse Trinity ao questionar. A garota tornou a sussurrar algumas palavras em latim e por fim, a caneta que pertencia a Aria que estava sobre a sua mesa, começou a girar em direções opostas freneticamente. — O que está acontecendo? —  Questionou Trinity ao ver que a caneta estava sem controle. — O que houve? Seu feitiço saiu errado? —  Questionou Russel. —  Não! Ele não saiu errado, pelo contrário, ele deu muito certo! —  Disse a garota com um ar de preocupação em seu rosto. Enquanto isso, Brandon que agora não estava nenhum pouco interessado no que a jovem ruiva estava fazendo, desviou o seu olhar para a jovem Patterson que estava com a mão sobre o seu pescoço, enquanto prestava atenção nos algoritmos que havia escrito em seu caderno. “— Aria” Um leve vento entrou pela janela da sala de aula que estava entre aberta, e quando o mesmo soprou o nome da garota, a jovem Patterson assustou-se, e de imediato levantou sua cabeça em procura de quem havia a chamado. Ao olhar para trás, imediatamente Trinity segurou a caneta que estava flutuando a poucos centímetros da mesa, e fez um gesto de “O que houve?” para Aria, que por sua vez balançou a sua cabeça em negação. Ainda procurando quem havia lhe chamado, Aria parou o seu olhar sobre Brandon que a olhava com um olhar doce e de admiração. Aquele olhar, trouxe para Aria lembranças que nem ao menos ela sabia que existia em sua mente. O cheiro suave do vinho tinto, o vento que sopra no campo e traz consigo o cheiro aconchegante das rosas. O som das asas dos pássaros que voavam de uma árvore para outra, o sorriso espontâneo no rosto do garoto que corria pelo campo de girassóis atrás da garota que corria de costas, que levava consigo também um largo sorriso em seu rosto. O sabor do beijo naquele fim de tarde onde os dois amantes se uniram em um só. Eram essas lembranças que aos poucos surgiram na mente de Aria, que sem perceber permitiu que uma lagrima percorresse em seu rosto, enquanto ainda olhava para aquele garoto a poucos metros de distância, esse mesmo garoto que se permitiu deixar-se unir-se sua memória a dela. — Senhorita Patterson, por favor, resolva esse problema matemático! —  Disse o senhor Fuller, fazendo assim com que Aria volta-se a si. A garota percebeu que estava chorando e rapidamente secou as poucas lágrimas que haviam em seu rosto, ela havia estranhado o fato de estar assim, sem ao menos lembra-se da visão que havia visto a pouco tempo atrás. Ao aproximasse daquele grande quadro, Aria pegou o giz que lhe foi oferecido pelo próprio senhor Fuller. Ao ficar em frente aquele grande problema matemático, a garota havia se lembrado de que, nunca foi boa em tal matéria. — Senhor Griffin? Não estaria afim de ajudar a senhorita Patterson? —  Perguntou o senhor Fuller ao ver Brandon levanta-se de sua carteira. — Não acho que seja necessário, ela está se saindo muito bem! Se me der licença, eu preciso ir ao banheiro! —  Disse Brandon ao professor. — Infelizmente não posso autorizar a sua ida ao banheiro! A aula acabou de começar, terá que esperar, e enquanto espera, ajude a sua colega a solucionar esse problema! —  Questionou o professor ao falar. O garoto retirou a sua jaqueta e caminhou em direção a mesa do senhor Fuller, pegou um giz que o senhor Fuller estava lhe oferecendo e seguiu em direção ao quadro n***o. — Está fazendo tudo errado, não tinha aula de matemática no seu antigo colégio? — Questionou o garoto ao tomar a frente de Aria.                    Observando tal situação, Aria olhou para o professor que fez gesto para que é a mesma senta-se em sua carteira escolar, e obedecendo ao professor, a garota devolveu o giz ao seu professor e tornou para sentar-se a sua mesa. Um minuto se passou e Griffin estava por fim terminando aquele problema matemático. Assim que finalizou a resposta, ele tornou ao professor e lhe devolveu o giz. —  ÓTIMO! —  Disse o senhor Fuller em um tom de voz alto chamando a atenção de todos da sala. O homem de cabelo grisalho ficou parado em frente ao quadro olhando para todos os seus alunos da sala, com um sorriso ríspido em seus lábios, lhes dando a impressão de que algo nada agradável surgiria para aqueles jovens. — No fim da aula, vou passar alguns exercícios para que façam em casa, e cada um deles vai valer meio ponto! —  Disse o professor. Todos os alunos começaram a murmurar e a questionar o tal dever de casa. — Eu sei! Vocês amam quando passo exercícios para casa, não precisam me agradecer! —  Disse o senhor Fuller. O homem continuou a dar a sua aula e a ensinar como funcionava a formula de Bhaskara. Enquanto isso, a jovem que desenhava uma linda gardênia em uma folha de caderno, era observada por Brandon.  (Sinal do fim da aula) —  Bom!  turma vejo vocês na quinta! Tenham uma ótima semana! —  Disse o senhor Fuller ao recolher o seu material e os livros sobre a sua mesa. — Aria qual a sua próxima matéria? — Perguntou Trinity. — Sinceramente não faço ideia! A minha mãe que me escreveu nas aulas! —  Disse ela ao pegar o papel em seu bolso. A garota Patterson abriu o papel pardo que estava dobrado e a sua cara de decepção deixou claro que ela não havia gosto de saber qual seria a sua próxima matéria. —  Nossa que cara é essa? —  Perguntou Trinity a Aria. — Essa é a cara de quem a mãe escreveu no teste para líder de torcida! —  Disse Aria. — Sério? Boa sorte, a líder do time de torcida é uma verdadeira sadomasoquista! —  Disse Trinity. — Por que a minha mãe insiste nisso? Eu já disse a ela que não quero voltar a torcer! —  Disse Aria. — Calma amiga! Senta e conversa com ela depois, explica que não quer mais torcer e pronto! —  Disse Trinity. —  Não é tão simples assim! Toda vez que digo a ela que não quero mais torcer, ela me pergunta o motivo e eu fico sem saber o que lhe dizer, eu não posso contar a ela o que aconteceu e o motivo de não querer mais torcer, ela não entenderia!—  Disse Aria com uma expressão triste em seu rosto. —  Olha! Não sei o que aconteceu para que ficasse assim! Mas se a sua mãe lhe escreveu no teste, é por que ela acredita em você, mesmo não dizendo a ela o que houve, ela sabe que tem algo errado! Depois conversa com ela novamente, e eu garanto que vai dar tudo certo. Vamos, eu vou estar no teste com você! —  Disse Trinity. — Vai me obrigar a fazer isso mesmo? —  Questionou Aria. — Claro! —  Disse Trinity. — Certo então! Vamos, e obrigada eu acho! —  Disse Aria. — Não agradeça! Se precisar de mim, estarei sempre disponível. E além disso, eu adoro ver o time de lacrosse treinar! Amo quando eles tiram as camisas! —  Disse Trinity. — Por isso está me fazendo ir para o teste? Para observar o time de lacrosse? — Questionou Aria. — Não! Eu estou indo por que quero ser a sua amiga, e amiga serve para isso, para apoiar uma a outra, e também, com você entrando no time de torcida, vou poder te acompanhar em todos ao jogos, e ainda ter a melhor visão dessa escola com o time de lacrosse! —  Disse Trinity ao entrelaçar o seu braço ao de Aria. Aria sorriu com o comentário da sua nova amiga. Sem perceber, a garota havia deixado o seu desenho cair ao chão no momento em que em que guardava o seu material em sua mochila. Logo as garotas saíram da sala na companhia uma da outra, conversando sobre o time de lacrosse. Agora com a sala de aula quase vazia, Brandon que estava ouvindo calado a conversa das garotas, havia percebido que o desenho de Aria havia caído ao chão. O mesmo aproximou-se daquela folha de papel, e inclinou-se em sua direção. — Brandon! Brandon! Brandon! —  Disse Russel que ainda estava na sala ao aproxima-se de Brandon. Brandon levantou-se com a folha de caderno que havia um desenho em mão e ignorou completamente a presença de Russel, que não gostou nada da sua atitude. — O que é isso? —  Perguntou Russel ao tentar tirar o desenho das mãos de Brandon. — Não é da sua conta! —  Disse Brandon ao desvencilhar aquela folha de caderno das mãos do garoto Frost e em seguida olhar para ele. — Já está com ciúmes da namoradinha reencarnada? —  Questionou Russel. — Vai mesmo me provocar? Por que se for, acredite quando digo que não estou com nenhuma paciência hoje! E que não vou me conter, e vou te estraçalhar por inteiro! —  Disse Brandon em um tom de voz ameaçador. — Vejo que o seu extinto de alfa está falando mais alto! Não vou te provocar, até por que não vale a pena, mas te direi uma só vez, então presta atenção. Eu não vou desistir, não dessa vez, eu vou lutar por ela, e eu vou conseguir o que sempre quis! —  Disse Russel. — E o que você quer? — Questionou Brandon com um tom de voz ríspido. — O seu lugar no trono e a mulher que amo! —  Disse Russel com um tom de voz ríspido.  — Boa sorte ao tentar!  — Disse Brandon. Brandon apenas sorriu sarcástico e caminhou para fora da sala de aula, deixando o seu inimigo sozinho, que estava tão alterado que acabou lançando uma cadeira que havia a sua frente, para o outro lado da sala de aula.  — Você me paga Griffin! 
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